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Antífona de entrada

Estou pregado na cruz com Jesus Cristo: já não sou eu que vivo, mas é o Cristo que vive em mim. Vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. (Gl 2, 19-20)
Nos autem gloriári opórtet, in cruce Dómini nostri Iesu Christi: in quo est salus, vita, et resurréctio nostra: per quem salváti, et liberáti sumus. Ps. Meménto, Dómine, David, et omnis mansuetúdinis eius. (Cf. Gal. 6, 14; Ps. 131)
Vernáculo:
A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou. (Cf. MR: Gl 6, 14) Sl. Recordai-vos, ó Senhor, do rei Davi e de quanto vos foi ele dedicado. (Cf. LH: Sl 131, 1)

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, que ornais a vossa Igreja com o testemunho dos mártires, fazei que a gloriosa paixão que hoje celebramos, dando a Santo Inácio de Antioquia a glória eterna, nos conceda contínua proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ef 2, 1-10)


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios


Irmãos, 1vós estáveis mortos por causa de vossas faltas e pecados, 2nos quais vivíeis outrora, quando seguíeis o deus deste mundo, o príncipe que reina entre o céu e a terra, o espírito que age agora entre os rebeldes.

3Nós éramos deste número, todos nós. Outrora nos abandonávamos às paixões da carne; satisfazíamos os seus desejos, seguíamos os seus caprichos e éramos por natureza, como os demais, filhos da ira.

4Mas Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! 6Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Jesus Cristo.

7Assim, pela bondade, que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza da sua graça. 8Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! 9Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 99)


℟. O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.


— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! ℟.

— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho. ℟.

— Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor, dai-lhe graças, seu nome bendizei! ℟.

— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente! ℟.


https://youtu.be/os-_5hJX38I
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5, 3) ℟.

Evangelho (Lc 12, 13-21)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. 14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” 15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. 16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Glória et honóre coronásti eum: et constituísti eum super ópera mánuum tuárum, Dómine. (Ps. 8, 6. 7)


Vernáculo:
Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes. (Cf. LH: Sl 8, 6. 7)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, aceitai esta nossa oblação como acolhestes Santo Inácio de Antioquia, trigo do Cristo, transformado pelo martírio em pão sem mistura. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eu sou o trigo de Cristo, serei moído pelos dentes das feras, para tornar-me um pão sem mistura.
Fruméntum Christi sum, déntibus bestiárum molar, ut panis mundus invéniar. (Graduale Romanum; ℣. Ps. 33, 2. 6. 16. 18. 19. 20. 21. 23)
Vernáculo:
Eu sou o trigo de Cristo, serei moído pelos dentes das feras, para tornar-me um pão sem mistura. (Cf. MR)

Depois da Comunhão

Sejamos revigorados, ó Deus, pelo pão celeste que recebemos na festa de Santo Inácio de Antioquia, para que não tenhamos apenas o nome de cristãos, mas realmente o sejamos por nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 17/10/2022
A loucura da ganância

De todos os males que padece a nossa sociedade, o mais difundido e “normalizado” hoje em dia é, sem dúvida nenhuma, a ganância.


É contra a ganância que o Senhor nos adverte hoje no Evangelho. Ganância, πλεονεξία no original grego, consiste fundamentalmente no desejo de acumular riquezas em grande quantidade. É em função deste desejo que, há pelo menos 300 anos, tem vivido a nossa sociedade. Trata-se, talvez, do vício mais difundido, se não do mais corrosivo, no mundo moderno. E se é verdade, por um lado, que o afã por amontoar bens sempre existiu, como o próprio Evangelho nos atesta, é também verdade que ele nunca teve tão grandes proporções como as que tem nos dias que correm. Antes, era um problema de poucos, dos que já tinham certo cabedal e meios de avolumar a própria fortuna; hoje, ao contrário, é um mal que afeta praticamente a todos, pois é quase impossível encontrar alguém cuja vida não gire em torno do dinheiro. Vivemos obcecados por trabalhar, produzir e encher a carteira, de sorte que todos os demais bens — como a família, o descanso e até mesmo a saúde —, uma vez relativizados, passam a estar subordinados à conta bancária. Somos uma sociedade de loucos e insensatos, não só por tomarmos como fim o que existe apenas na qualidade de meio, mas também por acumularmos bens que de nada nos aproveitarão na vida eterna. Só a reflexão sobre a morte e, portanto, sobre a verdadeira finalidade da nossa existência, poderá colocar no eixo os nossos desejos e orientar o nosso olhar, não para as riquezas perecíveis deste mundo, cuja figura passa, mas para aquele Bem sumo e inesgotável que nos está esperando no céu. Que Jesus nos conceda, pelas mãos de sua Mãe SS., tesoureira dos verdadeiros bens, a graça de nos lembrarmos com frequência dos Novíssimos, da brevidade da vida e do valor da bem-aventurança eterna, que não pode ser comprada nem por ouro nem por prata, mas apenas arrebatada com determinação pelos corações ungidos com a caridade de Cristo.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | “Sou o trigo de Cristo” (Memória de Santo Inácio de Antioquia, Bispo e Mártir)

O grão de trigo que se lança à terra, para poder dar fruto, tem de morrer. Por isso, abrasados pela caridade de Cristo, os mártires não desejam outra coisa senão que chegue logo a hora dos tormentos, quando, moídos nos dentes das feras, eles podem por fim tornar-se pão imaculado e imitadores da Paixão do Senhor. Porque, para quem ama, o viver é Cristo e o morrer é lucro.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 17 de outubro, e peçamos juntos a Deus que olhe para a nossa fraqueza e, pela intercessão de Santo Inácio de Antioquia, nos alivie do peso das nossas culpas e nos crucifique para este mundo que passa, a fim de podermos testemunhá-lo com coragem sempre que se nos oferecer a ocasião.


https://youtu.be/2zhan8w73Qw
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Santo do dia 17/10/2022

Ouça no Youtube

Santo Inácio de Antioquia (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 17 de Outubro† 107


Diz a tradição que Santo Inácio foi o segundo sucessor de São Pedro na sede de Antioquia na Síria. Pode ser considerado também como o primeiro pastor como bispo de uma Igreja. Se ele foi o terceiro bispo, onde os discípulos de Cristo foram, pela primeira vez, chamados cristãos, Inácio foi, por sua vez, o primeiro a chamar a Igreja de Igreja Católica.

Estamos diante de uma figura extraordinária da Igreja subapostólica do fim do primeiro século. Como bispo de Antioquia, era muito conhecido e estimado em todo o Oriente cristão. Não se sabe praticamente nada sobre as circunstâncias em que foi preso durante o governo do imperador Trajano, que faleceu em 117 depois de Cristo, bem como o ano em que foi dado às feras no circo de Roma. Menciona-se, ora o ano 110, ora o ano 107. Nesta última data, o imperador preparara grandioso espetáculo em Roma, em que foram mortos muitos gladiadores juntamente com homens ilustres em luta com 11.000 animais ferozes.

Inácio fora condenado às feras em sua sede em Antioquia da Síria e provavelmente foi destinado às feras em Roma em 107. Durante o itinerário que conduziu Santo Inácio chamado Teóforo, isto é, Portador de Deus, de Antioquia para Roma, aproveitou ele a oportunidade para dirigir cartas às Comunidades cristãs da Ásia Menor. São sete ao todo, sendo uma dirigida à Igreja de Roma. Nelas ele lembra a organização das ditas Comunidades, concentradas na pessoa do bispo com seus presbíteros e diáconos. Insiste na adesão ao bispo a quem se deve seguir como Cristo seguiu a vontade do Pai. É muito importante o testemunho que estas cartas dão sobre as crenças e a organização interna da Igreja cristã menos de um século após a Ascensão de Cristo. Fora dos autores hagiográficos do Novo Testamento, Santo Inácio é o primeiro escritor a ressaltar o parto virginal de Maria. Também o mistério da Trindade é plenamente dado como certo. Nele já se encontram elementos sólidos de Cristologia. Não menos notáveis são as expressões que ele usa em relação à Santíssima Eucaristia: "Carne de Cristo", "dom de Deus", "remédio de imortalidade". Inácio denuncia os hereges "que não reconhecem que a Eucaristia é a carne de nosso Salvador Jesus Cristo, carne que padeceu por nossos pecados e que o Pai, em sua bondade, ressuscitou".

A mais importante das sete cartas de Santo Inácio é a endereçada à comunidade eclesial de Roma, no desejo de preparar sua chegada à Cidade Eterna. Neste escrito, respira-se o perfume do mais puro amor a Cristo que anima o coração de Inácio. Percebe-se o seu ardente desejo de morrer mártir para estar com Deus, para estar para sempre com Cristo. Nesta carta ele pede que a comunidade de Roma não interfira em favor dele: "Deixai-me ser comida para as feras, pelas quais me é possível encontrar Deus. Sou trigo de Deus e sou moído pelos dentes das feras para encontrar-me como pão puro de Cristo".

Inácio foi de fato atirado às feras em Roma provavelmente no ano de 107. Por decênios suas cartas foram lidas em público nas igrejas, quase com a mesma veneração com que se liam as cartas de São Paulo. No decurso da história do cristianismo encontramos certamente em Santo Inácio de Antioquia muitos dos mais eloquentes testemunhos de doação completa e de amor a Cristo. Ele impressiona, sobretudo, por sua devoção martirial, vendo no martírio pela fé o meio por excelência de fazer-se discípulo perfeito de Cristo.

Este amor total a Cristo presente na Eucaristia e o desejo do martírio para ficar para sempre com ele aparecem de modo eloquente nos textos litúrgicos. A Oração coleta destaca o testemunho do martírio como ornamento da Igreja. A Oração sobre as oferendas pede que Deus aceite a nossa oblação como acolheu Santo Inácio, trigo do Cristo, transformado pelo martírio em pão sem mistura. O pensamento do trigo de Cristo moído pelos dentes das feras volta na Antífona da Comunhão. E na Antífona do Magnificat aparece sua fé ardente na Eucaristia: Eu desejo o Pão de Deus, que é a carne de Jesus descendente de Davi: eu desejo esta bebida que é o sangue de Jesus, caridade incorruptível. A Oração depois da Comunhão pede que sejamos revigorados pelo pão celeste que recebemos na festa de Santo Inácio de Antioquia para que não tenhamos apenas o nome de cristãos, mas realmente o sejamos por nossa vida.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil