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Antífona de entrada

Senhor, porção de minha herança e minha taça, tendes em mãos o meu destino; coube-me por sorte a boa parte; sim, é bela a herança que me cabe! (Sl 15, 5-6)
Os iusti meditábitur sapiéntiam, et lingua eius loquétur iudícium: lex Dei eius in corde ipsíus. Ps. Noli aemulári in malignántibus: neque zeláveris faciéntes iniquitátem. (Ps. 36, 30. 31 et 1)
Vernáculo:
O justo tem nos lábios o que é sábio, sua língua tem palavras de justiça; traz a Aliança do seu Deus no coração, e seus passos não vacilam no caminho. Sl. Não te irrites com as obras dos malvados nem invejes as pessoas desonestas. (Cf. LH: Sl 36, 30. 31 e 1)

Coleta

Ó Deus, que fizestes o abade São Bento preclaro mestre na escola do vosso serviço, concedei que, nada preferindo ao vosso amor, corramos de coração dilatado no caminho dos vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Is 1, 10-17)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


10Ouvi a palavra do Senhor, magistrados de Sodoma, prestai ouvidos ao ensinamento do nosso Deus, povo de Gomorra. 11Que me importa a abundância de vossos sacrifícios? — diz o Senhor. Estou farto de holocaustos de carneiros e de gordura de animais cevados; do sangue de touros, de cordeiros e de bodes, não me agrado.

12Quando entrais para vos apresentar diante de mim, quem vos pediu para pisardes os meus átrios? 13Não continueis a trazer oferendas vazias! O incenso é para mim uma abominação! Não suporto lua nova, sábado, convocação de assembleia: iniquidade com reunião solene! 14Vossas luas novas e vossas solenidades, eu as detesto! Elas são para mim um peso, estou cansado de suportá-las.

15Quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos. Ainda que multipliqueis a oração, eu não ouço: Vossas mãos estão cheias de sangue! 16Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! 17Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão, defendei a viúva.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 49)


℟. A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.


— Eu não venho censurar teus sacrifícios, pois sempre estão perante mim teus holocaustos; não preciso dos novilhos de tua casa nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos. ℟.

— Como ousas repetir os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios! ℟.

— Diante disso que fizeste, eu calarei? Acaso pensas que eu sou igual a ti? É disso que te acuso e repreendo e manifesto essas coisas aos teus olhos. ℟.

— Quem me oferece um sacrifício de louvor, este sim é que honra de verdade. A todo homem que procede retamente eu mostrarei a salvação que vem de Deus. ℟.


https://youtu.be/2HfxOb5LF1E
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há de ser deles! (Mt 5, 10) ℟.

Evangelho (Mt 10, 34 – 11, 1)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 10, 34“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada. 35De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.

39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”. 11, 1Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu daí, a fim de ensinar e pregar nas cidades deles.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Desidérium ánimae eius tribuísti ei, Dómine, et voluntáte labiórum eius non fraudásti eum: posuísti in cápite eius corónam de lápide pretióso. (Ps. 20, 3. 4)


Vernáculo:
O que sonhou seu coração, lhe concedestes; não recusastes os pedidos de seus lábios. Com bênção generosa o preparastes; de ouro puro coroastes sua fronte. (Cf. LH: Sl 20, 3. 4)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, olhai com bondade as oferendas que vos apresentamos na festa de hoje para que, procurando-vos, como São Bento, encontremos em vosso serviço os dons da unidade e da paz. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Em verdade vos digo: vós, que deixastes tudo e me seguistes, recebereis cem vezes mais e tereis como herança a vida eterna. (Cf. Mt 19, 27-2)
Fidélis servus et prudens, quem constítuit Dóminus super famíliam suam: ut det illis in témpore trítici mensúram. (Lc. 12, 42; ℣. Ps. 111, 1. 2. 3. 4. 5-6a. 6b-7a. 7b-8. 9)
Vernáculo:
Quem é o administrador fiel e prudente, que o senhor encarregará dos servos da casa para lhes dar a alimentação na hora certa? (Cf. Bíblia CNBB: Lc 12, 42)

Depois da Comunhão

Tendo recebido o penhor da vida eterna, nós vos suplicamos, ó Deus, que, seguindo os ensinamentos de São Bento, vos sirvamos fielmente na oração e amemos os irmãos com caridade ardente. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 11/07/2022
A dignidade divina de Nosso Senhor

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”.

Com três frases curtas, lidas às vezes tão às pressas, afirma Jesus sua condição divina e, portanto, seu direito soberano de que a Ele nos consagremos, para que com Ele vivamos e a nada demos preferências senão a Ele: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”. Não é digno, comenta o Pe. Cornélio a Lápide, de ter a Cristo por Senhor e Mestre, não é digno do seu Nome, da sua amizade, da sua graça, do seu Reino e de suas promessas. Quem não dá a Cristo o melhor amor que tem, não pode ser seu discípulo (cf. Lc 14, 26). E a razão disto, como já dissemos, é que Cristo, sendo Deus, nosso Senhor e Redentor, há de ser preferido até aos parentes e filhos. Por isso, quem a estes a tal ponto se apega, que por eles apostate da fé ou descumpra algum dos mandamentos da Lei evangélica, esse trata a Cristo indignamente e lhe lança em rosto uma verdadeira e gravíssima injúria. Quem assim age, torna-se indigno de ser contado entre os discípulos e amigos do Senhor: “Não é digno de mim”. Se queremos, pois, saber o que significa ser digno de Cristo, lembremos como exemplo a história de S. Saturus. Ameaçado pelo rei Hunerico a fazer-se ariano, sob pena de ver a esposa entregue em casamento ao camarista da corte, e como a mulher, horrorizada com a punição, suplicasse instantemente a aquiescer aos desejos do rei, Saturus respondeu-lhe, como se fôra outro Jó: “Falas como uma destas insensatas. Temeria eu, mulher, se houvesse apenas a doce amargura desta vida: tu me tentas, minha esposa, por obra do diabo. Se amasses ao teu marido, jamais me empurrarias para o abismo da segunda morte. Mandem pois meus filhos para o degredo, separem-me de minha esposa, tomem todos os meus bens: eu porém, seguro das promessas, serei fiel à palavra de meu Senhor: ‘Se alguém vem a mim e se não me ama mais que seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo’”.

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Homilia Diária | Buscai primeiro a Deus! (Memória de São Bento de Núrsia, Padroeiro da Europa)

São Bento de Núrsia, Patriarca do Ocidente, jamais imaginaria que sua decisão de recolher-se numa vida eremita influenciaria a vida de tantas almas ao longo dos séculos. Sua primeira e sincera intenção foi buscar a Deus e a Ele se configurar. No entanto, quem busca a Deus termina sendo usado por Ele para cooperar com obras esplendorosas, tornando-se assim instrumento de salvação para muitos.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 11 de julho, e peçamos hoje a intercessão de São Bento de Núrsia, pai do Ocidente.


https://youtu.be/yGDnd9nQ4EU

Santo do dia 11/07/2022


São Bento de Núrsia, Abade (Memória)
Local: Montecassino, Itália
Data: 11 de Julho † 547


Enquanto no Oriente o imperador Justiniano se ocupava com fazer e desfazer leis, costumes, construções, sedições, um homem pobre, saído quase que de uma caverna, fundou uma legislação e uma sociedade novas, para quem quisesse a ela submeter-se. O nome desse homem era Benedito ou Bendito, do qual se formou Bento. Bendito de nome, ele o foi principalmente nas obras. Nasceu por volta do ano de 480, de uma família de grande consideração, nos arredores de Núrsia, no ducado de Espoleto. O pai chamava-se Eutrópio, a mãe Abundância. Jovem ainda, foi enviado a Roma para fazer seus estudos. Mas, vendo a corrupção da juventude das escolas, retirou-se secretamente da cidade e, furtando-se inclusive da governanta que o havia acompanhado, foi para um lugar chamado Sublac, a quarenta milhas de Roma, onde se fechou em uma caverna muito estreita. Estava com catorze ou quinze anos. Ficou três anos nessa caverna, sem que ninguém soubesse de nada, exceto um monge que o encontrou nessa solidão: Bento confessou-lhe seus desígnios, e o monge, prometendo-lhe guardar segredo, vestiu-o com um hábito monástico e lhe deu todos os recursos que dele dependiam. Romano, era o nome do monge, morava em um mosteiro da vizinhança, sob a direção de um abade chamado Teodato. Mas de vez em quando escapava e levava, em certos dias, o que economizava de sua porção, a São Bento. Como não houvesse caminho para chegar à caverna, pelo lado do mosteiro de Teodato, Romano amarrava o pão a uma corda comprida, com um sininho, para chamar a atenção de Bento e para que este o apanhasse.

Vivendo assim na caverna, sem nenhum comércio com os homens, não sabia nem em que dia se encontrava. No dia de Páscoa do ano de 497, um sacerdote havia preparado sua refeição. Deus fê-lo saber, por revelação, o lugar em que se encontrava seu servo, morrendo de fome. Ele se pôs imediatamente a caminho, através de valezinhos e rochedos, até alcançar a caverna. A primeira coisa que ambos fizeram foi rezarem juntos e se entreterem em seguida com coisas divinas.

Ao fim, o sacerdote lhe disse:
- Levanta-te e comamos, porque é hoje dia de Páscoa.
Bento respondeu:
- Sei bem que é a festa da Páscoa, pois tenho a felicidade de vê-lo.
O sacerdote lhe disse novamente:
- É de fato a solenidade pascal, o dia da ressurreição do Senhor, no qual não convém que jejues, e fui enviado expressamente para tomarmos juntos os dons de Deus.

Então, comeram juntos, bendizendo o Senhor. Terminada a refeição, o sacerdote tornou à sua igreja.

Pelo mesmo tempo, alguns pastores o encontraram escondido na caverna. Vendo-o coberto com uma pele de ovelha, através das urzes, tomaram-no por um animal. Mas quando souberam que se tratava de um servo de Deus, encheram-se de veneração por ele. Alguns, cativados por suas palavras, deixaram os costumes brutais e se converteram. Desde esse tempo, começou a ser conhecido de toda a vizinhança. Muitos vinham vê-lo e lhe traziam comida. Ele, para lhes agradecer, alimentava-lhes as almas com diversos conselhos salutares. O demônio ficou invejoso. Um dia, Bento estava sozinho, quando a lembrança de uma mulher que vira havia muito tempo, excitou nele tentação tão violenta, que esteve a ponto de abandonar a solidão. Mas imediatamente, iluminado pela graça de Deus, voltou a si, atirou-se a um arbusto de urtigas e nelas rolou durante muito tempo, nu; quando se retirou, o corpo lhe sangrava. As dores do corpo preveniram as da alma e a dor apagou a voluptuosidade. O fruto que colheu dessa vitória foi que, desde então, não teve semelhantes tentações.

Seu nome tornou-se célebre. Muitas pessoas deixaram o mundo e se reuniram sob sua direção. Pouco distante de Sublac, havia um mosteiro, cujo abade havia morrido. A comunidade, por sufrágio unânime elegeu Bento para ser-lhe o sucessor. Os religiosos vieram procurá-lo e lhe pediram que aceitasse o encargo da direção do mosteiro. Bento recusou-se durante muito tempo, dizendo que não havia compatibilidade de modos de agir. Mas, finalmente, cansado pelos importunos, concordou em aceitar o cargo de abade. Bem depressa se arrependeram da escolha que haviam feito, porque Bento queria que se sujeitassem a viver de acordo com o estado, obrigava-os a isso e os corrigia. Olhavam-no, então, como um homem sem experiência, duro e sem misericórdia, pouco indicado para dirigir os outros. Dissimularam, todavia, a cólera, no começo. Mas, vendo que a severidade continuava na mesma intensidade, e achando insuportável deixar os antigos hábitos, tomaram unanimemente a decisão de se desfazerem dele, dando-lhe vinho envenenado.

Quando ele estava à mesa, apresentaram-lhe, para benzer, o primeiro copo, que era para ele. Todos, segundo o costume do mosteiro, segurando nas mãos os copos, esperavam a bênção, que era para todos, ao mesmo tempo. Bento estendeu a mão e fez o sinal da cruz. Imediatamente, o copo, no qual se encontrava a bebida mortífera, quebrou-se como se nele tivesse sido atirada uma pedra. O homem de Deus compreendeu logo de que se tratava. E, levantando-se da mesa, disse aos monges, com expressão tranquila:
- Que Deus Todo-Poderoso tenha piedade de vós, meus irmãos! Por que me quisestes tratar dessa forma? Não vos disse que nossos costumes eram incompatíveis? Ide procurar um superior que vos convenha: não me tereis no futuro.

Tendo-lhes assim falado, retornou para a querida solidão. Era pelo ano de 510.

Suas virtudes e seus milagres atraíram tantos discípulos para a solidão de Sublac, que ele construiu nos arredores doze mosteiros, em cada um dos quais colocou doze monges sob a direção de um abade submetido à sua supervisão. Ainda conhecemos os lugares e os nomes desses mosteiros. A reputação de São Bento passou para Roma, de onde se estendeu para as províncias mais afastadas. Os mais nobres dessa cidade e as pessoas de piedade vinham vê-lo na solidão. Alguns lhes deram seus filhos, não para os educar na ciência das artes vãs e inúteis, mas para formá-los na virtude e na piedade. As atas de São Plácido se referem a isso como sendo no ano de 522.

Nesse ano, e durante os seguintes, São Bento operou várias maravilhas, que os biógrafos tiveram o cuidado de relatar. Entre esses autores, o principal é o papa São Gregório o Grande, que escreveu a vida do santo, com o testemunho de seus discípulos imediatos.

Bento partiu de Sublac e foi para Cassino, pequena cidade sobre a encosta de alta montanha no país dos samnitas. Havia no cume da montanha um antigo templo de Apolo, que os camponeses ainda adoravam. E ao redor, bosques consagrados ao ídolo, onde faziam sacrifícios. Foi lá que Bento se fixou. Quebrou o ídolo, derrubou o altar, os bosques e construiu um oratório de São Martinho, no templo mesmo de Apolo e de São João, no lugar onde estavam o altar dos ídolos e iniciou um trabalho de instrução da religião verdadeira para todo o povo das vizinhanças. Trabalhou, depois, no alojamento dos religiosos, que não tinham outro arquiteto senão ele mesmo, nem outros operários que os próprios monges. Segundo se afirma, a fundação desse mosteiro foi por volta de 529. Mas tudo isso não foi sem suportar, como outrora acontecera a Santo Antão, inúmeros assaltos do espírito maligno. Várias vezes ele apareceu ao santo, não em sonho, mas a olhos vistos, sob formas horríveis, com olhos flamejantes, dizendo-lhe injúrias, lamentando-se com grandes gritos de violência.

O número dos discípulos aumentava dia a dia. São Bento deu-lhes, então, uma regra, julgada tão sábia, que, com o decorrer do tempo, foi aceita em todos os mosteiros do Ocidente, como a de São Basílio foi nos do Oriente.

A vida monástica não tem por fim observar apenas os preceitos do Evangelho, mas ainda os conselhos, a saber: a continência perfeita, a pobreza voluntária, a obediência religiosa. Os preceitos obrigam todos os cristãos; os conselhos de perfeição são apenas para os que desejam praticá-los e para aqueles chamados por Deus.

São Bento terminou a regra dizendo que a redigira, para dar, aos que a praticassem, princípios de uma vida honesta e alguns começos das virtudes religiosas; que os que desejassem tender à perfeição, encontrariam as regras nas Conferências de Cassiano, nas Vidas dos Padres e na Regra de São Basílio. Vê-se que ele mesmo havia bebido nessas fontes, para se aperfeiçoar e para formar a legislação que legou aos discípulos. O papa São Gregório, o Grande, encontrou-a escrita com pouca clareza e prudência. Conta-se que um príncipe, Cosme de Médicis, a lia assiduamente, e que, interrogado a esse respeito, respondeu que os preceitos lhe pareciam muito apropriados, pela sabedoria que continham, para ajudá-lo a bem governar seus Estados.

São Bento terminou tranquilamente os dias em meio a guerras e revoluções na Itália. Tinha uma irmã chamada Escolástica, cuja vida vimos no dia 10 de fevereiro. São Bento não viveu muito tempo após a morte da irmã. No mesmo ano, em 543, predisse a alguns dos discípulos que com ele moravam sua morte, pedindo-lhes guardassem segredo. A outros mais afastados, deu sinais, que lhes indicariam ter chegado ao fim. Seis dias antes de falecer, mandou que abrissem a sepultura. Foi, então, acometido de febre violenta, que aumentava dia a dia. No sexto dia, fez com que o levassem para o oratório, onde recebeu o Corpo e o Sangue do Senhor. E, erguendo os olhos e as mãos para o céu, entre os braços dos discípulos que o sustentavam, entregou o espírito a Deus, orando, no dia 21 de março de 543, um sábado, aos 63 anos de idade. Foi enterrado no oratório de São João Batista, que construira em lugar do altar de Apolo. Na caverna de Sublac que habitara, operou inúmeros milagres.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume V. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 21 jun. 2021.

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