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Memória Facultativa

Santo Hilário, bispo e doutor da Igreja


Antífona de entrada

Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo poder é eterno.
In excélso throno vidi sedére virum, quem adórat multitúdo angelórum, psalléntes in unum: ecce cujus impérii nomen est in aetérnum. Ps. Iubiláte Deo omnis terra: servíte Dómino in laetítia. (Cf. Dan. 7, 9. 10. 13. 14. et Is. 6, 1-3; ℣. Ps. 99)
Vernáculo:
Ergamos os nossos olhos para aquele que tem o céu como trono; a multidão dos anjos o adora, cantando a uma só voz: Eis aquele cujo poder é eterno. (Cf. MR)

Coleta

Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Sm 4, 1-11)


Leitura do Primeiro Livro de Samuel


1Naqueles dias, os filisteus reuniram-se para fazer guerra a Israel. Israel saiu ao encontro dos filisteus, acampando perto de Eben-Ezer, enquanto os filisteus, de sua parte, avançaram até Afec 2e puseram-se em linha de combate diante de Israel.

Travada a batalha, Israel foi derrotado pelos filisteus. E morreram naquele combate, em campo aberto, cerca de quatro mil homens. 3O povo voltou ao acampamento e os anciãos de Israel disseram: “Por que fez o Senhor que hoje fôssemos vencidos pelos filisteus? Vamos a Silo buscar a arca da aliança do Senhor, para que ela esteja no meio de nós e nos salve das mãos dos nossos inimigos”.

4Então o povo mandou trazer de Silo a arca da aliança do Senhor Todo-poderoso, que se senta sobre querubins. Os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, acompanhavam a arca. 5Quando a arca da aliança do Senhor chegou ao acampamento, todo Israel rompeu num grande clamor, que ressoou por toda a terra.

6Os filisteus, ouvindo isso, diziam: “Que gritaria é essa tão grande no campo dos hebreus?” E souberam que a arca do Senhor tinha chegado ao acampamento.

7Os filisteus tiveram medo e disseram: “Deus chegou ao acampamento!” E lamentavam-se: 8“Ai de nós! Porque os hebreus não estavam com essa alegria nem ontem nem anteontem. Ai de nós! Quem nos salvará da mão desses deuses tão poderosos? Foram eles que afligiram o Egito com toda espécie de pragas no deserto. 9Mas coragem, filisteus, portai-vos como homens, para que não vos torneis escravos dos hebreus como eles o foram de vós! Sede homens e combatei!

10Então os filisteus lançaram-se à luta, Israel foi derrotado e cada um fugiu para a sua tenda. O massacre foi grande: do lado de Israel tombaram trinta mil homens. 11A arca de Deus foi capturada e morreram os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 43)


℟. Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão!


— Porém, agora nos deixastes e humilhastes, já não saís com nossas tropas para a guerra! Vós nos fizestes recuar ante o inimigo, os adversários nos pilharam à vontade. ℟.

— De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, zombaria e gozação dos que nos cercam; para os pagãos somos motivo de anedotas, zombam de nós a sacudir sua cabeça. ℟.

— Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis? Despertai! Não nos deixeis eternamente! Por que nos escondeis a vossa face e esqueceis nossa opressão, nossa miséria? ℟.


https://youtu.be/By0vdEYlqfs
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Jesus pregava a Boa-Nova, o Reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo. (Mt 4, 23) ℟.

Evangelho (Mc 1, 40-45)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero: fica curado!” 42No mesmo instante, a lepra desapareceu, e ele ficou curado. 43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!”

45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Iubiláte Deo omnis terra: iubiláte Deo omnis terra, servíte Dómino in laetítia: intráte in conspéctu eius in exsultatióne, quia Dóminus ipse est Deus. (Ps. 99, 1. 2)


Vernáculo:
Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! (Cf. LH: Sl 99, 1. 2)

Sobre as Oferendas

Possa agradar-vos, ó Deus, a oferenda do vosso povo; que ela nos obtenha a santificação e o que confiastes vos pedimos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

De vós, Senhor, brota a vida, na vossa luz veremos a luz. (Sl 35, 10)

Ou:

Eu vim para que tenham a vida e a tenham cada vez mais, diz o Senhor. (Jo 10, 10)
Notas mihi fecísti vias vitae: adimplébis me laetítia com vultu tuo, Dómine. (Ps. 15, 11; ℣. Ps. 15, 1. 2. 5. 6. 8. 9. 10)
Vernáculo:
Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado! (Cf. LH: Sl 15, 11)

Depois da Comunhão

Deus todo-poderoso, que refazeis as nossas forças pelos vossos sacramentos, nós suplicamos a graça de vos servir por uma vida que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 13/01/2022
O toque de Cristo pelos sacramentos

Um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero: fica curado!” (Mc 1, 40-41).

No Evangelho de hoje, Jesus cura um leproso. É interessante notar que o episódio aqui descrito é o mesmo que nós lemos uma semana atrás, narrado por S. Lucas, mas enriquecido agora com algumas particularidades do evangelista S. Marcos. Recordemos que o evangelho de Marcos reflete a pregação de Pedro, ou seja, de uma testemunha ocular, ao passo que Lucas, não tendo presenciado esses acontecimentos, os narra a partir da tradição. S. Marcos está pondo por escrito o testemunho ocular de Pedro, o qual tomou nota de alguns detalhes interessantes que não se encontram na narrativa de S. Lucas. Em primeiro lugar, temos a reação do Coração de Nosso Senhor: vemos Jesus cheio de compaixão, o que não aparece na passagem de Lucas. Além disso, Nosso Senhor experimenta uma reação compassiva que depois se manifesta num gesto concreto visto por S. Pedro. Que gesto é esse? “Estendeu a mão e tocou” (v. 41) no leproso, detalhe que tampouco aparece no evangelho de S. Lucas. O toque de Nosso Senhor Jesus Cristo! Podemos olhar para esse evangelho e ver nele uma descrição — digamos assim — do que são os sacramentos em nossas vidas. Jesus olha para nós com compaixão: somos como leprosos, filhos doentes que precisam ser curados dos pecados, das debilidades, da lepra moral que nos cobre o coração. Jesus vem compassivo ao nosso encontro, mas pede de nós fé semelhante à que manifestou o leproso: “Senhor, tu podes”. Jesus se compadece de nós e quer nos tocar, e a forma concreta de Ele nos tocar hoje são os sete sacramentos. De fato, os sacramentos são instrumentos da graça de Deus, por meio dos quais o toque de Nosso Senhor ressuscitado chega até nós verdadeiramente, de maneira concreta e, poderíamos dizer, material, porque são sinais eficazes da graça. Quando se batiza alguém, ao derramar-se água sobre a cabeça da criança, é Jesus ressuscitado quem a está tocando e purificando da lepra do pecado original. Quando se recebe o crisma, é Jesus, o Ungido, quem está derramando o Espírito Santo sobre o fiel para torná-lo capaz de amar. Quando se comunga o sacratíssimo Corpo, é o próprio Cristo ressuscitado que, em sua carne vivificante, toca o fiel. Quem se aproximar com fé dos sacramentos, verá em si uma transformação e na vida uma mudança. O leproso, que historicamente foi curado, é também símbolo da nossa lepra e da nossa cura pelo toque sacramental do Senhor. Trata-se de uma dimensão distintiva e irrenunciável da fé católica, na qual, infelizmente, os protestantes não creem de maneira adequada. Não podemos deixar de crer que, com a ressurreição e ascensão de Cristo aos céus e o envio do Espírito Santo, teve início o tempo dos sacramentos, o tempo da Igreja, que irá durar até o Senhor voltar no fim dos tempos. É o tempo favorável, e é neste agora que Jesus, compassivo, se reclina sobre nós para nos tocar com os sacramentos. Não os desprezemos, não nos limitemos a “seguir” Jesus pela internet. Precisamos dos sacramentos, isto é, do toque da graça divina, necessária neste combate contra a lepra do pecado original. Que, com a ajuda deles, tenhamos um coração configurado ao de Cristo, para que, tendo-o seguido nesta vida, festejemos com Ele as alegrias do céu.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | O deserto da oração (Quinta-feira da 1.ª Semana do Tempo Comum)

É só pela fé que poderemos encontrar-nos com Cristo, vivo e ressuscitado, mas escondido no deserto da oração. Sem fé, não temos como descobrir esse tesouro oculto no campo, que é o amor abundante que Ele, compassivo e cheio de misericórdia, quer derramar sobre cada um de nós.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 13 de janeiro, e peçamos hoje o incremento da fé e a graça de perseverarmos, constantes e humildes, na vida de oração.


https://youtu.be/gAMdks1IRL8

Santo do dia 13/01/2022


Santo Hilário de Poitiers (Memória Facultativa)
Local: Poitiers, França
Data: 13 de Janeiro † 367


Foi chamado "Atanásio do Ocidente" por se assemelhar ao bispo de Alexandria. São contemporâneos. Hilário nasceu no começo do século IV em Poitiers, onde morreu em 367. Tanto Hilário como Atanásio tiveram o mesmo adversário: o arianismo (heresia que negava o dogma da Santíssima Trindade). Combateram-no com as polêmicas teológicas, discursos e escritos. Também Hilário, por ordem do imperador Constâncio (356), foi exilado para a Frígia.

O contato com o Oriente foi providencial para o bispo de Poitiers: nos cinco anos que lá esteve aprendeu grego, descobriu Orígenes e a grande produção teológica dos Padres orientais, recolheu farta documentação no original para escrever o livro que lhe deu o título de Doutor da Igreja (por Pio IX): A Trindade ou A fé (contra os arianos). Era o trabalho mais profundo e completo, até então, sobre o dogma principal da fé cristã. No exílio não ficou ocioso. Escreveu o opúsculo Contra Macêncio, em que acusa o imperador de ingerir-se nas disputas teológicas e nos negócios internos da disciplina eclesiástica. Voltando a Poitiers, o destemido bispo retomou sua obra pastoral, agora ajudado pelo futuro são Martinho, bispo de Tours.

Ele nasceu no paganismo, mas desde cedo procurou as luzes da verdade nas várias filosofias, em particular no neoplatonismo que mais tarde muito influenciou em seu pensamento. A procura de um sentido para a vida do homem levou-o à leitura da Bíblia, na qual achou a resposta e se converteu ao cristianismo. Nobre proprietário de terras, quando se converteu já era casado e pai de uma menina, Abre, por ele muito querida. Não muito tempo depois de seu batismo foi proclamado bispo de sua cidade natal. Antes de ir para o exílio teve seis anos de intensos estudos e pregação. Foi uma grande cultura teológica em defesa da ortodoxia. Humano nas vitórias e ainda mais humano e compreensivo em aceitar os bispos que, arrependidos, voltavam ao catolicismo.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Hilário de Poitiers, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil