Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Gloriosos com imagens

Antífona de entrada

A Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou. (Gl 6, 14)
Os iusti meditábitur sapiéntiam, et lingua eius loquétur iudícium: lex Dei eius in corde ipsíus. Ps. Noli aemulári in malignántibus: neque zeláveris faciéntes iniquitátem. (Ps. 36, 30. 31 et 1)
Vernáculo:
O justo tem nos lábios o que é sábio, sua língua tem palavras de justiça; traz a Aliança do seu Deus no coração. Sl. Não te irrites com as obras dos malvados nem invejes as pessoas desonestas; (Cf. LH: Sl 36, 30. 31a e 1)

Coleta

Ó Deus, que inspirastes ao presbítero São João da Cruz extraordinário amor pelo Cristo e total desapego de si mesmo, fazei que, imitando sempre o seu exemplo, cheguemos à contemplação da vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Is 45, 6b-8. 18. 21b-25)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


6b“Eu sou o Senhor, não há outro, 7eu formei a luz e criei as trevas, crio o bem-estar e as condições de mal-estar: sou o Senhor que faço todas estas coisas. 8Céus, deixai cair orvalho das alturas, e que as nuvens façam chover justiça; abra-se a terra e germine a salvação; brote igualmente a justiça: eu, o Senhor, a criei”. 18Isto diz o Senhor que criou os céus, o próprio Deus que fez a terra, a conformou e consolidou; não a criou para ficar vazia, formou-a para ser habitada: “Sou eu o Senhor, e não há outro. 21bAcaso não sou eu o Senhor? E não há deus além de mim. Não há um Deus justo, e que salve, a não ser eu. 22Povos de todos os confins da terra, voltai-vos para mim e sereis salvos, eu sou Deus e não há outro. 23Juro por mim mesmo: de minha boca sai o que é justo, a palavra que não volta atrás; todo joelho há de dobrar-se para mim, por mim há de jurar toda língua, 24dizendo: Somente no Senhor residem justiça e força”. Comparecerão perante ele, envergonhados, todos os que lhe resistem; 25no Senhor será justificada e glorificada toda a descendência de Israel.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Salmo Responsorial (Sl 84)


℟. Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado!


— Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra. ℟.

— A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus. ℟.

— O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus. ℟.


https://youtu.be/kFk82P6h_co
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Tu que trazes boa nova a Sião, levanta tua voz e anuncia: eis que vem o Senhor Deus com poderio! (Is 40, 9-10) ℟.

Eʼvangelho (Lc 7, 19-23)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, João convocou dois de seus discípulos, e mandou-os perguntar ao Senhor: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” 20Eles foram ter com Jesus, e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar: ʽÉs tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?ʼ” 21Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista. 22Então, Jesus lhes respondeu: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres. 23E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)


Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)

Sobre as Oferendas

Aceitai, ó Deus onipotente, o sacrifício que vos oferecemos na festa de são João da Cruz e fazei-nos imitar em nossa vida os mistérios da paixão do Senhor que vamos celebrar na Eucaristia. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Quem quiser ser meu discípulo renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me, diz o Senhor. (Mt 16, 24)
Qui vult veníre post me, ábneget semetípsum: et tollat crucem suam, et sequátur me. (Mt. 16, 24; ℣. Ps. 33, 2. 6. 7. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21)
Vernáculo:
Quem quiser ser meu discípulo renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me, diz o Senhor. (Cf. MR: Mt 16, 24)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que fizestes de São João um apóstolo do mistério da cruz, dai-nos, fortificados por este sacrifício, permanecer unidos ao Cristo e trabalhar na vossa Igreja pela salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Homilia do dia 14/12/2022
“Importa que Ele cresça e eu diminua”

João convocou dois de seus discípulos, e mandou-os perguntar ao Senhor: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?”

No Evangelho de hoje, S. João Batista manda seus discípulos perguntarem a Jesus se é Ele quem devia vir (v. 19). Esse Evangelho nos causa um pouco de espécie e certa admiração: como é possível que João Batista “não soubesse” quem Jesus era? Não foi ele quem apontou para Jesus, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29)? Sim, S. João Batista sabia perfeitamente quem Jesus era, mas mandou seus discípulos perguntarem, para dar a Jesus a ocasião de lhes mostrar que Ele era o verdadeiro Messias. João Batista, aqui, está cumprindo o que ele mesmo anunciara: “Convém que Ele cresça e eu diminua” (cf. Jo 3, 30). No início do ministério de Jesus, S. João Batista possuía muitos discípulos e Jesus, quase nenhum, porque era necessário que o Batista fosse diminuindo para Jesus crescer. Agora, João está orientando o resto de seus discípulos e entregando-os a Jesus, enviando-os pelo caminho de Jesus. Isso é muito importante. Vemos aqui o verdadeiro santo humilde. Qualquer santo sabe perfeitamente que somos instrumentos de Deus para a glória de Cristo. Não somos nós que importamos: é Cristo. Nós temos de desaparecer para que Cristo apareça. Somos como a Lua, que reflete um pouco da luz do Sol. Quando refletimos essa luz de Cristo para os outros, precisamos levá-los a compreender de onde vem a luz. Essa luz provém do Sol nascente que nos veio visitar, é a luz do alto para os que jaziam nas trevas (cf. Lc 1, 78s). É a grandeza de Cristo que faz a dos santos. Com efeito, todo santo, da Virgem Maria até o menor dos beatos na glória do céu, quer desaparecer para que Cristo apareça: “Convém que Ele cresça e eu diminua”.

Desta forma, Jesus tem no Evangelho de hoje a ocasião de mostrar aos demais que Ele é o cumprimento das profecias. De fato, tudo o que disseram os profetas do Antigo Testamento é plenamente cumprido por Jesus: os que têm ouvidos para ouvir, ouçam; os que tiverem abertura, enxerguem. À luz da dinâmica deste Evangelho, nós, que estamos vivendo o tempo do Advento, podemos aplicar esses ensinamentos em nossa vida. O Advento, afinal, é o tempo da vinda de Cristo. Por isso, quanto mais se aproxima Nosso Senhor mais devemos crescer em humildade. É interessante notar que a dinâmica da vida espiritual tem como base duas virtudes, que devem crescer cada vez mais: a fé e a humildade. São as bases do edifício espiritual. Na construção de um prédio, quanto mais alto se quiser o edifício, mais fundos e sólidos devem ser os fundamentos. É a humildade, é o nosso nada: reconhecer que “convém que Ele cresça e eu diminua”. E isso não causa sensação de esmagamento, pelo contrário: quem se humilha vê com maior fé o amor de Cristo, a claridade de Cristo, a glória e a bondade do Senhor. Só assim essa planta bem enraizada se tornará árvore frondosa, de modo que, crescendo em fé, esperança e caridade, possamos dar um dia frutos saborosos e maduros do amor de Cristo, que vive em nós. Tenhamos coragem! Sejamos humildes diante de Deus: nós nada somos; é Cristo o nosso tudo, Ele é tudo para nós.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
Homilia Diária | Uma luz que só se vê no escuro (Memória de São João da Cruz, Doutor da Igreja)

A doutrina espiritual de São João da Cruz, cuja memória celebramos hoje, é um meio providencial de nos prepararmos para o Natal. Cristo, com efeito, é a luz da aurora que dentro em pouco há de despontar no alto do céu; mas, para podermos enxergá-la, temos de afastar-nos do ruído e do brilho ofuscante das coisas aqui de baixo.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 14 de dezembro, e aproveitemos estas últimas semanas de Advento para, recolhidos em nossa alma, prepararmos a vinda do nosso Salvador.


https://youtu.be/6bC5uLXXTJg
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Santo do dia 14/12/2022

Ouça no Youtube

São João da Cruz (Memória)
Local: Úbeda, Espanha
Data: 14 de Dezembro† 1591


São João da Cruz é conhecido como um dos grandes expoentes da mística, e como autor de célebres livros de espiritualidade, como A subida do monte Carmelo, Noite escura da alma, Cântico espiritual, Chama viva de amor, e ao mesmo tempo é considerado como o grande reformador da Ordem Carmelita junto com Santa Teresa de Jesus.

Juan de Yepes, seu nome de batismo, foi mudado para João da Cruz quando tomou o hábito de carmelita. Juan Yepes nasceu em Fontiveros, entre Salamanca e Ávila, na Espanha em 1542. Quando criança, perdeu o pai; e a família sofreu pobreza. Sua mãe, à procura de trabalho para sustentar os filhos, mudou-se para Medina, onde João quis experimentar várias profissões, como a de ajudante num hospital. Enquanto se ocupava durante o dia, tomava lições de gramática à noite, no colégio jesuíta.

Aos 21 anos entrou na Ordem Carmelita. Foi enviado para a Universidade de Salamanca a fim de cursar filosofia e teologia. Com 25 anos foi ordenado sacerdote. A disciplina nos conventos carmelitas não o satisfazia e acalentou o desejo de entrar numa Ordem mais austera, como a dos trapistas. Neste tempo de busca, encontrou-se com a grande reformadora dos carmelos, Santa Teresa de Ávila, chamada Santa Teresa de Jesus, que promovia na Espanha a fundação de conventos reformados, dentro da Ordem. Ela, que tinha autorização do superior geral para fundar também conventos reformados masculinos, conseguiu entusiasmar João da Cruz a que, em vez de sair da Ordem, se incumbisse da reforma da disciplina regular dentro da própria Ordem. Depois de fervorosas preces e tendo consultado seu confessor, João chegou à conclusão de que, de fato, esta era a vontade de Deus.

Assim, João da Cruz se tornou pioneiro da reforma carmelitana masculina. Em 1568 surgia o primeiro convento carmelita reformado em Duruelo, origem dos carmelitas descalços. A Reforma prosseguiu a duras penas. Em sua fé profunda, João abraçar-se-ia à cruz dos sofrimentos e das perseguições, dos quais fez um itinerário de ascensão mística para Deus, ou para o alto do Monte Carmelo. Durante nove meses de muitas tribulações na prisão de um dos conventos que se opunham à reforma, João teve oportunidade de temperar sua alma no seguimento do Senhor crucificado. Fugindo do cárcere, continuou com persistência sua obra renovadora.

Pouco antes da morte, teve mais outros graves dissabores, devido a incompreensões e calúnias. Teve que enfrentar um processo de expulsão da Ordem. Acabou não expulso, mas foi exonerado de todos os cargos da Comunidade, passando os últimos meses na solidão e no abandono, Misteriosos os caminhos que a Providência divina escolhe para acrisolar a santidade de seus filhos! Eram três as coisas que ele pedia insistentemente a Deus: primeiro, dar-lhe força para trabalhar e sofrer muito; segundo, não o fazer sair deste mundo como Superior de uma Comunidade; e terceiro, deixá-lo morrer desprezado e escarnecido pelos homens. De fato foi o que aconteceu. Em suas pregações João recomendava as devoções ao Salvador crucificado, à Santíssima Trindade e ao Santíssimo Sacramento. João da Cruz foi uma alma profundamente mística. Elevou-se a um altíssimo grau de santidade, gozando, inclusive, de êxtases e visões. Seus escritos constituem uma das expressões perenes do pensamento místico universal.

Faleceu em Ubeda, a 14 de dezembro de 1591, após uma penosíssima enfermidade, com 49 anos de idade. Guia sábio de gerações de almas para a contemplação e a união com Deus, São João da Cruz foi canonizado em 1726 e declarado Doutor da Igreja por Pio XI em 1926. É considerado o doutor clássico da teologia mística.

Os textos da Liturgia realçam em São João da Cruz o mistério da Cruz de Cristo como caminho de santificação, como apóstolo do mistério da Cruz, o amor pelo Cristo e o total desapego de si mesmo.

Eis a Oração coleta: Ó Deus, que inspirastes ao presbítero São João da Cruz extraordinário amor pelo Cristo e total desapego de si mesmo, fazei que, imitando sempre o seu exemplo, cheguemos à contemplação da vossa glória.

A Oração sobre as oferendas pede que possamos imitar em nossa vida os mistérios da Paixão do Senhor celebra dos na Eucaristia.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João da Cruz, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil