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Antífona de entrada

Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a boa nova aos pobres e curar os corações contritos. (Lc 4, 18)
Caritas Dei diffúsa est in córdibus nostris, allelúia: per inhabitántem Spíritum eius in nobis, allelúia, allelúia. Ps. Bénedic ánima mea Dómino: et ómnia quae intra me sunt, nómini sancto eius. (Rom. 5. 5; 10, 11; Ps. 102)
Vernáculo:
O amor de Deus foi derramado em nossos corações, aleluia, pelo Espírito Santo que nos foi dado, aleluia, aleluia. (Cf. Bíblia CNBB: Rm 5, 5b) Sl. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! (Cf. LH: Sl 102, 1)

Coleta

Ó Deus, que não cessais de elevar à glória da santidade os vossos servos fiéis e prudentes, concedei que nos inflame o fogo do Espírito Santo que ardia no coração de São Filipe Néri. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (At 18, 1-8)


Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, 1Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. 2Aí encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabava de chegar da Itália, e sua esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contato com eles. 3E, como tinham a mesma profissão – eram fabricantes de tendas – Paulo passou a morar com eles e trabalhavam juntos.

4Todos os sábados, Paulo discutia na sinagoga, procurando convencer judeus e gregos. 5Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à Palavra, testemunhando diante dos judeus que Jesus era o Messias. 6Mas, por causa da resistência e blasfêmias deles, Paulo sacudiu as vestes e disse: “Vós sois responsáveis pelo que acontecer. Eu não tenho culpa; de agora em diante, vou dirigir-me aos pagãos”.

7Então, saindo dali, Paulo foi para a casa de um pagão, um certo Tício Justo, adorador do Deus único, que morava ao lado da sinagoga. 8Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com toda a sua família; e muitos coríntios, que escutavam Paulo, acreditavam e recebiam o batismo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 97)


℟. O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.


— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. ℟.

— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. ℟.

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai! ℟.


https://youtu.be/GRnIikUxLDU
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar. (Cf. Jo 14, 18) ℟.

Evangelho (Jo 16, 16-20)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

16“Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”. 17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: “O que significa o que ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai?’”.

18Diziam, pois: “O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. 19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: “Estais discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis?’

20Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Benedic ánima mea Dómino, et noli oblivísci omnes retributiónes eius: et renovábitur, sicut áquilae, iuvéntus tua. Allelúia. (Ps. 102, 2. 5)


Vernáculo:
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! De bens ele sacia tua vida, e te tornas sempre jovem como a águia! Aleluia. (Cf. LH: Sl 102, 2. 5)

Sobre as Oferendas

Ao oferecermos, ó Deus, este sacrifício de louvor, dai-nos a graça de seguir o exemplo de São Filipe Néri, trabalhando sempre com alegria para a vossa glória e o bem do próximo. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos, diz o Senhor. (Mt 28, 20)
Magna est glória eius in salutári tuo: glóriam et magnum decórem impónes super eum, Dómine. Allelúia. (Ps. 20, 6; ℣. Ps. 20, 2. 3. 4. 5. 7. 14)
Vernáculo:
É grande a sua glória em vosso auxílio; de esplendor e majestade o revestistes. Aleluia. (Cf. LH: Sl 20, 6)

Depois da Comunhão

Alimentados, ó Deus, com o pão do céu, levai-nos a imitar São Filipe Néri, procurando sempre as fontes que nos dão a verdadeira vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 26/05/2022
A vossa tristeza se converterá em alegria!

“Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”.

No Evangelho de hoje, diz Jesus a seus discípulos: “Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”. Propõem os autores diversas interpretações para este versículo. a) Para alguns, mais atentos ao sentido literal e histórico do texto, significa: “Dentro em breve, isto é, quando eu morrer crucificado, já não me vereis; mas, pouco tempo depois, ou seja, depois de minha Ressurreição ao terceiro dia, tornareis a ver-me”. b) Para outros, significa: “Daqui a pouco tempo, isto é, após minha Ascensão aos céus, já não me vereis; mas, pouco tempo depois, isto é, quando tiverdes terminado o curto tempo desta vida, tornareis a ver-me no meu Reino”.

À interrogação tácita dos Apóstolos sobre o sentido destas palavras responde o Senhor explicando ou, antes, confirmando o que dissera no v. 16: “Em verdade, em verdade vos digo: vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará” etc. Estas últimas palavras admitem duas leituras, em função da interpretação que se adote para o versículo precedente: a) para alguns, as lágrimas e lamentações dos discípulos indicam a sua tristeza pela morte de Cristo, ao passo que a alegria do mundo significa o triunfo aparente dos judeus; b) para outros, Cristo se refere às tristezas e dificuldades que os seus discípulos terão de suportar durante o tempo em que estiverem nesta vida, lutando contra as vaidades do mundo pela edificação do Reino de Deus. Em todo caso, o Senhor garante que “a vossa tristeza se transformará em alegria” (‘εἰς χαρὰν γενήσεται’), ou seja, numa alegria que ninguém jamais vos arrebatará (cf. Jo 16, 22); a alegria do mundo, por sua vez, converter-se-á numa tristeza que jamais terá remédio. Assim, Deus enxugará toda lágrima dos que aqui choraram, padecendo por seu amor, e entregará à segunda morte os que nesta vida riram de seus Mandamentos e se mofaram de seu Filho (cf. Ap 21, 4.8).

Nesse sentido, existe um paralelo entre a “derrota” do Senhor crucificado e a vida dos que o seguem: nesta terra, os cristãos e todo o Corpo da Igreja aparecem aos olhos do mundo como algo digno de desprezo, fadado ao fracasso e a toda sorte de perseguições; no entanto, assim como a nossa Cabeça ressuscitou gloriosa, triunfando da morte e de seus inimigos, assim também os seus membros hemos de passar pela páscoa desta vida, a fim de entrarmos gloriosos na outra, onde as lágrimas da nossa tristeza passageira se converterão em uma alegria sem ocaso nem defeito. — Portanto, não tenhamos medo nem desanimemos por causa das tragédias que se abatem sobre nós e sobre a Santa Igreja, porque em pouco tempo a nossa “tristeza se transformará em alegria”!

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | “Vossa tristeza se transformará em alegria” (Quinta-feira da 6.ª Semana da Páscoa)

A Ascensão de Nosso Senhor aos céus marca o fim das aparições com que Ele se manifestou ressuscitado aos Apóstolos, a fim de reavivar a fé que deixaram sepultada sob o medo, a frustração e a covardia. Mas ainda que os tenha reerguido à fé de antes, dando-lhes sinais certos de sua Ressurreição e a alegria de o saberem vivo e glorioso, era-lhes necessária a graça que só receberiam dez dias mais tarde, na festa de Pentecostes, quando finalmente se lhes infundiria a plena inteligência dos mistérios da Redenção.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 26 de maio, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho.


https://youtu.be/8kaEyk4dFqo

Santo do dia 26/05/2022


São Filipe Néri, Presbítero (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 26 de Maio † 1595


Antes de morrer, octogenário, Filipe Néri queimou os manuscritos dos seus livros guardados na gaveta. Muito tempo antes, aos 24 anos de idade, fizera um pacote de todos os livros que então possuía (exceto a Bíblia e a Suma Teológica de Santo Tomás) e os levara para vender na praça distribuindo depois o dinheiro obtido aos pobres. Desde aquele instante somente Deus haveria de ocupar seus pensamentos e coração. “Se quisermos nos dedicar inteiramente ao nosso próximo — repetia — não devemos reservar a nós mesmos nem tempo nem espaço”. Filipe Néri recolheu consigo os meninos turbulentos dos subúrbios romanos e os educava divertindo-os. A quem se queixava do barulho que faziam, respondia: “Contanto que não pratiquem o mal, ficaria satisfeito até se me quebrassem paus na cabeça”. Para ajudar os mais necessitados não hesitava em pedir esmolas nas estradas. Um dia, um indivíduo sentindo-se importunado, deu-lhe um soco. “Este é para mim — foi a resposta sorridente do santo — agora me dê algum dinheiro para os meus meninos”.

Em pleno clima de reforma e contrarreforma, o santo expressou sua opinião a esse respeito, com uma frase muito eficaz: “É possível restaurar as instituições com a santidade, e não restaurar a santidade com as instituições”.

Filipe nasceu em Florença em 1515. Vivaz, alegre e otimista por temperamento (tanto que mereceu o apelido de Pipo, o bom), tentou várias profissões, entre as quais a de comerciante em São Germano, perto de Cassino, aos dezoito anos. Estudante em Roma, abandonou os estudos vendendo os livros para dedicar-se totalmente a atividades beneficentes. Ordenado padre aos 36 anos, criou pouco depois o Oratório, congregação religiosa de padres, empenhados de modo particular na educação dos jovens.

Sem parecer, Filipe tinha sólida cultura: promoveu os estudos de história eclesiástica, encaminhando a esta disciplina um dos seus sacerdotes, Barônio. Depois dos 75 anos de idade limitou sua atividade ao confessionário e à direção espiritual. Possuía o segredo da simpatia e da amizade. No leito de morte sentia-se culpado ao pensar que estava deitado numa caminha macia e limpa, enquanto Cristo morreu pregado na cruz. Após a morte, a 26 de maio de 1595, os médicos averiguaram sobre seu tórax, uma esquisita curva das costelas, como a dar espaço maior ao grande coração do apóstolo de Roma.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil