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Antífona de entrada

Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Salus pópuli ego sum, dicit Dóminus: de quacumque tribulatióne clamáverint ad me, exáudiam eos: et ero illórum Dóminus in perpétuum. Ps. Atténdite pópule meus legem meam: inclináte aurem vestram in verba oris mei. (Cf. Ps. 36, 39. 40. 28; Ps. 77)
Vernáculo:
Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre. (Cf. MR: Sl. 36, 39. 40. 28) Sl. Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo. (Cf. LH: Sl 77, 1)

Coleta

Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ecl 1, 2-11)


Leitura do Livro do Eclesiastes


2“Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”. 3Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? 4Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. 5O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar a seu lugar, donde novamente torna a levantar-se. 6Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar novamente o seu curso. 7Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem a correr. 8Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. 9O que foi, será; o que aconteceu, acontecerá: 10não há nada de novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: “Eis aqui algo de novo”, também esta já existiu nos séculos que nos precederam. 11Não há memória do que aconteceu no passado, nem também haverá lembrança do que acontecer, entre aqueles que viverão depois.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 89)


℟. Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.


— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou. ℟.

— Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca. ℟.

— Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos! ℟.

— Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho. ℟.


https://youtu.be/PlhE_puqWBU
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (Jo 14, 6) ℟.

Evangelho (Lc 9, 7-9)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 7o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Si ambulávero in médio tribulatiónis, vivificábis me, Dómine: et super iram inimicórum meórum exténdes manum tuam, et salvum me fecit déxtera tua. (Ps. 137, 7)


Vernáculo:
Se no meio da desgraça eu caminhar, vós me fazeis tornar à vida novamente; quando os meus perseguidores me atacarem e com ira investirem contra mim, estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. (Cf. LH: Sl 137, 7)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo, para que possamos conseguir por este sacramento o que proclamamos pela fé. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Os vossos mandamentos vós nos destes, para serem fielmente observados. Oxalá seja bem firme a minha vida em cumprir vossa vontade e vossa lei! (Sl 118, 4-5)

Ou:


Eu sou o Bom Pastor: conheço minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem, diz o Senhor. (Jo 10, 14)
Tu mandásti mandáta tua custodíri nimis: útinam dirigántur viae meae, ad custodiéndas iustificatiónes tuas. (Ps. 118, 4. 5; ℣. Ps. 118, 1. 2. 3. 8. 9. 26. 59. 60. 134. 168)
Vernáculo:
Os vossos mandamentos vós nos destes, para serem fielmente observados. Oxalá seja bem firme a minha vida em cumprir vossa vontade e vossa lei! (Cf. MR: Sl 118, 4-5)

Depois da Comunhão

Ó Deus, auxiliai sempre os que alimentais com o vosso sacramento para que possamos colher os frutos da redenção na liturgia e na vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 22/09/2022
Por que queremos ver Jesus?

De pouco nos adiantaria ver Jesus com os olhos da carne se O não pudéssemos ver com os da fé. Viram-no as multidões, viram-no Pilatos e Herodes, mas só uns poucos tiveram os olhos abertos pela graça para ver quem de fato Ele era.


A fama de Jesus chega a Herodes (cf. Mt 14, 1s; Mc 6, 14ss; Lc 9, 7ss). — Desde que rolou no prato a cabeça do Batista, a imagem da vítima cruenta continuamente perseguia o tirano, como sói acontecer, atormentando-o qual um fantasma ou suplício invisível. Era pois de esperar que, com a rápida difusão por toda a Galileia da fama sobre a pregação e os milagres de Cristo, o infeliz tetrarca pensasse que João voltara à vida no novo Profeta, como se a sua consciência, picada de remorsos, não pudesse deixar entre os mortos aquele a quem mandara degolar. Por isso, Herodes procurava ver Jesus, a saber: com o fim de desfazer suas dúvidas e finalmente sossegar o coração, além de satisfazer a curiosidade que a notícia de tantos prodígios tinha nele despertado (cf. Lc 23, 8) [1]. Mas porque eram más as disposições com que desejava vê-lO, por isso Jesus se recusou todas as vezes que pôde a comparecer diante dele. E para compreendermos que até no desejo de ver Jesus pode haver vício e má paixão, comparemos o de hoje com o Evangelho que a Igreja nos irá proclamar amanhã.

Hoje, procura o tetrarca Herodes ver Jesus; amanhã, confessá-lo-á Pedro como o Filho de Deus. Hoje, movido de curiosidade, um rei quer ver aquele de quem todos falam; amanhã, movido pela graça, um Apóstolo irá crer naquele a quem muitos vinham sem crer. Nesta diferença entre um e outro Evangelho vemos o pouco que vale ver Jesus com os olhos da carne se não o podemos ver com os da fé. Com efeito, viam as multidões de Israel os milagres de Cristo, mas porque não tinham olhos para ver, pensavam ser Ele ou João Batista ressuscitado, ou o profeta Elias, ou algum dos profetas redivivo. Mesmo diante de tantos sinais e evidências, não puderam as turbas ver o que só Pedro poderá ver amanhã, iluminado pelo Pai do céu: Tu és o Cristo de Deus (Lc 9, 20). Também o tetrarca Herodes, como muitos de nós, quer ver o Senhor, não porque cresse no que dEle se falava, mas para satisfazer a curiosidade dos olhos e para, vendo, decidir se iria crer ou não. Herodes, de fato, terá ainda a chance de ver Jesus pouco antes da Paixão, mas morrerá sem nunca ter sabido quem de fato Ele era. — Que não seja assim a nossa atitude, mas de humilde submissão à Palavra de Deus, em quem devemos crer, por ser Ele quem diz e atesta o que diz, sem dEle exigirmos sinais ou provas palpáveis. Porque mesmo que, como Tomé, tivéssemos o privilégio de contemplar a Cristo em carne visível, ainda assim precisaríamos da graça para crermos na verdade invisível que se revela no Ressuscitado: Meu Senhor e meu Deus (Jo 20, 28).

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia | Por que Jesus não se revelou a Herodes? (Quinta-feira da 25.ª Semana do Tempo Comum)

Os evangelhos que a Igreja proclama hoje e amanhã nos mostram a diferença que vai do ver a Cristo com os olhos da carne, mas sem poder crer, ao vê-lo com os da fé. Viam as turbas os milagres; mas, resistentes à graça, não podiam crer no que Cristo dizia de si. Quer também o rei Herodes ver Jesus, mas para satisfazer a curiosidade dos olhos e ver, em primeira mão, se era verdade o que dele diziam. Somente Pedro, depois de tanto tempo vendo a Cristo, abrirá os únicos olhos que são capazes de ver quem realmente Ele é: “Tu és o Cristo de Deus”.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, 22 de setembro, e saibamos mortificar nossas paixões, para querermos ver a Cristo como Ele se nos quer revelar: como Deus feito homem, não para saciar nossa curiosidade, mas para carregar, sob o lenho da cruz, os nossos pecados.


https://youtu.be/J9zGv0er5YE

Santo do dia 22/09/2022


São Maurício, Exupério, Cândido e companheiros da Legião Tebana (Memória Facultativa)
Local: Saint-Maurice, França
Data: 22 de Setembro † c. 302


Pelos meados do século III, Orígenes escrevia que os novos recrutas do cristianismo provinham das classes populares, de modo especial, "entre os tecelões e sapateiros, populares". Mas também as famílias da burguesia provincial forneciam à religião de Cristo novos fiéis: advogados, magistrados, funcionários imperiais e legionários engrossavam as fileiras do cristianismo. A presença dos cristãos na milícia desmentia a suspeita de que eles não fossem bons cidadãos, embora alguns deles praticassem a objeção de consciência, quando se tratou, como no caso de Maurício e companheiros, pertencentes à legião tebana, não de defender o império dos seus inimigos, mas da própria fé no único Deus, recusando um sacrifício aos deuses, equivalente à apostasia.

A mentalidade cristã não podia naturalmente coincidir com a pagã. Embora respeitando as leis e sendo leais ao império, não punham a pátria terrena acima de tudo. Certo desinteresse pela extensão do império foi frequentemente trocado pela aversão e punido com extremo rigor. A prova disso é o episódio que tem como protagonista Maurício, Exupério, Cândido e todos os seus comilicianos cristãos. Submetidos à flagelação e depois decapitados por se recusarem a prosseguir contra a Gália numa expedição que iria punir os cristãos ou (conforme outra narração) por se recusarem a sacrificar aos deuses antes de marchar contra os rebeldes bagaudi. A primeira versão é tirada da Paixão dos mártires, escrita pelo bispo de Lião, Euquério, em 450. Segundo esta narração, Maurício e companheiros pertenciam à legião tebana, que Maximiano Hércules, associado ao governo em 286, como colega do imperador Diocleciano, transferira com outras tropas do Egito à Gália para barrar a difusão do cristianismo. Chegados a Agaunum (atual São Maurice, no Valese), junto a Martigny, Maurício e companheiros não quiseram prosseguir por uma razão muito compreensível.

Maximiano, após ter feito aplicar aos revoltosos humilhante flagelação pública, por dizimação, não tendo conseguido dobrar-lhes a obediência, fez decapitar a legião toda (milhares de soldados; segundo a paixão, talvez seis mil, é mais provável que tenha sido uma coorte). Não obstante o juízo contrastante dos estudiosos sobre a Paixão escrita pelo bispo Euquério, existem testemunhos muito antigos do culto dos mártires de Agaunum, onde as escavações efetuadas em 1893 descobriram os restos de uma basílica primitiva do século IV.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Maurício e companheiros, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil