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Antífona de entrada

Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor.

Coleta

Ó Deus, que fizestes São Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de humildade e pobreza, concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso filho, unindo-nos convosco na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jn 1, 1–2, 1. 11)


Início da Profecia de Jonas


1A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amati, que dizia: 2“Levanta-te e põe-te a caminho da grande cidade de Nínive e anuncia-lhe que sua perversidade subiu até a minha presença”. 3Jonas pôs-se a caminho, a fim de fugir para Társis, longe da presença do Senhor; desceu a Jope e encontrou um navio com destino a Társis, adquiriu passagem e embarcou com os outros passageiros para essa cidade, para longe da presença do Senhor.

4Mas o Senhor mandou um vento violento sobre o mar, levantando uma grande tempestade, que ameaçava destruir o navio. 5Tomados de pavor, os marinheiros começaram a gritar, cada qual a seu deus, e a lançar ao mar a carga do navio para o aliviar. Jonas havia descido ao porão do navio, deitara-se e dormia a sono solto. 6O chefe do navio foi vê-lo e disse: “Como! Tu dormes? Levanta-te e reza ao teu deus; talvez ele se lembre de nós, e não morreremos”.

7Disseram entre si os marinheiros: “Vamos tirar a sorte, para saber por que nos acontece esta desgraça”. Lançaram a sorte, e esta caiu sobre Jonas. 8Disseram-lhe: “Explica-nos, por culpa de quem nos acontece esta desgraça? Qual é a tua ocupação e donde vens? Qual é a tua terra, de que povo és?”9Ele respondeu: “Eu sou hebreu e temo o Senhor, Deus do céu, que fez o mar e a terra firme”. 10Aqueles homens ficaram possuídos de grande medo, e disseram: “Como é que fizeste tal coisa?”

Pelas palavras dele, acabavam de saber que estava fugindo da presença do Senhor. 11Disseram então: “Que faremos contigo, para acalmar o mar?” Pois o mar enfurecia-se cada vez mais. 12Respondeu Jonas: “Pegai em mim e lançai-me ao mar, e o mar vos deixará em paz: eu sei que, por minha culpa, se desencadeou sobre vós esta grande borrasca”.

13Os marinheiros, à força de remar, tentavam voltar à terra, mas em vão, porque o mar cada vez mais se encapelava contra eles. 14Então invocaram o Senhor e rezaram: “Suplicamos-te, Senhor, não nos deixes morrer em paga pela vida deste homem, não faças cair sobre nós este sangue inocente; fizeste, Senhor, valer tua vontade”.

15Então, pegaram em Jonas e atiraram-no ao mar; e cessou a fúria do mar. 16Invadiu esses homens um grande temor do Senhor, ofereceram-lhe sacrifícios e fizeram-lhe votos. 2, 1Determinou o Senhor que um grande peixe viesse engolir Jonas; e ele ficou três dias no ventre do peixe. 11Então o Senhor fez o peixe vomitar Jonas na praia.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.

Salmo Responsorial (Jn 2, 2-8)


R. Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!


— Do fundo do abismo, do ventre do peixe, Jonas rezou ao Senhor, o seu Deus, a seguinte oração: R.

— Na minha angústia clamei por socorro, pedi vossa ajuda do mundo dos mortos e vós me atendeste. R.

— Senhor, me lançastes no seio dos mares, cercou-me a torrente, vossas ondas passaram com furor sobre mim. R.

— Então, eu pensei: eu fui afastado para longe de vós; nunca mais hei de ver vosso Templo sagrado. R.

— E quando minhas forças em mim acabavam, do Senhor me lembrei, chegando até vós a minha oração. R.


https://youtu.be/wHSDMqHipGU
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado. (Jo 13, 34) R.

Evangelho (Lc 10, 25-37)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!”

28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Eles arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando-o quase morto.

31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais”.

E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Ao apresentarmos, ó Deus, as nossas oferendas, preparai-nos para celebrar o mistério da cruz, que São Francisco abraçou com tanto amor. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o reino do céu. (Mt 5, 3)

Depois da Comunhão

Ó Deus, pela comunhão na vossa Eucaristia, dai-nos imitar o amor de São Francisco e seu zelo apostólico, para que, impregnados da vossa caridade, nos empenhemos na salvação de todos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 04/10/2021
Sejamos misericordiosos e compassíveis com o próximo

“‘Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu: ‘Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa’” (Lucas 6,36-37).

A pergunta que ressoa dentro da nossa alma e do nosso coração é: “Quem é o meu próximo?”. E, cada vez mais, se quisermos viver a nossa fé com intensidade e verdade, temos que nos questionar dessa realidade. Porque a Lei e os Mandamentos Divinos se resumem nisto: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós nos amamos.

Somos seletivos: próximo é só quem nós queremos nos aproximar ou quem vive próximo de nós, nos agrada e nos faz bem, mas evangelicamente Jesus está nos mostrando quem é o nosso próximo.

Nosso próximo, muitas vezes, está muito distante de nós ou aquele que deve ser próximo, devemos nos aproximar e não nos distanciarmos. O exemplo está aí, esse homem que caiu nas mãos dos assaltantes e eles fizeram tudo de mal para com ele; três pessoas passaram diante desse homem caído e prostrado no chão. O primeiro deles é o sacerdote ocupado no seu culto divino, nas suas obrigações religiosas, estava muito apressado e não teve tempo para socorrer aquele homem. Esse sacerdote representa todos nós, que somos pessoas muito religiosas que têm muitas obrigações na relação da fé, têm muitas orações para fazer, muitas reuniões na igreja, muitos compromissos e não têm tempo para olhar quem está caído, quem está jogado, quem está sofrendo ao nosso lado. Por outro lado, o levita são todos aqueles que conhecem a Lei de Deus, os Mandamentos de Deus.

A Lei e os Mandamentos Divinos se resumem nisto: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós nos amamos

Vejo tantas pessoas criando discussões dogmáticas a respeito da Lei de Deus, dos Mandamentos, das Leis Canônicas, inclusive, estão muito atarefadas em defender a Lei  de Deus ou a sua compreensão de Deus e não têm tempo para outra coisa, parece que vivem tão ocupadas e chamam isso de zelo. Esse levita também passou adiante.

Nós que, muitas vezes, também conhecemos tanto a Lei de Deus, nos voltamos tanto para Deus que os olhos só enxergam o que está em cima e não enxergam o irmão caído, sofrido ao nosso lado. Quantas realidades, poderíamos citar: nossos pobres, nossos miseráveis, pessoas que moram na rua, nós não podemos ignorá-los, mas quantos estão também até dentro da nossa casa sofrendo, padecendo. Quantos irmãos, pessoas que nós conhecemos e simplesmente ignoramos, quando elas caem na depressão, na solidão, na opressão espiritual.

Quantas pessoas estão necessitadas de uma mão amiga, de uma presença amorosa; e esse samaritano ou o bom samaritano é, na verdade, aquilo que deve ser o bom cristão, aquele que abre mão de toda e qualquer obrigação e compromisso para se dedicar à dor, ao sofrimento, às feridas que tanto têm machucado a nós, seres humanos de hoje. Além dele se jogar para cuidar, ele ainda pede para que cuidem daquele homem e tudo o que gastarem com, ele pagará na sua volta.

Desgastemo-nos porque são tantos irmãos machucados e feridos no meio de nós que não podemos ser indiferentes. O próximo é aquele que nós usamos de amor e de misericórdia para com ele. Há tantos precisando de amor e de misericórdia. Sejamos evangelicamente convertidos para amarmos o nosso próximo.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Muitos amam os pobres. Quantos amam a pobreza? (Memória de São Francisco de Assis)

São Francisco de Assis costuma ser lembrado por sua vida austera e seu amor aos pobres. Mas o que poucos lembram é a razão última que motivava tamanha humildade: um amor ardentíssimo, verdadeiramente seráfico, ao Filho de Deus encarnado, que se fez pobre para nos tornar ricos e se esvaziou a si mesmo para nos encher de sua graça divina.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 4 de outubro, e peçamos a Deus, por intercessão de São Francisco de Assis, que nos faça amá-lo a tal ponto, no mistério de sua Encarnação, que o possamos seguir na humilhação, no silêncio, no desapego deste mundo e na caridade para com os mais necessitados.


https://youtu.be/K-GpoOFCjTg

Santo do dia 04/10/2021


São Francisco de Assis (Memória)
Local: Assis, Itália
Data: 04 de Outubro † 1226


São Francisco nasceu em Assis, cidade medieval da Úmbria, no centro da Itália, em 1182. O pai, notável comerciante, ambicionava que seu filho continuasse na mesma carreira, mas Francisco não possuía o perfil de comerciante. De gênio alegre e folgazão, sentia em si um forte pendor para os prazeres do mundo.

Quando jovem, sonhou com as glórias militares. Participou de uma guerra entre a cidade de Assis e a vizinha cidade de Perugia, mas não foi feliz. Acabou sendo preso e colocado em dura prisão, onde ficou sofrendo por um ano. Quando dava início a outra aventura militar, sentiu repentina crise de consciência que lhe questionava a validade das ações militares. Voltou logo para sua cidade natal e, aos poucos, foi amadurecendo nele uma radical conversão: Deus o chamava, não às vaidades do mundo, não à glória militar, nem à ambição do comércio, mas à imitação radical do Cristo pobre e crucificado. Depois de usar de misericórdia para com os leprosos (Testamento), converteu-se ao Evangelho e viveu-o com extrema coerência, em pobreza e grande alegria, seguindo o Cristo humilde, pobre e casto, conforme as bem-aventuranças.

A partir de 1208 começou a ser imitado por alguns seguidores e, quando no ano seguinte Inocêncio III aprovava oralmente seu novo estilo de vida cristã, nascia a Ordem dos Frades Menores. A Regra ou Forma de Vida que ele deixou era simples: Vida de oração e contemplação, pobreza, como imitação do Cristo pobre e humilde, no mistério da Encarnação, da Cruz e da Eucaristia, a fraternidade universal, a vida de penitência ou de conversão evangélica permanente e a pregação do Evangelho, tendo como centro o Amor a Deus e ao próximo.

Com a jovem conterrânea Clara, que quis seguir seu ideal, lançou os fundamentos da Ordem II, a das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221 nascia também, à sua sombra, o movimento de leigos denominado Ordem Terceira, hoje, Ordem Franciscana Secular. Dois anos antes da morte selou, por assim dizer, sua ânsia de semelhança com Jesus Cristo através dos estigmas. Seus últimos anos de vida foram atormentados por várias doenças que culminaram na cegueira quase total. Faleceu na tarde do dia 3 de outubro de 1226 com 44 anos de idade.

São Francisco é, sem dúvida, uma das mais atraentes personalidades da história, um patrimônio de toda a humanidade, homem sem fronteiras que tem atraído a simpatia de todos indistintamente. Já os contemporâneos se impressionaram profundamente com ele. Nos primeiros decênios depois de sua morte os escritores se empenharam em descrever o mistério de sua vida tão rica. Hoje ainda ele continua a entusiasmar os estudiosos. É difícil dizer o que mais fascina em São Francisco. Foi, sem dúvida, o homem apaixonado pelo Deus-Amor, a quem quis corresponder com uma resposta de Amor. É visto como Evangelho vivo. Multidões o contemplam como o "Pobrezinho", o irmão universal. O historiador alemão Joseph Lortz deu-lhe o título de "Santo Incomparável".

É significativo que o santo não é caracterizado, não é colocado em nenhum grupo de santos. Não é apresentado como religioso nem como diácono. Talvez, qualquer caracterização reduzisse a grandeza deste santo universal, "o homem de Deus".

Como é que o apresenta a Liturgia? Homem de Deus, pobre e desvalido (Antífona da Entrada). Homem semeIhante a Cristo por uma vida de humildade e pobreza, seguidor de Jesus Cristo na perfeita alegria (Oração coleta). A Oração sobre as oferendas lança Francisco no mistério da Cruz, abraçado com intenso amor. A Antífona da Comunhão volta à bem-aventurança da pobreza vivida por Francisco. A Oração depois da Comunhão volta a realçar o grande amor de São Francisco, chamado na Ordem o Serafim de Assis, e o seu zelo apostólico no empenho pela salvação de todos.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

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