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Antífona de entrada

Estes são os Santos que receberam a bênção do Senhor e a misericórdia de Deus, seu Salvador. É a geração dos que buscam a Deus. (Cf. Sl 23, 5-6)
Os iusti meditábitur sapiéntiam, et lingua eius loquétur iudícium: lex Dei eius in corde ipsíus. Ps. Noli aemulári in malignántibus: neque zeláveris faciéntes iniquitátem. (Ps. 36, 30. 31 et 1)
Vernáculo:
O justo tem nos lábios o que é sábio, sua língua tem palavras de justiça; traz a Aliança do seu Deus no coração. Sl. Não te irrites com as obras dos malvados nem invejes as pessoas desonestas. (Cf. LH: Sl 36, 30. 31 e 1)

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, que destes Santo Antônio ao vosso povo como insigne pregador e intercessor em todas as necessidades, fazei-nos, por seu auxílio, seguir os ensinamentos da vida cristã e sentir a vossa ajuda em todas as provações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Rs 21, 1-16)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis


Naquele tempo, 1Nabot de Jezrael possuía uma vinha em Jezrael, ao lado do palácio de Acab, rei de Samaria. 2Acab falou a Nabot: “Cede-me a tua vinha, para que eu a transforme numa horta, pois está perto da minha casa. Em troca eu te darei uma vinha melhor, ou, se preferires, pagarei em dinheiro o seu valor”.

3Mas Nabot respondeu a Acab: “O Senhor me livre de te ceder a herança de meus pais”. 4Acab voltou para casa aborrecido e irritado por causa desta resposta que lhe deu Nabot de Jezrael: “Não te cederei a herança de meus pais”. Deitou-se na cama, com o rosto voltado para a parede, e não quis comer nada.  5Sua mulher Jezabel aproximou-se dele e disse-lhe: “Por que estás triste e não queres comer?” 6Ele respondeu: “Porque eu conversei com Nabot de Jezrael e lhe fiz a proposta de me ceder a sua vinha pelo seu preço em dinheiro, ou, se preferisse, eu lhe daria em troca outra vinha. Mas ele respondeu que não me cede a vinha”.

7Então sua mulher Jezabel disse-lhe: “Bela figura de rei de Israel estás fazendo! Levanta-te, toma alimento e fica de bom humor, pois eu te darei a vinha de Nabot de Jezrael”.

8Ela escreveu então cartas em nome de Acab, selou-as com o selo real, e enviou-as aos anciãos e nobres da cidade de Nabot. 9Nas cartas estava escrito o seguinte: “Proclamai um jejum e fazei Nabot sentar-se entre os primeiros do povo, 10e subornai dois homens perversos contra ele, que deem este testemunho: ‘Tu amaldiçoaste a Deus e ao rei!’ Levai-o depois para fora e apedrejai-o até que morra”.

11Os homens da cidade, anciãos e nobres concidadãos de Nabot, fizeram conforme a ordem recebida de Jezabel, como estava escrito nas cartas que lhes tinha enviado. 12Proclamaram um jejum e fizeram Nabot sentar-se entre os primeiros do povo. 13Chegaram os dois homens perversos, sentaram-se diante dele e testemunharam contra Nabot diante de toda a assembleia, dizendo: “Nabot amaldiçoou a Deus e ao rei”. Em virtude disto, levaram-no para fora da cidade e mataram-no a pedradas. 14Depois mandaram a notícia a Jezabel: “Nabot foi apedrejado e morto”. 15Ao saber que Nabot tinha sido apedrejado e estava morto, Jezabel disse a Acab: “Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael não te quis ceder por seu preço em dinheiro; pois Nabot já não vive; está morto”. 16Quando Acab soube que Nabot estava morto, levantou-se para descer até a vinha de Nabot de Jezrael e dela tomar posse.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 5)


℟. Atendei o meu gemido, ó Senhor!


— Escutai, ó Senhor Deus, minhas palavras, atendei o meu gemido! Ficai atento ao clamor da minha prece, ó meu Rei e meu Senhor! ℟.

— Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, não pode o mau morar convosco; nem os ímpios poderão permanecer perante os vossos olhos. ℟.

— Detestais o que pratica a iniquidade e destruís o mentiroso. Ó Senhor, abominais o sanguinário, o perverso e enganador. ℟.


https://youtu.be/cB-KnCH2K08
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vossa palavra é uma luz para os meus passos, e uma lâmpada luzente em meu caminho. (Sl 118, 105) ℟.

Evangelho (Mt 5, 38-42)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38“Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)


Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)

Sobre as Oferendas

Sejam aceitos por vós, ó Deus, os frutos do nosso trabalho que trazemos ao vosso altar em honra de santo Antônio, e concedei que, livres da avidez dos bens terrenos, tenhamos em vós a única riqueza. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Provai e vede como o Senhor é bom; feliz de quem nele encontra seu refúgio. (Sl 33, 9)
Beátus servus, quem, cum vénerit Dóminus, invénerit vigilántem: amen dico vobis, super ómnia bona sua constítuet eum. (Mt. 24, 46. 47; ℣. Ps. 120, 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8)
Vernáculo:
Feliz aquele servo que o Senhor, ao chegar, encontrar agindo assim. Em verdade vos digo, ele o encarregará de todos os seus bens. (Cf. Bíblia CNBB: Mt 24, 46. 47)

Depois da Comunhão

Ó Deus, pela força deste sacramento, conduzi-nos constantemente no vosso amor, a exemplo de santo Antônio, e completai, até a vinda do Cristo, a obra que começastes em nós. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 13/06/2022
Precisamos sempre dar a outra face?

“Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda”.

A Lei antiga permitia aos judeus — o que era uso comum e quase universal entre os antigos — procurar a reparação das injúrias segundo a lei de talião, de forma que o ofensor sofresse como pena o mesmo mal que tivesse provocado: “Olho por olho, dente por dente” (cf. Ex 21, 24; Lv 24, 20; Dt 19, 21). Mas Jesus, querendo prevenir os discípulos contra tal desejo de vingança, propõe-lhes no Evangelho de hoje três exemplos, que não devem interpretar-se ao pé da letra, mas como exortações a perdoarmos aos que nos ofendem ou fazem mal. Vejamos apenas o primeiro e mais conhecido deles, que é também o mais citado pelos que esperam dos católicos uma inação covarde e melindrosa ante as injustiças do mundo.

“Se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda”. Esta exortação, embora a tenham vivido tal como soa muitos santos e santas, não é uma fórmula a ser seguida literalmente. Prova disso é a conduta do próprio Cristo, que, ao ser esbofeteado no palácio de Caifás, não ofereceu ao guarda a outra face, senão que lhe disse com divina sabedoria: “Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?” Logo, o que Jesus nos quer dizer com o seu ensinamento é o mesmo que dirá o Apóstolo S. Paulo em sua carta aos fiéis de Roma: “Não te deixes vencer pelo mal, mas triunfa do mal com o bem” (Rm 12, 21). Em outras palavras, não estamos obrigados a sujeitar-nos, sem mais, às ofensas que nos fazem; o que devemos, isso, sim, é responder a elas com magnanimidade, isto é, com uma bondade de modos e palavras capaz de desarmar moralmente o nosso adversário, mostrando-lhe doçura e paciência onde ele esperaria encontrar ódio e vingança.

Este ensinamento de Cristo, vale a pena notar, tem em parte força de preceito, em parte força de conselho. São de preceito os seguintes elementos: 1) não buscar vingança; 2) estar disposto a dar a outra face, ou seja, a receber antes outra injúria do que “compensar” o mal com o mal; 3) estar disposto a perdoar as ofensas pessoais, sempre que a caridade e a glória de Deus assim o exigirem. É de conselho, porém, que façamos tudo isso ao pé da letra (embora nem a caridade nem a glória de Deus no-lo exijam), como forma de mortificação, não no sentido de provocar o adversário a repetir a injúria, mas expondo-nos a ela de bom grado.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Prega-se mais com a vida que com palavras (Memória de Santo Antônio de Lisboa)

A Igreja celebra hoje a memória de Santo Antônio de Lisboa, também conhecido no Brasil como Santo Antônio de Pádua. Nascido em Portugal no ano de 1191, Santo Antônio foi um frade franciscano muito conhecido por seus conhecimentos da Escritura, que ele chegou a memorizar por inteiro, e também por suas grandes qualidades como pregador. Seus sermões, tão repletos de doutrina e amor a Deus, são um testemunho eloquente de que a pregação só é eficaz quando o pregador confirma suas palavras com o exemplo de sua própria vida de conversão.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 13 de junho, e peçamos ao Sagrado Coração de Jesus que, ungindo os lábios dos pregadores do seu Evangelho, os faça exemplos vivos e santos daquilo que anunciam.


https://youtu.be/J1NgROblRl4

Santo do dia 13/06/2022


Santo Antônio de Pádua, Presbítero e Doutor da Igreja (Memória)
Local: Pádua, Itália
Data: 13 de Junho † 1231


Francisco de Assis, que encontrou o jovem frei Antônio por ocasião do capítulo geral, ocorrido no Pentecostes de 1221, chamava-o confidencialmente de “o meu bispo”. Antônio, cujo nome de registro é Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, nasceu em Lisboa em 1195. Entrou aos quinze anos no colégio dos cônegos regulares de santo Agostinho. Em apenas nove meses aprofundou tanto o estudo da Sagrada Escritura que foi chamado mais tarde por Gregório IX “Arca do Testamento”. Uniu à cultura teológica a filosófica e a científica, muito vivas pela influência da filosofia árabe. Cinco franciscanos tinham sido martirizados no Marrocos, onde tinham ido para evangelizar os infiéis; Fernando viu seus ataúdes transportados para Portugal em 1220, e decidiu seguir-lhes os passos, entrando na Ordem dos frades mendicantes de Coimbra, com o nome de Antônio Olivares.

Durante a viagem para Marrocos, onde pôde ficar apenas alguns dias por causa de sua hidropisia, um acidente arrastou a embarcação para as costas sicilianas. Morou alguns meses em Messina, no convento dos franciscanos, cujo prior o levou consigo a Assis para o Capítulo geral. Aqui Antônio conheceu pessoalmente “o trovador de Deus”, Francisco de Assis. Foi designado para a província franciscana da Romagna e viveu a vida eremítica num convento perto de Forli. Incumbido das humildes funções de cozinheiro, frei Antônio viveu na obscuridade até que os seus superiores, percebendo seus extraordinários dons de pregador, enviaram-no pela Itália setentrional e pela França a fim de pregar nos lugares onde a heresia dos albigenses era mais forte.

Antônio teve finalmente uma morada fixa no convento de Arcella, a um quilômetro dos muros de Pádua. Daí saía para pregar aonde quer que fosse chamado. Em 1231, o ano em que sua pregação atingiu o vértice de intensidade e se caracterizou por conteúdos sociais, Antônio foi atingido por uma doença inesperada e foi transportado do convento de Camposampiero a Pádua num carro de feno. Morreu em Arcella a 13 de junho de 1231. “O santo” por antonomásia, como era chamado em Pádua, foi canonizado no Pentecostes de 1232, apenas um ano após a morte, apoiado por uma popularidade que sempre cresceria de época em época.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil