Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Dolorosos com imagens

Antífona de entrada

Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu Salvador! (Sl 26, 7. 9)
Exáudi Dómine vocem meam, qua clamávi ad te: adiútor meus esto, ne derelínquas me, neque despícias me, Deus salutáris meus. Ps. Dóminus illuminátio mea, et salus mea: quem timébo? (Ps. 26, 7. 9 et 1)
Vernáculo:
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Cf. MR: Sl 26, 7. 9) Sl. O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? (Cf. LH: Sl 26, 1)

Coleta

Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Rs 21, 17-29)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis


Após a morte de Nabot, 17a palavra do Senhor foi dirigida a Elias, o tesbita, nestes termos: 18“Levanta-te e desce ao encontro de Acab, rei de Israel, que reina em Samaria. Ele está na vinha de Nabot, aonde desceu para dela tomar posse. 19Isto lhe dirás: ‘Assim fala o Senhor: Tu mataste e ainda por cima roubas!’ E acrescentarás: ‘Assim fala o Senhor: No mesmo lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabot, lamberão também o teu’”.

20Acab disse a Elias: “Afinal encontraste-me, ó meu inimigo?” Elias respondeu: “Sim, eu te encontrei. Porque te vendeste para fazer o que desagrada ao Senhor, 21farei cair sobre ti a desgraça: varrerei a tua descendência, exterminando todos os homens da casa de Acab, escravos ou livres em Israel. 22Farei com a tua família como fiz com as famílias de Jeroboão, filho de Nabat, e de Baasa, filho de Aías, porque provocaste a minha ira e fizeste Israel pecar.

23Também a respeito de Jezabel o Senhor pronunciou uma sentença: ‘Os cães devorarão Jezabel no campo de Jezrael. 24Os da família de Acab, que morrerem na cidade, serão devorados pelos cães, e os que morrerem no campo, serão comidos pelas aves do céu’”. 25Não houve ninguém que se tenha vendido como Acab, para fazer o que desagrada ao Senhor, porque a isto o incitava sua mulher Jezabel. 26Portou-se de modo abominável, seguindo os ídolos dos amorreus que o Senhor tinha expulsado diante dos filhos de Israel.

27Quando Acab ouviu estas palavras, rasgou as vestes, pôs um cilício sobre a pele e jejuou. Dormia envolto num pano de penitência e andava abatido. 28Então a palavra do Senhor foi dirigida a Elias, o tesbita, nestes termos: 29“Viste como Acab se humilhou diante de mim? Já que ele assim procedeu, não o castigarei durante a sua vida, mas nos dias de seu filho enviarei a desgraça sobre a sua família”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 50)


℟. Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!


— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa! ℟.

— Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos! ℟.

— Desviai o vosso olhar dos meus pecados e apagai todas as minhas transgressões! Da morte como pena, libertai-me, e minha língua exaltará vossa justiça! ℟.


https://youtu.be/gFPZ5giECaQ
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado. (Jo 13, 34) ℟.

Evangelho (Mt 5, 43-48)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!’ 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Benedícam Dóminum, qui mihi tríbuit intelléctum: providébam Deum in conspéctu meo semper: quóniam a dextris est mihi, ne commóvear. (Ps. 15, 7. 8)


Vernáculo:
Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo. (Cf. LH: Sl 15, 7. 8)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que pelo pão e vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Ao Senhor eu peço apenas uma coisa e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor, por toda a minha vida. (Sl 26, 4)

Ou:


Pai santo, guarda no teu nome os que me deste, para que sejam um como nós, diz o Senhor. (Jo 17, 11)
Unam pétii a Dómino, hanc requíram: ut inhábitem in domo Dómini ómnibus diébus vitae meae. (Ps. 26, 4; ℣. Ps. 26, 1a. 1b. 2ab. 3ab. 9ab. 9cd. 11. 13. 14)
Vernáculo:
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida. (Cf. LH: Sl 26, 4)

Depois da Comunhão

Ó Deus, esta comunhão na Eucaristia prefigura a união dos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 14/06/2022
Quem é o nosso real inimigo?

“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos”.

O amor aos inimigos. — V. 43. A antiga Lei mandava “amar o próximo” (Lv 19, 18) e, entendido pelo escribas como dedução lógica deste preceito, “odiar o inimigo”, isto é, os outros povos, a quem os judeus deviam destruir, se assim pudessem (cf. 1Sm 15, 3). De que maneira os hebreus levavam à prática este preceito, narra-nos o escritor Tácito: “Entre eles, é inquebrantável a fidelidade e pronta a misericórdia; mas, contra os de fora, impera um ódio hostil” (Hist. V, 5; cf. Flávio Josefo, Antiq. XI, 6, 5; Cícero, Pro Flacco, 28). No entanto, a Lei antiga prescrevia, mais de uma vez, o amor aos inimigos, quer dizer, aos estrangeiros (cf. Ex 22, 21; Lv 19, 33s; Dt 10, 19 etc.). Essa aparente contradição se desfaz com facilidade: de fato, Deus queria, sim, que o povo judeu estivera apartado dos demais, mas de nenhuma forma permitia o ódio entre particulares. Ao que parece, porém, foram os fariseus que estenderam o princípio geral referente às nações estranhas a qualquer pessoa, inclusive aos inimigos privados. — V. 44. Cristo aperfeiçoa, pois, o preceito da Lei antiga sobre as relações com o próximo e corrige a interpretação perversa que lhe tinham dado os fariseus. Os discípulos da Nova Lei, portanto, devemos amar não somente o próximo (amigos, familiares, conterrâneos etc.), mas também os inimigos, quer dizer, os que nos “odeiam, perseguem e caluniam”, e a este tríplice ato de ódio hemos de responder com uma tríplice obra de caridade: “amar, fazer bem e rezar”.

V. 45-47. E, para melhor nos persuadir deste nosso dever de amor para com os inimigos, o divino Mestre recorre a três argumentos. Assim, temos de amar os nossos inimigos: a) para nos tornarmos filhos do (isto é, “semelhantes ao”) nosso Pai, que “faz nascer o sol sobre maus e bons” etc., ou seja, que dá a todos, indiscriminadamente, a graça de seus múltiplos benefícios; b) para termos direito a alguma recompensa, isto é, para que as nossas ações sejam dignas de prêmio, pois quem ama apenas os seus, com amor puramente natural ou por proveito próprio, não receberá de Deus retribuição alguma; c) para fazermos mais do que já fazem os pagãos e publicanos (em Lc 6, 32, “os pecadores”), a quem os judeus execravam com profundo desprezo (cf. Dt 7, 2; Mt 18, 17; At 10, 28 etc.). — V. 48. Este v. contém a regra de perfeição que nessa matéria hemos de seguir: “Portanto, sede perfeitos (gr. ‘τέλειοι’) como o vosso Pai celeste é perfeito”. Como se depreende do contexto e, de modo particular, da versão de S. Lucas (Lc 6, 36: “Sede misericordiosos”), toda esta cláusula final contém um resumo da exortação à caridade fraterna, ainda que possa interpretar-se também em sentido genérico e aplicar-se, dessa forma, a qualquer outra virtude.

O amor aos inimigos pode parecer, de todos os ensinamentos morais de Cristo, talvez o mais “ilógico” e “antinatural”, dada a nossa inclinação à vingança e aos particularismos. Trata-se, contudo, de um preceito fundamental: a) primeiro, porque nos previne contra o maior pecado que se pode cometer contra o próximo (seja ele amigo ou inimigo), que é o ódio, oposto à máxima virtude da caridade, por causa do qual podemos condenar-nos à perdição eterna (cf. Pe. Santiago Ramírez, De caritate, n. 1140); b) segundo, porque impõe ordem à nossa vontade e afetos, na medida em que nos prescreve amar os inimigos, não enquanto tais, mas como homens iguais a nós, capazes de irem um dia para o céu; c) enfim, porque nos recorda que o nosso verdadeiro inimigo não é quem nos faz mal, calunia ou despreza, mas o demônio, que está sempre à espreita para nos enredar nos seus laços, instigando-nos, para a nossa própria condenação, a pagar o mal com mal e o ódio com ódio.

Deus abençoe você!

Seja um apoiador!
Ajude-nos a manter o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Diária | Se não me amam, por que amá-los? (Terça-feira da 11.ª Semana do Tempo Comum)

Todo cristão é chamado a amar como o nosso Pai celeste nos ama. Ele, que faz nascer o sol sobre justos e pecadores, amou-nos a tal ponto que, quando ainda éramos inimigos seus, entregou à morte o próprio Filho, para que nele aprendêssemos a amar os que nos odeiam e a rezar pelos que nos perseguem.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 14 de junho, e peçamos à Virgem Maria, Rainha da paz, que nos conceda a graça de vencermos a mentalidade carnal, que nos impele a pagar o mal com o mal.


https://youtu.be/SwTpHpPmDU0

Santo do dia 14/06/2022


Beata Fran­cisca de Paula de Jesus (Nhá Chica) (Memória Facultativa)
Local: Baependi, Brasil
Data: 14 de Junho † 1895


Filha natural de escravo, Francisca de Paula De Jesus nasceu em São João del Rey (Brasil) em 1808.

Aprendeu orações e devoções com sua mãe, embora - sendo mulher e escrava - não tenha recebido nenhuma instrução.

Depois de se mudar para Baependi, cidade em pleno desenvolvimento, ficou órfã. Em seu leito de morte, sua mãe recomendou que ela levasse uma vida de aposentada para melhor praticar a caridade e manter a fé.

Desde então, Francisca viveu sozinha em uma casinha em uma colina na periferia da cidade, dedicando-se à oração e ao cuidado dos necessitados, escolhendo assim, desde muito jovem, uma vida de pobreza e louvor, pobre entre os pobres. .

Sua fama de mãe humilde rapidamente se espalhou entre os menores: quem se aproximava dela recebia orações, comida, consolo e conforto.

Toda a vida da Beata "Tia Chica" é um caminho para a liberdade: ela cresce sem sobrenome, não tem direito, porque é filha natural de uma escrava. O pai talvez fosse o dono da fazenda onde a mãe trabalhava. Totalmente analfabeta, ela aprende apenas uma coisa com sua mãe: o Rosário. Ela continua órfã ainda adolescente. Sua mãe a deixa como herança não dinheiro ou bens, que ela não tem, mas uma exortação: amar Jesus e Maria e ter caridade para com todos.

Permanece fiel a este convite durante toda a vida e - libertada da escravidão - apesar das muitas propostas de casamento, opta por não se casar, mesmo que permaneça secular: organiza encontros diários de oração em sua pobre casa, que logo se torna um local de peregrinação dos pobres e dos ricos que vêm de todo o Brasil em busca de conforto espiritual.

Ela sempre tem sua corrente nas mãos: o rosário. Quanto mais ela se liga a Deus, mais ela se torna verdadeiramente livre. Então, de repente, “Tia Chica” fica rica com a morte de seu irmão, que a deixa com uma imensa fortuna. Mas logo ela fica pobre de novo porque distribui tudo aos mais necessitados. A única coisa que ele guarda para si é uma quantia em dinheiro para construir uma capela dedicada à Imaculada Conceição.

Morreu aos oitenta anos, em 1895: foi sepultada na capela que deu o nome de Maria. Aqui, ainda hoje, muitos vêm redescobrir a verdadeira liberdade de espírito graças ao exemplo e à intercessão da escrava Francisca.

Fonte: causesanti.va

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil