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Antífona de entrada

Por amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso, sua recompensa é eterna.

Coleta

Senhor, que a vossa palavra cresça nas terras onde os vossos mártires a semearam e seja multiplicada em frutos de justiça e de paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Mc 4, 36-37. 52-59)


Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus


36Naqueles dias, Judas e seus irmãos disseram: “Nossos inimigos foram esmagados. Vamos purificar o lugar santo e reconsagrá-lo”. 37Todo o exército então se reuniu e subiu ao monte Sião. 52No vigésimo quinto dia do nono mês, chamado Casleu, do ano cento e quarenta e oito, levantaram-se ao romper da aurora 53e ofereceram um sacrifício conforme a Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído. 54O altar foi novamente consagrado ao som de cânticos, acompanhados de cítaras, harpas e címbalos, na mesma época do ano e no mesmo dia em que os pagãos o haviam profanado. 55Todo o povo prostrou-se com o rosto em terra para adorar e louvar a Deus que lhes tinha dado um feliz triunfo. 56Durante oito dias, celebraram a dedicação do altar, oferecendo com alegria holocaustos e sacrifícios de comunhão e de louvor. 57Ornaram com coroas de ouro e pequenos escudos a fachada do templo. Reconstruíram as entradas e os alojamentos, nos quais colocaram portas. 58Grande alegria tomou conta do povo, pois fora reparado o ultraje infligido pelos pagãos. 59De comum acordo com os irmãos e toda a assembleia de Israel, Judas determinou que os dias da dedicação do altar fossem celebrados anualmente com alegres festejos, no tempo exato, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (1Cr 29, 10-12)


℟. Queremos celebrar o vosso nome glorioso.


— Bendito sejais vós, ó Senhor Deus, Senhor Deus de Israel, o nosso pai, desde sempre e por toda a eternidade! ℟.

— A vós pertencem a grandeza e o poder, toda a glória, esplendor e majestade, pois tudo é vosso: o que há no céu e sobre a terra! ℟.

— A vós, Senhor, também pertence a realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais. Toda glória e riqueza vêm de vós! ℟.

— Sois o Senhor e dominais o universo, em vossa mão se encontra a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce! ℟.


https://youtu.be/6B14kdIbI8k
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem. (Jo 10, 27) ℟.

Evangelho (Lc 19, 45-48)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Com alegria, Senhor, nós vos oferecemos os frutos da terra, a fim de que, pelo sacrifício que vosso filho ofereceu por todos, nos concedais a bênção e a santidade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Fostes vós que permanecestes comigo nas minhas tribulações. E eu disponho do Reino para vós, diz o Senhor. No meu Reino comereis e bebereis à minha mesa. (Lc 22, 28-30)

Depois da Comunhão

Senhor, que os vossos fiéis vivam na fé e na caridade, pois repartem com os irmãos o pão da vida, e, até a vossa vinda, bebam o cálice da salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 19/11/2021
Coloquemos ordem na nossa relação com Deus

"Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’" (Lucas 19,45).

A casa de Deus não pode ser outra coisa senão casa de oração. É casa do encontro com Deus, da comunhão com Ele. A casa de Deus não pode virar, inclusive, casa para algazarra, bagunça, de forma alguma. Cada vez mais, estou consciente do zelo que nós precisamos ter com o templo, com a igreja, com o santuário, com a capela, com o lugar do nosso encontro com Ele.

É o zelo, inclusive, que preciso ter com a minha casa. Que triste é uma pessoa que não tem zelo pela sua casa! Sabe aquela casa desmazelada, largada e bagunçada? Sabe aquela pessoa que não tem zelo pelo seu quarto? Você entra no quarto e se perde, porque ali é tudo bagunçado, tudo de qualquer jeito.

Desmazelo não é só um defeito, é um problema, é uma falta de cuidado, é o relaxo com a vida. Quando as coisas externas estão bagunçadas, imagine o quanto internamente não estão bagunçadas as coisas dentro de nós!

A casa de Deus não pode ser outra coisa senão casa de oração

O zelo que manifesto pelas coisas externas, é o zelo que preciso ter com o meu próprio coração. Do mesmo jeito que não quero a minha casa, o meu quarto, o meu coração bagunçado, de qualquer jeito, não quero que vire uma algazarra minha vida nem minha casa. De forma alguma posso permitir que a Casa do Senhor também esteja assim.

Por isso que o próprio Jesus, manso e humilde de coração, mas não bobo, é tomado por uma santa ira que aqui é o zelo, o cuidado para não deixar que o inimigo se apodere. Porque é preciso dizer que o inimigo, o maligno, ele sim gosta da bagunça, da algazarra, das coisas perdidas para ninguém se encontrar.

Se chego na igreja e ali é tudo bagunçado, é tudo barulhento, ninguém se encontra com Deus, aí está muito bom! Você vai na igreja, faz aquela farra, vê todo mundo, abraça todo mundo. Que bom! Precisamos nos encontrar, abraçar-nos, mas não nos encontramos com Deus, não falamos com Ele, e é tudo que aquele que se perdeu quer que aconteça conosco, para que nos percamos, que percamos o caminho da vida, mesmo estando na Casa de Deus. Por isso não nos deixemos perder nessa vida. Coloquemos ordem na casa! Coloquemos ordem no nosso quarto, coloquemos ordem no nosso coração, e coloquemos em ordem a nossa relação com Deus.

Façamos do nosso quarto o lugar da oração. Façamos da Igreja o lugar do nosso encontro com Deus, porque, em meio a todas as agitações, permanecemos agitados e não nos acalmamos, não acalentamos o coração para entrarmos em comunhão com o Senhor.

É essencial e fundamental para que a nossa espiritualidade seja sólida, autêntica e verdadeira.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Divinos Castigos (Memória de São Roque González e Companheiros Mártires)

Se Deus tem compaixão para chorar os pecados de seus filhos, tem também aqueles atos extremos de amor que o levam, quando necessário, a pegar do chicote para os castigar, como último remédio de sua bondade. É o que faz Cristo no Evangelho de hoje, ao purgar os vendilhões do Templo e tentar, com santas vergastadas, purgar de sua cobiça e sacrilégio aos próprios vendilhões.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 19 de novembro, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho!


https://youtu.be/xAsKvjGZOHI

Santo do dia 19/11/2021


São Roque González, Santo Afonso Rodriguez e São João del Castillo (Memória)
Local: Rio Grande do Sul, Brasil
Data: 19 de Novembro † 1628


Estamos diante de três missionários mártires jesuítas das terras do Paraguai, que foram martirizados em terras que hoje constituem o Rio Grande do Sul no Brasil. Os três mártires apresentam um percurso de vida um tanto diverso.

Roque González de Santa Cruz, filho de espanhóis, nasceu em Assunção do Paraguai em 1576. Fez seus estudos no colégio que os padres jesuítas, recém-chegados ao Paraguai, abriram em Assunção. Do colégio, Roque passou para os estudos em preparação ao sacerdócio. Foi ordenado padre com apenas 22 anos. Apenas ordenado, Roque recebeu sua primeira destinação junto aos índios ao norte de Assunção. Regressando por ordem superior para Assunção, o padre Roque foi nomeado cura da catedral, onde deu mostras de ser um sacerdote virtuoso, dedicado e prudente. Ficou pouco tempo neste cargo. Desejava dedicar-se unicamente à evangelização dos índios numa vida protegida por uma disciplina religiosa. Por isso decidiu entrar para a Companhia de Jesus, onde foi aceito aos 38 anos. Participou por algum tempo com o padre Vicente Griffi da tarefa de pacificação dos índios Guaicurus do Chaco. Uma das primeiras atividades que padre Roque teve que aprender foi a da lavoura, a fim de poder ser mestre dos índios. Pe. Roque foi visto, então, a manejar os bois, o arado, lavrar a terra, ensinando tudo isso aos índios.

Pouco mais tarde, o padre Roque foi destinado à missão de Santo Inácio, em Guaçu, a fim de iniciar sua primeira experiência em reduzir os índios guaranis do estado seminômade a viverem juntos em aldeia, a fim de encontrarem melhores condições de vida pelo cultivo comunitário da terra e de se subtraírem à fácil exploração dos colonizadores espanhóis. Fundou, em seguida, as reduções de Conceição do Uruguai, de Porto Xavier e, penetrando em solo gaúcho, fundou São Nicolau, que foi o centro administrativo das reduções.

Seu grande zelo levou-o a penetrar mais em terra gaúcha. Subindo o rio Ibicui, chegou até perto de Santa Maria, na localidade de São Martinho. Voltou novamente à região de São Nicolau, dando início à redução de Caaró. Ali foi surpreendido pelo martírio no dia 15 de novembro. Construída uma capela, estava levantando um pequeno campanário, quando índios emissários do pajé Nheçu descarregaram traiçoeiramente potentes golpes de clavas de pedra na cabeça do santo missionário. A poucos passos estava o padre Afonso Rodríguez, espanhol, que foi imediatamente atacado pelos índios e dilacerado em todo o corpo. O mesmo fim violento levou o terceiro missionário, o padre João del Castillo, também espanhol, morto na Missão de São Nicolau.

São Roque González com seus companheiros durante quase vinte anos procurou civilizar os habitantes das florestas daquelas regiões, agrupando-os nas "Reduções" e instruindo-os na fé e nos costumes cristãos. Infelizmente, na mentalidade do tempo, civilizar era o mesmo que impor-lhes a cultura e as tradições europeias. As reduções guaranis certamente foram modelos arrojados de evangelização e aculturação dos índios. Claro que não se resolveu o problema de uma evangelização inculturada. Os índios, na realidade, eram erradicados de suas culturas e tradições sociais e religiosas. A partir disso, compreendem-se suas violentas reações contra os próprios missionários.

Estes três sacerdotes jesuítas, martirizados na região do rio da Prata, foram beatificados por Pio XI em 1937 e canonizados pelo papa João Paulo II, quando da sua visita apostólica no Paraguai, no dia 16 de maio de 1988, em Assunção,

As orações da Missa são bastante genéricas. Realça-se o sangue dos mártires, semente de novos cristãos e os missionários portadores de justiça e de paz. Nesta comemoração convém realçar e celebrar também a imensa obra missionária dos jesuítas pelo mundo inteiro, a começar por São Francisco Xavier. Eis a Oração coleta: Senhor, que a vossa palavra cresça nas terras onde os vossos mártires a semearam e seja multiplicada em frutos de justiça e de paz.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Roque González, Santo Afonso Rodriguez e São João del Castillo, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil