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Abstinência de carne

Memória Facultativa

Santa Catarina de Alexandria, virgem e mártir


Antífona de entrada

O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos os que se voltam para ele (Sl 84, 9)
Loquétur Dóminus pacem in plebem suam: et super sanctos suos, et in eos que convertúntur ad ipsum. Ps. Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti captivitátem Iacob. (Ps. 84, 9 et 2)
Vernáculo:
O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos os que se voltam para ele (Cf. MR: Sl 84, 9) Sl. Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. (Cf. LH: Sl 84, 2)

Coleta

Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ap 20, 1-4. 11– 21, 2)


Leitura do Livro do Apocalipse de São João


Eu, João, 20, 1vi um anjo descer do céu. Nas mãos tinha a chave do Abismo e uma grande corrente. 2Ele agarrou o Dragão, a antiga Serpente, que é o Diabo, Satanás. Acorrentou-o por mil anos 3e lançou-o dentro do Abismo. Depois, trancou e lacrou o Abismo, para que o Dragão não seduzisse mais as nações da terra, até que terminassem os mil anos. Depois dos mil anos, o Dragão deve ser solto, mas por pouco tempo.

4Vi então tronos, e os seus ocupantes sentaram-se e receberam o poder de julgar. Vi também as almas daqueles que foram decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus e aqueles que não tinham adorado a besta, nem a imagem dela, nem tinham recebido na fronte ou na mão a marca da besta. Eles voltaram a viver, para reinarem com Cristo durante mil anos.

11Vi ainda um grande trono branco e aquele que estava sentado nele. O céu e a terra fugiram da sua presença e não se achou mais o lugar deles. 12Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono. Foram abertos livros, e mais um outro livro ainda: o livro da vida. Então foram julgados os mortos, de acordo com sua conduta, conforme está escrito nos livros.

13O mar devolveu os mortos que se encontravam nele. A morte e a morada dos mortos entregaram de volta os seus mortos. E cada um foi julgado conforme sua conduta. 14A morte e a morada dos mortos foram então lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo. 15Quem não tinha o seu nome escrito no livro da vida, foi também lançado no lago de fogo. 21, 1Vi então um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 83)


℟. Eis a tenda de Deus, no meio do povo!


— Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo! ℟.

— Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor! ℟.

— Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, caminharão com um ardor sempre crescente. ℟.


https://youtu.be/5sDrxVVNqCE
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21, 28) ℟.

Evangelho (Lc 21, 29-33)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 29Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. 30Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. 32Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Bonum est confitéri Dómino, et psállere nómini tuo, Altíssime. (Ps. 91, 2)


Vernáculo:
Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! (Cf. LH: Sl 91, 2)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, estes dons que nos mandastes consagrar em vossa honra, e, para que eles nos tornem agradáveis aos vossos olhos, dai-nos guardar sempre os vossos mandamentos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes; povos todos, festejai-o! Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel! (Sl 116, 1-2)

Ou:


Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos, diz o Senhor (Mt 28, 20)
Ierúsalem quae aedificátur ut cívitas, cuius participátio eius in idípsum: illuc enim ascendérunt tribus, tribus Dómini, ad confiténdum nómini tuo, Dómine. (Ps. 121, 3. 4; ℣. Ps. 121, 1. 2. 5. 6. 7. 8. 9)
Vernáculo:
Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. (Cf. LH: Sl 121, 3. 4)

Depois da Comunhão

Fazei, ó Deus todo-poderoso, que nunca nos separemos de vós, pois nos concedeis a alegria de participar da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 25/11/2022
“Minhas palavras não hão de passar”

“Ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”.

Nosso Senhor, dando continuidade ao seu discurso sobre o fim dos tempos, nos diz no Evangelho de hoje que temos de prestar atenção aos sinais, pois assim como identificamos por sinais que a figueira está dando brotos, assim também devemos reconhecer que o Reino de Deus está próximo. Em seguida, Ele faz aquela afirmação extremamente consoladora: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (v. 33). Eis a maravilha de todas as maravilhas: a verdade não passa. Quando olhamos para as coisas deste mundo, o que vemos? Vemos coisas passageiras por sua própria natureza. O conhecimento — o primeiro conhecimento, mais superficial — que nós temos das coisas é o sensível. Abram-se os olhos e vê-se; mas tudo o que se vê é passageiro: não há nada que os olhos sejam capazes de captar que seja eterno. Você já parou para pensar nisso? Já parou para pensar que tudo o que você vê com os olhos irá passar, tudo o que você ouve com os ouvidos — o barulho, o rumor… —, tudo isso passa? Tudo aquilo que você sente com as mãos, tudo aquilo que você degusta com a boca, tudo aquilo que você cheira com o nariz, todas essas realidades passam, porque são realidades materiais.

Não somente isso: o conhecimento que os sentidos lhe dão é muito superficial, é o mesmo conhecimento que um animal, cachorro ou macaco, tem. Existem, aliás, certos animais que percebem mais e melhor do que o homem. Não somos capazes, por exemplo, de ouvir os pequenos barulhos de que um cão é capaz; não somos capazes de farejar os odores minuciosos de que um cachorro é capaz; não somos capazes de ver com a penetração de uma águia… Os nossos sentidos ou, antes, o nosso conhecimento a partir dos sentidos pode ser até menos aguçado que o dos animais, mas a nossa inteligência (seja pela luz natural da razão ou pela luz da fé que a ilumina) é capaz de alcançar a verdade, e a verdade que não passa, a que é invisível aos olhos: os princípios, o fundamento das coisas segundo as idéias eternas de Deus. Isso os animais não veem, por não terem alma intelectual. E há coisas que os pagãos tampouco veem, por não terem espírito, isto é, uma inteligência elevada pela graça e pela fé. Iluminados pela luz de Cristo, somos capazes de enxergar a verdade sólida que não passa: “céus e terra”, o conhecimento sensível, “passarão”, mas o que conhecemos de Deus não há de passar.

Daí a importância, para a nossa vida, da oração. Por quê? Porque Jesus disse a Marta: “Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas com muitas coisas […]. Maria escolheu a melhor parte, a única que não lhe será tirada” (cf. Lc 10, 41s), o único necessário, que não lhe será tirado, a saber: seu relacionamento com Cristo, sua escuta da Palavra, da Verdade eterna. Eis a única coisa que não lhe será tirada. O resto, o esforço louco que temos para conseguir uma casa bonita, um carro de último modelo, a roupa da moda, um corpo cheio de saúde… Tudo isso lhe será tirado, porque tudo isso são coisas sensíveis e materiais. Existe, porém, a Palavra eterna, invisível aos olhos humanos, mas perceptível pela inteligência dos que são dóceis e dispostos a contemplar a verdade de Deus. Eis o que não passa, a verdade eterna de Cristo Senhor: “As minhas palavras não hão de passar”.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
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Homilia Diária | Quem tem de mudar é você, não Deus! (Sexta-feira da 34.ª Semana do Tempo Comum)

Na reta final deste ano litúrgico, a Igreja nos convida a meditar com mais atenção sobre o fim dos tempos e, portanto, sobre a finalidade última por que tudo foi criado: a glória de Deus, cuja Palavra, seu Filho bem-amado, existe desde sempre e veio a este mundo para iluminar-nos com a luz perene de sua verdade.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 25 de novembro, e saiba o que Jesus quer nos ensinar quando diz que o céu e a terra passarão, mas suas palavras jamais hão de passar!


https://youtu.be/r00bqkO8e0E
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Santo do dia 25/11/2022

Ouça no Youtube

Santa Catarina de Alexandria (Memória Facultativa)
Local: Alexandria, Egito
Data: 25 de Novembro


É entre as santas que levam o nome de Catarina certamente a mais venerada através da história. Sua história, porém, se perde na lenda. Talvez, por esse motivo, a santa tenha sido retirada do Calendário na reforma pós-conciliar. Talvez a grande devoção a ela tenha feito com que fosse readmitida.

Na iconografia tradicional, Catarina é representada como uma jovem formosa, em vestes e coroa reais, segurando um livro, símbolo de uma elevada cultura, trazendo a seu lado uma roda quebrada com pontas afiadas e uma palma, sinal do martírio. Ela teria vivido no Egito, onde teria morrido mártir, por volta do ano 305, durante a perseguição de Diocleciano.

Sobre sua figura foi escrita uma passio, descrição do martírio, que teve vasta credibilidade e enorme difusão em toda a Idade Média. Conforme este documento, Catarina, citada como cristã perante o imperador, em Alexandria do Egito, censurou-lhe a injusta perseguição contra os cristãos. Por sua vasta cultura filosófica provou a inutilidade dos deuses, enaltecendo a beleza e a veracidade do cristianismo. O imperador, impressionado pela coragem e formosura de Catarina, convocou alguns filósofos que deviam refutar e retorquir a argumentação de Catarina, mas verificou-se o contrário: a eloquência da santa jovem convenceu de erros os próprios filósofos que se teriam convertido à religião de Cristo. Derrotado em seus intentos, o imperador vingou-se decretando a morte de Catarina e dos sábios convertidos. A jovem devia ser barbaramente dilacerada por uma roda munida de lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Esta roda, porém, ao contato com o corpo da santa, quebrou-se ao meio. Após várias torturas, Catarina, enfim, foi decapitada. Das artérias cortadas escorreu um líquido da cor do leite.

Os fatos maravilhosos em torno de Catarina não terminam por aí. Todos os textos das "Atas" do martírio, a mencionada passio, afirmam que seu corpo foi levado pelos anjos até o monte Sinai, onde mais tarde foram construídos uma igreja e um mosteiro. É possível que no século VIII ou IX seu corpo tenha sido levado para lá. A partir daí, o mosteiro passou a ter o nome da santa. Neste mosteiro os monges acumularam uma rica biblioteca contendo preciosos códigos, entre os quais, no século passado, foi encontrado um código do século IV escrito em grego, contendo o Antigo e o Novo Testamento, e que passou à história com o nome de "Código Sinaitico", conservado no museu de Londres.

Em honra de Santa Catarina foram levantadas numerosas igrejas em toda a Europa. Literatura e arte andaram à porfia em celebrar os louvores e imortalizar a figura desta santa, símbolo de rara pureza, de singular beleza, de preclaro saber e de graça. Em razão de sua suposta erudição, ainda hoje é considerada a padroeira dos filósofos cristãos e dos estudantes de filosofia. Também o Brasil honra-se de tê-la protetora de um Estado, que leva seu nome.

Sua comemoração mostra que a sabedoria da fé cristã não é apanágio do sexo masculino. O sexo feminino não é menos capaz de ciências sublimes, nem menos notável por sua vivacidade de gênio. Demonstram-no as numerosas místicas cristãs através da história.

A Oração coleta própria não entra nos meandros dos elementos lendários da vida da santa. Em tradução apresentada a seguir, é exaltada a virgem e a mártir invicta. Foi a jovem cristã que conquistou a dupla coroa, a da virgem e da mártir. Fala ainda da fortaleza da fé, na constância e na unidade da Igreja. A questão da unidade da Igreja talvez entre pelo fato de Santa Catarina ser intensamente cultuada tanto na Igreja do Oriente como na do Ocidente: Deus eterno e todo-poderoso, que destes ao vosso povo a virgem e mártir invicta Santa Catarina, concedei que, por sua intercessão, sejamos fortificados na fé e na constância e colaboremos intensamente para a unidade da Igreja.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!

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