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Antífona de entrada

Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor. Em verdade vos digo: tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes. (Mt 25, 34. 40)

Coleta

Ó Deus, inflamastes São Maximiliano Kolbe, presbítero e mártir, com amor à Virgem Imaculada e lhe destes grande zelo pastoral e dedicação ao próximo. Concedei-nos, por sua intercessão, que trabalhemos intensamente pela vossa glória no serviço do próximo, para que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho até a morte. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Js 24, 14-29)


Leitura do Livro de Josué


Naqueles dias, Josué disse a todo o povo: 14“Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com um coração íntegro e sincero, e lançai fora os deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia e no Egito, e servi ao Senhor. 15Contudo, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor”.

16E o povo respondeu, dizendo: “Longe de nós abandonarmos o Senhor, para servir a deuses estranhos. 17Porque o Senhor, nosso Deus, ele mesmo é quem nos tirou, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da escravidão. Foi ele quem realizou esses grandes prodígios diante de nossos olhos, e nos guardou por todos os caminhos por onde peregrinamos, e no meio de todos os povos pelos quais passamos. 18O Senhor expulsou diante de nós todas as nações, especialmente os amorreus, que habitavam a terra em que entramos. Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus”.

19Então Josué disse ao povo: “Não podeis servir ao Senhor, pois ele é um Deus santo, um Deus ciumento, que não suportará vossas transgressões e pecados. 20Se abandonardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, ele se voltará contra vós, e vos tratará mal e vos aniquilará, depois de vos ter tratado bem”. 21O povo, porém, respondeu a Josué: “Não! É ao Senhor que serviremos”. 22Josué então disse ao povo: “Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes o Senhor para servi-lo”. E eles responderam: “Sim! Somos testemunhas!”

23“Sendo assim”, disse Josué, “tirai do meio de vós os deuses estranhos e inclinai os vossos corações para o Senhor, Deus de Israel”.

24O povo disse a Josué: “Serviremos ao Senhor, nosso Deus, e seremos obedientes aos seus preceitos”. 25Naquele dia, Josué estabeleceu uma aliança com o povo, e lhes propôs preceitos e leis em Siquém.

26Josué escreveu estas palavras no Livro da Lei de Deus. A seguir, tomou uma grande pedra e levantou-a ali, debaixo do carvalho que havia no santuário do Senhor. 27Então Josué disse a todo o povo: “Esta pedra que estais vendo servirá de testemunha contra vós, pois ela ouviu todas as palavras que o Senhor vos disse, para que depois não possais renegar o Senhor, vosso Deus”.

28Em seguida, Josué despediu o povo, para que fosse cada um para suas terras. 29Depois desses acontecimentos, morreu Josué, filho de Nun, servo do Senhor, com a idade de cento e dez anos.

Salmo Responsorial (Sl 15)


R. O Senhor é a porção da minha herança!


— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! R.

— Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo. R.

— Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado! R.

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Cf. Mt 11, 25) R.

Evangelho (Mt 19, 13-15)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 13levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. 14Então Jesus disse: “Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus”. 15E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.

Sobre as Oferendas

Nós vos apresentamos, ó Deus, as nossas oferendas e vos suplicamos que, a exemplo de São Maximiliano Kolbe, aprendamos a oferecer-vos a nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Não há maior prova de amor que dar a vida pelos amigos, diz o Senhor. (Jo 15, 13)

Depois da Comunhão

Restaurados na mesa do vosso Filho, humildemente vos pedimos, ó Deus, que sejamos inflamados no mesmo amor que São Maximiliano Kolbe recebeu deste convívio. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 14/08/2021
Demos o melhor de nós para salvar nossas famílias

“Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor. E o povo respondeu, dizendo: ‘Longe de nós abandonarmos o Senhor, para servirmos a deuses estranhos’” (Js 24,15-16).

Hoje, especialmente na semana da família, queremos lembrar São Maximiliano Maria Kolbe, que deu sua vida para salvar a vida de um pai de família.

A Igreja é aquela que dá a vida para salvar uma família. A família é tão sagrada, a família é tão importante, a família é tão sublime, que nós temos que dar o melhor de nós para salvá-la.

Aqui, é importante lembrar que cada pai e cada mãe de família, que cada membro de uma família precisa também morrer para salvar a sua família. Sim! Pai que me escuta, por favor, não seja egoísta, não fique pensando: “Eu tenho que pensar agora em mim”. Não, minha filha! Você que está vivendo a realidade do matrimônio, você não pode parar agora para pensar só em você. Eu sei que essa é a mentalidade da sociedade, e por isso até essa disparidade de tantas separações.

Não se pode pensar na família de forma egoísta, a família se pensa na forma de comunhão familiar. E para isso é preciso que, na família, tomem-se decisões, pois ou tomam-se decisões ou as famílias continuarão sendo abaladas pela perversidade e pelas maldades dos tempos em que vivemos. As famílias continuam sendo abaladas se elas não tomarem decisões.


É importante lembrar que cada membro de uma família precisa morrer para salvá-la

É por isso que, diante do impacto da conquista daquela terra prometida, chegando lá diante de tantos deuses, diante de tantas facilidades, diante de tantas atrações que se encontraram naquela nova terra, Josué reúne sua casa, sua família, e diz para Israel, para toda aquela assembleia reunida: “Eu não sei vocês, mas eu e minha família estamos decididos: nós serviremos ao Senhor. A minha família e eu serviremos ao Senhor, vocês é que decidem".

Hoje, essa questão é também colocada diante dos nossos olhos: Quem a sua casa quer servir? Quem a sua família quer servir? Continuaremos servindo às ilusões do mundo? Continuaremos servindo às propagandas deste mundo? Continuaremos servindo às ideologias deste mundo? Continuaremos servindo às ilusões todas que o mundo impõe as nossas casas e famílias, ou serviremos ao Senhor?

Josué decidiu: "É a Palavra do Senhor que nós queremos servir". Como uma família vai servir ao Senhor se uma família nem se reúne para ouvir a Palavra do Senhor? Como uma família vai servir ao Senhor se não tem tempo nem para rezar juntas juntos como família? Como uma família vai servir ao Senhor se nem a missa dominical é prioridade para ela? Como uma família vai servir ao Senhor se nem na hora de uma refeição ela consegue fazer uma oração?

Aqui, não é uma decisão intelectual, é muito mais do que isso. É uma decisão de vida, não é uma decisão da boca para fora. Da boca para fora nós somos do Senhor, mas a família não leva uma vida no Senhor, a família passa um bom tempo diante da televisão, de computadores, smartphones e de tantas tecnologias, mas ela não para para estar diante do Senhor. A família não consegue se reunir nem para ser família.

Como a sua família vai decidir se vai realmente servir ao Senhor se Ele não é prioridade para sua casa? Essa é uma questão de vida! Josué disse: "Eu e minha família serviremos ao Senhor". Eu pergunto: Você, a sua casa, a sua família, a quem vocês servirão?

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Um martírio profetizado por Nossa Senhora

Igreja celebra hoje com grande alegria a memória de São Maximiliano Maria Kolbe, que, por ter se entregado à morte em Auschwitz a fim de salvar um companheiro de prisão, é honrado como mártir da caridade e da família. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 14 de agosto, e recorramos hoje com grande confiança ao patrocínio de São Maximiliano, cujas virtudes devemos não só admirar como imitar.




Santo do dia 14/08/2021

 

 


São Maximiliano Maria Kolbe (Memória)
Local: Auschwitz, Polônia
Data: 14 de Agosto † 1941


Maximiliano Maria Kolbe é um santo do conturbado século XX. Trata-se de um santo surpreendente. Raimundo, o nome de batismo, nasceu na pequena cidade de Zdunska Wolla, Polônia, em 1894, de um casal que lutava pela sobrevivência. Entrou na Ordem dos Frades Menores Conventuais ou Franciscanos Conventuais em 1907, tomando o nome de Maximiliano. Estudou filosofia e teologia em Roma, doutorando-se nos dois campos do saber. Por ocasião da sua profissão solene na Ordem, devido à grande devoção a Nossa Senhora da Conceição, adotou o nome de Maximiliano Maria. Foi ordenado sacerdote em 1919, em Roma. Voltando à Polônia foi nomeado professor de Filosofia e de História da Igreja no seminário sacerdotal da Ordem em Cracóvia.

Já como estudante em Roma, devido ao seu ardente amor a Nossa Senhora, estava convencido de que se estava iniciando a era da Imaculada, na qual Maria esmagaria a cabeça da serpente. Com o objetivo de anunciar o Evangelho conquistando assim por Maria o mundo para Cristo, ele fundou a associação denominada Milícia da Imaculada. Seus membros eram chamados "Cavaleiros da Imaculada". Construiu uma inteira cidade chamada Cidade da Imaculada, que se difundiu na pátria e em várias regiões, fora da Polônia.

Desenvolveu através da palavra e dos seus escritos intenso apostolado missionário na Europa e na Ásia. Foi para o Japão como missionário, em 1930, e na periferia de Nagasaki fundou uma cidade semelhante à Cidade da Imaculada com o nome de "Jardim da Imaculada".

Voltou para a pátria em 1936, onde sofreu a perseguição da polícia secreta do nazismo. A "Cidade da Imaculada" foi transformada pela Gestapo em campo de concentração. Em fevereiro de 1941, frei Maximiliano foi preso pela segunda vez. Ao fim de maio do mesmo ano, foi transferido de Varsóvia para o campo de extermínio de Auschwitz. Depois de três meses de sofrimentos, deu-se naquele campo a fuga de um prisioneiro. Em represália, dez prisioneiros inocentes deviam ser condenados à morte de fome. Um dos sorteados chorou: "Pobre de minha mulher, pobres de meus filhos..." Naquele instante, saiu da fila o prisioneiro n. 16.670, pedindo ao comandante o favor de poder substituir aquele pai de família, seu companheiro de prisão. O comandante aceitou. Depois de duas semanas, sobreviviam somente três, entre os quais frei Maximiliano. Para desocupar o lugar, foram mortos com uma injeção de ácido fênico na veia do braço esquerdo.

Maximiliano Maria foi beatificado por Paulo VI aos 18 de outubro de 1971. João Paulo II o canonizou e o declarou mártir, em 1982. Entrou para o elenco dos santos com o título de presbítero e mártir. João Paulo Il o chamou de "patrono de nosso difícil século".

Sua vida situa-se na encruzilhada dos problemas emergentes de nosso tempo: fome, paz entre os povos, reconciliação, necessidade de dar sentido à vida e à morte. Seu testemunho ilumina com luz pascal o horroroso mundo dos campos de concentração do nazismo.

Os textos litúrgicos realçam os diversos aspectos da vida apostólica de São Maximiliano Maria: a heroica doação de sua vida, o apostolado da imprensa, a missão e a intensa devoção à Virgem Imaculada.

A Antífona da entrada lembra o martírio no gesto de doação de sua vida: Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor. Em verdade vos digo: tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes.

A Oração coleta realça o amor de São Maximiliano Maria à Virgem Imaculada, seu zelo pastoral e a dedicação ao próximo até à morte.

A Oração sobre as oferendas lembra também a oferta da vida a Deus, entregando-a por amor ao próximo. A Antífona da Comunhão lembra que "não há maior prova de amor que dar a vida pelos amigos".

A Oração depois da Comunhão volta a insistir sobre o amor. Realmente, São Maximiliano Maria foi o mártir do amor, amor ao próximo, amor a um pai de família condenado injustamente, angustiado por ter que deixar abandonados sua esposa e seus dois filhos. Podemos realçar também o seu grande zelo missionário com o desejo de conquistar a todos para Cristo por intermédio da Imaculada Virgem Maria.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil