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Antífona de entrada

Esta é uma virgem sábia, do número das prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa.
Dilexísti iustítiam, et odísti iniquitátem: proptérea unxit te Deus, Deus tuus, óleo laetítiae prae consórtibus tuis. Ps. Eructávit cor meum verbum bonum: dico ego ópera mea regi. (Ps. 44, 8 et 2)
Vernáculo:
Vós amais a justiça e odiais a maldade. É por isso que Deus vos ungiu com seu óleo, deu-vos mais alegria que aos vossos amigos. Sl. Transborda um poema do meu coração; vou cantar-vos, ó Rei, esta minha canção; minha língua é qual pena de um ágil escriba. (Cf. LH: Sl 44, 8 e 2)

Coleta

Ó Deus, que a intercessão da gloriosa virgem Santa Luzia reanime o nosso fervor, para que possamos hoje celebrar o seu martírio e contemplar, um dia, a sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Sf 3, 1-2. 9-13)


Leitura da Profecia de Sofonias


Assim fala o Senhor: 1“Ai de ti, rebelde e desonrada, cidade desumana. 2Ela não prestou ouvidos ao apelo, não aceitou a correção; não teve confiança no Senhor, nem se aproximou de seu Deus.

9Darei aos povos, nesse tempo, lábios purificados, para que todos invoquem o nome do Senhor e lhe prestem culto em união de esforços. 10Desde além-rios da Etiópia, os que me adoram, os dispersos do meu povo, me trarão suas oferendas.

11Naquele dia, não terás de envergonhar-te por causa de todas as tuas obras com que prevaricaste contra mim; pois eu afastarei do teu meio teus fanfarrões arrogantes, e não continuarás a fazer de meu santo monte motivo de tuas vanglórias.

12E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres”. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. 13Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 33)


℟. Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.


— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! ℟.

— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia. ℟.

— Mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. ℟.

— Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, e castigado não será quem nele espera. ℟.


https://youtu.be/E5g1_eJ6YfM
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vinde, ó Senhor, não tardeis mais; fazei o povo acabar com os seus crimes. ℟.

Evangelho (Mt 21, 28-32)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?”

Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Afferéntur regi vírgines: próximae eius afferéntur tibi in laetítia et exsultatióne: adducéntur in templum regi Dómino. (Ps. 44, 15. 16)


Vernáculo:
Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real. (Cf. LH: Sl 44, 15. 16)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, ouvi as nossas preces, ao proclamarmos as vossas maravilhas em santa Luzia e, assim como vos agradou por sua vida, seja de vosso agrado o nosso culto. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eis que vem o Esposo; ide ao encontro do Cristo, o Senhor! (Mt 25, 6)
Príncipes persecúti sunt me gratis, et a verbis tuis formidávit cor meum: laetábor ego super elóquia tua, quasi qui invénit spólia multa. (Ps. 118, 161. 162; ℣. Ps. 118, 1. 41. 85. 87. 113. 123. 157. 166. 174)
Vernáculo:
Os poderosos me perseguem sem motivo; meu coração, porém, só teme a vossa lei. Tanto me alegro com as palavras que dissestes, quanto alguém ao encontrar grande tesouro. (Cf. LH: Sl 118, 161. 162)

Depois da Comunhão

Senhor nosso Deus, fortalecidos pela participação nesta Eucaristia, fazei que, a exemplo de santa Luzia, nos esforcemos por servir unicamente a vós, trazendo em nosso corpo os sinais dos sofrimentos de Jesus. Que vive e reina para sempre.

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Homilia do dia 13/12/2022
Orar não é sentir: é mudar

Rezar é mudar de vida: se a oração não se traduz em conversão, de pouco servem os consolos e as palavras bonitas. Ela se torna letra morta.

A vida de oração deve mudar a vida de quem reza. É um princípio fundamental e importantíssimo. Quantas pessoas consagram tempo à oração, rezam milhares de Ave-Marias, fazem suas devoções, vão à igreja, têm os joelhos calejados, mas, entra ano, sai ano, continuam na mesma! Ora, se isso é assim, deve haver algo de errado com essa vida de oração, porque a oração, se é autêntica e verdadeira, deveria causar uma mudança de vida. É exatamente disso que nos fala Jesus no Evangelho de hoje. O Senhor conta uma pequena parábola sobre dois filhos enviados para trabalhar na vinha do pai. O primeiro disse: “Não quero”. É como quem, na oração, se debate, esperneia, vê que não quer mudar de vida, mas que, finalmente, se deixa vencer pela oração e então muda: “Mas depois mudou de opinião e foi” (v. 29). Já o outro disse: “Sim, senhor, eu vou”. É o filho da oração falsa, que faz diante de Deus caras e bocas de piedoso, diz querer fazer a vontade dele, que o ama etc., mas que, tão-logo sai dali, se esquece do que disse e continua a ser como antes, vivendo sua vidinha e fazendo seus caprichos: “Mas não foi” (v. 30).

É importante dar-se conta de que muitas pessoas têm essa mesma atitude na vida de oração. A hora de rezar parece muito piedosa, cheia de consolações, de alegrias: “Como Deus é bom, que maravilha!”, mas de maneira esquizofrênica: apenas acabada a oração, a pessoa volta para uma vida que não tem nada a ver com a oração que fez. Ora, é preciso unir as duas coisas, mesmo que a vida espiritual seja de luta, de uma alma que se põe diante de Deus sem poder fazer mais do que espernear: “Eu não queria, meu Deus, mas eu quero querer adequar-me à vossa divina e santa vontade!”, e então pedir-lhe as graças para realizar, com a vida e o coração, a vontade de Deus. É autêntica a vida de oração quando há mudança na vida de quem ora. Eis o critério para aferi-lo. Sim, há momentos de grandes arrebatamentos, arroubos e consolações; mas se depois isso não se traduz em mudança de vida, não será vida de oração autêntica. Um dia, S. Filipe Néri foi enviado pelo Papa para investigar uma mística, uma monja então conhecida por suas revelações divinas. S. Filipe chegou de viagem sujo de lama, apresentou-se à religiosa, tirou as botas encardidas e pediu-lhe: “Limpe-as”. A monja, indignada, respondeu: “Como?! Não estou acostumada a fazer esse tipo de serviço…”. S. Filipe disse: “Muito obrigado, irmã. Já cumpri minha missão”, calçou as botas e foi embora. Ao chegar à Cúria, disse ao Papa: “Santo Padre, aquela mulher não tem verdadeira oração”, e, ante a surpresa do pontífice, atalhou: “Porque não é possível que uma alma de verdadeira oração seja soberba como ela”. Os santos são humildes! Eis a lição: se a oração é autêntica, ainda que sofrida, gemida, como a do filho que diz: “Não quero”, ela transforma o coração para ir e fazer a vontade de Deus: “Mas depois mudou de opinião e foi”.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | O corpo é puro se a alma é limpa (Memória de Santa Luzia, Virgem e Mártir)

Martirizada em Siracusa durante o império de Diocleciano, Santa Luzia, além de exemplo de fé e virgindade, é venerada há muitos séculos como protetora dos olhos, “janelas da alma”, a qual só peca quando verdadeiramente consente no mal. Roguemos hoje a esta santa mulher e peçamos-lhe que nos alcance de Cristo, Luz do mundo, a graça de guardarmos puros o nosso olhar e coração.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 13 de dezembro, e alimente-se da Palavra de Deus manifesta na vida dos santos!


https://youtu.be/IySsk5KksAw
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Santo do dia 13/12/2022

Ouça no Youtube

Santa Luzia (Memória)
Local: Siracusa, Itália
Data: 13 de Dezembro† 304/305


Santa Luzia, cujo nome evoca a luz, é mencionada no Cânon romano. Poucas são as notícias realmente históricas, que chegaram até nós desta mártir siciliana. Provavelmente, ela foi martirizada em Siracusa sob Diocleciano por volta do ano 304. Uma inscrição encontrada nas catacumbas de Siracusa atesta o culto a Luzia no fim do século IV ou começo do século V. O culto passou também a Roma e deixou sua marca no Canon romano da Missa, onde Luzia é lembrada ao lado de outra mártir siciliana, Santa Águeda.

A lenda posterior veio embelezar a vida de Luzia, fazendo dela não apenas uma mártir da fé, como também uma propagadora do ideal da castidade consagrada a Deus. A Antífona das Vésperas, tirada da narração da sua paixão, saúda-a como "esposa de Cristo": Ó Santa Luzia, esposa de Cristo, paciente lutando, ganhastes a vida, banhada de sangue vencestes o mundo e agora brilhais entre os coros dos anjos.

Segundo a passio, a história de sua paixão, surgida entre os séculos V e VI, Santa Luzia pertencia a uma rica e nobre família cristã de Siracusa. Recebeu primorosa educação cristã, de modo que se sentiu dominada pelo amor a Cristo, emitindo, desde cedo, o voto de perpétua virgindade. Ficando órfã de pai, sua mãe desejava que Luzia contraísse matrimônio com um jovem de distinta família, mas pagão. Na sua perplexidade, Luzia pediu que lhe fosse concedido um prazo de tempo para melhor amadurecer sua resolução de castidade pela oração. A mãe adoeceu e ambas teriam feito uma romaria ao túmulo de Santa Águeda, em Catânia. Por intercessão de Santa Águeda, Luzia conseguiu a cura de sua mãe. Após a longa oração Luzia encontrou a mãe completamente curada. Voltaram para Siracusa e aí surgiu novamente a proposta de casamento que ela recusou terminantemente. O jovem que nutria a esperança de casar com Luzia, tendo notícia da obstinada recusa e do gesto em favor dos pobres a quem distribuíra seus bens, transformou o amor em ódio e denunciou-a perante o governador Pascásio. Perante o juiz que lhe intimava a sacrificar aos deuses e manter a palavra do casamento, Luzia respondeu: "Nem uma, nem outra coisa farei". O processo continuou com ameaças de todo tipo. Por último, foi decapitada.

À lenda acrescentou-se, mais tarde, outro dado, algo chocante, frequente objeto das representações artísticas: em resposta contundente ao seu algoz, o prefeito Pascásio, que a manteve presa e a cobiçava para sua mulher, Luzia arrancou os olhos e lhos enviou numa bandeja. É daí que Santa Luzia é invocada como protetora contra as doenças dos olhos e padroeira dos lapidadores. Esta devoção provavelmente se deu à luz da lenda da doação dos olhos acima lembrada ou ao fato de que o nome Luzia se liga à palavra luz, sinônimo de luminosa, luzidia.

A Oração coleta não entra nos elementos lendários da vida de Santa Luzia. Lembra diante de Deus a virgem e a mártir, tendo ela conquistado através do seu martírio a dupla coroa, a da virgindade e a do martírio. Faz finalmente alusão à luz, pedindo que possamos contemplar, um dia, a sua glória: Ó Deus, que a intercessão da gloriosa virgem Santa Luzia reanime o nosso fervor, para que possamos hoje celebrar o seu martírio e contemplar, um dia, a sua glória.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Luzia, rogai por nós!

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