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Abstinência de carne

Antífona de entrada

O Senhor disse à Maria Madalena: Vai a meus irmãos e anuncia-lhes: subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus. (Jo 20, 17)
Tibi dixit cor meum, quaesívi vultum tuum, vultum tuum Dómine requíram: ne avértas fáciem tuam a me. Ps. Dóminus illuminátio mea, et salus mea: quem timébo? (Sl. 26, 8. 9 et 1)
Vernáculo:
Meu coração disse: Senhor, buscarei a vossa face. É vossa face, Senhor, que eu procuro, não desvieis de mim o vosso rosto! (Cf. MR: Sl 26, 8. 9) Sl. O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? (Cf. LH: Sl 26, 1a)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, o vosso Filho confiou a Maria Madalena o primeiro anúncio da alegria pascal; dai-nos, por suas preces e a seu exemplo, anunciar também que Cristo vive e contemplá-lo na glória de seu Reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ct 3, 1-4a)


Leitura do Livro do Cântico dos Cânticos


Eis o que diz a noiva: 1“Em meu leito, durante a noite, busquei o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei. 2Vou levantar-me e percorrer a cidade, procurando pelas ruas e praças, o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei. 3Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade. ʽVistes porventura o amor de minha vida?ʼ 4aE logo que passei por eles, encontrei o amor de minha vida”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Ou (escolhe-se uma das leituras)


Primeira Leitura (2Cor 5, 14-17)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.


Irmãos, 14o amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram. 15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 62)


℟. A minh’alma tem sede de vós, Senhor!


— Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água! ℟.

— Venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam. ℟.

— Quero, pois, vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! A minh’alma será saciada, como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios, ao cantar para vós meu louvor! ℟.

— Para mim fostes sempre um socorro; de vossas asas à sombra eu exulto! Minha alma se agarra em vós; com poder vossa mão me sustenta. ℟.


https://youtu.be/DQuYkCHzpcA
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Responde-nos, ó Maria, no teu caminho o que havia? Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado! ℟.

Evangelho (Jo 20, 1-2. 11-18)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”. 16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabunni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Deus, Deus meus, ad te de luce vígilo: et in nómine tuo levábo manus meas, allelúia. (Ps. 62, 2. 5)


Vernáculo:
Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! Quero, pois, vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! (Cf. LH: Sl 62, 2. 5)

Sobre as Oferendas

Recebei, ó Pai, as oferendas que vos apresentamos na festa de santa Maria Madalena, cuja demonstração de amor vosso Filho acolheu com misericordiosa bondade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O amor de Cristo nos impele, para que os que vivem já não vivam para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. (2Cor 5, 14-15)
Notas mihi fecísti vias vitae: adimplébis me laetítia cum vultu tuo, Dómine. (Ps. 15, 11; ℣. Ps. 15, 1. 2. 3. 5. 6. 7. 8. 9. 10)
Vernáculo:
Vós me ensinareis, Senhor, o caminho da vida: perfeita é a alegria em vossa presença. (Cf. MR: Sl 15, 11)

Depois da Comunhão

Ó Deus, a comunhão nos vossos mistérios infunda em nós aquele amor perseverante que levou Maria Madalena a jamais separar-se do Mestre. Que vive e reina para sempre.

Homilia do dia 22/07/2022
"Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram".

Esta santa mulher, antes pecadora e depois grande contemplativa, nos é apresentada no Evangelho de hoje como imagem expressiva de todas as almas cujo único desejo e consolo é estar na companhia de seu Amado.

A figura de Santa Maria Madalena, cuja festa temos hoje a alegria de celebrar, costuma ser identificada, ao menos na tradição ocidental, com aquela Maria que os Evangelistas dizem-nos ser irmã de Marta e Lázaro de Betânia, amigos do Senhor (cf. Jo 12, 1-11). Tratar-se-ia ainda de uma pecadora pública (cf. Lc 7, 36-50) que, após haver testemunhado as vísceras de misericórdia com que o Filho de Deus encarnado acolhe todos os arrependidos, converteu-se à fé e tornou-se uma profunda contemplativa, tal como no-la retrata o Apóstolo Lucas (cf. Lc 10, 38-42). Como quer que seja, o Evangelho segundo São João faz questão de a colocar ao pé do sepulcro de Cristo como imagem significativa de uma alma que, tendo fornicado com o pecado e se prostituído aos demônios, é agora uma esposa, limpa e pura, para quem não há consolação longe do seu Amado: "Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando", e nem mesmo os anjos que o guardavam, revestidos de esplendor (cf. Lc 24, 4), puderam suster-lhe os soluços e aquietar-lhe o coração.

Pois é a Cristo que ela ardentemente deseja, incansavelmente aspira, loucamente procura: "Levaram o meu Senhor e não sei onde O colocaram". Mas eis que o Ressuscitado aparece-lhe sob a figura de um jardineiro, qual um novo Adão que sai ao encontro, no jardim em que triunfou da morte, de sua nova esposa, adornada com a graça sobrenatural. E Ele agora, sentado à mão direita de Deus na glória do Pai, desce todos os dias aos nossos altares para conceder a todos nós o que então teve de negar à ansiosa Madalena — deixar-se tocar pelas almas que O desejam e dEle estão enamoradas. Com estas verdades em mente, recebamos neste sábado o Senhor sacramentado com mais reverência e amor, pedindo-Lhe que, por intercessão de Santa Maria Madalena, possamos ser almas contemplativas e prorromper em afetos de terníssima caridade para com Ele durante e depois da comunhão.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Uma alma que encontrou o “Único Necessário” (Festa de Santa Maria Madalena)

A Igreja celebra hoje a festa de Santa Maria Madalena. Discípula e fiel seguidora de Nosso Senhor, Maria Madalena representa, no duplo estado em que a vemos no Evangelho, a condição oscilante de todos nós, pecadores que lutam por converter-se dia após dia: de um lado, prostituta, vendida ao “amor” adúltero das criaturas e dos ídolos; de outro, alma enamorada que anseia, apesar dos laços deste mundo, pela união com o nosso único e verdadeiro Esposo.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 22 de julho, e aprendamos de Madalena, já feita santa, a não ter outro consolo senão a presença de Cristo.


https://youtu.be/42K_N9QB41k

Santo do dia 22/07/2022


Santa Maria Madalena (Festa)
Data: 22 de Julho † s. I


Quanto à primeira introdução do cristianismo nas Gálias, os sentimentos variaram na França, por dois séculos. Até então, tinha-se acreditado, como aliás por toda parte, que o cristianismo tinha sido pregado na Gália meridional por São Lázaro, primeiro Bispo de Marselha, por suas duas irmãs Santa Marta e Santa Maria Madalena, e por São Maximino, um dos setenta discípulos, primeiro Bispo de Aix.

Pelo fim do século dezessete, em seguida, e por autoridade de Launoy, doutor suspeito e temerário, certo número de escritores, mais ou menos infetos de jansenismo, fazendo-se eco uns dos outros, propuseram e afirmaram que aquela tradição comum e antiga sobre a primeira introdução do cristianismo nas Gálias era falsa e inventada depois do século décimo. Católicos mesmos, sem a considerar com mais atenção, repetiam o que ouviam dizer. Tornou-se opinião dominante na França essa, de que falamos. Puseram-se a mudar a tradição dos breviários e dos missais, tanto em Paris como em outras dioceses. Santa Maria Madalena não era mais uma e a mesma; foi dividida em três pessoas, a mulher pecadora e penitente, Maria, irmã de Lázaro e enfim Maria Madalena da qual o Salvador tinha expulsado sete demônios. A chegada de Lázaro e de suas duas irmãs à Provença foi declarada como não acontecida. A missão apostólica dos sete primeiros bispos foi retardada de mais de dois séculos. Tudo, porque tal era a opinião de Launoy e de seus sequazes, que caminhavam mais ou menos nas pegadas de Lutero e de Calvino. Entretanto, a Igreja romana, no seu breviário como no missal e no martirológio, e em seus escritos mais certos, conservava a antiga tradição, aliás, honrosa para a França.

Hoje, em 1848, um padre francês, o padre Faillon da congregação de São Sulpício, demonstrou, por muitos documentos ou monumentos inéditos ou pouco comuns, que a Igreja romana tinha razão e que os liturgistas franceses erraram em subverter tão precipitadamente sua liturgia e antiga tradição, ante autoridades e argumentos mais mesquinhos uns que os outros.

Ele prova primeiro que Santa Maria Madalena, Maria, irmã de Lázaro e a pecadora penitente, são uma e a mesma pessoa. Prova-o pela tradição primitiva, perpétua e geral dos gregos e dos latinos. Entre os gregos, exceto dois ou três padres que, de passagem, admitem ou supõem várias pessoas, a unidade foi reconhecida e ensinada por todos os outros, principalmente por aqueles que trataram da questão de uma maneira mais expressa: Amônio Sacas, mestre de Orígenes, e Eusébio de Cesareia. Orígenes por primeiro imaginou várias mulheres em lugar de uma só. Ainda não está bem de acordo consigo mesmo. Reconhece até duas vezes que muitos intérpretes do Evangelho falam somente de uma mulher. Num lugar supõe três ou mesmo quatro, persuadido de que era esse o meio de se resolverem mais facilmente as objeções de Celso. Aliás, admite três; mais adiante, somente duas; enfim, há uma passagem onde parece admitir apenas uma. Também Orígenes foi citado pró e contra as distinções. São Crisóstomo acha que todos os evangelistas parecem falar de uma só pessoa; em sua opinião particular, distingue duas, e mesmo várias pecadoras. Eis os dois Padres gregos que se afastam do sentimento antigo e comum. Santo Efrem, diácono da Igreja de Edessa, na Síria, vivia no século IV. Como seus escritos eram lidos publicamente depois da sagrada Escritura, seu parecer pode ser considerado como o da Síria inteira. Ora, diz positivamente que a pecadora penitente, Maria, irmã de Lázaro e Maria Madalena, possessa de sete demônios, é uma e mesma pessoa, que depois de uma vida escandalosa, mereceu ser associada aos apóstolos e evangelistas, por anunciar a ressurreição do Salvador. Quanto à tradição da Igreja latina, o autor faz ver que os Padres latinos supõem todos, sem exceção, que Maria Madalena é a mesma irmã de Marta ou a pecadora. Enfim, por um trabalho tão edificante como interessante, expõe a aplicação alegórica que os santos doutores fazem das diversas ações da pecadora, de Maria, irmã de Lázaro, e de Maria Madalena, à gentilidade, antes pecadora, depois penitente, depois mais santamente dedicada, como de uma só e mesma pessoa.

Eis agora particularidades que se nos apresentam sobre Maria Madalena: foi aquela pecadora que banhou os pés do Senhor com suas lágrimas e com os cabelos os enxugava; beijava-os e ungia-os com um perfume. Maria Madalena foi reconhecida como aquela de quem o Senhor expulsou sete demônios e que o acompanhava, junto de outras mulheres, com seus doze discípulos, ajudando-os a se manter em suas missões de cidade em cidade, com os cuidados próprios das mulheres da época. Maria Madalena também é reconhecida como aquela que estando em casa com sua irmã Marta, recebe Jesus e fica aos seus pés escutando-o enquanto a irmã, entre as panelas trabalha. Maria Madalena é também reconhecida no Santo Evangelho como aquela que fica junto da irmã Maria, após ter perdido o irmão delas, Lázaro. Maria chora e reclama ao Senhor que se Ele estivesse estado junto deles, o irmão não teria falecido. Então, se compadecendo, o Senhor que os amava, ressuscita Lázaro. Maria Madalena também é reconhecida como aquela que fica junto de Maria, Mãe de Jesus, aos pés da Cruz, com São João. E por fim, Maria Madalena é a primeira testemunha da ressurreição, quando junto de outras mulheres, foi bem cedo ao sepulcro para embalsamar o corpo do Senhor e acabam encontrando o sepulcro vazio, conversa com os Anjos e depois o Senhor aparece para ela, não o reconhece, mas quando Ele diz seu nome, seus olhos se abrem. Assim, Santa Maria Madalena foi encarregada por Nosso Senhor de levar a seus apóstolos a mais feliz das notícias, sua gloriosa ressurreição; e depois, com sua irmã e seu irmão ressuscitado, veio anunciá-la à feliz nação da França.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XIII. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 11 jul. 2021.

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