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Antífona de entrada

Aquele que há de vir chegará sem demora: já não haverá mais temor entre nós, porque ele é o nosso Salvador. (Cf. Hb 10, 37)
Prope es tu Dómine, et omnes viae tuae véritas: inítio cognóvi de testimóniis tuis, quia in aetérnum tu es. Ps. Beáti immaculáti in via: qui ámbulant in lege Dómini. (Cf. Ps. 118, 151-152 et 1)
Vernáculo:
Vós estais perto, ó Senhor, perto de mim; todos os vossos mandamentos são verdade! Desde criança aprendi vossa Aliança que firmastes para sempre, eternamente. Sl. Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! (Cf. LH: Sl 118, 151-152 e 1)

Coleta

Ó Deus, que revelastes ao mundo o esplendor da vossa glória pelo parto virginal de Maria, dai-nos venerar com fé pura e celebrar sempre com amor sincero o mistério tão profundo da encarnação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jz 13, 2-7. 24-25a)


Leitura do Livro dos Juízes


Naqueles dias, 2havia um homem de Saraá, da tribo de Dã, chamado Manué, cuja mulher era estéril. 3O anjo do Senhor apareceu à mulher e disse-lhe: “Tu és estéril e não tiveste filhos, mas conceberás e darás à luz um filho. 4Toma cuidado de não beberes vinho nem licor, de não comeres coisa alguma impura,5pois conceberás e darás à luz um filho. Sua cabeça não será tocada por navalha, porque ele será consagrado ao Senhor desde o ventre materno, e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus”. 6A mulher foi dizer ao seu marido: “Veio visitar-me um homem de Deus, cujo aspecto era terrível como o de um anjo do Senhor. Não lhe perguntei de onde vinha nem ele me revelou o seu nome. 7Ele disse-me: ‘Conceberás e darás à luz um filho. De hoje em diante, toma cuidado para não beberes vinho nem licor, e não comeres nada de impuro, pois o menino será consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia da sua morte’”. 24Ela deu à luz um filho e deu-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu e o Senhor o abençoou. 25aO espírito do Senhor começou a agir nele no Campo de Dã.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 70)


℟. Minha boca se encha de louvor, para que eu cante vossa glória.


— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. ℟.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo. ℟.

— Cantarei vossos portentos, ó Senhor, lembrarei vossa justiça sem igual! Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas. ℟.


https://youtu.be/E5aoov5MLz8
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Ó Raiz de Jessé, sinal das nações: oh, vinde livrar-nos e não tardeis mais! ℟.

Evangelho (Lc 1, 5-25)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


5Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. 6Ambos eram justos diante de Deus e obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor. 7Não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada.

8Em certa ocasião, Zacarias estava exercendo as funções sacerdotais no Templo, pois era a vez do seu grupo. 9Conforme o costume dos sacerdotes, ele foi sorteado para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. 10Toda a assembleia do povo estava do lado de fora rezando, enquanto o incenso estava sendo oferecido.

11Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. 12Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele. 13Mas o anjo disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João. 14Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino, 15porque ele vai ser grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada e, desde o ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo. 16Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus. 17E há de caminhar à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto”.

18Então Zacarias perguntou ao anjo: “Como terei certeza disto? Sou velho e minha mulher é de idade avançada”. 19O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel. Estou sempre na presença de Deus, e fui enviado para dar-te esta boa notícia. 20Eis que ficarás mudo e não poderás falar, até ao dia em que essas coisas acontecerem, porque tu não acreditaste nas minhas palavras, que hão de se cumprir no tempo certo”.

21O povo estava esperando Zacarias, e admirava-se com a sua demora no Santuário. 22Quando saiu, não podia falar-lhes. E compreenderam que ele tinha tido uma visão no Santuário. Zacarias falava com sinais e continuava mudo.

23Depois que terminou seus dias de serviço no Santuário, Zacarias voltou para casa. 24Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida, e escondeu-se durante cinco meses. 25Ela dizia: “Eis o que o Senhor fez por mim, nos dias em que ele se dignou tirar-me da humilhação pública!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Confortámini, et iam nolíte timére: ecce enim Deus noster retríbuet iudícium: ipse véniet, et salvos nos fáciet. (Is. 35, 4)


Vernáculo:
Dizei aos tímidos: coragem, não temais; eis que chega o nosso Deus, ele mesmo vai salvar-nos. (Cf. MR: Is 35, 4)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, olhai com bondade o pão e o vinho que trazemos ao vosso altar, e o vosso poder consagre o que em nossa pobreza apresentamos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Do alto, o Sol nascente virá nos visitar, para guiar os nossos passos no caminho da paz. (Lc 1, 78-79)
Ecce Dóminus véniet, et omnes sancti eius cum eo: et erit in die illa lux magna. (Cf. Zach. 14, 5. 7; ℣. Ps. 49, 1. 2-3a. 3bc. 4. 5. 6)
Vernáculo:
Então virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos com ele. Será um dia único, não haverá dia nem noite. E acontecerá que no tempo da tarde haverá luz. (Cf. Bíblia CNBB: Zc 14, 5b. 7)

Depois da Comunhão

Deus todo-poderoso, dando-vos graças pelos dons recebidos, fazei-nos desejar o que em breve nos dareis. Assim acolheremos com o coração puro o nascimento do nosso Salvador, que vamos celebrar. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 19/12/2022
E nós, também iremos crer?

“Eis que ficarás mudo e não poderás falar, até o dia em que essas coisas acontecerem, porque não acreditaste nas minhas palavras”.

Estamos no sábado que antecede a grande solenidade do Natal do Senhor. É um dia especialíssimo porque todo sábado é também dia de Nossa Senhora, e nós, que aguardamos a vinda do Salvador no Natal, assistimos no Evangelho de hoje a uma cena majestosa e ao mesmo tempo dramática: Zacarias, o pai de João Batista, entra no Templo. Por não termos muita noção dos ritos do Antigo Testamento, tendemos a pensar que os sacerdotes estavam acostumados a entrar no Templo como os padres entram na igreja, celebram Missa todos os dias etc. Nada disso. Os levitas eram uma tribo inteira, por isso havia muitíssimos sacerdotes. Esta tribo se dividia em classes, e o serviço no Templo se distribuía por sorteio, ou seja, cabia a tal ou qual classe servir no Templo em tal ou qual período do ano. Além disso, dentro da classe escolhida, lançava-se a sorte para saber quem seria o privilegiado, o eleito de Deus para entrar no Templo e oferecer o sacrifício do incenso, enquanto o povo aguardava do lado de fora. É esta a cena de hoje: Zacarias está no momento mais solene de toda a sua vida, no momento mais importante de todos. Porque é bem possível (na verdade, probabilíssimo) que ele jamais tivesse entrado no Templo, e já velhinho ele finalmente vê a coroação de sua vida.

Zacarias, que serviu a Deus em justiça, em bondade, podia agora entrar no Templo e oferecer o sacrifício do incenso. Esse momento majestoso e solene torna-se porém um momento dramático: Gabriel, a força de Deus, se apresenta, e Zacarias, ao receber a boa notícia de que seria pai, vive em seu coração um momento de dúvida. Ele tergiversa e, por isso, cai sobre ele o castigo bondoso de Deus: a mudez. Zacarias fica mudo, mas não permanentemente, porque se trata de um castigo para purificar, para humilhar o velho sacerdote, para ajudá-lo a cumprir de fato a sua missão. Zacarias volta para casa, Isabel o recebe e, passados nove meses, só depois do nascimento de João Batista, a língua de Zacarias irá finalmente desatar-se num belíssimo canto, entoado pela Igreja ao longo dos séculos até os dias de hoje, nas Laudes da Liturgia das Horas. É o cântico de Zacarias, ou Benedictus: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel porque visitou o seu povo”.

Acontece que esta cena, majestosa e dramática, contrasta com o Evangelho que vem logo em seguida. Infelizmente, por ser domingo, não iremos ler o Evangelho previsto para o dia 20 de dezembro deste ano. Trata-se de uma cena quase diametralmente oposta, não mais no Templo grandioso de Jerusalém, mas no casebre paupérrimo de Nazaré. Ali vemos Maria. Também ela está oferecendo um sacrifício, não o do incenso, previsto no Antigo Testamento, mas o sacrifício de si mesma. Ela, em sua oração, entrega-se mais uma vez a Deus, e eis então que o mesmo Gabriel, a força de Deus, aparece. Naquela choupana, naquele casebre, naquele lugar humilde!... Aqui o contraste: de um lado, a majestade do Templo de Jerusalém, de outro, a humildade de Nazaré; lá, a dúvida de Zacarias; aqui, a fé profunda e piedosa da Virgem Santíssima. Ninguém jamais teve fé como ela! Quando Maria, dito o seu sim ao anjo, sair apressadamente para as montanhas da Judéia a fim de se encontrar com Isabel, sua prima, esta lhe dirá: “Bem-aventurada aquela que creu”, isto é, aquela que teve fé: πιστεύσασα. Esse é o título da Virgem Maria, “aquela que creu”, que verdadeiramente acreditou, e esta é a nossa santa religião. O Natal se aproxima, mas aonde Deus virá? Não ao Templo majestoso, mas aí onde mora você, seja numa casa de classe média ou numa favela, numa mansão ou apenas numa hospedaria… O fato é que Deus está à porta e bate. O anjo do Senhor vem anunciar-nos, como anunciou a Zacarias e à Virgem Maria, que Ele quer entrar na sua vida. Bem-aventurada foi aquela que creu! E nós, que estamos às portas do Natal, também iremos crer? Acolhamos aquele que vem, que é Deus conosco. Na fé, preparemos o nosso coração, para termos um semelhante ao da Virgem Maria.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | “Ó Raíz de Jessé, vinde salvar-nos!” (Segunda-feira da 4ª Semana do Advento)

A terceira Antífona do Ó, cantada na Liturgia de hoje, nos fala da Raíz de Jessé, numa clara alusão ao Messias que, daqui a poucos dias, nascerá em Belém e se tornará “como estandarte dos povos, em cuja presença os reis”, ou seja, os nossos pecados, “se calarão”.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 19 de dezembro, e rezemos em família para que Cristo, Filho de Davi, venha logo libertar-nos da escravidão da iniquidade e triunfar, por fim, em nossos corações.


https://youtu.be/gwQP_RmSrqA
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Santo do dia 19/12/2022

Ouça no Youtube

Beato Urbano V (Memória Facultativa)
Local: Avinhão, França
Data: 19 de Dezembro† 1370


"Mais que a qualquer outra cidade tu estás vinculado a Roma", escrevia Francisco Petrarca ao beneditino francês Guilherme de Grimoardo, eleito ao sólio pontifício a 28 de setembro de 1362, embora não fosse nem cardeal, nem bispo. Nasceu no castelo de Grisac, em Languedoc, em 1310, de família nobre. Ingressara ainda muito jovem no mosteiro dos beneditinos do priorado de Chirac, onde recebeu sólida cultura. Doutorou-se em direito canônico e civil e ensinou na universidade de Montpelier, Toulouse e Avignon, antes de receber da Cúria pontifícia vários encargos como delegado em Milão e em Nápoles, onde chegou-lhe a nomeação para Pontífice.

Consagrado bispo em Avignon, no mesmo dia, 6 de novembro de 1362, recebia a tiara com o nome de Urbano V. A esperança de volta do papa a Roma pareceu logo que se realizaria. A citada carta de Petrarca é exemplo desta vivíssima expectativa. Este papa ativíssimo e piedoso mostrou logo possuir os dotes do homem de governo e mão firme no guiar a barca de Pedro, numa época tão difícil na vida interna da Igreja.

Não foi só metaforicamente que embarcou na barca de Pedro. Apenas cinco anos após sua elevação ao sólio pontifício, e precisamente a 30 de abril de 1367, embarcou com toda a cúria numa verdadeira frota de navios e dirigiu-se para Roma. Após uma parada em Gênova e descanso em Viterbo o papa podia finalmente repor o pé na Cidade Eterna, a 16 de setembro do mesmo ano, acolhido por toda a cidade em festa. Poucos dias depois "Roma estava toda cheia de obras", como escrevia Coluccio Salutati. Muito mais que à restauração das coisas materiais, o santo pontífice olhou para a reconstrução espiritual da Igreja, promovendo a unidade entre os cristãos, que pareceu realizar-se através da união da Igreja grega com a latina em 1369.

Infelizmente a pacificação dos ânimos dos Estados Pontifícios durou pouco, e a 7 de abril de 1370, Urbano V deixava novamente Roma para tornar a Avignon, não obstante as súplicas e as exortações de tantos, entre os quais santa Brígida, que alcançando-o junto ao lago de Bolsena, lhe predisse que em breve morreria, se voltasse para Avignon. Morreu de fato a 19 de dezembro daquele mesmo ano. Esta nova escolha, motivada por situações históricas particulares, não depõe contra os grandes méritos do seu pontificado, que durou oito anos, ao qual se atribuiu reforma eficaz dos costumes e incremento particular da doutrina cristã e dos estudos em geral.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Beato Urbano V, rogai por nós!

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