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Abstinência de carne

Memória Facultativa

1ª Sexta feira do mês


Antífona de entrada

Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria. (Sl 46, 2)

Coleta

Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Gn 23, 1-4. 19; 24, 1-8. 62-67)


Leitura do Livro do Gênesis


23, 1Sara viveu cento e vinte e sete anos, 2e morreu em Cariat Arbe, que é Hebron, em Canaã. Abraão veio fazer luto por Sara e chorá-la. 3Depois levantou-se de junto da morta e falou aos hititas: 4“Sou um estrangeiro e hóspede no vosso meio. Cedei-me como propriedade entre vós um lugar de sepultura, onde possa sepultar minha esposa que morreu”.

19Assim, Abraão sepultou Sara, sua mulher, na caverna do campo de Macpela, em frente de Mambré, que é Hebron, na terra de Canaã. 24, 1Abraão já era velho, de idade avançada, e o Senhor o havia abençoado em tudo. 2Abraão disse ao servo mais antigo da sua casa, administrador de todos os seus bens: “Põe a mão debaixo da minha coxa 3e jura-me pelo Senhor, Deus do céu e da terra, que não escolherás para meu filho uma mulher entre as filhas dos cananeus, no meio dos quais eu moro; 4mas tu irás à minha terra natal, buscar entre os meus parentes uma mulher para o meu filho Isaac”.

5E o servo respondeu: “E se a mulher não quiser vir comigo para esta terra, deverei levar teu filho para a terra de onde saíste?” 6Abraão respondeu: “Guarda-te de levar meu filho de volta para lá. 7O Senhor, Deus do céu, que me tirou da casa do meu pai e da minha terra natal, e que me falou e jurou, dizendo: ‘À tua descendência darei esta terra’, ele mesmo enviará seu anjo diante de ti e trarás de lá uma mulher para meu filho. 8Porém, se a mulher não quiser vir contigo, ficarás livre deste juramento; mas de maneira alguma levarás meu filho de volta para lá”.

62Isaac tinha voltado da região do poço de Laai-Rói e morava na terra do Negueb. 63Ao cair da tarde, Isaac saiu para o campo a passear. Levantando os olhos, viu camelos que chegavam. 64Rebeca também, erguendo os olhos, viu Isaac. Desceu do camelo, 65e perguntou ao servo: “Quem é aquele homem que vem pelo campo, ao nosso encontro?”

O servo respondeu: “É o meu Senhor”. Ela puxou o véu e cobriu o rosto. 66Então o servo contou a Isaac tudo o que tinha feito. 67Ele introduziu Rebeca na tenda de Sara, sua mãe, e recebeu-a por esposa. Isaac amou-a, consolando-se assim da morte da mãe.

Salmo Responsorial (Sl 105)


R. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom.


— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia! Quem contará os grandes feitos do Senhor? Quem cantará todo o louvor que ele merece? R.

— Felizes os que guardam seus preceitos e praticam a justiça em todo o tempo! Lembrai-vos, ó Senhor, de mim, lembrai-vos, pelo amor que demonstrais ao vosso povo! R.

— Visitai-me com a vossa salvação, para que eu veja o bem-estar do vosso povo, e exulte na alegria dos eleitos, e me glorie com os que são vossa herança. R.


https://youtu.be/WvvC3vzxcIE
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor. (Mt 11, 28) R.

Evangelho (Mt 9, 9-13)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 9Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.

11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” 12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos vossos sacramentos, concedei que o povo reunido para vos servir corresponda à santidade dos vossos dons. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bendize, ó minha alma, ao Senhor e todo meu ser, seu santo nome! (Sl 102, 1)

Ou:


Pai, eu vos rogo por eles, para que sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que me enviastes, diz o Senhor. (Jo 17, 20-21)

Depois da Comunhão

Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma vida nova, para que, unidos a vós pela caridade que não passa, possamos produzir frutos que permaneçam. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 02/07/2021
Deus quer que tenhamos misericórdia em nossas ações

“‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mateus 9,13).

A grande indagação que estão fazendo a Jesus é por que Ele come com os cobradores de impostos e com os pecadores. E quem está questionando são justamente os mestres da Lei. Sabe aquelas pessoas que entendem de tudo da Lei de Deus, os mandamentos de Deus, entendem tudo de fé, da Igreja? Elas, na verdade, vivem para julgar, para dizer o que é certo e o que é errado, e questionam até Jesus, porque o Mestre da Verdade e da Vida é Ele.

Ele chama primeiro os pecadores para que estejam junto d'Ele, como olhou para Mateus, que era desprezado por tantos, que era mal olhado por tantos. Ele olhou para Mateus com o olhar da misericórdia e teve compaixão dele. Uma vez que Ele teve compaixão, e compaixão não quer dizer pena, mas quer dizer amor misericordioso e bondoso, amor que transforma e levanta, a pena é quando nós olhamos para o outro ou para os outros, como coitados. E nós não somos coitados, somos necessitados, somos pobres, pecadores, mas Deus, na Sua infinita bondade, olha para nós com esse olhar de amor para nos levantar.


Mais do que os sacrifícios, de nós Deus quer a misericórdia

Quem olha com pena ou olha com um olhar da condenação, do julgamento, não é capaz de levantar o outro que está caído, prostrado, por maior que seja o seu pecado. Muitas pessoas não levantam da situação que estão, porque são olhadas com o olhar da condenação, olhar do julgamento e o olhar de Deus é o olhar da misericórdia, é o olhar bondoso, é o olhar que se compadece e não condena.

Somos nós que nos condenamos pelas escolhas de vida que fazemos, nós é que erramos pelas escolhas de vida que nós, muitas vezes, colocamos à nossa frente, mas o olhar de Deus é sempre o olhar de misericórdia. E mesmo que estejamos no maior pecado, mesmo que estejamos na lama, na miséria, Ele senta-se conosco; senta-se para nos levantar, nos colocar de pé e nos resgatar. Assim como sentou-se com os cobradores de impostos e com os pecadores da Sua época, Ele também senta-se conosco na mesa.

Pena, aí sim é digno de pena, que sejamos tão soberbos e orgulhosos. O único pecado que merece pena é o da soberba, porque a soberba fecha todo o olhar da verdade, mantém a pessoa atrelada a si mesma e incapaz de enxergar a graça.

Que pena que, muitas vezes, somos movidos pelo orgulho e pela soberba. Permitamos que Deus nos cure desse coração diabólico e perverso que não é capaz de transpor a nossa visão egoísta, sectarista da vida, e não enxergamos o ser humano como filho de Deus, para sermos, na verdade, presença amorosa e misericordiosa de Deus na vida de cada ser humano.

Que o nosso olhar de uns para com os outros seja o mesmo olhar de Jesus. Mais do que os sacrifícios, de nós Ele quer a misericórdia.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Conversão e Comunhão: duas mesas

Sim, Jesus quer se sentar à mesa com os pecadores, mas é preciso distinguir duas mesas. Muita gente, sem distingui-las direito, quer que os pecadores pulem direto para a comunhão. Pensam assim: “Jesus sentou-se à mesa com os pecadores. Logo, todo o mundo que é pecador pode receber a comunhão”. Não funciona assim. Os pecadores podem e devem sentar-se à mesa com Jesus, mas à mesa da Palavra, para receber dele as graças que irão levá-los primeiro à conversão, sem a qual é impossível haver comunhão verdadeira. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 2 de julho, e meditemos juntos mais uma página do santo Evangelho!




Santo do dia 02/07/2021

 

 


São Bernardino Realino (Memória Facultativa)
Local: Lecce, Itália
Data: 02 de Julho † 1616


São Bernardino Realino, jesuíta italiano, era de Carpi, perto de Módena, onde nasceu no dia 1 de dezembro de 1530. O pai, militar, servia sob um príncipe de Gonzaga.

Bernardino principiou os estudos em Carpi, continuou-os em Móderna e finalizou-os em Bolonha, graduando-se em direito civil e em direito canônico.

Podestà de Fellizano, advogado em Alexandria, governador de Cassino, juiz em Castiglione, intendente do marquês de Pescara, acabou por se fazer jesuíta.

Com trinta e quatro anos, foi admitido como noviço no colégio de Nápoles. Era a 13 de outubro de 1564. Ordenado padre com trinta e sete anos, confiaram-lhe, de inicio, o cargo de mestre dos noviços, que levou até 1571. Pregava em diversas igrejas, e, querido pelo prelado Mário Carafa, foi enviado a Lecce, onde permaneceu quarenta e dois anos. Ali, pregava na catedral. Teve vida azafamada. Visitava doentes, hospitais, prisões, fazia conferências, catequizava, evangelizava. Em breve era o homem de Lecce, que as famílias convidavam para almoçar ou jantar e gostavam de ter ao lado.

São Bernardino Realino amava muito particularmente os animais. Doía-lhe o coração quando via um passarinho aprisionado numa gaiola. Acercava-se, então, do dono, e negociava a ave. De posse do passarinho, ia-se-lhe a tristeza, e o soltava, atirando-o carinhosamente para o azul do céu, para a liberdade. Logo, porém, uma nuvem de tristeza ensombrecia-lhe o rosto: quantas avezinhas havia pelo mundo a viver encarceradas?

Pelo inverno, espalhava grãos e migalhas de pão pelo pátio da casa em que morava, e um bando de passarinhos visitava-o todos os dias. Sem cerimônia, pousavam-lhe pelos ombros, na cabeça, a pipilar alegremente, chegando mesmo a entrar no quarto de estudo do Santo e a pousar sobre a mesa, os livros e os papéis. E Bernardino, muito admirado e desvanecido, agradecia ao Criador aquela bondade.

Em 1610, ficou quase cego, e, à medida que os anos iam avançando, foi-se tornando cada vez mais inválido, muito trôpego, muito acabado. Naquela época, coisa rara, concediam-lhe a comunhão diariamente.

Um dia, foram procurá-lo os magistrados da cidade. Encontraram-no muito abatido, desdormido, fraquíssimo, enterrado quietamente numa vasta poltrona macia. Oficialmente, suplicaram-lhe que tomasse sob sua proteção a cidade, para sempre. Bernardino, comovido, aceitou, e uma ata, ali mesmo, foi gostosamente redigida.

Pouco depois, Bernardino Realino vivia ainda, aqueles magistrados, compenetradamente, deram de pressionar o bispo para que abrisse um processo informativo para a futura canonização. Era a 15 de dezembro de 1615. A 2 de junho do ano seguinte, São Bernardino falecia, com oitenta e seis anos de idade. Fora grande amigo do bem-aventurado Carlos Spinola, martirizado no Japão, de São Roberto Belarmino, Doutor da Igreja, e de Santo André Avelino.

Beatificado por Leão XIII, no dia 27 de setembro de 1895, foi canonizado pelo papa Pio XII a 22 de julho de 1947, juntamente com São João de Brito, jesuíta, mártir, e São José Cafasso.

ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XI. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 21 jun. 2021.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil