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Memória Facultativa

Santa Francisca Romana, Religiosa, CmFac.


Antífona de entrada

Eu vos chamo, meu Deus, porque me atendeis; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me. (Sl 16, 6. 8)

Coleta

Ó Deus, que a vossa graça não nos abandone, mas nos faça dedicados ao vosso serviço e aumente sempre em nós os vossos dons. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Dn 3, 25. 34-43)


Leitura da Profecia de Daniel


Naqueles dias, 25Azarias parou e, de pé, começou a rezar; abrindo a boca no meio do fogo, disse: 34“Oh! não nos desampares nunca, nós te pedimos, por teu nome, não desfaças tua aliança 35nem retires de nós tua benevolência, por Abraão, teu amigo, por Isaac, teu servo, e por Israel, teu Santo, 36aos quais prometeste multiplicar a descendência como estrelas do céu e como areia que está na beira do mar;

37Senhor, estamos hoje reduzidos ao menor de todos os povos, somos hoje o mais humilde em toda a terra, por causa de nossos pecados; 38neste tempo estamos sem chefes, sem profetas, sem guia, não há holocausto nem sacrifício, não há oblação nem incenso, não há um lugar para oferecermos em tua presença as primícias, e encontrarmos benevolência; 39mas, de alma contrita e em espírito de humildade, sejamos acolhidos, e como nos holocaustos de carneiros e touros 40e como nos sacrifícios de milhares de cordeiros gordos, assim se efetue hoje nosso sacrifício em tua presença, e tu faças que nós te sigamos até ao fim; não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança.

41De agora em diante, queremos, de todo o coração, seguir-te, temer-te, buscar tua face; 42não nos deixes confundidos, mas trata-nos segundo a tua clemência e segundo a tua imensa misericórdia; 43liberta-nos com o poder de tuas maravilhas e torna teu nome glorificado, Senhor”.

Salmo Responsorial (Sl 24)


R. Recordai, Senhor, a vossa compaixão!


— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação. R.

— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor! R.

— O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho. R.


https://youtu.be/PFIdDMp3vo4
R. Jesus Cristo, sois bendito, sois o Ungido de Deus Pai!
V. Voltai ao Senhor, vosso Deus, ele é bom, compassivo e clemente. (Jl 2, 12-13) R.

Evangelho (Mt 18, 21-35)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”

22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.

26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.

28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.

35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

Sobre as Oferendas

Nós vos pedimos, ó Deus, que este sacrifício salvador nos purifique do pecado e dê glória a vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Quem habitará, Senhor, em vossa casa, ou repousará no vosso monte santo? Aquele que caminha na perfeição e pratica a justiça. (Sl 14, 1-2)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que a participação neste mistério nos dê uma vida nova, sendo reconciliação convosco e garantia de vossa proteção. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 09/03/2021
O perdão de Deus quebra as amarras do nosso coração

“’Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18,21-22).

Se queremos compreender o Reino de Deus e nele entrar, é preciso compreender que o Reino de Deus é o Reino do perdão. Ninguém vive o Reino de Deus sem ser banhado profundamente no perdão e na misericórdia de Deus. Ninguém mergulha no Reino de Deus se não coloca o perdão como o fundamento da sua relação com Deus.

A primeira coisa é buscar o perdão, entender o quanto precisamos ser perdoados, inclusive, perdoados dos pecados que não reconhecemos e não tomamos consciência. É preciso buscar ter a consciência daquilo que o pecado exerce em nossa vida, do quanto o pecado obscurece a nossa mente, a nossa consciência, a nossa vontade; do quanto o pecado gera orgulho e soberba, gera essa situação toda dentro de nós que nos torna pessoas vaidosas, inclusive, religiosamente falando.

O perdão de Deus é para nos libertar e nos purificar, o perdão de Deus é para quebrar as amarras do nosso coração e realmente sermos pessoas novas.

Se queremos viver uma relação verdadeiramente com Deus, nos convertamos para o perdão

Sabemos quando uma pessoa encontrou o perdão de Deus pela forma de até como ela fala, como ela se expressa. Olhe os pecadores do Evangelho que foram perdoados, olhe os doentes que foram curados, olhe como a vida deles exala a misericórdia divina.

Infelizmente, alguns olham para Maria Madalena, e olham sempre para ela com o “retrovisor do passado”, querem catalogá-la como prostituta, como adultera, com todas aquelas categorias humanas de catalogar as pessoas. Mas ela é a mulher nova, perdoada, redimida, a mulher salva e, por isso, o perfume que exala dela é o bálsamo da misericórdia e do perdão.

Se queremos viver uma relação verdadeiramente com Deus, nos convertamos para o perdão. E perdoar significa perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre, em todo o momento. Não teremos saúde no corpo, na alma e no espírito, se o perdão não for uma condição de vida para a nossa vida.

Perdoar quer dizer: eu quero ser curado! Eu quero ser liberto! Porque o rancor, o ressentimento e a mágoa criam "ranços" tão profundos na nossa alma, que vão nos tornando pessoas azedas, amargas; e olhamos a vida sempre com o prisma da amargura, quando não somos curados pelo perdão.

Decidir-se pelo Reino de Deus é decidir-se perdoar todos os dias setenta vezes sete.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Falta de perdão: um problema de memória

A dificuldade de perdoar se deve, antes de tudo, a um problema de memória: lembramos sem dificuldade todas as vezes que nos ofenderam, mas esquecemos com maior facilidade o perdão que tantas vezes recebemos. Deus nos perdoa sempre, e nós não queremos perdoar! Dói-nos o menor pisão no dedo, e já nem recordamos as cusparadas que demos no rosto de Cristo!... Não perdoamos porque são realmente grandes as injustiças de que somos vítimas, ou porque temos um coração vitimista que não se envergonha de crucificar dia após dia o Filho de Deus?Assista à homilia do Pe. Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 9 de março, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho.




Santo do dia 09/03/2021

Santa Francisca Romana

Santa Francisca Romana nasceu em Roma, no ano de 1384. Seu pai, Paulo Busa di Leoni pertencia a nobreza romana. Desde sua infância sentiu-se atraída pela pureza e obrigou-se por voto a ser religiosa. Mas, teve de condescender com os desejos do pai, que a deu em matrimônio aos 12 anos ao jovem aristocrata Lourenço de Ponziani. Teve com ele três filhos: Inês, João Evangelista e João Baptista.

A história de Santa Francisca confunde-se com a da Cidade Eterna naquela época. Roma estava dividida em dois bandos que se guerreavam, os Orsíni, que lutavam em favor do Papa, e os Colonnas, que apoiavam Ladislau de Nápoles.

Lourenço ficou gravemente ferido e, perdida a batalha, Ladislau entrou vitorioso em Roma e levou como refém os filhos das famílias mais distintas. Santa Francisca viu-se obrigada a entregar seu filho João Baptista.

Apesar de o marido estar ferido, o filho cativo e o palácio saqueado, Francisca não perdeu a paz de alma, a resignação e o fervor, que a levavam a fazer o bem a todos. Tudo o que caía em suas mãos era em favor dos pobres e doentes.

A sua volta reuniram-se depois outras senhoras, desejosas de imitar seus impulsos generosos. Ela dirigia-as espiritualmente, apartando-as das vaidades do mundo e ensinando-lhes o caminho evangélico da caridade e sacrifício. Assim nasceu a confraria de Oblatas Beneditinas.

Em 1436 seu esposo faleceu, Francisca retirou-se para a casa das suas Oblatas, que a nomearam Superiora Geral, cargo que desempenhou até a morte.

A vida de Santa Francisca se sobressaiu pelas graças extraordinárias, como o poder de fazer milagres e de penetrar nos segredos do outro mundo. Via seu anjo da guarda. Viu o inferno com o seu fogo e os suplícios horríveis, e o purgatório com o seu fogo.

Levada pela mão de Deus penetrou no paraíso no ano de 1440. Em 1608, o Cardeal São Roberto Belarmino junto ao seu voto favorável a declaração de que esta Santa – tendo vivido primeiro em virgindade e depois uma série de anos em casto matrimônio, tendo suportado os incômodos da viúvez e tendo seguido finalmente a vida de perfeição no claustro – merecia tanto mais as honras dos altares, quanto mais podia ser apresentada como modelo de virtude a todos. Francisca foi canonizada no dia 29 de maio de 1608.

Santa Francisca Romana, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil