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Antífona de entrada

Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a boa-nova aos pobres e curar os corações contritos. (Lc 4, 18)
Iustus ut palma florébit: sicut cedrus Líbani multiplicábitur: plantátus in domo Dómini, in átriis domus Dei nostri. Ps. Bonum est confitéri Dómino: et psállere nómini tuo, Altíssime. (Ps. 91, 13. 14 et 2)
Vernáculo:
O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro do Líbano, plantado na casa do Senhor, nos átrios de nosso Deus. (Cf. MR: Sl 91, 13-14) Sl. Como é bom agradecermos ao Senhor, e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! (Cf. LH: Sl 91, 2)

Coleta

Ó Deus, que, para o socorro dos pobres e formação do clero, enriquecestes o presbítero São Vicente de Paulo com as virtudes apostólicas, fazei-nos, animados pelo mesmo espírito, amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jó 3, 1-3.11-17.20-23)


Leitura do Livro de Jó


1Jó abriu a boca e amaldiçoou o seu dia, 2dizendo: 3“Maldito o dia em que nasci e a noite em que fui concebido. 11Por que não morri desde o ventre materno ou não expirei ao sair das entranhas? 12Por que me acolheu um regaço e uns seios me amamentaram? 13Estaria agora deitado e poderia descansar, dormiria e teria repouso, 14com os reis e ministros do país, que construíram para si sepulcros grandiosos; 15ou com os nobres, que amontoaram ouro e prata em seus palácios. 16Ou, então, enterrado como aborto, eu agora não existiria, como crianças que nem chegaram a ver a luz. 17Ali acaba o tumulto dos ímpios, ali repousam os que esgotaram as forças. 20Por que foi dado à luz um infeliz e vida àqueles que têm a alma amargurada? 21Eles desejam a morte que não vem e a buscam mais que um tesouro; 22eles se alegrariam por um túmulo e gozariam ao receberem sepultura. 23Por que, então, foi dado à luz o homem a quem seu próprio caminho está oculto, a quem Deus cercou de todos os lados?”

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


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Salmo Responsorial (Sl 87)


℟. Chegue a minha oração até a vossa presença.


— A vós clamo, Senhor, sem cessar, todo o dia, e de noite se eleva até vós meu gemido. Chegue a minha oração até a vossa presença, inclinai vosso ouvido a meu triste clamor! ℟.

— Saturada de males se encontra a minh’alma, minha vida chegou junto às portas da morte. Sou contado entre aqueles que descem à cova, toda gente me vê como um caso perdido! ℟.

— O meu leito já tenho no reino dos mortos, como um homem caído que jaz no sepulcro, de quem mesmo o Senhor se esqueceu para sempre e excluiu por completo de sua atenção. ℟.

— Ó Senhor, me pusestes na cova mais funda, nos locais tenebrosos da sombra da morte. Sobre mim cai o peso do vosso furor, vossas ondas enormes me cobrem, me afogam. ℟.


https://youtu.be/cWE-0HwxTgQ
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℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Veio o Filho do Homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos. (Mc 10, 45) ℟.

Evangelho (Lc 9, 51-56)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


51Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, para preparar hospedagem para Jesus. 53Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. 54Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” 55Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. 56E partiram para outro povoado.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

In virtúte tua, Dómine, laetábitur iustus, et super salutáre tuum exsultábit veheménter: desidérium ánimae eius tribuísti ei. (Ps. 20, 2. 3)


Vernáculo:
Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra; quanto exulta de alegria em vosso auxílio! O que sonhou seu coração, lhe concedestes; não recusastes os pedidos de seus lábios. (Cf. LH: Sl 20, 2. 3)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que destes a São Vicente de Paulo a força de conformar toda a sua vida aos mistérios que celebrava, fazei que nos tornemos também, por este sacrifício, uma oferenda agradável aos vossos olhos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Demos graças ao Senhor por suas misericórdias, por suas maravilhas em favor dos homens: deu de beber aos que tinham sede, alimentou os que tinham fome. (Sl 106, 8-9)
Amen dico vobis: quod vos, qui reliquístis ómnia, et secúti estis me, céntuplum accipiétis, et vitam aetérnam possidébitis. (Mt. 19, 28. 29; ℣. Ps. 20, 2. 3. 4. 5. 6. 7. 14)
Vernáculo:
Em verdade vos digo, vós, que deixastes tudo e me seguistes, recebereis cem vezes mais e tereis como herança a vida eterna. (Cf. MR: Mt. 19, 28. 29)

Depois da Comunhão

Ó Deus, alimentados por esta Eucaristia, nós vos pedimos que, a exemplo de São Vicente e amparados por sua proteção, imitemos o vosso Filho na pregação do Evangelho aos pobres. Por Cristo, nosso Senhor.

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Homilia do dia 27/09/2022
Um mundo de samaritanos

“Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente”.


O Evangelho de hoje é decisivo dentro da redação de São Lucas. Dividida em duas partes, o autor sagrado dá início à segunda justamente no primeiro versículo da leitura de hoje. Jesus esteve até agora evangelizando na Galileia; deste ponto em diante, começa sua grande subida a Jerusalém e aos céus. Trata-se, de fato, de uma viagem ascensional — uma anábase — num duplo sentido, físico e espiritual. É por isso que Lucas escreve: Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu, isto é, de morrer e ser glorificado, para logo acrescentar: Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém, ou seja, de subir da Galileia até o cimo do Monte Sião, na Judeia, onde estava localizada a cidade santa. O que pode soar como simples “curiosidade” bíblica é, na verdade, parte importante da formação que o evangelista nos quer transmitir com esse relato, a saber: nós devemos, com Cristo e por Cristo, tomar a decisão de carregar nossa cruz, se quisermos realmente subir aos céus um dia. A linguagem do Evangelho é bastante solene: Chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu, isto é, tendo-se completado o tempo (gr. συμπληροῦσθαι, lt. dum complerentur dies) predefinido pelo Pai para a consumação da obra redentora, Jesus fez rosto duro (πρόσωπον ἐστήρισεν), assumindo um semblante como de pedra, sinal de quem sabe para onde deve ir. O problema é que são os Apóstolos que não parecem saber para onde vão. Poder-se-ia dizer que, para eles, aquela viagem era quase um “passeio turístico”. Não é esse o espírito de Jesus. Ele sabe o que o aguarda em Jerusalém; daí a firmeza de sua decisão em passar pelo suplício da cruz para fazer justiça a Deus e reparar o gênero humano caído. Ele sobe a Jerusalém para depois subir de volta ao Pai, a fim de que nós, subindo também o nosso próprio calvário, possamos um dia ascender à glória do céu.

Em seguida, diz o evangelista que Jesus mandou à sua frente alguns batedores para lhe prepararem pousada entre os samaritanos. Lembremos que entre a Galileia, onde o Senhor pregara até então, e a Judeia, onde estava Jerusalém, situava-se a Samaria, cujos habitantes, pela rivalidade religiosa que os separava do judeus, não quiseram recebê-lo; Jesus, com efeito, dava a impressão de que ia à cidade santa, coração do culto judaico. Ora, como vissem a rejeição dos samaritanos, Tiago e João, fazendo juz ao apelido filhos do trovão, perguntaram ao Mestre: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los? Cristo porém os repreende, porque a sua luta é contra o inferno e o pecado, e não contra os homens, razão por que o seu sacrifício na cruz será também pelos samaritanos e por todos os que não receberam a promessa do Messias. É o que nos diz a primeira leitura, tirada do profeta Zacarias: Naqueles dias, quando for instaurado o reino messiânico, isto é, a Igreja, homens de todas as línguas faladas entre as nações, ou seja, de origem pagã, vão segurar pelas bordas da roupa um homem de Judá, dizendo: Nós iremos convosco; porque ouvimos dizer que Deus está convosco. E quem é Deus conosco senão Jesus Cristo, o Emanuel, enviado para salvar não só o povo da promessa, mas aqueles que nem mesmo esperavam ser salvos? Como o Senhor levará a cabo essa obra de salvação? Subindo decididamente a Jerusalém, sem desviar nunca o olhar da missão para que veio — morrer na cruz em proveito de muitos.

Eis aqui outra lição espiritual que podemos extrair hoje: vivemos em meio a samaritanos, isto é, a almas que rejeitam Jesus; de fato, no mundo em que vivemos reina a cultura da morte, uma mentalidade ateia e relativista, favorável a todo tipo de imoralidade, como o aborto, a ideologia de gênero e muitos outros valores contrários aos do Evangelho. Mas dias virão em que até os mundanos, vendo a vitória de Deus, tomarão os fiéis pela borda da roupa, querendo participar da mesma esperança: Nós iremos convosco; porque ouvimos dizer que Deus está convosco. Para isso, temos de ter o rosto sólido e decidido, que olha resoluto para frente, sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda. No mundo dos samaritanos, é fato, não há lugar para nós; mas a nossa missão é subir alegres a Jerusalém, conscientes de que a cruz, abraçada com docilidade e obediência, é fonte de salvação. Ó Tiago e João, vós ireis sofrer perseguições e martírios, mas isso servirá para a salvação dos samaritanos que hoje nos rejeitam! Ó Tiago e João, não fiqueis a invocar raios ou vinganças celestes sobre quem ainda rejeita a Cristo; um dia se há de cumprir a profecia, e até os pagãos vos hão de agarrar pela orla do manto, dizendo: Nós iremos convosco; porque ouvimos dizer que Deus está convosco! Foi para isso que Cristo morreu na cruz, também pelos que nada esperavam. — Rezemos e trabalhemos pela evangelização, a fim de que essa profecia se torne verdade em nossas vidas, de modo que as nossas cruzes, pequenas e grandes, recebam da de Cristo a graça de ser instrumentos para a salvação dos samaritanos, de quantos não creem, não esperam e não amam.

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

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Homilia | Pare de buscar um “cristianismo burguês”! (Terça-feira da 26.ª Semana do Tempo Comum)

No Evangelho de hoje, contemplamos Cristo em sua subida a Jerusalém. O Senhor se dirige, pois, à Cidade Santa para, com seu sacrifício, resgatar o homem decaído. Com firme decisão, Jesus abraça humildemente a vontade do Pai e percorre este duro itinerário cujo termo é a morte que nos há de trazer a vida.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 27 de setembro, e se aprofunde nas maravilhas do Evangelho!


https://youtu.be/vO2LMPrdM6Y
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Santo do dia 27/09/2022


São Vicente de Paulo (Memória)
Local: Paris, França
Data: 27 de Setembro † 1660


São Vicente de Paulo, o santo "gigante da caridade", deve ser situado no tempo do pós-Concílio de Trento, participando decisivamente da Contrarreforma católica na França do século XVII. Neste século a França se elevava à categoria de primeira potência na Europa. Apesar de ter sido o século de Luís XIV, o Rei Sol, foi na realidade também o século das grandes misérias: crianças abandonadas, prostituição, pobreza e ruínas ocasionadas por revoluções e guerras, além de ignorância religiosa das populações rurais e do estado lamentável de boa parte do clero.

Neste triste quadro da situação social e religiosa da França, Deus suscitou um grande apóstolo, um dos santos mais extraordinariamente fecundos na Igreja. Vicente, nascido em 1581, era natural de Pouy, aldeia próxima a Dax. Seus pais eram proprietários de um pequeno sítio. O pai, observando com satisfação as excelentes qualidades de espírito do filho, atendendo ao desejo de Vicente, fez os maiores esforços para lhe favorecer os estudos eclesiásticos. Estudou com os franciscanos em Dax, tornando-se membro da Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis. Foi ordenado sacerdote em 1600 com apenas 19 anos, esperando que o estado eclesiástico fosse ocasião para afirmação social.

Vicente trabalhou nos primeiros anos de sacerdócio na pequena paróquia de Clichy, nas vizinhanças de Paris. Em Paris, Vicente travou conhecimento com o santo sacerdote Pedro de Bérulle, mais tarde cardeal. Bérulle tinha grande estima por Vicente e o persuadiu a que fosse o tutor dos filhos de Filipe de Gondi, conde de Joigny. Madame de Gondi ficou encantada com Vicente e o escolheu como seu diretor espiritual e confessor.

Aos poucos, porém, no meio de tantas misérias, seu espirito foi se abrindo para sua futura vocação de apóstolo e organizador de grandiosas obras sociais. É difícil sintetizar em poucas linhas a múltipla operosidade de São Vicente. Podemos destacar quatro campos ou quatro frentes de ação apostólica.

A evangelização dos agricultores: Pastor sensível aos problemas pastorais, deu-se com empenho à pregação nos meios rurais, onde grassava lamentável ignorância religiosa. Com um grupo de colaboradores, instituiu a Congregação da Missão com a qual procurou dar resposta a tal necessidade de evangelização. A primeira residência destes padres no priorado de São Lázaro, em Paris, os fará conhecidos popularmente como lazaristas. Às vezes, são chamados também de vicentinos.

A reforma do clero: Obra de grande importância foi a criação de seminários para a formação do clero, que ele promoveu com outros eclesiásticos do tempo. Seus padres lazaristas, além das missões populares, tornaram-se beneméritos por sua obra de direção de seminários, que desenvolverão, também no Brasil, desde o século XIX.

O serviço aos pobres: Com Santa Luísa de Marillac, Vicente enfrentará o problema da miséria, fundando a Sociedade das Filhas da Caridade, conhecidas popularmente como irmãs vicentinas. Com ela a assistência aos pobres tornou-se organizada. A Congregação Vicentina dedica-se ao serviço dos abandonados, dos órfãos, dos velhos, dos inválidos, das moças em perigo, dos doentes. Talvez seja esta a instituição cristã dedicada à pura prática da caridade de maior extensão na geografia e no tempo. Até hoje as Irmãs de Caridade trabalham em leprosários, orfanatos, hospitais, manicômios, escolas e asilos, continuando a presença de São Vicente. O livre acesso de São Vicente aos palácios dos grandes foi-lhe de imensa ajuda no seu apostolado. Ele sabia tirar do rico para dar aos pobres, não pela força, mas pela persuasão.

Luta contra o jansenismo: Por fim, é preciso lembrar o empenho de São Vicente em opor um dique à triste corrente espiritual de seu século, o jansenismo, que com seu rigorismo e pessimismo resfriava a espiritualidade católica. Foi ele que convenceu muitos bispos franceses a apresentar ao Papa uma súmula das ideias corrosivas do jansenismo, condenadas depois pela Igreja.

São Vicente morreu no dia 27 de setembro de 1660. Seu nome continua vivo como padroeiro das obras de caridade. O grande apóstolo foi canonizado pela Igreja como um santo que levou a sério a mensagem cristã de que o amor a Deus e o amor ao próximo andam de mãos dadas.

As orações da Missa relacionam São Vicente, sobretudo, com a evangelização dos pobres. A Antífona da entrada canta: Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a boa-nova aos pobres, e curar os corações contritos (cf. Lc 4,18).

A Oração coleta comemora o socorro dos pobres e a formação do clero praticados por São Vicente, enriquecido pelas virtudes apostólicas.

A Oração sobre as oferendas recorda o espírito com que São Vicente celebrava os sagrados mistérios. Lembra, indiretamente, o trabalho de Vicente na renovação do Clero. Que os sacerdotes vivam de acordo com os mistérios que celebram.

A Oração depois da Comunhão recorda novamente a pregação do Evangelho aos pobres: Ó Deus, alimentados por esta Eucaristia, nós vos pedimos que, a exemplo de São Vicente e amparados por sua proteção, imitemos o vosso Filho na pregação do evangelho aos pobres.

Em conclusão, a força da mensagem evangélica de São Vicente de Paulo é imensa. Foi, realmente, uma testemunha do Cristo Senhor. Ele soube unir ação e oração, o amor a Deus e o amor ao próximo.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Vicente de Paulo, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil