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Santíssima Trindade, Solenidade

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Antífona de entrada

Bendito seja Deus Pai e seu Filho Unigênito, com o Espírito Santo, porque mostrou-nos a sua misericórdia.
Benedicta sit sancta Trínitas, atque indivísa Unitas, confitébimur ei, quia fecit nobíscum misericórdiam suam. Ps. Dómine Dóminus noster: quam admirábile est nomen tuum in univérsa terra. (Tob. 12, 6; Ps. 8)
Vernáculo:
Bendito seja Deus Pai e seu Filho Unigênito, com o Espírito Santo, porque mostrou-nos a sua misericórdia. (Cf. MR) Sl. Ó Senhor nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo! (Cf. LH: Sl 8, 2)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso admirável mistério. Concedei-nos, na profissão da verdadeira fé, reconhecer a glória da Trindade e adorar a Unidade na sua onipotência. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Dt 4, 32-34. 39-40)


Leitura do Livro do Deuteronômio


Moisés falou ao povo, dizendo: 32“Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga, de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante. 33Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo?

34Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos?

39Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele. 40Guarda suas leis e seus mandamentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 32)


℟. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.


— Reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça. ℟.

— A palavra do Senhor criou os céus, e o sopro de seus lábios, as estrelas. Ele falou e toda a terra foi criada, ele ordenou e as coisas todas existiram. ℟.

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. ℟.

— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! ℟.


https://youtu.be/HqgIUIiPBKo

Segunda Leitura (Rm 8, 14-17)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos: 14Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.

15De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai!

16O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus.

17E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Divino, ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém. (Cf. Ap 1, 8) ℟.

Evangelho (Mt 28, 16-20)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 16os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado.

17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. 18Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. 19Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Benedíctus sit Deus Pater, unigenitúsque Dei Filius, Sanctus quoque Spíritus: quia fecit nobíscum misericórdiam suam. (Cf. Tob. 12, 6)


Vernáculo:
Bendito seja Deus Pai e seu Filho Unigênito, com o Espírito Santo, porque mostrou-nos a sua misericórdia.(Cf. MR)

Sobre as Oferendas

Senhor nosso Deus, nós vos pedimos, santificai, pela invocação do vosso nome, esta nossa humilde oferenda, e, por meio dela, tornai-nos uma dádiva perene para vós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá, ó Pai! (Gl 4, 6)
Data est mihi omnis potéstas in caelo et in terra, allelúia: eúntes, docéte omnes gentes, baptizántes eos in nómine Patris, et Fílii, et Spíritus Sancti, allelúia, allelúia. (Mt. 28, 18. 19; ℣. Ps. 77, 1. 3. 4a. 23. 24. 25. 27)
Vernáculo:
Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra, aleluia. Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, aleluia, aleluia. (Cf. Bíblia CNBB: Mt 28, 18. 19)

Depois da Comunhão

Senhor nosso Deus, proclamando nossa fé na Trindade eterna e santa e na sua indivisível Unidade, nós vos pedimos que a comunhão neste sacramento nos sirva para a saúde do corpo e da alma. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 26/05/2024


O mistério íntimo de Deus


Celebrar este mistério augusto da Santíssima Trindade é um convite a entrar em intimidade com essa mesma Trindade.

Queridos irmãos e irmãs, nesta retomada do Tempo comum, depois da Solenidade de Pentecostes com a qual se encerra o Tempo Pascal, celebramos outra Solenidade, desta vez não só do Espírito Santo, mas a da Santíssima Trindade.


Esse é o mistério mais íntimo de Deus, não revelado explicitamente no Antigo Testamento, mas reservado para o Novo, para Aliança Nova e Eterna. É o mistério da família íntima de Deus: Pai, Filho, Espírito Santo.
Como é que se explica este mistério? A resposta mais simples seria que não há resposta aqui nesta vida. Aqui nossa pobre inteligência fica muito curta para explicar, mas a teologia com todo o seu esforço diz o seguinte:


Deus Pai se conhece a si mesmo e gera uma ideia perfeitíssima de si, igual a Ele em natureza. É o Verbo, no qual está espelhada sua mesma vida, sua mesma beleza, sua mesma imensidão, sua mesma eternidade, todas as suas infinitas perfeições; esse Verbo é seu Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade.
Quando eles, o Pai e o Filho, se contemplam a si mesmos, entre eles surge um Amor especial. Que, por proceder do Pai e do Filho, tem a mesma natureza divina que eles. Isso dá origem a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo. Que é o Amor Eterno entre o Pai e o Filho.


Esta é uma pobre explicação que não desfaz nada do grande mistério de Três Pessoas divinas distintas em um só Deus.


Mas a celebração de hoje pode nos despertar uma certa surpresa, uma vez que em nossas orações tudo fazemos invocando a Santíssima Trindade, inclusive nos sacramentos e de modos especial na Santa Missa, que necessidade há então de celebrar a Solenidade da Santíssima Trindade?


A Igreja, muito sábia e adoradora, quer neste domingo, fazer menção explicita das três pessoas eternas e igualmente adoráveis, um só Deus Eterno, Vivo e Verdadeiro.


Deus é infinitamente feliz e não precisa das criaturas, que não podem acrescentar em nada sua glória e sua felicidade intrínseca. Mas Deus é amor (1Jo 4,16) e o amor é comunicativo, tende a se comunicar, a se doar. Como afirmam os filósofos, Deus é o bem infinito que tende ou procura se expandir: “O bem é difusivo de si mesmo”. Essa é a razão da criação: Deus, o bem infinito que comunica sua bondade criando outros seres.


Na Anunciação o Anjo disse à Nossa Senhora: “Alegra-te, Maria, o Senhor está contigo”. Deus, Uno e Trino, habita na alma através da graça e da caridade. Toda a nossa vida espiritual não deve ser outra coisa que crescer nessa relação de intimidade com Deus presente e agindo em nós.


Sabemos que toda a atividade de Deus é própria da natureza divina, comum, portanto, às três Pessoas. Por apropriação falamos do Espírito Santo quando nos referimos a esta presença e atuação de Deus na nossa alma, mas são as Três Pessoas divinas que habitam e atuam na alma.


Deus está na alma do justo. Deus está em toda parte, em cada criatura, em tudo o que existe. Mas de maneiras diferentes. A diferença está nas diferentes formas como atua num e noutro lugar. Quando dizemos que a Trindade está na alma em graça, que habita, queremos dizer precisamente que nela está presente e atua de um modo especial, único, irrepetível, que não é o mesmo modo como atua em todos os outros seres. E como é essa presença?


1. Primeiramente devemos dizer que é uma presença viva, porque as Pessoas Divinas são pessoas vivas. Isto é visto magnificamente na vida dos primeiros cristãos narrada pelos Atos dos Apóstolos. Lembremo-nos de que o que ali se diz atribuindo-o ao Espírito Santo, é atribuível a toda a Trindade. Pois bem, o Espírito Santo desceu em Pentecostes, tomou posse visivelmente dos seus Apóstolos, iniciou a sua ação através deles no mundo das almas, para construir a Igreja. Os Apóstolos transmitem o Espírito Santo pela imposição das mãos, fazem milagres com as suas orações e até com a sua sombra. Simão, o Mago, atraído por tais prodígios, propôs comprar com dinheiro aquele maravilhoso poder. O Espírito Santo arrebatou Filipe depois de batizar o ministro da Rainha de Candace, moveu as deliberações dos Apóstolos reunidos no primeiro concílio, para que dissessem: “assim pareceu ao Espírito Santo e a nós” (At 15,28).


Ele vive em seus fiéis. São Paulo repete muitas vezes: “Não sabeis que sois o Templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Cor 3,16); “Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?” (1Cor 6,19).


Esta presença é tão importante que dela surgem para nós novas exigências morais: “já não vos pertenceis”, diz São Paulo. Somos de Outro. Na Segunda Carta aos Coríntios ele diz: “Como conciliar o Templo de Deus e os ídolos? Porque somos o Templo de Deus vivo, como o próprio Deus disse: Eu habitarei e andarei entre eles, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo (Lv 26,11s)” (2 Cor 6,16).


2. A Trindade, nosso objetivo. Esta presença da Trindade nas nossas almas deve tornar-se o objeto da nossa atividade e dos nossos desejos. Deus se dá e se dá totalmente. Para que? Para que possamos retribuir, ou seja, possamos fazer dele objeto de nossos atos de conhecimento e amor. Como é possível que a nossa pobre inteligência e a nossa vontade ferida possam compreender e amar a Deus? Pela graça e pelas virtudes que dela brotam: caridade, fé e esperança.


Mas podemos nos perguntar: Por que as Pessoas Divinas vêm à alma? Santo Tomás responde dizendo: se “dá” algo quando queremos que esse “algo” seja “possuído” por alguém: “Se algo é dado, é para que alguém o tenha”. Mas Santo Tomás acrescenta ainda mais, dizendo que só temos “aquilo que podemos usar e desfrutar livremente”. Portanto, as Pessoas divinas nos são dadas (ou seja, Deus se dá a nós) para as possuirmos e as desfrutarmos. E para isso recebemos a graça: este dom criado aperfeiçoa a criatura racional para que possa possuir as Pessoas divinas. Diz Santo Tomás: “a graça santificante dispõe a alma a ter a Pessoa divina”; e em outro lugar diz: “pelo dom da graça santificante a criatura racional é aperfeiçoada não apenas para usar livremente esse dom criado, mas para desfrutar da própria Pessoa divina”.


Nisto consiste a perfeição na vida espiritual e toda a vida espiritual: crescer na relação com a Santíssima Trindade. Essa presença existe desde o primeiro momento em que a alma está em graça, mas no início a sua presença é obscura, silenciosa. À medida que a alma se aperfeiçoa e se desapega das coisas mundanas, acontece o que Santa Teresa relata no Livro das Moradas: Deus se revela mais dentro da alma, como se brincasse, se ocultando e se revelando e se fazendo desejar mais, até chegar a total transformação.


3. Presença triunfante. A presença da Trindade e a relação da alma com ela, quando atinge a perfeição, torna-se o grande triunfo de Deus na alma e se manifesta na fecundidade que imprime nela. Fecundidade em que sentido? Em dois sentidos:


a) No movimento em direção a Deus. A caridade difusa nas almas pelo Espírito Santo move irresistivelmente a alma a voltar para Deus. Esta é a oração de Jesus na Última Ceia, como nos diz São João no seu Evangelho: “Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse: “Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste. Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado” (Jo 17,1-5). Retornar a seu princípio, esse é o desejo do amor filial: voltar para Deus.


b) No movimento em direção às almas. Se no seio da mesma Trindade o amor o fizer sair de si mesmo, o mesmo efeito produzirá nas almas onde Ele habita. “Deus amou o mundo de tal maneira, diz São João, que lhe deu o seu Filho único” (Jo 3,16). A Encarnação é o movimento “ad extra” do amor intratrinitário. A ação mais elevada do Deus Trino na alma é o zelo apostólico. Foi assim que todos os santos experimentaram. Santa Teresa conta-o referindo-se ao efeito que a escuta das histórias das façanhas dos evangelizadores teve sobre ela. No livro das Fundações diz: “Este - Padre - veio das Índias, há pouco. Ele começou a me contar sobre os muitos milhões de almas que ali se perderam por falta de doutrina, e nos deu um sermão, falando e encorajando à penitência, e fiquei tão angustiada com a perda de tantas almas que fui a um eremitério com muitas lágrimas, clamando a Nosso Senhor, implorando-lhe que me desse uma maneira de fazer algo para ganhar alguma alma para o seu serviço, pois tantas eram as levadas pelo demônio; e que a minha oração pudesse fazer alguma coisa, já que não dava para mais do que isso. Tinha muita inveja daqueles que podiam, pelo amor de Nosso Senhor, empregar-se nisso, mesmo que acontecessem mil mortes. Acontece-me, que quando na vida dos santos lemos que converteram almas, tenho muito mais devoção e mais ternura e mais inveja, do que todos os martírios que sofrem, porque esta é a inclinação que Nosso Senhor me deu; parece-me que uma alma é mais preciosa pela nossa indústria e oração, através da sua misericórdia, do que todos os serviços que lhe podemos fazer” (Fundações, I,7).


Meus irmãos, celebrar este mistério augusto da Santíssima Trindade é um convite a entrar em intimidade com essa mesma Trindade. É recordar e viver o mistério das Três Pessoas Divinas habitando em nós e querendo se relacionar conosco. É lembrar que devemos dar glória a Deus no mais íntimo de nós e de nossas ações; que devemos buscar a santificação de nossa alma e a salvação dos irmãos.


Todos os nossos desejos devem ser buscar cada vez mais intimidade com a Santíssima Trindade, escondida no fundo de nossas almas.
Que a Santíssima Virgem, aquela obra prima da Santíssima Trindade, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo, nos conceda esta graça.

Deus abençoe você!

Pe. Fábio Vanderlei, IVE

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Dominical | Na prática, o que significa crer na Trindade? (Solenidade da S. Trindade)

Para muitos, o mistério da Santíssima Trindade parece tão distante de nós que aparentemente não possui implicações concretas em nossa vida. Mas, o Evangelho proclamado nesta Solenidade mostra justamente o contrário. Antes de subir para o Pai, de onde enviou-nos o Espírito Santo, Jesus deu uma missão bem específica aos Apóstolos: ir pelo mundo ensinando a fé e administrando os sacramentos a todos os povos. Eis uma verdade esquecida, ou negligenciada, que precisamos reafirmar cada vez mais, sobretudo nestes tempos de indiferentismo religioso.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este domingo e perceba o que significa, na prática, crer na Santíssima Trindade.


https://youtu.be/SNbx18fsrAE

Santo do dia 26/05/2024

São Filipe Néri, Presbítero (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 26 de Maio† 1595


Antes de morrer, octogenário, Filipe Néri queimou os manuscritos dos seus livros guardados na gaveta. Muito tempo antes, aos 24 anos de idade, fizera um pacote de todos os livros que então possuía (exceto a Bíblia e a Suma Teológica de Santo Tomás) e os levara para vender na praça distribuindo depois o dinheiro obtido aos pobres. Desde aquele instante somente Deus haveria de ocupar seus pensamentos e coração. “Se quisermos nos dedicar inteiramente ao nosso próximo — repetia — não devemos reservar a nós mesmos nem tempo nem espaço”. Filipe Néri recolheu consigo os meninos turbulentos dos subúrbios romanos e os educava divertindo-os. A quem se queixava do barulho que faziam, respondia: “Contanto que não pratiquem o mal, ficaria satisfeito até se me quebrassem paus na cabeça”. Para ajudar os mais necessitados não hesitava em pedir esmolas nas estradas. Um dia, um indivíduo sentindo-se importunado, deu-lhe um soco. “Este é para mim — foi a resposta sorridente do santo — agora me dê algum dinheiro para os meus meninos”.

Em pleno clima de reforma e contrarreforma, o santo expressou sua opinião a esse respeito, com uma frase muito eficaz: “É possível restaurar as instituições com a santidade, e não restaurar a santidade com as instituições”.

Filipe nasceu em Florença em 1515. Vivaz, alegre e otimista por temperamento (tanto que mereceu o apelido de Pipo, o bom), tentou várias profissões, entre as quais a de comerciante em São Germano, perto de Cassino, aos dezoito anos. Estudante em Roma, abandonou os estudos vendendo os livros para dedicar-se totalmente a atividades beneficentes. Ordenado padre aos 36 anos, criou pouco depois o Oratório, congregação religiosa de padres, empenhados de modo particular na educação dos jovens.

Sem parecer, Filipe tinha sólida cultura: promoveu os estudos de história eclesiástica, encaminhando a esta disciplina um dos seus sacerdotes, Barônio. Depois dos 75 anos de idade limitou sua atividade ao confessionário e à direção espiritual. Possuía o segredo da simpatia e da amizade. No leito de morte sentia-se culpado ao pensar que estava deitado numa caminha macia e limpa, enquanto Cristo morreu pregado na cruz. Após a morte, a 26 de maio de 1595, os médicos averiguaram sobre seu tórax, uma esquisita curva das costelas, como a dar espaço maior ao grande coração do apóstolo de Roma.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Filipe Néri, rogai por nós!

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