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Antífona de entrada

Estes são homens santos que se tornaram amigos de Deus, gloriosos arautos de sua mensagem.
Laetétur cor quaeréntium Dóminum: quaérite Dóminum, et confirmámini: quaérite fáciem eius semper. Ps. Confitémini Dómino, et invocáte nomen eius: annuntiáte inter gentes ópera eius. (Ps. 104, 3. 4 et 1)
Vernáculo:
Exulte o coração dos que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face. (Cf. MR: Sl 104, 3. 4) Sl. Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! (Cf. LH: Sl 104, 1)

Coleta

Derramai, Senhor, sobre nós a vossa graça, a fim de que, a exemplo de São José de Anchieta, apóstolo do Brasil, sirvamos fielmente ao Evangelho, tornando-nos tudo para todos, e nos esforcemos em ganhar para vós nossos irmãos no amor de Cristo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Rs 18, 41-46)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis


Naqueles dias, 41Elias disse a Acab: “Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído de muita chuva”. 42Enquanto Acab subia para comer e beber, Elias subiu ao cume do Carmelo, prostrou-se por terra e pôs o rosto entre os joelhos. 43E disse ao seu servo: “Sobe e observa na direção do mar”. Ele subiu, observou e disse: “Não há nada”. Elias disse-lhe de novo: “Volta sete vezes”.

44À sétima vez o servo disse: “Eis que sobe do mar uma nuvem, pequena como a mão de um homem”. Então Elias disse-lhe: “Vai dizer a Acab que prepare o carro e desça, para que a chuva não o detenha”. 45Nesse meio tempo, o céu cobriu-se de nuvens escuras, soprou o vento e a chuva caiu torrencialmente. Acab subiu para o seu carro e partiu para Jezrael.46A mão do Senhor esteve sobre Elias; e ele, cingindo os rins, correu adiante de Acab até a entrada de Jezrael.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 64)


℟. Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!


— Visitais a nossa terra com as chuvas, e transborda de fartura. Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo. ℟.

— É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras. ℟.

— O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos; transborda a fartura onde passais. Brotam pastos no deserto, as colinas se enfeitam de alegria. ℟.


https://youtu.be/21UwjEzOBic
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado. (Jo 13, 34) ℟.

Evangelho (Mt 5, 20-26)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.

23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. 25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Bonum est confitéri Dómino, et psállere nómini tuo, Altíssime. (Ps. 91, 2)


Vernáculo:
Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! (Cf. LH: Sl 91, 2)

Sobre as Oferendas

Olhai, ó Deus todo-poderoso, as oferendas que vos apresentamos na festa de São José de Anchieta e concedei-nos imitar os mistérios da paixão do Senhor que agora celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor. (Ez 34, 15)
Amen dico vobis: quod vos, qui reliquístis ómnia, et secúti estis me, céntuplum accipiétis, et vitam aetérnam possidébitis. (Mt. 19, 28. 29; ℣. Ps. 20, 2. 3. 4. 5. 6. 7. 14)
Vernáculo:
Em verdade vos digo, vós, que deixastes tudo e me seguistes, recebereis cem vezes mais e tereis como herança a vida eterna. (Cf. MR: Mt 19, 28. 29)

Depois da Comunhão

Ó Deus, pela força deste sacramento, confirmai vossos filhos e filhas na verdade da fé, pela qual São José de Anchieta jamais deixou de trabalhar, consagrando-lhe toda a sua vida. Fazei que nós também a proclamemos por toda parte com palavras e ações. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 09/06/2022
Sentir raiva é sempre pecado?

Se pedirmos a graça com piedade, insistência e perseverança, Deus irá transformar aos poucos o nosso coração, até que nele se reflita a mansidão do Coração de Jesus.

Lemos hoje o evangelho de São Mateus. Estamos ainda no Sermão da Montanha, na passagem que Jesus nos ensina a ser mansos de coração: “Ouvistes o que foi dito: Não matarás”. Mas temos de fazer mais do que isso. Não se trata só de não matar. Não devemos nem sequer nos encolerizar com o irmão. É interessante meditar sobre esse Evangelho às vésperas da solenidade do Sagrado Coração, porque foi Jesus quem nos disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”. O que é a mansidão que Deus quer de nós? Ora, ao nos criar, Deus nos deu, entre outras paixões, a capacidade de ficarmos irados. Por quê? Porque Deus sabia que precisaríamos de força para alcançar bens árduos. De fato, quando queremos uma coisa fácil, não precisamos esforçar-nos. Se queremos chocolate, e há uma caixa de bombons na cabeceira da cama, basta estender o braço e comer. Não é preciso ter muita força para conseguir esse bem. Está ao alcance da mão. Mas há coisas na vida que são árduas. Se queremos tocar piano, precisamos suar a camisa. É necessário ter fortaleza, a qual se manifesta em nossa capacidade de estar decididos: se encontramos um obstáculo, estamos determinados a superá-lo. É o que faz a ira virtuosa: ela vai derrubando os obstáculos que nos impedem de alcançar o bem. Agora, se queremos o verdadeiro e sumo Bem, isto é, a Deus, faz falta ter uma fortaleza sobrenatural. É verdade que a santidade não se consegue com forças humanas, mas não deixa de ser necessária a nossa colaboração com a graça divina e, portanto, nossa própria determinação.

Acontece que, quando queremos um bem árduo como a santidade, a justiça, a felicidade da família, crescer na carreira etc., encontramos muitas dificuldades, de maneira que nos sentimos frequentemente açoitados pela raiva, porque as coisas não sucedem como e no tempo que gostaríamos. Com isso, a energia que Deus nos deu para procurar o bem começa a trazer mais problemas do que soluções. Começamos a perder a mansidão, irritamo-nos mais vezes e, não raro, à toa… Por qualquer dificuldade, sobe-nos aquela agitação, aquela raiva, aquele ímpeto de fazer justiça com as próprias mãos, de resolver tudo o mais rápido possível, passando por cima de todos, para vermos feita a nossa vontade. Ora, quem não vê que isso é uma desordem? Deus nos fez com garra, com ímpeto de buscar o bem, mas dentro de nós há um desequilíbrio que nos leva a ter raiva facilmente, às vezes de quem nem mesmo tem culpa. Sentimos raiva do irmão, mas não do pecado nem do diabo. É por isso que, no Evangelho de hoje, Jesus nos diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Quem matar será condenado pelo tribunal. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”.

O leitor pode pensar: “Então estou perdido! A toda hora sinto raiva de alguém”. Na verdade, o que Jesus está dizendo é que não podemos cometer pecados de ira, que supõem advertência e consentimento. Quando alguém nos atazana ou cria dificuldades, e nós sentimos raiva, a nossa consciência alerta: “Não tenha raiva do irmão”. Aqui está o determinante. Se ouvimos a voz da consciência, mas “chutamos o balde”, dizendo: “Vou ter raiva mesmo assim! Não quero nem saber!”, e por isso desejamos o mal à pessoa, nisso há pecado. Mas se ouvimos a voz da consciência, mesmo sentido raiva, e dizemos: “Oh, Jesus! Vede minha raiva! Não quero encolerizar-me com meu irmão. Quero ter um coração semelhante ao vosso. Jesus, ajudai-me! Senhor, vinde em meu auxílio! Meu santo anjo da guarda, socorrei-me! Maria Santíssima, que sois tão meiga de coração, e São José, meu pai, vinde socorrer-me”, nisso não há pecado. A raiva está dentro de nós, mas a superemos com o desejo de ter a mansidão de Cristo.

Se pedirmos essa graça com piedade, insistência e perseverança, Deus irá transformar aos poucos o nosso coração, de maneira que nele se reflita a mansidão do Coração de Jesus. Iremos até nos surpreender. De fato, é o que se vê na vida de muitos santos coléricos. São Francisco de Sales, por exemplo, era conhecido por sua raiva, mas ele soube superá-la de tal modo pela oração, que no fim da vida só o conheciam por sua bondade e mansidão. O mesmo aconteceu com Santo Inácio de Loyola. Sua transformação foi tamanha que muitos o julgavam fleumático, embora fosse colérico por temperamento. Sim, o Espírito Santo transforma corações tornando-os semelhantes ao de Cristo! Peçamos a Deus que afaste de nós toda raiva desordenada. Ela é um obstáculo ao amor, e nós nascemos justamente para amar o maior Bem de todos! Olhemos para Jesus na cruz. Ele, com toda a justiça, armado de santa ira e divina cólera, poderia ter punido na mesma hora todos os seus algozes no Calvário, mandando vir do céu raios e uma legião de anjos para fulminar aqueles assassinos. Mas não fez assim. Manso e humilde, Ele tudo suportou por amor, para que nós, seguindo o seu exemplo, pudéssemos, com asas divinas, voar ao encontro de Deus com um coração renovado. — Preparemo-nos para a solenidade do Sagrado Coração e peçamos ao Senhor um coração manso como o seu.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Sempre é pecado sentir raiva? (Quinta-feira da 10.ª Semana do Tempo Comum)

Todo ódio voluntário ao irmão, ensina Cristo, é pecado mortal. Desejar deliberadamente que o nosso próximo sofra qualquer tipo de dano grave constitui uma tal afronta à lei de Deus que Jesus, com palavras severas, pôde dizer aos discípulos: “Quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno”. Como entender essa dura condenação? Afinal, até que ponto a nossa natural irascibilidade é ou não pecado?Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 9 de junho, e descubra!


https://youtu.be/0Ov_4gABgL8

Santo do dia 09/06/2022


São José Anchieta, Presbítero (Memória)
Local: Retiriba, Brasil
Data: 09 de Junho † 1597


José de Anchieta, que recebeu o epiteto de "apóstolo do Brasil", nasceu aos 19 de março de 1534 em Tenerife, nas Ilhas Canárias. Seus pais pertenciam a uma família distinta pela vivência religiosa e pela situação de vida. Assim, José, com um irmão mais velho, pôde terminar seus estudos em Coimbra, Portugal. Aos 16 anos foi admitido na Província portuguesa da Companhia de Jesus recém-fundada.

Como noviço exemplar José distinguiu-se pela humildade, obediência e extremada devoção a Nossa Senhora. Com 19 anos embarcou para o Brasil. Foi designado para o Planalto de Piratininga. Esteve presente à primeira Missa celebrada pelo Pe. Manoel da Nóbrega, na festa da conversão de São Paulo, 25 de janeiro de 1554, considerada a data de fundação da cidade de São Paulo. José de Anchieta (Anchieta porque seu pai tinha o sobrenome de Anchieta) foi o primeiro professor no Colégio aí fundado, ensinando latim e gramática. Aí teve início também a grande obra de evangelização dos índios.

Em 1563, em companhia do padre Manuel da Nóbrega, viajou para o litoral santista para negociar a paz com a confederação dos Tamoios. Enquanto Nóbrega voltava logo, a fim de ser intermediário com os brancos, Anchieta ficou nas mãos dos Tamoios como refém. Foi neste cativeiro que Anchieta escreveu o poema em honra de Nossa Senhora, escrito primeiro na areia e definitivamente em livro, quando livre.

Em 1566 foi ordenado sacerdote em Salvador da Bahia. O incontido zelo do Pe. Anchieta, sobretudo na evangelização dos índios, cuja língua ele conhecia com perfeição, seu trato bondoso e prudente, aliado a excepcionais dotes de inteligência fariam dele um apóstolo admirado em todo o Brasil. Foi eleito Superior das Casas de São Vicente e de São Paulo e, dez anos mais tarde, escolhido Superior Provincial de todos os Jesuítas do Brasil. Revelou-se um Superior cheio de sabedoria e segurança. Entre as obras que escreveu em tupi, em português, espanhol e latim são dignos de nota cânticos piedosos, diálogos, autos e poemas. Escreveu na língua dos índios uma gramática e depois um catecismo.

Anchieta passou seus últimos anos no Estado do Espírito Santo como Superior. Foi neste Estado, na aldeia de Reritiba, hoje chamada Anchieta, que José veio a adoecer gravemente e a falecer no dia 9 de junho de 1597. Seu corpo foi levado pelos índios, numa viagem de 80km, para Vitória, onde foi sepultado.

Seu processo de canonização foi aberto pouco depois de sua morte, mas várias circunstâncias acabaram retardando o processo que só se concluiu em 1980 quando o papa João Paulo II o beatificou. Canonizado no dia 3 de abril de 2014 pelo Papa Francisco.

A Oração coleta lembra José de Anchieta como apóstolo do Brasil. Pede que, a exemplo dele, sirvamos fielmente ao Evangelho, tornando-nos tudo para todos, e nos esforcemos em ganhar para o Senhor nossos irmãos no amor de Cristo.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil