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Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

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Orientações

Para a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos (Finados) o Lecionário possui várias opções de leituras para a Santa Missa. São 7 opções para Primeira Leitura e o Salmo correspondente; 15 opções para Segunda Leitura; e 19 opções para o Evangelho. Disponibilizamos aqui o texto de 3 opções. Para saber as demais, clique aqui para ver as indicações.

Antífona de entrada

Se Jesus morreu e ressuscitou de modo semelhante Deus trará de volta, com Cristo, os que através dele entraram no sono da morte. Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. (1Ts 4, 14; 1Cor 15, 22)

Ou:


Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno e brilhe para eles a vossa luz. (Cf. 4 Esd 2, 34. 35)

Ou:


Deus, que ressuscitou Jesus dentre os mortos, dará vida também aos nossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em nós. (Cf. Rm 8, 11)
Requiem aetérnam dona eis, Dómine: et lux perpétua lúceat eis. Ps. 1. Te decet hymnus, Deus, in Sion: et tibi reddétur votum in Ierúsalem. 2. Qui audis oratiónem, ad te omnis caro véniet propter iniquitátem. 3. Etsi praevaluérunt super nos impietátes nostrae, tu propitiáberis eis. 4. Beátus quem elegísti et assumpsísti, inhabitábit in átriis tuis. 5. Replébimur bonis domus tuae, sanctitáte templi tui. (IV Esdr. 2, 34. 35; Ps. 64, 2. 3. 4. 5)
Vernáculo:
Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno e brilhe para eles a vossa luz. (Cf. MR: 4 Esd 2, 34. 35) Sl. 1. Ó Senhor, convém cantar vosso louvor com um hino em Sião! E cumprir os nossos votos e promessas. (Cf. LH: Sl 64, 2. 3a) 2. Toda carne há de voltar para o Senhor, por causa dos pecados. (Cf. LH: Sl 64, 3cd) 3. E por mais que nossas culpas nos oprimam, perdoais as nossas faltas. (Cf. LH: Sl 64, 4) 4. É feliz quem escolheis e convidais para morar em vossos átrios! (Cf. LH: Sl 64, 5ab) 5. Saciamo-nos dos bens de vossa casa e do vosso templo santo. (Cf. LH: Sl 64, 5cd)

Coleta

Senhor, escutai benigno as nossas preces, para que, ao reafirmar nossa fé no vosso Filho ressuscitado dos mortos, também se fortaleça a nossa esperança na futura ressurreição de vossos servos e servas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Ou:


Ó Deus, glória dos fiéis e vida dos justos, que nos remistes pela morte e ressurreição do vosso Filho, concedei benigno aos nossos irmãos e irmãs defuntos que, tendo acreditado no mistério da nossa ressurreição, mereçam alcançar as alegrias da bem-aventurança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Ou:


Ó Deus, pela vitória sobre a morte, fizestes vosso Filho unigênito subir ao céu, concedei aos vossos fiéis defuntos que, libertos desta vida mortal, possam contemplar-vos para sempre como seu criador e redentor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Jó 19, 1. 23-27a


Leitura do Livro de Jó


Jó tomou a palavra e disse:23“Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! 25Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27aEu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros”

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 22(23), 1-3. 4. 5. 6 (R. 1 ou 4a)


℟. O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
Ou: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei.


— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. ℟.

— Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças. Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. ℟.

— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança! ℟.

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda. ℟.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos. ℟.

Segunda Leitura — 1Cor 15, 20-24a. 25-28


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai.
Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Com efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”. Mas, quando ele disser: “Tudo está submetido”, é claro que estará excluído dessa submissão aquele que submeteu tudo a Cristo. E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. É esta a vontade de quem me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas que eu os ressuscite no último dia. (Jo 6, 39) ℟.

Evangelho — Lc 12, 35-40


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Domine Iesu Christe, Rex glóriae, líbera ánimas ómnium fidélium defunctórum de poenis inférni, et de profúndo lacu: líbera eas de ore leónis, ne absórbeat eas tártarus, ne cadant in obscúrum: sed sígnifer sanctus Míchael repraeséntet eas in lucem sanctam: * Quam olim Abrahae promisísti, et sémini eius. ℣. Hóstias et preces tibi, Dómine, laudis offérimus: tu súscipe pro animábus illis, quarum hódie memóriam fácimus: fac eas, Dómine, de morte transíre ad vitam. * Quam olim. (Gradual Romano)


Vernáculo:
Senhor Jesus Cristo, Rei da glória, livrai as almas de todos os fiéis defuntos das penas do inferno e do abismo profundo:livrai-as da boca do leão, não as absorva o tártaro, nem caiam nas trevas. Mas que o vosso porta-bandeira, São Miguel,as leve à santa luz: * Que outrora prometestes a Abraão e à sua posteridade. ℣. Nós Vos oferecemos, Senhor, vítimas e preces de louvor; tomai-as por essas almas que hoje fazemos memória: fazei-as, Senhor, passar da morte à vida, que outrora prometestes à Abraão e à sua posteridade. * Que outrora. (Cf. MRQ)

Sobre as Oferendas

Senhor, acolhei com bondade as nossas oferendas para que vossos fiéis defuntos sejam recebidos na glória com vosso Filho, a quem nos unimos neste grande sacramento do amor.Ele, que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Ou:


Ó Deus onipotente e misericordioso, por este sacrifício, lavai no sangue de Cristo os pecados dos vossos filhos; e não cesseis de purificar, com a indulgência do vosso amor, aqueles que banhastes nas águas batismais. Por Cristo, nosso Senhor.

Ou:


Senhor, aceitai, benigno, a oblação que vos oferecemos em favor de todos os vossos filhos e filhas que adormeceram em Cristo, para que, libertos dos laços da morte, por este incomparável sacrifício, mereçam a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. (Jo 11, 25-26)

Ou:


A luz eterna brilhe para eles, no convívio dos vossos santos, porque sois bom, ó Senhor. (Cf. 4 Esd 2, 35. 34)

Ou:


Aguardamos como salvador o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo, humilhado, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso. (Fl 3, 20-21)
Lux aetérna lúceat eis, Dómine, cum sanctis tuis in aetérnum, quia pius es. (IV Esdr. 2, 35; ℣. Ps. 129, 1-2a. 2bc. 3. 4. 5-6a. 6b-7a. 7bc. 8. vel Ps. 120, 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8 vel Ps. 22, 1-2a. 2b-3a. 3b. 4ab. 4cd. 5ab. 5cd. 6ab)
Vernáculo:
A luz eterna brilhe para eles, no convívio dos vossos santos, porque sois bom, ó Senhor. (Cf. MR: 4 Esd 2, 35. 34)

Depois da Comunhão

Concedei, Senhor, nós vos pedimos, que os vossos fiéis defuntos, pelos quais celebramos este sacramento pascal, cheguem à vossa morada de luz e de paz. Por Cristo, nosso Senhor.

Ou:


Alimentados pelo sacramento do vosso Filho, que por nós foi imolado e ressuscitou glorioso, suplicantes vos pedimos, Senhor, em favor dos vossos fiéis defuntos, a fim de que, purificados pelos mistérios pascais, alcancem a glória da ressurreição futura. Por Cristo, nosso Senhor.

Ou:


Senhor, que acolhestes o sacrifício que celebramos, derramai a abundância da vossa misericórdia sobre os vossos fiéis defuntos, e concedei a plenitude da alegria eterna aos que agraciastes com o dom do Batismo. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 02/11/2025


A necessidade de rezar pelos falecidos


Fazei, Senhor Jesus, que as almas dos vossos servos e servas, purificadas com as nossas preces e o sacrifício que, em favor deles, a Igreja hoje oferece, alcancem a misericórdia e o repouso eterno.

1. A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, dia em que a Igreja nos exorta a sufragar com especial generosidade, com jejuns, esmolas e orações, as almas dos que padecem no Purgatório, é uma ocasião propícia para recordarmos alguns pontos básicos da fé cristã a respeito dos Novíssimos. Antes de tudo, é preciso saber que, logo após a morte, a alma humana apresenta-se diante de Deus para receber a sentença do seu juízo particular, em virtude da qual ela irá, de forma definitiva e irreformável, a) ou para o Inferno, caso tenha morrido em pecado mortal; ou, se partiu deste mundo em estado de graça, b) para o Céu, se estiver totalmente preparada para a visão beatífica; c) ou para o Purgatório, onde deverá pagar a pena temporal de seus pecados ainda não satisfeita, além de purificar-se das imperfeições que a impedem de entrar na glória eterna. Isso significa que, no Dia de Finados, não rezamos para que os mortos se salvem, uma vez que, depois da morte, já está selado para sempre o destino de cada um deles. Proferida a sentença do juízo particular, de nada adiantam, por exemplo, as orações feitas em favor de um condenado.

2. Daí se segue que o Purgatório, ao contrário do que às vezes se pensa, não é um momento de “indecisão” em que a alma, numa última oportunidade, poderia decidir amar a Deus, e assim ir para o Céu, ou rejeitá-lo para sempre, e assim precipitar-se no Inferno. Os que vão para o Purgatório, com efeito, já estão salvos: têm pois garantida a sua eterna bem-aventurança, à qual só terão acesso depois de se terem purificado, padecendo sem mérito na outra vida o que poderiam ter lucrado nesta, da pena temporal devida aos seus pecados já perdoados quanto à culpa. Essas almas benditas, que se acham em condição puramente penal e nada são capazes de fazer por si mesmas, podem contudo ser ajudadas pelos sufrágios dos fiéis, na forma de Missas, orações, esmolas, jejuns e outras obras de piedade, sobretudo pelas indulgências [1].

3. É a isso que nos exorta hoje a Santa Igreja; é ao cumprimento deste dever sagrado de caridade para com os nossos irmãos mortos na fé que ela hoje nos induz. É verdade que, a não ser por especial revelação, não podemos saber se um nosso parente ou amigo, falecido talvez repentina e tragicamente, sem chance de receber os sacramentos, foi para o Inferno ou para o Purgatório. No entanto, essa mesma incerteza, sustentada pela esperança de que Deus não nega a ninguém os auxílios necessários e suficientes à salvação, nos deve impelir a rezar, sim, por todos os fiéis que, mortos na graça divina, necessitam agora do nosso auxílio para que se lhes aliviem as penas que suportam e se lhes abrevie o tempo de padecimento; mas também por todos aqueles que, mesmo sem dar nesta vida sinais visíveis de se terem convertido a Deus, podem muito bem, num ato supremo de misericórdia do nosso clementíssimo Juiz, estar hoje no Purgatório, onde permanecerão por ainda mais tempo, se não abrirmos nossas mãos para auxiliá-los generosamente. Nossa Mãe Santíssima, que conhece o fim que tiveram os mortos por quem hoje rezarmos, saberá fazer bom uso dos sufrágios que oferecermos, e lhes dará melhor e mais sábia aplicação.

Oração. — Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fiéis, concedei às almas dos vossos servos e servas a remissão de todos os seus pecados, a fim de que, por meio destas piedosas súplicas, alcancem de Vós a misericórdia que sempre desejaram. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém. Pai-Nosso e Ave Maria. — Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, e que a luz perpétua os ilumine. Descansem em paz. Amém.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Santo do dia 02/11/2025

Todos os Fiéis Defuntos (Solenidade)
Data: 02 de Novembro


Até quando o Senhor Jesus virá em sua glória e, destruída a morte, lhe forem submetidas todas as coisas, alguns de seus discípulos são peregrinos na terra; outros, que passaram desta vida, estão se purificando; outros, enfim, gozam da glória, contemplando a Deus. Todos, porém, comungamos na mesma caridade de Deus. Portanto, a união daqueles que estão a caminho, com os irmãos falecidos, de maneira alguma se interrompe, antes se vê fortalecida pela comunhão dos bens espirituais (cf. LG 49).

A Igreja, desde os primeiros tempos, vem cultivando com grande piedade a memória dos defuntos e oferecendo por eles seus sufrágios (cf. LG 50). Nos ritos fúnebres a Igreja celebra com fé o mistério pascal, na certeza de que todos que se tornaram pelo batismo membros do Cristo crucificado e ressuscitado, através da morte, passam com ele à vida sem fim (cf. Rito das Exéquias, 1).

Se a festa de Todos os Santos celebra os que foram glorificados e participam da glória no Cristo ressuscitado, sejam eles canonizados como santos ou não, a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos coloca a Igreja em comunhão com os que nos precederam na fé, em relação aos quais está viva a memória da Comunidade.

A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos traz à memória da Comunidade cristã vários mistérios: o mistério da morte, a comunhão solidária com os que nos precederam na fé, a lembrança dos que caminharam conosco na peregrinação terrena, seja na Comunidade familiar, seja na Comunidade eclesial. E não podem ser esquecidos todos os justos salvos mesmo sem terem conhecido a Jesus Cristo.

Dia de Finados leva as pessoas às suas raízes familiares, simbolizadas pelo cemitério. Dia de Finados é o dia da saudade e o dia da esperança. Levar flores aos túmulos dos parentes parece uma obrigação de gratidão e de reconhecimento. No fundo, está-se realizando um rito muito significativo. As flores simbolizam o jardim, o paraíso, a felicidade, que todos desejam aos seus entes queridos.

Depois que uma pedra foi removida do túmulo, o cemitério pode ser chamado de Campo santo, Campo da paz, Jardim da esperança. Já não é mais o lugar fatídico do fim sem sentido, mas o lugar da esperança da vida em Cristo Jesus.

Este encontro com as raízes da vida, com os antepassados, desperta a perspectiva do futuro. É a esperança. Esperança da vida, esperança da ressurreição, esperança da glória em Cristo Jesus.

Daí podemos recolher três elementos fundamentais na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

Temos, primeiramente, a ação de graças pelo que Deus realizou, por sua graça, nos que nos precederam na fé. Comemoramos as maravilhas que Deus neles operou. Não apenas nos santos canonizados, mas nos santos que conviveram conosco, seja na família, seja na Comunidade eclesial. Damos graças a Deus pelo que ele realizou em nossos antepassados, em nossos avós, nossos pais, irmãos, parentes e amigos, que já passaram deste mundo para o Pai.

Depois, olhamos para eles como testemunhas da fé cristã. Eles nos precederam na fé. Aparecem como luzes a indicar o caminho para Deus, como exemplos de fé, de amor e de fidelidade. Brota, então, o desejo de imitá-los, de segui-los no mesmo caminho.

Finalmente, a Comunidade eclesial intercede; pede a Deus que manifeste sua bondade e misericórdia para com os que já terminaram o seu peregrinar nesta terra. A Igreja vive, então, a realidade do Corpo místico de Cristo, manifestado na Igreja peregrinante, na Igreja padecente e na Igreja triunfante. A Igreja reza pelos falecidos, pedindo que Deus lhes conceda o repouso eterno, a participação do convívio eterno com ele.

Os textos, inclusive, os prefácios à escolha, lançam a comunidade celebrante no mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor Jesus. A Igreja celebra o mistério da sepultura do Senhor na certeza da ressurreição. Talvez a Antífona da entrada do primeiro formulário das Missas possa resumir o mistério celebrado: Como Jesus morreu e ressuscitou, Deus ressuscitará os que nele morreram. E, como todos morrem em Adão, todos em Cristo terão a vida.

E a Antífona da Comunhão reza: Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor. Aquele que crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.


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