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Memória Facultativa

São Cirilo de Jerusalém, bispo e doutor da Igreja


Antífona de entrada

Senhor, a vós recorro, que eu não seja confundido para sempre. Vós me tirais do laço que me armaram, vós sois meu protetor. (Sl 30, 2. 5)
Ego autem cum iustítia apparébo in conspéctu tuo: satiábor, dum manifestábitur glória tua. Ps. Exáudi Dómine iustítiam meam: inténde deprecatiónem meam. (Ps. 16, 15 et 1)
Vernáculo:
Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença. Sl. Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! (Cf. LH: Sl 16, 15 e 1)

Coleta

Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, que, purificados pelo esforço da penitência, cheguemos de coração sincero às festas da Páscoa que se aproximam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Gn 37, 3-4. 12-13a. 17b-28)

 

Leitura do Livro do Gênesis


3Israel amava mais a José do que a todos os outros filhos, porque lhe tinha nascido na velhice. E por isso mandou fazer para ele uma túnica de mangas longas. 4Vendo os irmãos que o pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no e já não lhe podiam falar pacificamente.

12Ora, como os irmãos de José tinham ido apascentar o rebanho do pai em Siquém, 13adisse Israel a José: “Teus irmãos devem estar com os rebanhos em Siquém. Vem, vou enviar-te a eles”.

17bPartiu, pois, José atrás de seus irmãos e encontrou-os em Dotaim. 18Eles, porém, tendo-o visto ao longe, antes que se aproximasse, tramaram a sua morte. 19Disseram entre si: “Aí vem o sonhador! 20Vamos matá-lo e lançá-lo numa cisterna, depois diremos que um animal feroz o devorou. Assim veremos de que lhe servem os sonhos”.

21Rúben, porém, ouvindo isto, disse-lhes: 22“Não lhe tiremos a vida”! E acrescentou: “Não derrameis sangue, mas lançai-o naquela cisterna do deserto, e não o toqueis com as vossas mãos”. Dizia isto, porque queria livrá-lo das mãos deles e devolvê-lo ao pai. 23Assim que José chegou perto dos irmãos, estes despojaram-no da túnica de mangas longas, pegaram nele 24e lançaram-no numa cisterna que não tinha água. 25Depois, sentaram-se para comer. Levantando os olhos, avistaram uma caravana de ismaelitas, que se aproximava, proveniente de Galaad. Os camelos iam carregados de especiarias, bálsamo e resina, que transportavam para o Egito.

26E Judá disse aos irmãos: “Que proveito teríamos em matar nosso irmão e ocultar o seu sangue? 27É melhor vendê-lo a esses ismaelitas e não manchar nossas mãos, pois ele é nosso irmão e nossa carne”. Concordaram os irmãos com o que dizia.

28Ao passarem os comerciantes madianitas, tiraram José da cisterna, e por vinte moedas de prata o venderam aos ismaelitas: e estes o levaram para o Egito.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 104)

 

℟. Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!


— Mandou vir, então, a fome sobre a terra e os privou de todo pão que os sustentava; um homem enviara à sua frente, José que foi vendido como escravo. ℟.

— Apertaram os seus pés entre grilhões e amarraram seu pescoço com correntes, até que se cumprisse o que previra, e a palavra do Senhor lhe deu razão. ℟.

— Ordenou, então, o rei que o libertassem, o soberano das nações mandou soltá-lo; fez dele o senhor de sua casa, e de todos os seus bens o despenseiro. ℟.


https://youtu.be/1kVMGX3Px_A
℟. Jesus Cristo, sois bendito, sois o Ungido de Deus Pai!
℣. Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna. (Jo 3, 16) ℟.

Evangelho (Mt 21, 33-43. 45-46)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos.

35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram. 36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário, enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.

38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses vinhateiros?”

41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.

42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” 43Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.

45Os sumos sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus, e compreenderam que estava falando deles. 46Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Domine, in auxílium meum réspice: confundántur et revereántur, qui quaerunt ánimam meam, ut áuferant eam: Dómine, in auxílium meum réspice. (Ps. 39, 14. 15)


Vernáculo:
Dignai-vos, Senhor, libertar-me, vinde logo, Senhor, socorrer-me! De vergonha e vexame enrubesçam, os que buscam roubar a minha vida. Humilhados recuem e voltem, os que sentem prazer em meus males. Vinde logo, Senhor, socorrer-me! (Cf. Sal.: Sl 39, 14. 15)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que a vossa misericórdia prepare os corações dos vossos fiéis e os leve, por uma vida santa, à plenitude dos mistérios que celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Deus nos amou e enviou seu Filho, redenção pelos nossos pecados. (1Jo 4, 10)
Tu Dómine servábis nos, et custódies nos a generatióne hac in aetérnum. (Ps. 11, 8; ℣. Ps. 11, 2. 3. 4. 5. 6. 7)
Vernáculo:
Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis para sempre, nos livrando desta raça! (Cf. LH: Sl 11, 8ab)

Depois da Comunhão

Ó Deus, dai-nos caminhar de tal modo, que possamos alcançar a salvação eterna, cujo penhor agora recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 18/03/2022
Quando somos nós os traidores

Não seremos também nós como aqueles vinhateiros, satisfeitos e felizes enquanto faz bom tempo e o Senhor está longe, mas que se tornam assassinos ferozes quando nos é pedida a conta dos nossos frutos de amor e conversão?

O Evangelho de hoje fala-nos da parábola dos vinhateiros assassinos, dirigida especificamente aos fariseus, que, depois de a compreenderem, mas sem se emendarem, começam a tramar um meio de perder Jesus. Ao lermos páginas como esta, ficamos chocados com a dureza e a incredulidade desses homens, que veem todo o bem feito por Jesus, e ainda assim, apegados à sua posição e prestígio, fazem o possível para o condenar: “Compreenderam que estava falando deles e procuraram prendê-lo”. Na verdade, somos tentados a ler a história que levou Cristo à morte com distanciamento, como se nós, se lá estivéssemos entre os judeus, fôssemos incapazes das mesmas crueldades. Não conseguimos ver-nos entre as turbas enfurecidas que gritavam a Pilatos: “Crucifica-o! Crucifica-o!”, nem imaginar que poderíamos um dia cair na mesma covardia de Pedro, que passou cerca de três anos com Cristo, vendo-lhe o poder e a majestade, para negá-lo em menos de uma noite por receio de uns criados. E no entanto somos postos nas mesmas dificuldades, na mesma urgência de decidir se seremos fiéis ou não, todas as vezes que Deus nos “põe em apuros” por meio de tribulações e provações. Enquanto estamos na nossa “zona de conforto”, é fácil ser piedoso e dizer de peito cheio: “Senhor, eu te seguirei aonde fores, inclusive à morte, se preciso for”; mas basta uma nuvenzinha mais escura a sombrear-nos o horizonte para, sem demora, praguejarmos contra Deus, impacientes e revoltados, e abandonarmos nossas devoções, o cumprimento dos nossos preceitos e até mesmo a religião de que nos sentimos fidelíssimos seguidores. No fundo, somos nós os vinhateiros daquela vinha: enquanto faz bom tempo e o sol brilha alto, somos gratos por tão boa e amena ocupação; mas, se Deus nos vem pedir conta dos frutos que estamos produzindo, somos capazes de lhe agarrar o Filho, espancá-lo e matá-lo, não uma, mas todas as vezes que for necessário. Que não continuemos a crucificar o Filho de Deus, e se tanto nos custa corresponder com amor generoso ao amor infinito que Ele nos tem, peçamos-lhe a graça de o podermos fazer de bom grado, sem encontrar desculpas nem escusas. Que, por causa de nossa infidelidade, Ele não venha a dizer: “O Reino de Deus vos será tirado”.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Somos responsáveis pela Paixão? (Sexta-feira da 2.ª Semana da Quaresma)

Cristo teve, em certo sentido, “duas” mortes: uma, na qual morreu por nossa causa; outro, na qual morreu por nossas mãos. Morreu por nossa causa, porque morreu por amor a nós, a fim de libertar-nos do pecado e, reconciliando-nos com o Pai, abrir para a humanidade as portas do céu. Mas morreu por nossas mãos, porque se fez vítima pelos pecados do mundo inteiro, de tal forma que os mesmos por quem morria Deus por amor eram também os que O matavam por ódio.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 18 de março, e entenda como todos nós, de algum modo, fomos responsáveis pelo deicídio que, quase com mão comum, perpetramos com os judeus e os gentios.


https://youtu.be/yPBYUYyZKiY

Santo do dia 18/03/2022


São Cirilo de Jerusalém (Memória Facultativa)
Local: Jerusalém, Israel
Data: 18 de Março † c. 386/387


Cirilo nasceu em Jerusalém pelo ano de 315 e morreu como bispo de Jerusalém em 386 ou 387. Insigne representante da tradição mistagógica de Jerusalém, foi catequista e educador da fé do povo de Deus. Ordenado sacerdote, recebeu a incumbência de preparar os candidatos para a iniciação cristã nos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Eucaristia. A ele são atribuídas catequeses batismais e mistagógicas. São dezoito Catequeses pré-batismais e cinco Catequeses mistagógicas. Por meio delas se introduzem os catecúmenos e os neobatizados nos mistérios da fé. São textos de profunda espiritualidade. Muitos desses textos são lidos na leitura patristica da Liturgia das Horas.

Eleito bispo de Jerusalém, defendeu com coragem a fé nicena contra os ataques dos arianos. Embora de índole pacífica, sofreu perseguições e até o exilio. O papa Leão XIII, em 1882, lhe conferiu o título de Doutor da Igreja.

No dia de sua comemoração a Igreja reza: Ó Deus, que levastes vossa Igreja a penetrar mais profundamente nos mistérios da salvação, pela catequese de São Cirilo de Jerusalém, concedei-nos, por suas preces, conhecer de tal modo o vosso Filho, que tenhamos a vida em plenitude.

Cirilo de Jerusalém lembra à Igreja a grande missão do aprofundamento da fé em preparação aos sacramentos de Iniciação cristã, bem como a necessidade do aprofundamento permanente da fé após a celebração dos sacramentos. É o que chamamos de catequese mistagógica ou mistagogia.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil