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2ª feira da 34ª Semana do Tempo Comum

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Memória Facultativa

Santa Catarina de Alexandria, Virgem e Mártir

Antífona de entrada

É de paz que o Senhor vai falar a seu povo e seus fiéis, e aos que a ele se converterem. (Cf. Sl 84, 9)
Loquétur Dóminus pacem in plebem suam: et super sanctos suos, et in eos qui convertúntur ad ipsum. Ps. Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti captivitátem Iacob. (Ps. 84, 9 et 2)
Vernáculo:
É de paz que o Senhor vai falar a seu povo e seus fiéis, e aos que a ele se converterem. (Cf. MR: Sl 84, 9) Sl. Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, libertastes os cativos de Jacó. (Cf. LH: Sl 84, 2)

Coleta

Levantai, Senhor, nós vos pedimos, o ânimo dos vossos fiéis, para que, fazendo frutificar com solicitude a obra da salvação, recebam maiores auxílios de vossa paternal bondade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura — Ap 14, 1-3. 4b-5


Leitura do Livro do Apocalipse de São João


Eu, João, 1tive esta visão: O Cordeiro estava de pé sobre o monte Sião. Com ele, os cento e quarenta e quatro mil que tinham a fronte marcada com o nome dele e o nome do seu Pai. 2Ouvi uma voz que vinha do céu; parecia o barulho de águas torrenciais e o estrondo de um forte trovão. O ruído que ouvi era como o som de músicos tocando harpa. 3Estavam diante do trono, diante dos quatro Seres vivos e dos Anciãos, e cantavam um cântico novo. Era um cântico que ninguém podia aprender; só os cento e quarenta e quatro mil marcados, que foram resgatados da terra. 4bEles seguem o Cordeiro aonde quer que vá. Foram resgatados do meio dos homens, como primeira oferta a Deus e ao Cordeiro. 5Na sua boca nunca foi encontrada mentira. São íntegros!

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial — Sl 23(24), 1-2. 3-4ab. 5-6 (R. cf. 6)


℟. É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.


— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável. ℟.

— “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime. ℟.

— Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”. ℟.


https://youtu.be/BtPk0WHyJbg
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir. (Mt 24, 42a. 44) ℟.

Evangelho — Lc 21, 1-4


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disto, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Bonum est confitéri Dómino, et psállere nómini tuo, Altíssime. (Ps. 91, 2)


Vernáculo:
Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! (Cf. LH: Sl 91, 2)

Sobre as Oferendas

Acolhei, Senhor, os sagrados dons que mandastes oferecer ao vosso nome; e, para que eles nos tornem agradáveis aos olhos da vossa paternal bondade, fazei-nos sempre obedecer a vossos mandamentos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, pois comprovado é seu amor para conosco. (Cf. Sl 116, 1. 2)

Ou:


Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo, aleluia. (Mt 28, 20)
Ierúsalem, quae aedificátur ut cívitas, cuius participátio eius in idípsum: illuc enim ascendérunt tribus, tribus Dómini, ad confiténdum nómini tuo, Dómine. (Ps. 121, 3. 4; ℣. Ps. 121, 1. 2. 5. 6. 7. 8. 9)
Vernáculo:
Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. (Cf. LH: Sl 121, 3. 4)

Depois da Comunhão

Deus todo-poderoso, nós vos pedimos, não permitais que se separem de vós aqueles a quem concedeis a alegria de participar da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 25/11/2024


A riqueza da pobre viúva


“Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois ela, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

1. Ele vê os corações. — No Evangelho de hoje, vemos uma viúva oferecer seu óbolo no Templo. Jesus estava de viagem para Jerusalém e, finalmente, chegou à Cidade Santa, chorou sobre ela, foi ao Templo, purificou-o, mostrando como o amor Deus se manifesta também por meio de sua cólera, como meio de acordar seus filhos dando-lhes um “chacoalhão”. Agora, Jesus mostra que ao seu olhar nada escapa. No meio de um vaivém de gente, daquele tumulto em Jerusalém (porque, lembremos, estamos perto das festas pascais, e Jesus está para celebrar sua Páscoa definitiva), Cristo vê o que ninguém percebe: Ele, que vê os corações, nota o gesto quase imperceptível de uma viúva. Viu o coração invisível daquela mulher. Ali, perto do gazofilácio, ou seja, do tesouro do Templo, Ele vê uma pobre viúva depositar duas pequenas moedas, e nesta diminuta obra Ele vê um enorme amor: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos” (v. 3).

2. Amor, a medida da santidade. — Esta é a medida de Deus: a medida da santidade. O que faz uma pessoa ser santa? O que faz uma pessoa ser santa é uma grande fé, e uma fé transformante, isto é, vivificada pela caridade, pelo amor. Assim era a fé da viúva que deu o pão da sua boca para o entregar no Templo, por confiar que Deus a amava mais do que ela se amava e não iria desamparar os que generosamente a Ele se entregassem. Que fé! Que visão extraordinária! Que grande esperança no auxílio divino! E a caridade que moveu esta viúva foi vista por Nosso Senhor, Ele que vê os corações. Certamente, ao ver alguns depositando grandes quantias no gazofilácio, Jesus via também a pequena quantidade, por assim dizer, da caridade deles, menos intensa, menos arraigada, menos profunda. Mas a daquela viúva… Um grande amor!

3. O segredo. — Esse é o grande segredo da santidade, redescoberto no século XIX por uma grande Doutora da Igreja, S. Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. Ao ver a misericórdia de Deus, Teresinha se apresenta diante dele com suas pequenas obras, mas com fervente e ardorosa caridade. Que também nós, na nossa vida ordinária, no dia a dia, ofereçamos com grande amor nossas pequenas coisas. Sempre que a vontade de Deus manifestar-se por meio de contrariedades, nós devemos doar-nos, devemos unir-nos à vontade de Deus e oferecer-lhe o nosso óbolo, pedindo a Ele que tenha compaixão de nós e nos dê um coração como o da viúva, um coração rico — rico de amor como o da Virgem Maria e dos santos que amaram a Deus oferecendo-lhe o seu tudo: “A viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver” (v. 4).

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Diária | O desapego que só a graça produz em nós (Segunda-feira da 34ª S. do Tempo Comum)

Naquela pobre viúva que hoje vemos entregar no cofre do Templo tudo o que tinha para viver, cumpre-se o que Deus tanto sonhava ao dizer ao povo de Israel: “Amarás o Senhor com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças”, pois o que Ele quer não são barganhas nem reservas técnicas, mas que nos entreguemos ao seu amor por inteiro, sem divisões.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, 25 de novembro, e descubra como viver esse desapego que só o Espírito Santo pode gerar em nossos corações.


https://youtu.be/f_XvMjZlBkE

Santo do dia 25/11/2024

Santa Catarina de Alexandria (Memória Facultativa)
Local: Alexandria, Egito
Data: 25 de


É entre as santas que levam o nome de Catarina certamente a mais venerada através da história. Sua história, porém, se perde na lenda. Talvez, por esse motivo, a santa tenha sido retirada do Calendário na reforma pós-conciliar. Talvez a grande devoção a ela tenha feito com que fosse readmitida.

Na iconografia tradicional, Catarina é representada como uma jovem formosa, em vestes e coroa reais, segurando um livro, símbolo de uma elevada cultura, trazendo a seu lado uma roda quebrada com pontas afiadas e uma palma, sinal do martírio. Ela teria vivido no Egito, onde teria morrido mártir, por volta do ano 305, durante a perseguição de Diocleciano.

Sobre sua figura foi escrita uma passio, descrição do martírio, que teve vasta credibilidade e enorme difusão em toda a Idade Média. Conforme este documento, Catarina, citada como cristã perante o imperador, em Alexandria do Egito, censurou-lhe a injusta perseguição contra os cristãos. Por sua vasta cultura filosófica provou a inutilidade dos deuses, enaltecendo a beleza e a veracidade do cristianismo. O imperador, impressionado pela coragem e formosura de Catarina, convocou alguns filósofos que deviam refutar e retorquir a argumentação de Catarina, mas verificou-se o contrário: a eloquência da santa jovem convenceu de erros os próprios filósofos que se teriam convertido à religião de Cristo. Derrotado em seus intentos, o imperador vingou-se decretando a morte de Catarina e dos sábios convertidos. A jovem devia ser barbaramente dilacerada por uma roda munida de lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Esta roda, porém, ao contato com o corpo da santa, quebrou-se ao meio. Após várias torturas, Catarina, enfim, foi decapitada. Das artérias cortadas escorreu um líquido da cor do leite.

Os fatos maravilhosos em torno de Catarina não terminam por aí. Todos os textos das "Atas" do martírio, a mencionada passio, afirmam que seu corpo foi levado pelos anjos até o monte Sinai, onde mais tarde foram construídos uma igreja e um mosteiro. É possível que no século VIII ou IX seu corpo tenha sido levado para lá. A partir daí, o mosteiro passou a ter o nome da santa. Neste mosteiro os monges acumularam uma rica biblioteca contendo preciosos códigos, entre os quais, no século passado, foi encontrado um código do século IV escrito em grego, contendo o Antigo e o Novo Testamento, e que passou à história com o nome de "Código Sinaitico", conservado no museu de Londres.

Em honra de Santa Catarina foram levantadas numerosas igrejas em toda a Europa. Literatura e arte andaram à porfia em celebrar os louvores e imortalizar a figura desta santa, símbolo de rara pureza, de singular beleza, de preclaro saber e de graça. Em razão de sua suposta erudição, ainda hoje é considerada a padroeira dos filósofos cristãos e dos estudantes de filosofia. Também o Brasil honra-se de tê-la protetora de um Estado, que leva seu nome.

Sua comemoração mostra que a sabedoria da fé cristã não é apanágio do sexo masculino. O sexo feminino não é menos capaz de ciências sublimes, nem menos notável por sua vivacidade de gênio. Demonstram-no as numerosas místicas cristãs através da história.

A Oração coleta própria não entra nos meandros dos elementos lendários da vida da santa. Em tradução apresentada a seguir, é exaltada a virgem e a mártir invicta. Foi a jovem cristã que conquistou a dupla coroa, a da virgem e da mártir. Fala ainda da fortaleza da fé, na constância e na unidade da Igreja. A questão da unidade da Igreja talvez entre pelo fato de Santa Catarina ser intensamente cultuada tanto na Igreja do Oriente como na do Ocidente: Deus eterno e todo-poderoso, que destes ao vosso povo a virgem e mártir invicta Santa Catarina, concedei que, por sua intercessão, sejamos fortificados na fé e na constância e colaboremos intensamente para a unidade da Igreja.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!


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