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Antífona de entrada

Ouvi, Senhor, minha oração, compreendei o meu lamento. Atendei à voz de meu apelo, ó meu Rei e meu Deus! (Sl 5, 2-3)
Verba mea áuribus pércipe Dómine, intéllege clamórem meum: inténde voci oratiónis meae. Ps. Quóniam ad te orábo, Dómine: mane exáudies vocem meam. (Ps. 5, 2. 3 et 4ab)
Vernáculo:
Ouvi, Senhor, minha oração, compreendei o meu lamento. Atendei à voz de meu apelo, ó meu Rei e meu Deus! (Cf. MR: Sl 5, 2. 3) Sl. É a vós que eu dirijo a minha prece; de manhã já me escutais! (Cf. LH: Sl 5, 4ab)

Coleta

Dai-nos, ó Deus, pensar sempre o que é reto e realizá-lo com solicitude. E, como só podemos existir em vós, fazei-nos viver segundo a vossa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Est 14, 17n. p-r. aa-bb. gg-hh)


Leitura do Livro de Ester


Naqueles dias, 17na rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúgio no Senhor. 17pProstrou-se por terra desde a manhã até ao anoitecer, juntamente com suas servas, e disse: 17q“Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro, pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor, 17rpois eu mesma me expus ao perigo. 17aaSenhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que tu libertas, Senhor, até ao fim, todos os que te são caros.

17bbAgora, pois, ajuda-me, a mim que estou sozinha e não tenho mais ninguém senão a ti, Senhor meu Deus. 17ggVem, pois, em auxílio de minha orfandade. Põe em meus lábios um discurso atraente, quando eu estiver diante do leão, e muda o seu coração para que odeie aquele que nos ataca, para que este pereça com todos os seus cúmplices. 17hhE livra-nos da mão de nossos inimigos. Transforma nosso luto em alegria e nossas dores em bem-estar”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 137)


℟. Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!


— Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me. ℟.

— Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma. ℟.

— Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos! ℟.


https://youtu.be/guN_IdU9UvA
℟. Salve, ó Cristo, Imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
℣. Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo a alegria de ser salvo! (Sl 50, 12a. 14a) ℟.

Evangelho (Mt 7, 7-12)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra; e a quem bate, a porta será aberta.

9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Recordáre mei, Dómine, omni potentátui dóminans: da sermónem rectum in os meum, ut pláceant verba mea in conspéctu príncipis. (Esth. 14, 12. 13)


Vernáculo:
Lembrai-vos de mim, Senhor, vós que estais acima de todo o poder. E dai à minha boca uma palavra justa para que agrade na presença do príncipe. (Cf. MRQ: Est. 14, 12. 13)

Sobre as Oferendas

Sede propício, ó Deus, às nossas preces e, acolhendo as oferendas do vosso povo, fazei com que os nossos corações se voltem para vós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Quem pede recebe; quem procura encontra; e ao que bate abrir-se-á. (Mt 7, 8)
Petite et accipiétis: quaérite, et inveniétis: pulsáte, et aperiétur vobis: omnis enim qui petit, áccipit: et qui quaerit, ínvenit: pulsánti aperiétur. (Cf. Lc. 11, 9. 10; Mt. 7, 7. 8 et 10, 1; ℣. Ps. 30, 2. 3ab. 3cd. 4. 5. 8ab. 8c-9)
Vernáculo:
Pedi, e vos será dado; procurai, e encontrareis; batei, e a porta vos será aberta. (Cf. Bíblia CNBB: Lc 11, 9) Quem pede recebe; quem procura encontra; e ao que bate abrir-se-á. (Cf. MR: Mt 7, 8)

Depois da Comunhão

Senhor nosso Deus, fazei que os sagrados mistérios, instituídos para a nossa salvação, nos sirvam de remédio, hoje e sempre. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 10/03/2022
A oração infalível

Jesus nos garante no Evangelho de hoje que a nossa oração, se feita de modo adequado, é infalível, pois Deus, como Pai providentíssimo, jamais nega seu auxílio aos que o pedem como convém.


"Pedi e vos será dado", garante-nos Jesus no Evangelho desta quinta-feira. E, como mestre bom e sábio, dá em seguida o motivo por que devemos estar seguros de que, se procuramos, com certeza acharemos: "Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem". A razão de nossa firme esperança na eficácia da oração reside, portanto, na confiança em Deus, infinitamente bom e fidelíssimo às suas promessas. No entanto, para que nossas súplicas se revistam desta infalibilidade (cf. Mt 21, 22) que o Senhor hoje nos afiança, precisamos cumprir três requisitos básicos [1]. Antes de tudo, temos de orar por e para nós mesmos, pois "a concessão de uma graça divina exige sempre um sujeito disposto" [2] a recebê-la, o que pode às vezes não suceder com aquele por quem intercedemos junto a Deus; ora, quem pede algo para si já mostra, por isso mesmo, estar aberto à graça que deseja e, portanto, se dispõe a ser ouvido.



Em segundo lugar, temos de pedir, não qualquer coisa — como riquezas e sucessos materiais —, mas o que "de alguma maneira seja necessário ou conveniente para a nossa salvação" [3]: graças atuais eficazes, o dom da perseverança final e, de modo bastante insistente, o crescimento em nós das virtudes teologais infusas. Pedir mais fé, nesse sentido, deve ser uma constante em nossa vida de oração, uma verdadeira e santa obsessão, pois o Senhor jamais negaria aos que lho podem de coração sincero aquilo sem o qual é impossível agradá-lO (cf. Hb 11, 6). Por fim, nossa oração precisa brotar de uma alma humilde (cf. Tg 4, 6), confiante (cf. Tg 1, 6) e, sobretudo, perseverante, a exemplo do amigo inoportuno (cf. Lc 11, 5-12), da viuvinha persistente (Lc 18, 1-5), da cananéia confiada (Mt 15, 21-28) e, enfim, do próprio Cristo, que, angustiado no Horto das Oliveiras, "orava ainda com mais instância" (Lc 22, 44).


Aproveitemos este tempo de Quaresma para, perseverantes no exercício da oração tanto vocal quanto mental, nos unirmos a Cristo no deserto do silêncio, na mortificação da carne e no amor confiado ao Pai providentíssimo, no qual há de estar apoiada, como em uma rocha inabalável, toda nossa confiança, pois "em tudo quanto Lhe pedirmos, se for conforme à sua vontade, Ele nos atenderá. E se sabemos que Ele nos atende em tudo quanto lhe pedirmos, sabemos daí que já recebemos o que pedimos" (1Jo 5, 14).


Deus abençoe você!

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Homilia | Por que Deus parece surdo às minhas orações? (Quinta-feira da 1.ª Semana da Quaresma)

A oração, quando revestida das devidas condições, é a arma mais poderosa do mundo. Por meio dela, Deus nos comunicou o poder de fazer acontecer no tempo o que Ele determinou desde toda a eternidade. Por meio dela, podemos alcançar aqueles bens que, em sua infinita generosidade, Deus não quer realizar sem a nossa cooperação e súplica confiante. Mas que condições são estas de que se deve revestir a oração, e que bens são estes que o nosso Pai está tão desejoso de conceder-nos?Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 10 de março, e medite conosco sobre a promessa de Cristo: “todo aquele que pede recebe”.


https://youtu.be/j51IrKCeBgg

Santo do dia 10/03/2022


São João Ogilvie (Memória Facultativa)
Local: Glasgow, Escócia
Data: 10 de Março † 1615


Outono de 1613. O capitão Watson volta a lançar suas âncoras no cais de Leith, às portas de Edimburgo, após 22 anos de ausência. Até então, havia viajado por toda a Europa: França, Bélgica, Alemanha, Áustria, Boêmia e Morávia. O capitão era um homem culto, porque conseguiu estudar em todas as cidades por onde passava. Porém, decidiu voltar para casa e continuar seu trabalho, que não pôde fazer à luz do sol.

Na verdade, o "Capitão Watson" era João Ogilvie, um missionário jesuíta desconhecido, que havia desembarcado em uma terra que lhe é mãe e inimiga.

Vinte anos antes do seu nascimento, em 1579, a Escócia se tornara protestante e, para os católicos, a vida tornou-se muito perigosa. Celebrar ou participar de uma Missa podia custar a perda dos bens e o exílio e, os recidivos, pagavam com a vida. João sabia muito bem disso e, apesar de os seus superiores o terem transferido para Rouen, na França, por dois anos ele insistiu, em suas cartas ao Superior geral, Padre Cláudio Acquaviva, pedindo-lhe para voltar a viver com seus compatriotas. De fato, com a sua tenacidade, conseguiu regressar ao seu país. Em 11 de novembro de 1613, aquele clandestino do Evangelho começou sua nova missão.

A vida de cada dia do Padre João era um contínuo desafio ao sistema. Celebrava Missa, antes do amanhecer, com alguns fiéis de confiança; depois, visitava os enfermos, os encarcerados; encontrava novos convertidos, mas até "hereges", aqueles protestantes que queriam voltar ao catolicismo. Algumas vezes, dormia na casa de alguns deles e costumava recitar o breviário no quarto onde se hospedava. "Alguém que me espiava, me ouviu sussurrar, em voz baixa, à luz de vela, dizia que eu era um mago", recorda Ogilvie em suas memórias.

No entanto foi traído precisamente por um "herege", Adam Boyd, um cavalheiro de Glasgow, cidade onde o Jesuíta foi morar em outubro de 1614. Boyd fingiu querer reconciliar-se com a Igreja, ao invés, entregou o Padre João ao arcebispo anticatólico da cidade, que o mandou prender.

O que se segue, recorda a noite que Jesus passou entre Quinta e Sexta-feira Santas. Uma noite que, para o Padre João, durou quatro meses: processos intercalados com torturas, constantemente acorrentado com perneiras de ferro, que o dilaceravam. Insultado e esbofeteado até pelo arcebispo, Padre João não cedeu um milímetro, pelo contrário respondia a todas as acusações. Ele foi insultado até por algumas famílias católicas, aprisionados por causa de uma lista de nomes encontrados entre os papéis do Jesuíta.

No entanto, ele não traía ninguém. Aliás, às vezes, era irônico e pungente com aqueles que o queriam dissuadir. E, quando a sua ameaça da morte se concretizou, disse: "Se eu pudesse, salvaria a minha vida, mas sem jamais perder a Deus; não podendo conciliar as duas coisas, sacrificaria o bem menor para ganhar o bem maior".

Uma vez que a violência não o fazia ceder, tentaram seduzi-lo, oferecendo-lhe ricas rendas e até a mão da própria filha do arcebispo. Mas, nada convencia o Jesuíta; ele rejeitava a apostasia, sem rejeitar a supremacia espiritual do Papa sobre aquela do rei, a quem ele acreditava governar a Igreja por direito divino.

Nestas alturas, Jaime I Stuart interveio na disputa, mandando enforcar Ogilvie, se ele continuasse a relutar em suas posições. A sentença foi formalizada na manhã de 10 de março de 1615 e executada à tarde. Mesmo já estando no patíbulo, - narra a crônica oficial do julgamento, - o Padre João empreende combate contra aqueles que o difamavam, acusando-o por crime de lesa-majestade. "Quanto ao rei - exclamava - eu daria, com prazer, a vida por ele! Saibam também que eu e outro meu amigo escocês agimos em benefício do rei no exterior; fizemos coisas tão importantes por ele que vocês, com todos os seus ministros, nunca conseguiriam fazer. Portanto, morro sim, mas somente pela minha fé”.

Os restos mortais de São João Ogilvie foram enterrados junto com os dos outros condenados e se perderam para sempre. Em 1976, o Papa Paulo VI o proclamou Santo.

Fonte: causesanti.va

São João Ogilvie, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil