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Antífona de entrada

Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar, e contemplai a face do vosso Ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil. (Sl 83, 10-11)
Protéctor noster áspice, Deus, et réspice in fáciem Christi tui: quia mélior est dies una in átriis tuis super míllia. Ps. Quam dilécta tabernácula tua, Dómine, virtútum! concupíscit et déficit ánima mea in átria Dómini. (Ps. 83, 10. 11 et 2. 3)
Vernáculo:
Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar, e contemplai a face do vosso Ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil. (Cf. MR: Sl 83, 10-11) Sl. Quão amável, ó Senhor, é vossa casa, quanto a amo, Senhor Deus do universo! Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! (Cf. LH: Sl 83, 2. 3a)

Coleta

Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ez 34, 1-11)


Leitura da Profecia de Ezequiel


1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel! Profetiza, dizendo-lhes: Assim fala o Senhor Deus aos pastores: Ai dos pastores de Israel, que se apascentam a si mesmos! Não são os pastores que devem apascentar as ovelhas? 3Vós vos alimentais com o seu leite, vestis a sua lã e matais os animais gordos, mas não apascentais as ovelhas. 4Não fortalecestes a ovelha fraca, não curastes a ovelha doente, nem enfaixastes a ovelha ferida. Não trouxestes de volta a ovelha extraviada, não procurastes a ovelha perdida; ao contrário, dominastes sobre elas com dureza e brutalidade.

5As ovelhas dispersaram-se por falta de pastor, tornando-se presa de todos os animais selvagens. 6Minhas ovelhas vaguearam sem rumo por todos os montes e colinas elevadas. Dispersaram-se minhas ovelhas por toda a extensão do país, e ninguém perguntou por elas, nem as procurou. 7Por isso, ó pastores, escutai a palavra do Senhor: 8Eu juro por minha vida – oráculo do Senhor Deus – já que minhas ovelhas foram entregues à pilhagem e se tornaram presa de todos os animais selvagens, por falta de pastor; e porque os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas, mas apascentaram-se a si mesmos e não as ovelhas, 9por isso, ó pastores, escutai a palavra do Senhor!

10Assim diz o Senhor Deus: Aqui estou para enfrentar os pastores e reclamar deles as minhas ovelhas. Vou tirar-lhes o ofício de pastor, e eles não mais poderão apascentar-se a si mesmos. Vou libertar da boca deles as minhas ovelhas, para não mais lhes servirem de alimento. 11Assim diz o Senhor Deus: Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 22)


℟. O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.


— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha e restaura as minhas forças. ℟.

— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança! ℟.

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda. ℟.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos. ℟.


https://youtu.be/eWouyIXCRJg
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração. (Hb 4, 12) ℟.

Evangelho (Mt 20, 1-16a)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’.

5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’

9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.

13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Immíttet ángelus Dómini in circúitu timéntium eum, et erípiet eos: gustáte et vidéte, quóniam suávis est Dóminus. (Ps. 33, 8. 9)


Vernáculo:
O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Cf. LH: Sl 33, 8. 9)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, estas nossas oferendas, pelas quais entramos em comunhão convosco, oferecendo-vos o que nos destes, e recebendo-vos em nós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção. (Sl 129, 7)

Ou:


Eu sou o pão que desci do céu, diz o Senhor; quem comer deste pão, viverá eternamente. (Jo 6, 51-52)
Primum quaérite regnum Dei, et ómnia adiciéntur vobis, dicit Dóminus. (Mt. 6, 33; ℣. Ps. 36, 1. 3. 16. 18. 19. 23. 27. 28ab. 28cd. 29. 34ab)
Vernáculo:
Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo, diz o Senhor. (Cf. Bíblia CNBB: Mt 6, 33)

Depois da Comunhão

Unidos a Cristo por este sacramento, nós vos imploramos, ó Deus, que, assemelhando-nos a ele aqui na terra, participemos no céu da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 17/08/2022
Deus não é nosso devedor

“Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence?”

No Evangelho de hoje, Jesus conta a parábola dos operários de última hora. Todo o mundo sabe em resumo do que se trata. Um homem saiu de madrugada para contratar trabalhadores para sua vinha. Alguns foram contratados logo de manhã, trabalharam portanto o dia inteiro, debaixo do Sol quente. À última hora, por volta das cinco da tarde, o patrão contratou ainda outras pessoas, que tiveram de trabalhar apenas uma hora, das cinco às seis. No momento de pagar, o patrão deu a todos o mesmo valor. Um dos que aguentaram o dia inteiro de trabalho se queixa, mas o proprietário lhe diz: Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata?, isto é, um denário (daí veio, em português, a palavra “dinheiro”), o equivalente na época a uma jornada de trabalho. Trata-se do salário mínimo do dia. Essa é a parábola, mas o que Jesus quer ensinar com ela?

Antes de tudo, temos de entender que o Senhor usa parábolas porque quer que meditemos. Qual é, afinal, a vantagem da parábola? É poder colocar-se no lugar das personagens. Se o padre diz uma verdade em termos abstratos (por exemplo: “Deus é generoso e dá o céu abundantemente”), o fiel pode até apreendê-la conceitualmente, mas é grande a chance de ela entrar por um ouvido e sair pelo outro, isto é, ficar sem fruto espiritual. Com a parábola não é assim. Uma parábola nos toma pela mão, introduz-nos numa cena, numa história. Aqui, em particular, podemos escolher quem seremos, se o patrão (e então nos perguntamos se somos generosos com os outros), se os operários de última hora (e então nos damos conta da liberalidade de Deus, que nos dá tanto pelo pouco que fazemos). Olhando porém mais fundo, vemos que a parábola de hoje tem um propósito, como se vê pela fala mesma de Jesus: o de nos colocar no papel dos operários chamados à hora prima, que trabalharam o dia inteiro sob o Sol escaldante e se queixam de ser recompensados como os outros.

Essa parábola é para todo católico que passa a vida amando e servindo a Deus, conquista o céu, mas encontra lá um sem-vergonha que passou a vida inteira no pecado, mas converteu-se no ultimíssimo momento. Qual seria a nossa atitude, se levássemos para o céu o mesmo homem que ainda somos na terra? De inveja. Essa é a tristeza que o Senhor nos quer ajudar a matar dentro de nós. Devemos ter consciência — e alegrar-nos com isso! — de que Deus, bom e gracioso, dá a certas pessoas o que não nos dá a nós, é generoso mais com uns do que com outros, sem por isso deixar de ser sumamente generoso com todos. O invejoso compara-se com o vizinho e se entristece por ver que o outro tem o que ele não tem. Trata-se de uma tristeza realmente pecaminosa quando é consentida, ou seja, quando se admite deliberadamente por causa das bênçãos recebidas por outros. Torna-se mais grave quando, além disso, se converte em indignação contra a Deus, por ser Ele o autor daqueles benefícios.

A parábola nos previne, pois, contra a armadilha da inveja. Se porventura sentirmos uma pontada de tristeza com os bens alheios, não consintamos; antes, pelo contrário, aproveitemos para combatê-la com uma sincera ação de graças a Deus, que foi tão bom com o nosso próximo. Fujamos da inveja como fugimos de qualquer tentação sexual, ao soar o primeiro alerta, antes de haver espaço para o consentimento! Em segundo lugar, temos de reconhecer que, se sentimos inveja como o assalariado de primeira hora, é porque, no fundo, vemos a Deus como nosso devedor e sua recompensa, como o justo ordenado de nossos serviços. Ora, Deus não nos deve o céu porque nós não o merecemos. Foi Ele que, livre e generosamente, no-lo prometeu dar pelas boas obras que, com sua graça, tivermos feito. Se Deus dá o céu a quem trabalha só uma hora, demos graças por Ele ter-se dignado dar-nos o mesmo pelo nada que é trabalhar o dia todo! Todos os que entrarem no céu lá entrarão por pura misericórdia de Deus. Cantemos, pois, a graça do Senhor, que dá a todos um tempo para trabalhar em sua vinha!

Afinal, amar e servir a Deus é dever nosso, é dar o que Ele merece. Na verdade, Deus merece um amor infinito, por isso é uma honra, uma graça, um privilégio muito grande que Ele nos tenha concedido, ainda nessa terra, poder amá-lo e servi-lo. Isso mostra a gratuidade que deve inspirar nosso serviço a Deus. Por que servimos? É porque queremos chegar ao céu e evitar o inferno? Sim, pode ser um de nossos motivos, mas o principal deve ser esse: porque Ele é infinitamente bom e digno de ser amado acima de todas as coisas. É como diz aquela poesia do século XVI: Aunque no hubiera cielo yo te amaría, “Mesmo que não houvesse céu, eu vos amaria”. Deus é bom, e não é pelo salário que devemos amá-lo e servi-lo, mas porque Ele é digno em si mesmo de ser amado sobre tudo e servido em tudo. Ainda que não houvesse nada após essa vida, teria sido já uma grande graça e privilégio tê-la vivido para amar a Deus generosamente. Ora, se só isso já seria uma enorme recompensa, que dizer então do que nos espera depois desta vida, como sabemos com certeza pela fé? Deus tem um céu preparado para nós! É muito mais do que jamais poderíamos merecer — tê-lo como nossa herança, riqueza e descanso.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Não caia na lógica do diabo! (Quarta-feira da 20.ª Semana do Tempo Comum)

A figura do patrão misericordioso, que concede a mesma recompensa tanto aos que trabalharam desde o começo do dia quanto aos que chegaram mais tarde à sua vinha, oferece-nos a ocasião de refletirmos sobre o pecado da inveja. Em que consiste essa lógica verdadeiramente diabólica, que fez caírem Lúcifer, Caim e os trabalhadores insatisfeitos da parábola do Evangelho? Como podemos fugir da tristeza pela graça fraterna, que é, segundo a doutrina de Santo Tomás, um dos seis pecados contra o Espírito Santo?Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 17 de agosto, e descubra a resposta.


https://youtu.be/qP01aCeKPaU

Santo do dia 17/08/2022


Santa Beatriz da Silva, Religiosa e Fundadora (Memória Facultativa)
Local: Toledo, Espanha
Data: 17 de Agosto † 1492


Beatriz da Silva nasceu em Ceuta, cidade do Norte de África virada para o Mediterrâneo, então governada pela Coroa de Portugal. O feliz acontecimento ocorreu em 1426, muito provavelmente, embora algumas biografias mencionem o ano de 1424.

Seu pai, Dom Ruy Gomes da Silva, ainda jovem, havia lutado na conquista da cidade de Ceuta em 1415; e com tanta coragem, que o Capitão da praça, o nobre Dom Pedro de Meneses, o recompensou, dando-lhe em casamento a filha Isabella. Esta foi, para várias alianças, ligada às casas reais de Espanha e Portugal. Seus filhos cresceram com amor e com a iluminação prudente da alma profundamente cristã de seus pais, especialmente da mãe. O irmão de Beatriz é na verdade o beato Amadeu da Silva (conhecido como Amadeus), que abraçou a Ordem de São Francisco na Itália e deu origem a um ramo da Ordem dos Frades Menores Reformados.

Em 1433 o pai de Beatriz foi nomeado major da vila de Campo Maior, em Portugal, para onde se mudou com toda a família. Em Portugal, portanto, a futura santa viveu os tempos da sua infância e juventude, cultivando as qualidades exaltadas da sua alma privilegiada e preparando-se para as provações futuras. A experiência do sofrimento físico e moral, como prova de amor, é frequente no caminho para aqueles a quem o Senhor deseja dar a coroa da vida, prometida a quem o ama (cf. Tg 1, 12).

Em 1447, com cerca de vinte anos, Beatriz acompanhou a Infanta Isabel de Portugal como dama de companhia, por ocasião do seu casamento com João II de Castela. A corte de Castela, que na época se localizava em Tordesilhas, caracterizou-se pela intriga e pela cortesia, em meio às quais a jovem se sentia inquieta. Sua beleza e virtude atraíram os nobres castelhanos, que lutaram por sua amizade e amor. Isso despertou o ciúme de Isabella que a maltratava, até que ela a trancou em um baú trancado por três dias, sem lhe dar comida ou bebida, colocando-a em risco de perder a vida.

Durante o seu confinamento, Beatriz invocou a Nossa Senhora, que lhe apareceu vestida de branco e azul, convidando-a a fundar uma ordem religiosa que apoiasse a sua Imaculada Conceição, cujos membros usariam um vestido semelhante ao dela. Para retribuir esse dom, a jovem optou por fazer o voto de virgindade perpétua no mosteiro de San Domenico, onde se dedicou exclusivamente a Deus durante trinta anos.

Após estes 30 anos de dedicação a Deus decidiu fundar um novo mosteiro e a Ordem da Imaculada Conceição, em honra do Mistério da Imaculada Conceição e para a propagação do seu culto.

Para o efeito obteve o apoio da Rainha Isabel, conhecida como Católica, filha de João II e Isabel de Portugal. O soberano deu-lhe o palácio da Galiana em Toledo, com a vizinha igreja de Santa Fé, pelo que Beatriz, em 1484, mudou-se para a nova residência com doze companheiros, constituindo assim uma nova família monástica, aprovada pelo Papa Inocêncio VIII. 30 de abril 1489 com a bula "Inter Universa".

A data de sua morte é incerta: algumas fontes afirmam que ele morreu em 17 de agosto de 1490, sem fazer votos. Outros, por outro lado, declaram que ela morreu em 1492, depois de tê-los emitido junto com as primeiras irmãs. Seu projeto de fundação foi realizado por seus discípulos e pelos Frades menores.

Fonte: causesanti.va

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