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Antífona de entrada

Alegram-se nos céus os santos que na terra seguiram a Cristo. Por seu amor derramaram o próprio sangue; exultarão com ele eternamente.
Clamavérunt iusti, et Dóminus exaudívit eos: et ex ómnibus tribulatiónibus eórum liberávit eos. Ps. Benedícam Dóminum in omni témpore: semper laus eius in ore meo. (Ps. 33, 18 et 2)
Vernáculo:
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Sl. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. (Cf. LH: Sl 33, 18 e 2)

Coleta

Ó Deus, que em São Cornélio e São Cipriano destes ao vosso povo pastores dedicados e mártires invencíveis, fortificai, por suas preces, nossa fé e coragem, para que possamos trabalhar incansavelmente pela unidade da Igreja. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Cor 15, 12-20)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos, 12se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dizer entre vós que não há ressurreição dos mortos? 13Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo não ressuscitou. 14E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã e a vossa fé é vã também. 15Nesse caso, nós seríamos testemunhas mentirosas de Deus, porque teríamos atestado — contra Deus — que ele ressuscitou Cristo, quando, de fato, ele não o teria ressuscitado — se é verdade que os mortos não ressuscitam.

16Pois, se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. 17E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados. 18Então, também os que morreram em Cristo pereceram. 19Se é para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, nós somos — de todos os homens — os mais dignos de compaixão. 20Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 16)


℟. Ao despertar, me saciará vossa presença, ó Senhor.


— Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios! ℟.

— Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós. ℟.

— Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me à proteção de vossas asas. E verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença. ℟.


https://youtu.be/kYF2qPmXSjc
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (cf. Mt 11, 25) ℟.

Evangelho (Lc 8, 1-3)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Mirábilis Deus in sanctis suis: Deus Israel, ipse dabit virtútem et fortitúdinem plebi suae: benedíctus Deus, allelúia. (Ps. 67, 36)


Vernáculo:
Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém! (Cf. LH: Sl 67, 36)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo, ao celebrarmos a paixão dos mártires Cornélio e Cipriano, para que a Eucaristia nos torne firmes na adversidade como os fez corajosos na perseguição. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Fostes vós que permanecestes comigo nas minhas tribulações. E eu disponho do Reino para vós, diz o Senhor. No meu Reino coreis e bebereis à minha mesa. (Lc 22,28-30)
Et si coram homínibus torménta passi sunt, Deus tentávit eos: tamquam aurum in fornáce probávit eos, et quasi holocáusta accépit eos. (Sap. 3, 4. 6; ℣. Cant. Sap. 3, 1. 2. 3. 5. 9ab. 9c)
Vernáculo:
Se aos olhos dos homens sofreram tormentos, sua esperança era plena de vida imortal. Como ouro os provou no calor da fornalha, como grande holocausto junto a si os acolheu: no dia da Vinda terão vida nova. (Cf. Saltério: Sb 3, 4. 6)

Depois da Comunhão

Ó Deus, por esta Eucaristia que recebemos e pelos exemplos de São Cornélio e São Cipriano, sejamos fortalecidos pelo vosso Espírito, para dar testemunho do Evangelho. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 16/09/2022
A luta contra os pecados capitais

Há dentro de nós uma feroz batalha, travada entre o homem velho e o novo. Prova disso são os pecados capitais, aquelas tendências ou inclinações desordenadas que, se não forem combatidas, afastam-nos de Cristo.


O Evangelho de hoje nos fala das piedosas mulheres que, curadas de maus espíritos e doenças, seguiam Jesus e, entre elas, menciona uma em especial: Maria, chamada Madalena, da qual expulsara o Senhor sete demônios. Nestes sete espíritos malignos sempre viu a tradição da Igreja uma referência aos chamados pecados capitais: vanglória, inveja, avareza, ira, luxúria, gula e preguiça. Ora, chamam-se capitais aqueles pecados dos quais brotam como de sua raiz e dependem como de sua cabeça (caput, em latim) todos os outros pecados. Apesar de consagrada pelo uso, a palavra pecado não é, porém, a mais adequada para os designar, porque não se trata de pecados propriamente ditos, mas antes de tendências ou propensões desordenadas, que, embora não constituam em si mesmas um pecado, induzem ao pecado e, pela repetição dos atos correspondentes, podem transformar-se em verdadeiros vícios. Os pecados capitais, nesse sentido, são como doenças espirituais que, em virtude do pecado original, nos afetam a todos em maior ou menor medida. Alguns, v.gr., têm mais forte inclinação aos pecados de impureza, outros sentem maior atração pelos brilhos fingidos da avareza, alguns cedem com facilidade aos ímpetos da ira, outros ainda somente com muito esforço resistem às delícias da mesa etc. Essas tendências, que todos trazemos marcadas em nossa carne, podem também ser estimuladas pelo mundo, com seus falsos atrativos e suas promessas de felicidade, e pelos demônios, que, com a penetração de sua inteligência angélica, bem conhecem os pendores desordenados que cada um tem para este ou aquele pecado. E, como o fizera a Maria Madalena, também a nós o Senhor quer curar destes maus espíritos: se bem é certo que, enquanto caminhamos neste mundo, teremos de lutar até o fim contra as solicitações da carne, do mundo e do demônio, temos a firme esperança de que chegaremos um dia, ajudados pela graça, à vitória definitiva e, coroados por Cristo, reinaremos com Ele, livres de uma vez para sempre de todo desejo impuro, de toda aspiração vaidosa, de toda rixa e inimizade.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | Para que serve a penitência? (Memória de São Cornélio e São Cipriano)

A Igreja celebra hoje a memória de dois grandes mártires: São Cornélio e São Cipriano. O primeiro, como Papa, e o segundo, como Bispo de Cartago, não só se mostraram fiéis a Cristo até o extremo, morrendo por Ele na mão das autoridades romanas, mas também defenderam sem descanso que, mesmo os que cedem ao medo nos momentos de perseguição, podem ser readmitidos à vida da Igreja, desde que cumpram, com humildade e sincero arrependimento, a penitência devida à sua infidelidade.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 16 de setembro, e recorramos juntos à intercessão de São Cornélio e São Cipriano!


https://youtu.be/54j1Ey4fwcw

Santo do dia 16/09/2022


São Cornélio e São Cipriano (Memória)
Local: Roma, Itália; Cartago, Tunísia
Data: 16 de Setembro † 252; 258


A Igreja celebra juntamente a memória de Cornélio e de Cipriano, mortos em anos distintos, mas unidos por grande amizade e pelas mesmas preocupações pastorais. Nos dois santos são realçados os pastores dedicados e os mártires invencíveis. Cornélio foi o Papa que governou a Igreja de 251 a 253 e Cipriano foi bispo de Cartago de 249 a 258. Viveram no mesmo tempo difícil das perseguições e tiveram que enfrentar, tanto em Roma como em Cartago, a questão da reconciliação dos cristãos que tinham cedido às perseguições, os chamados lapsi (os que caíram), bem como a defesa da unidade da Igreja.

Cornélio: Nada se sabe sobre sua origem. Tornou-se Papa imediatamente depois da perseguição de Décio, que, além de muitas vítimas, deixou um saldo negativo muito grande de apostasias. A readmissão de tais apóstatas na comunidade cristã suscitou vivas polêmicas. Cornélio procurou facilitar a volta dos apóstatas arrependidos, usando sobretudo de misericórdia. Contra tal atitude compreensiva voltou-se o presbítero rigorista Novaciano, chefe da ala que excluía para sempre da comunhão eclesial os que haviam fraquejado na perseguição, constituindo-se como antipapa.

Depois da peste que se abateu sobre o Império Romano, da qual os cristãos foram incriminados, acusados de terem provocado a cólera dos deuses, o imperador Galo, que sucedeu a Décio, desencadeou nova perseguição. O papa Cornélio foi mandado para o exílio em Civitavecchia, perto de Roma, onde veio a falecer em 253. Não se sabe se Cornélio foi morto ou se morreu em consequência do exílio. No entanto, a começar por São Cipriano, ele sempre foi considerado e cultuado como mártir.

Cecilio Cipriano, popularmente conhecido como Tácio: Nasceu provavelmente em Cartago em torno de 210. Muito pouco se sabe de sua vida antes de sua conversão cristã. Era orador público, professor de Retórica e advogado nas cortes. Foi batizado na Páscoa de 246, tornando-se um novo homem e, em 249, foi eleito para a cátedra episcopal de Cartago.

Durante a perseguição foi envolvido na questão dos lapsi (os que tinham renegado a fé), tanto em Roma como na África. Tratava-se dos que tinham retornado à Igreja, mas não queriam submeter-se à penitência. São Cipriano lutou contra o sacerdote Novato, defensor do antipapa Novaciano, em Roma, e o diácono Felicíssimo, que elegera Fortunato como antibispo, enquanto Cipriano se mantinha oculto durante a perseguição, dirigindo por cartas a sua Igreja. Cessada essa perseguição, voltou a Cartago. Não demorou e foi exilado e, a 14 de setembro de 258, foi preso e decapitado em Sesti, perto de Cartago.

Entre os expoentes máximos, juntamente com Tertuliano, da primeira latinidade cristã, em seu magistério deu notável contribuição à doutrina sobre a unidade da Igreja reunida em torno da Eucaristia sob a direção do bispo. Na Carta 62 Cipriano mostra que o sacrifício da Eucaristia é sacrifício de Cristo e da Igreja. Ele expõe o sentido das gotas de água no vinho, no caso dos "aquaristas", que insistiam em celebrar a Eucaristia com pão e água, sem o vinho. Cipriano diz que devem por ao menos um pouco de vinho na água, pois senão nós estamos sozinhos sem o Cristo. Além das numerosas cartas pelas quais ele governava a Igreja em sua ausência, Cipriano escreveu vários tratados. Entre eles podemos citar o Tratado sobre a Unidade da Igreja, Tratado sobre os lapsi, Tratado sobre a mortalidade e um belo Tratado sobre a Oração do Senhor.

Cornélio e Cipriano, ambos pastores, ambos mártires, ambos incansáveis promotores da unidade da Igreja e defensores da reconciliação dos penitentes, embora sob condições diversas.

Estas características são expressas nas orações da Missa. Fé, coragem e promoção da unidade da Igreja, na Oração coleta. A Oração sobre as oferendas pede que, celebrando a paixão dos mártires, a Eucaristia nos torne firmes na adversidade, como os fez corajosos na perseguição. A Oração depois da Comunhão pede que pela Eucaristia que recebemos e pelos exemplos de São Cornélio e São Cipriano, sejamos fortalecidos pelo Espírito para dar testemunho do Evangelho.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Cornélio e São Cipriano, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil