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Antífona de entrada

Saudemos com hosanas o Filho de Davi! Bendito o que nos vem em nome do Senhor! Jesus, rei de Israel, hosana nas alturas! (Mt 21, 9)

Ou:


Ouvindo o povo que Jesus entrava, logo o foi encontrar; com ramos de palmeira, ao que chegava puseram-se a saudar. Os filhos dos hebreus Jesus saudavam com suas vozes puras. A vida ressurgida anunciavam: Hosana nas alturas!
Dum celebrans accedit, cantatur:
Hosanna fílio David: benedíctus qui venit in nómine Dómini. Rex Israel: Hosánna in excélsis.

Intrante processione in ecclesiam, cantatur:
Ingrediénte Dómino in sanctam civitátem, Hebraeórum púeri resurrectiónem vitae pronuntiántes, *Cum ramis palmárum: "Hosánna, clamábant, in excélsis." ℣. Cumque audísset pópulus, quod Iesus veníret Ierosólymam, exiérunt óbviam ei. *Cum ramis.
Vernáculo:
Enquanto o celebrante se aproxima, canta-se:
Saudemos com hosanas o Filho de Davi! Bendito o que nos vem em nome do Senhor! Jesus, rei de Israel, hosana nas alturas! (Cf. MR: Mt 21, 9)

Ao entrar na procissão na igreja, canta-se:
Ouvindo o povo que Jesus entrava, logo o foi encontrar; com ramos de palmeira, ao que chegava puseram-se a saudar. Os filhos dos hebreus Jesus saudavam com suas vozes puras. A vida ressurgida anunciavam: Hosana nas alturas! (Cf. MR)

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Evangelho antes da Procissão de Ramos (Lc 19, 28-40)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. 29Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 30“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui. 31Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele’”. 32Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. 33Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” 34Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. 35E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. 36E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho. 37Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto. 38Todos gritavam: “Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” 39Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!” 40Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Primeira Leitura (Is 50, 4-7)


Leitura do Livro do profeta Isaías


O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.

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Salmo Responsorial (Sl 21)


℟. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?


— Riem de mim todos aqueles que me veem, torcem os lábios e sacodem a cabeça: “Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!” ℟.

— Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado. Transpassaram minhas mãos e os meus pés e eu posso contar todos os meus ossos. ℟.

— Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica. Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro! ℟.

— Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos! Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o toda a raça de Israel! ℟.


https://youtu.be/MqijA8pn5Bs
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Segunda Leitura (Fl 2, 6-11)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses


Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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℟. Glória e louvor a vós, ó Cristo.
℣. Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz. Pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome. (Fl 2, 8-9) ℟.

Evangelho (Lc 23, 1-49 – Forma breve)


℣. Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas


Narrador 1:

Naquele tempo, 1toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2Começaram então a acusá-lo, dizendo:

— “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei”.

Narrador 1: 3Pilatos o interrogou:

Narrador 2: “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1: Jesus respondeu, declarando:

† — “Tu o dizes”.

Narrador 1: 4Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:

Narrador 2: “Não encontro neste homem nenhum crime”.

Narrador 1: 5Eles, porém, insistiam:

— “Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui”.

Narrador 1: 6Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:

Narrador 2: “Este homem é galileu?”

Narrador 1: 7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. 8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.

10Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. 11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.

13Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:

Narrador 2: 14“Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.

Narrador 1: 18Toda a multidão começou a gritar:

— “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”

Narrador 1: 19Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio. 20Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. 21Mas eles gritaram:

— “Crucifica-o! Crucifica-o!”

Narrador 1: 22E Pilatos falou pela terceira vez:

Narrador 2: “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.

Narrador 1: 23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. 25Soltou o homem que eles queriam — aquele que fora preso por revolta e homicídio — e entregou Jesus à vontade deles.

26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. 28Jesus, porém, voltou-se e disse:

“Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!29Porque dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram’. 30Então começarão a pedir às montanhas: ‘Caí sobre nós! e às colinas: ‘Escondei-nos!’ 31Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?”

Narrador 1: 32Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. 33Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34Jesus dizia:

“Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”

Narrador 1: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. 35O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:

— “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”

Narrador 1: 36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,37e diziam:

— “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”

Narrador 1: 38Acima dele havia um letreiro:

Narrador 3: “Este é o Rei dos Judeus”.

Narrador 1: 39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:

Narrador 3: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”

Narrador 1: 40Mas o outro o repreendeu, dizendo:

Narrador 2: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.

Narrador 1: 42E acrescentou:

Narrador 2: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.

Narrador 1: 43Jesus lhe respondeu:

† “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.

Narrador 1: 44Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde, 45pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio, 46e Jesus deu um forte grito:

“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.

Narrador 1: Dizendo isso, expirou.

(Todos se ajoelham um instante)

Narrador 1: 47O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo:

Narrador 2: “De fato! Este homem era justo!”

Narrador 1: 48E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Impropérium exspectávit cor meum, et misériam: et sustínui qui simul contristarétur, et non fuit: consolántem me quaesívi, et non invéni: et dedérunt in escam meam fel, et in siti mea potavérunt me acéto. (Ps. 68, 21. 22)


Vernáculo:
O insulto me partiu o coração; não suportei, desfaleci de tanta dor! Eu esperei que alguém de mim tivesse pena, mas foi em vão, pois a ninguém pude encontrar; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre! (Cf. LH: Sl 68, 21. 22)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, sejamos reconciliados convosco, de modo que, ajudados pela vossa misericórdia, alcancemos pelo sacrifício do vosso Filho o perdão que não merecemos por nossas obras. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Ó Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade! (Mt 26, 42)
Pater, si non potest hic calix transíre, nisi bibam illum: fiat volúntas tua. (Mt. 26, 42; ℣. Ps. 21, 2. 3. 5. 7. 15cd. 17ab. 17c-18. 22. 23. 24. 28. 30c-31a. 31b-32 vel Ps. 115, 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16ab. 16c-17. 18. 19)
Vernáculo:
Ó Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade! (Cf. MR: Mt 26, 42)

Depois da Comunhão

Saciados pelo vosso sacramento, nós vos pedimos, ó Deus: como, pela morte do vosso Filho, nos destes esperar o que cremos, dai-nos, pela sua ressurreição, alcançar o que buscamos. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 10/04/2022
Cinco belíssimos detalhes da Paixão do Senhor sob a ótica de São Lucas

A festa da Páscoa, que está às portas, é a passagem da morte de Cristo, celebrada neste Domingo da Paixão, à Sua nova vida, lembrada no Domingo da Ressurreição.


O marco dessa passagem é o escândalo da Cruz (cf. 1 Cor 1, 23), que, na liturgia deste ano, é narrado pelo evangelista São Lucas. Descubra os cinco belíssimos detalhes da Paixão do Senhor sob a ótica de São Lucas.


A Paixão segundo Lucas possui algumas características especiais, que não foram anotadas pelos outros evangelistas, e sobre as quais vale a pena nos determos neste programa.


1. Jesus chora sobre Jerusalém. "Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: 'Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, está escondido aos teus olhos! (...) Não reconheceste o tempo em que foste visitada (καιρὸν τῆς ἐπισκοπῆς)." (Lc 19, 41-42.44)


O que viu o Senhor quando chorou sobre a Cidade Santa? Ele anteviu aquela que seria a verdadeira Jerusalém, a Igreja, e começou já ali a sofrer pelos seus membros indignos, que somos nós. Sofreu voluntariamente, escolheu passar pelos mais variados tipos de dores e torturas, fez-Se frágil de modo inefável: tudo, a fim de remir completamente cada ser humano, com todas as potências de sua alma e com todos os seus sentimentos e paixões. Ninguém tira a Sua vida, o Cristo mesmo Se entrega livremente (cf. Jo 10, 18), experimentando a Sua Paixão (do verbo latino pati, que significa, lit., "passar por algo", "sofrer", "padecer") para purificar as nossas paixões.


2. Jesus é assistido por um anjo e sua sangue no Horto das Oliveiras. "Apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia. (...) Seu suor tornou-se como gotas de sangue que caíam no chão." (Lc 22, 43-44)


Santa Teresinha do Menino Jesus, doutora da Igreja, faz um belo comentário a essa passagem em uma poesia sobre a vida de Cristo. Ela diz ao Senhor:


"Lembra-te de que na noite de tua agonia,

Ao teu sangue, misturaram-se as lágrimas.

Orvalho de amor, o seu infinito valor

Fez germinar flores virginais.

Um Anjo, mostrando-te esta colheita escolhida,

Fez renascer a alegria em tua Face bendita."


As flores que nascem no jardim divino, germinadas pelo sangue e pelas lágrimas do Redentor, são as almas eleitas de Deus. É a visão delas, oferecida pelo anjo, que consola Jesus agonizante no Horto. Por isso, cada um de nós pode dizer: assim como Cristo suou sangue vendo o meu pecado, Ele também Se alegrou vendo a minha conversão. Ao entregar-Se, de fato, Jesus não remiu o gênero humano de modo genérico, mas individualmente, e, assim como teve diante de si os pecados pessoais de cada um dos que remiu, não exultou simplesmente com a salvação geral dos eleitos, mas com a mudança de vida de cada homem em particular. Há alegria na alma de Cristo — diz também São Lucas — por um só pecador que se converte (cf. Lc 15, 7). Por isso, unamo-nos ao anjo do Horto e consolemos também nós o Senhor, com nossos atos de amor e pequenas mortificações!


3. Jesus rezava enquanto era crucificado. "Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. Jesus dizia: 'Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!'" (Lc 23, 33-34)


Cristo orante não pretendia apenas servir de exemplo para nós, mas também pedir eficazmente a Deus pela nossa salvação. É graças à Sua intercessão que somos verdadeiramente remidos. Isso fica muito claro quando Ele diz a Pedro: "Simão! Simão! Satanás pediu permissão para peneirar-vos, como se faz com o trigo. Eu, porém, orei por ti, para que tua fé não desfaleça" (Lc 22, 31-32). Ao olhar para o apóstolo e pronunciar estas palavras, Ele Se dirigia também a cada um de nós. Quando as Suas benditas mãos eram cravadas no madeiro da Cruz e Ele pedia perdão aos que O matavam — o original grego sugere que Cristo rezava continuamente, de modo repetido, como uma súplica —, era por nós que Ele suplicava. Como não pedir o perdão de Deus, quando Jesus pede perdão por nós? Como ficar indiferente a Jesus que perde perdão por mim, no meu lugar?


4. Jesus acolhe o ladrão arrependido. "Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: 'Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!' Mas o outro o repreendeu, dizendo: 'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal'. E acrescentou: 'Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado'. Jesus lhe respondeu: 'Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso'." (Lc 23, 39-43)


Ao lado de Cristo são crucificados dois malfeitores, ambos os quais também morreram. Um deles, porém, arrependido dos seus crimes, diferentemente do ladrão impenitente que blasfemava e se juntava aos escarnecedores de Cristo, faz um sublime ato de fé. Ele se volta para Cristo e, mesmo vendo um quase cadáver diante de si, não se engana com os olhos da carne: crê em seu coração que Ele é um rei e pede-lhe para ter parte no Seu reino. Jesus, por Sua vez, promete a esse homem o paraíso. A sua justificação, porém, torna o seu interior, já antes da morte, o jardim das delícias de Deus (cf. Pr 8, 31) — assim é chamada por Santa Teresa d'Ávila a alma do justo que ama a Deus [2]. Façamos também a oração do bom ladrão, pedindo ao Senhor que Se lembre de nós, apesar de nosso esquecimento e de nossa ingratidão, e venha habitar em nosso coração. "Se alguém me ama, (...) meu Pai o amará, nós viremos e faremos nele a nossa morada" (Jo 14, 23).


5. Jesus entrega o espírito. "Jesus deu um forte grito: 'Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito'. Dizendo isso, expirou." (Lc 23, 46)
Por fim, assim como o filho pródigo se lança ao abraço de seu pai, Cristo abandona-se inteiramente nos braços do Pai do Céu. Com isso, Ele nos mostra com que atitude devemos nos aproximar de Si: contritos, mas também confiantes; arrependidos, mas também esperando o Seu perdão.


Nesta Semana Santa, imitemos os gestos de amor daquela pecadora pública que se põe aos pés do Redentor e, chorando, lava os Seus pés (cf. Lc 7, 36-50). Conhecendo, pela Paixão de Cristo, quanto Deus nos ama, sejamos incentivados a amá-Lo também, completando a obra da nossa salvação.


Deus abençoe você!

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Homilia | Cinco detalhes da Paixão segundo São Lucas (Domingo de Ramos da Paixão do Senhor)

O choro de Jesus sobre Jerusalém; as gotas de sangue que derramou no Horto; a oração que fazia enquanto os cravos lhe perfuravam as mãos; o perdão que concedeu ao ladrão arrependido: todas estas informações só o Evangelho de São Lucas revela sobre a Paixão de Nosso Senhor. Medite conosco estes belos detalhes na homilia do Padre Paulo Ricardo para o Domingo de Ramos.


https://youtu.be/Oqie_HwVkso
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Santo do dia 10/04/2022


Santa Ma­da­lena de Canossa (Memória Facultativa)
Local: Verona, Itália
Data: 10 de Abril † 1855


Ela nasceu em Verona em 1 de março de 1774 de uma família nobre e rica, a terceira filha de seis irmãos.

Por etapas dolorosas, como a morte do pai, o segundo casamento da mãe, a doença, a incompreensão, o Senhor a guia por caminhos imprevisíveis que Madalena tenta com dificuldade seguir.

Atraída pelo amor de Deus, aos 17 anos quis consagrar sua vida a ele e por duas vezes experimentou a experiência do Carmelo.

Mas o Espírito a impele interiormente a um novo caminho: deixar-se amar por Jesus, o Crucificado, pertencer somente a Ele, estar totalmente disponível para os irmãos afligidos por várias pobrezas. Ela volta para sua família e, forçada por acontecimentos dolorosos e situações históricas trágicas do final do século XVIII, guarda seu chamado no segredo de seu coração e entra na vida do Palazzo Canossa, aceitando a administração do vasto patrimônio familiar.

Com empenho e dedicação, Madalena cumpre os seus deveres quotidianos e alarga o círculo das suas amizades, mantendo-se aberta à misteriosa ação do Espírito que pouco a pouco molda o seu coração e a faz participante do amor do Pai pelo homem, manifestado no dom total, supremo de Jesus na Cruz, seguindo o exemplo de Maria, a Virgem Mãe das Dores.

Iluminada por esta caridade, Madalena abre-se ao clamor dos pobres famintos de pão, de educação, de compreensão, da Palavra de Deus. Ela os descobre nos subúrbios de Verona, onde os reflexos da Revolução Francesa, os domínios alternados de Páscoas Veroneses estrangeiras deixaram sinais de evidente devastação e sofrimento humano.

Madalena procura e encontra os primeiros companheiros, chamados a seguir Cristo pobre, casto e obediente e enviados a testemunhar a sua caridade incondicional entre os irmãos.

Em 1808, superada a última resistência de sua família, Madalena deixou definitivamente o palácio de Canossa para começar, no bairro mais pobre de Verona, o que interiormente reconhece como a vontade do Senhor: servir os homens mais necessitados com o coração de Cristo!

A caridade é um fogo que se expande! Madalena coloca-se à disposição do Espírito que a guia também entre os pobres de outras cidades: Veneza, Milão, Bérgamo, Trento... Em poucas décadas multiplicam-se os fundamentos de Madalena, a família religiosa cresce ao serviço do Reino!

O amor do Crucifixo Ressuscitado arde no coração de Madalena, que com suas companheiras se torna testemunha do mesmo amor em cinco áreas específicas: a escola de caridade para a promoção integral da pessoa; catequese a todas as categorias, privilegiando os que estão longe; assistência prestada sobretudo aos doentes nos hospitais; seminários residenciais para formar jovens professores do campo e preciosos colaboradores dos párocos nas atividades pastorais; cursos de Exercícios Espirituais anuais para as senhoras da alta nobreza, a fim de animá-las espiritualmente e envolvê-las em várias obras de caridade. Mais tarde esta atividade também é dirigida a todas as categorias de pessoas.

Um florescimento de outras testemunhas da caridade gravita em torno da figura e da obra de Madalena: Naudet, Rosmini, Provolo, Steeb, Bertoni, Campostrini, Verzeri, Renzi, Cavanis, todos fundadores de outras famílias.

A Instituição das Filhas da Caridade entre 1819 e 1820 obtém aprovação eclesiástica nas várias Dioceses onde as Comunidades estão presentes.
Sua Santidade Leão XII aprovou a Regra do Instituto, com o Breve Si Nobis, em 23 de dezembro de 1828.

No final de sua vida, depois de repetidas tentativas malsucedidas com Dom Antonio Rosmini e Dom Antonio Provolo, Maddalena também consegue iniciar o instituto masculino que ela havia projetado desde 1799.

Em 23 de maio de 1831 foi inaugurado em Veneza o primeiro Oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã de meninos e homens, confiado ao padre veneziano Dom Francesco Luzzo, assistido por dois leigos de Bérgamo: Giuseppe Carsana e Benedetto Belloni.

Madalena termina sua intensa e frutífera jornada terrena com apenas 61 anos. Ela morreu em Verona assistida por suas filhas em 10 de abril de 1835, Sexta-feira da Paixão!

Fonte: causesanti.va (adaptado)

Santa Ma­da­lena de Canossa, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil