Apoiadores do Pocket Terço
Terço com imagens no Youtube
Reze os Mistérios Luminosos com imagens

Antífona de entrada

Alegram-se nos céus os santos que na terra seguiram a Cristo. Por seu amor derramaram o próprio sangue; exultarão com ele eternamente.

Coleta

Ó Deus, que em São Cornélio e São Cipriano destes ao vosso povo pastores dedicados e mártires invencíveis, fortificai, por suas preces, nossa fé e coragem, para que possamos trabalhar incansavelmente pela unidade da Igreja. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Tm 4, 12-16)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo


Caríssimo, 12ninguém te despreze por seres jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. 13Até que eu chegue, dedica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14Não descuides o dom da graça que tu tens e que te foi dada por indicação da profecia, acompanhada da imposição das mãos do presbitério.

15Com perseverança, põe estas coisas em prática, para que todos vejam o teu progresso. 16Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas. Mostra-te perseverante. Assim te salvarás a ti mesmo e também àqueles que te escutam.

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Salmo Responsorial (Sl 110)


R. Grandiosas são as obras do Senhor!


— Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão. R.

— Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. R.

— Temer a Deus é o princípio do saber, e é sábio todo aquele que o pratica. Permaneça eternamente o seu louvor. R.


https://youtu.be/R3CLbNbRLvQ
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor. (Mt 11, 28) R.

Evangelho (Lc 7, 36-50)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 36um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume.

39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que 40tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.

Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre!” 41“Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” 43Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”.

44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. 48E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. 49Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” 50Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz”!

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo, ao celebrarmos a paixão dos mártires Cornélio e Cipriano, para que a Eucaristia nos torne firmes na adversidade como os fez corajosos na perseguição. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Fostes vós que permanecestes comigo nas minhas tribulações. E eu disponho do Reino para vós, diz o Senhor. No meu Reino comereis e bebereis à minha mesa. (Lc 22, 28-30)

Depois da Comunhão

Ó Deus, por esta Eucaristia que recebemos e pelos exemplos de São Cornélio e São Cipriano, sejamos fortalecidos pelo vosso Espírito, para dar testemunho do Evangelho. Por Cristo, nosso Senhor.

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Homilia do dia 16/09/2021
Experimentemos a misericórdia do Senhor em nossa vida

“Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor” (Lucas 7,47).

Hoje, contemplamos a mulher pecadora que se joga aos pés de Jesus; se joga mesmo, porque ela unge e perfuma os pés de Jesus, ela seca os pés de Jesus com seus próprios cabelos.

Jesus está na casa de um fariseu porque foi ele O convidou para a refeição, mas quem mostrou afeição por Jesus não foi o fariseu (que era muito religioso), e sim essa mulher tida como pecadora, porque toda a cidade a conhecia assim.

A fantasia de alguns diz que ela era Madalena, mas não é isso que o texto está nos expressando. A Palavra está apenas dizendo que era uma mulher conhecida como pecadora, e o fariseu  conhecido como o religioso, porque, de fato, os fariseus eram mais religiosos.


Demonstramos pouco amor, porque pouco também experimentamos da misericórdia do Senhor

Você sabe que quem foi agraciada, quem foi tomada totalmente pela graça foi essa mulher, porque ela mostrou todo o amor para com o Senhor; o fariseu já se sentia justificado, já se sentia muito religioso, muito nas alturas, então, acolheu Jesus com a normalidade. Ela chorou seus pecados e, por isso, foi muito perdoada e amada porque demonstrou muito amor.

Cuidemos para não termos um espírito religioso farisaico, aquele espírito onde não temos mais intensidade no amor, no arrependimento. Nós nem experimentamos a intensidade da misericórdia de Deus porque já nos sentimos justificados, não somos tão pecadores como outros pecadores. Por isso, muitas vezes, o nosso arrependimento é superficial, porque demonstramos pouco amor, porque pouco também experimentamos da misericórdia do Senhor. Não temos, na verdade, a dimensão dos nossos pecados, com isso, não temos a dimensão do arrependimento que precisamos ter e, menos ainda, a noção do significado do perdão e da misericórdia de Deus em nossa vida.

Essa mulher foi transformada, curada, toda redimida pela misericórdia e, desse modo, ela se derramou aos pés de Jesus. Cumprimos preceitos, fazemos nossas obrigações religiosas, rezamos, vamos à missa, nos achamos pessoas bem religiosas, mas não são pessoas bem religiosas que experimentam o amor profundo de Deus, mas são pessoas que se reconhecem profundamente pecadoras e humildemente se humilham na presença d’Ele, que se aproximam verdadeiramente do coração de Deus. Não é o nosso grau de religião, não é a função que nós temos na igreja que nos dá status perante Deus. Podemos ter até "status humano", mas a estatura de Deus é a estatura da humildade e do arrependimento que nós temos a cada dia em nossa vida.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Facebook/padrerogeramigo
Seja um apoiador!
Ajude-nos a manter o Pocket Terço: apoia.se/pocketterco

Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui
Homilia Diária | Pequei. E agora? (Memória de São Cornélio e São Cipriano)

A Igreja celebra hoje a memória de dois grandes mártires: São Cornélio e São Cipriano. O primeiro, como Papa, e o segundo, como Bispo de Cartago, não só se mostraram fiéis a Cristo até o extremo, morrendo por Ele na mão das autoridades romanas, mas também defenderam sem descanso que mesmo os que cedem ao medo nos momentos de perseguição podem ser readmitidos à vida da Igreja, desde que cumpram, com humildade e sincero arrependimento, a penitência por sua infidelidade. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 16 de setembro, e recorramos juntos à intercessão de São Cornélio e São Cipriano!

https://youtu.be/gggBMvBlLPM
Para ver a liturgia sem propagandas, acesse pelo aplicativo. Baixe aqui

Santo do dia 16/09/2021


São Cornélio e São Cipriano (Memória)
Local: Roma, Itália; Cartago, Tunísia
Data: 16 de Setembro † 252; 258


A Igreja celebra juntamente a memória de Cornélio e de Cipriano, mortos em anos distintos, mas unidos por grande amizade e pelas mesmas preocupações pastorais. Nos dois santos são realçados os pastores dedicados e os mártires invencíveis. Cornélio foi o Papa que governou a Igreja de 251 a 253 e Cipriano foi bispo de Cartago de 249 a 258. Viveram no mesmo tempo difícil das perseguições e tiveram que enfrentar, tanto em Roma como em Cartago, a questão da reconciliação dos cristãos que tinham cedido às perseguições, os chamados lapsi (os que caíram), bem como a defesa da unidade da Igreja.

Cornélio: Nada se sabe sobre sua origem. Tornou-se Papa imediatamente depois da perseguição de Décio, que, além de muitas vítimas, deixou um saldo negativo muito grande de apostasias. A readmissão de tais apóstatas na comunidade cristã suscitou vivas polêmicas. Cornélio procurou facilitar a volta dos apóstatas arrependidos, usando sobretudo de misericórdia. Contra tal atitude compreensiva voltou-se o presbítero rigorista Novaciano, chefe da ala que excluía para sempre da comunhão eclesial os que haviam fraquejado na perseguição, constituindo-se como antipapa.

Depois da peste que se abateu sobre o Império Romano, da qual os cristãos foram incriminados, acusados de terem provocado a cólera dos deuses, o imperador Galo, que sucedeu a Décio, desencadeou nova perseguição. O papa Cornélio foi mandado para o exílio em Civitavecchia, perto de Roma, onde veio a falecer em 253. Não se sabe se Cornélio foi morto ou se morreu em consequência do exílio. No entanto, a começar por São Cipriano, ele sempre foi considerado e cultuado como mártir.

Cecilio Cipriano, popularmente conhecido como Tácio: Nasceu provavelmente em Cartago em torno de 210. Muito pouco se sabe de sua vida antes de sua conversão cristã. Era orador público, professor de Retórica e advogado nas cortes. Foi batizado na Páscoa de 246, tornando-se um novo homem e, em 249, foi eleito para a cátedra episcopal de Cartago.

Durante a perseguição foi envolvido na questão dos lapsi (os que tinham renegado a fé), tanto em Roma como na África. Tratava-se dos que tinham retornado à Igreja, mas não queriam submeter-se à penitência. São Cipriano lutou contra o sacerdote Novato, defensor do antipapa Novaciano, em Roma, e o diácono Felicíssimo, que elegera Fortunato como antibispo, enquanto Cipriano se mantinha oculto durante a perseguição, dirigindo por cartas a sua Igreja. Cessada essa perseguição, voltou a Cartago. Não demorou e foi exilado e, a 14 de setembro de 258, foi preso e decapitado em Sesti, perto de Cartago.

Entre os expoentes máximos, juntamente com Tertuliano, da primeira latinidade cristã, em seu magistério deu notável contribuição à doutrina sobre a unidade da Igreja reunida em torno da Eucaristia sob a direção do bispo. Na Carta 62 Cipriano mostra que o sacrifício da Eucaristia é sacrifício de Cristo e da Igreja. Ele expõe o sentido das gotas de água no vinho, no caso dos “aquaristas”, que insistiam em celebrar a Eucaristia com pão e água, sem o vinho. Cipriano diz que devem por ao menos um pouco de vinho na água, pois senão nós estamos sozinhos sem o Cristo. Além das numerosas cartas pelas quais ele governava a Igreja em sua ausência, Cipriano escreveu vários tratados. Entre eles podemos citar o Tratado sobre a Unidade da Igreja, Tratado sobre os lapsi, Tratado sobre a mortalidade e um belo Tratado sobre a Oração do Senhor.

Cornélio e Cipriano, ambos pastores, ambos mártires, ambos incansáveis promotores da unidade da Igreja e defensores da reconciliação dos penitentes, embora sob condições diversas.

Estas características são expressas nas orações da Missa. Fé, coragem e promoção da unidade da Igreja, na Oração coleta. A Oração sobre as oferendas pede que, celebrando a paixão dos mártires, a Eucaristia nos torne firmes na adversidade, como os fez corajosos na perseguição. A Oração depois da Comunhão pede que pela Eucaristia que recebemos e pelos exemplos de São Cornélio e São Cipriano, sejamos fortalecidos pelo Espírito para dar testemunho do Evangelho.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Cornélio e São Cipriano, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil