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Abstinência de carne

Antífona de entrada

Como a corça que suspira pelas águas da torrente, assim minha alma suspira por vós, Senhor. Minha alma tem sede do Deus vivo. (Sl 41, 2-3)

Coleta

Ó Deus, que pelo vosso Espírito fizestes surgir Santa Teresa para recordar à Igreja o caminho da perfeição, dai-nos encontrar sempre alimento em sua doutrina celeste e sentir em nós o desejo da verdadeira santidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Rm 4, 1-8)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos, 1que vantagem diremos ter obtido Abraão, nosso pai segundo a carne? 2Pois se Abraão se tornou justo em virtude das obras, está aí seu motivo de glória... mas não perante Deus! 3Com efeito, o que diz a Escritura? “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”. 4Ora, para quem faz um trabalho, o salário não é creditado como um presente gratuito, mas como uma dívida. 5Porém, para a pessoa que, em vez de fazer um trabalho, crê naquele que torna justo o ímpio, a sua fé lhe é creditada como atestado de justiça. 6É assim que Davi declara feliz o homem a quem Deus credita a justiça independentemente das obras: 7“Felizes aqueles cujas transgressões foram remidas e cujos pecados foram perdoados; 8feliz o homem do qual Deus não leva em conta o pecado”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 31)


R. Vós sois para mim proteção e refúgio, eu canto bem alto a vossa salvação.


— Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade! R.

— Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: “Eu irei confessar meu pecado!” E perdoastes, Senhor, minha falta. R.

— Regozijai-vos, ó justos, em Deus, e no Senhor exultai de alegria! Corações retos, cantai jubilosos! R.


https://youtu.be/OZGjv5oI7Is
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! (Sl 32, 22) R.

Evangelho (Lc 12, 1-7)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 1milhares de pessoas se reuniram, a ponto de uns pisarem os outros. Jesus começou a falar, primeiro a seus discípulos: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2Não há nada de escondido, que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido. 3Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão, será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no quarto, será proclamado sobre os telhados.

4Pois bem, meus amigos, eu vos digo: não tenhais medo daqueles que matam o corpo, não podendo fazer mais do que isto. 5Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de lançar-vos no inferno. Sim, eu vos digo, a este temei. 6Não se vendem cinco pardais por uma pequena quantia? No entanto, nenhum deles é esquecido por Deus. 7Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Ó Deus, que nossas oferendas agradem à vossa majestade, como soube agradar-vos Santa Teresa, consagrando-se inteiramente a vós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Senhor, quero cantar eternamente a vossa misericórdia e vossa fidelidade de geração em geração. (Sl 88, 2)

Depois da Comunhão

Senhor, nosso Deus, concedei à vossa família, saciada com o pão do céu, cantar eternamente as vossas misericórdias, à semelhança de Santa Teresa. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 15/10/2021
Tomemos cuidado com o fermento da hipocrisia

“Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido” (Lucas 12,1-2).

Quando Jesus nos adverte que precisamos tomar cuidado, é porque precisamos nos cuidar, é porque, conhecendo-nos como nos conhece, Ele sabe das nossas fragilidades, sabe que estamos sempre na berlinda, no perigo de cairmos. E o pior é que, muitas vezes, já caímos e nem percebemos que estamos no chão, sobretudo, se caímos no pecado e no comportamento terrível da hipocrisia.

O hipócrita não se enxerga, ele enxerga os outros, o erro dos outros, o pecado dos outros, o problema dos outros, mas o próprio erro ele não enxerga, e o pouco que ele vê, é mal, ele vê apenas como uma coisa pequena e insignificante, tanto que o pecado do outro é grande, mas o dele é uma fraqueza. Para o erro do outro, ele é duro e veemente, mas para consigo ele dá um alívio. Então, é preciso cuidar mesmo, porque a hipocrisia é um fermento que leveda a massa, dá-lhe consistência; e se nos conformarmos com a hipocrisia, estamos vivendo a face mais escandalosa da fé e da nossa religião.

A nossa vida religiosa torna-se insossa, sem sentido e sem sabor se ela é fermentada pela hipocrisia

Em toda e qualquer situação humana, as aparências enganam, mas entenda que as aparências não enganam os outros somente, elas enganam primeiro quem vive delas, quem está passando uma vida se iludindo e enganando a si próprio. Uma pessoa que é enganada a respeito de si própria, é uma pessoa que não tem consistência, não tem profundidade, não tem vida plena, porque para manter as aparências tem que trabalhar. Sei que depois a pessoa se torna até profissional, torna-se uma coisa até muito normal mentir, iludir e enganar, porque ela parte sempre do pressuposto de que está fazendo um bem para ela e para os outros.

Não vivamos o engano, pois toda e qualquer instituição que está alicerçada na aparência cai em ruínas. Não viva um casamento aparente, não viva uma amizade de aparências, onde tudo parece estar bem, porque depois vai cair, vai tudo ruir. Não há nada escondido que depois não venha a ser conhecido.

A indecência da política, da administração em vários âmbitos da vida pública, é querer viver da hipocrisia, é viver de aparências, e toda religião que vive de aparência e de hipocrisia está condenada ao fracasso. Então, a nossa vida religiosa torna-se insossa, sem sentido e sem sabor se ela é fermentada pela hipocrisia. Mas se ela é fermentada pelo amor e pela verdade, passamos pelas provações, pelas provações, pelas dificuldades, mas subsistimos, porque o nosso alicerce é a verdade. É por isso que temos que estar sempre alicerçados no Senhor, e não nas mentiras e ilusões, inclusive religiosas, que muitas vezes estão permeando a nossa vida.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Uma mestra da vida espiritual (Memória de Santa Teresa d’Ávila, Virgem e Doutor)

Todos conhecemos Teresa d’Ávila como uma grande mística dos séculos passados, uma mulher única, forte e privilegiada, envolta numa aura quase misteriosa de visões e fenômenos extraordinários.O que muitos ignoram, porém, é que a própria Teresa fez questão de ensinar que pouco ou quase nada valem esses “sinais exteriores”, porque a santidade não é mais do que um caminho — o mesmo para todos — de perfeição no amor e na amizade com aquele que habita, silencioso, no mais íntimo de nossas almas.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 15 de outubro, e peçamos a intercessão desta santa Doutora da Igreja.


https://youtu.be/d8klRtQ6oF8

Santo do dia 15/10/2021


Santa Teresa de Jesus (Memória)
Local: Ávila, Espanha
Data: 15 de Outubro † 1582


Estamos diante de uma figura extraordinária de mulher no cristianismo. Teresa D Ávila, a chamada Teresa, a Grande, na Liturgia recebeu o nome oficial de Teresa de Jesus.

Teresa pertence ao número eleito de santos que deixaram marca indelével na história da santidade por ter criado uma forma de espiritualidade que forma precioso patrimônio doutrinal da Igreja.

Teresa nasceu em Ávila, Espanha, em 1515. Desde menina era acostumada a leitura de livros, tendo preferência a vida dos santos. Aos 20 anos de idade ingressou no Carmelo de Ávila uma jovem de família fidalga, bela, inteligente, daquelas que tinham diante de si um porvir sorridente no mundo.

Os primeiros anos de sua consagração a Deus no Carmelo não foram nada edificantes. O relaxamento no fervor religioso podia colocar em perigo sua perseverança. Procurava conciliar sua vida religiosa no claustro com o apego às criaturas, aos parentes, com longas conversas desnecessárias no parlatório e até com certa frivolidade. Certo dia, tocada profundamente pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, resolveu mudar de atitude. Foi uma verdadeira conversão para uma nova vida.

Em 1562 deu início à reforma da Ordem Carmelita, ajudada por homens ilustres como São João da Cruz e São Pedro de Alcântara. Enfrentou com grande coragem todas as dificuldades e contradições que implicava a reforma. Conseguiu que algumas dezenas de conventos aceitassem voltar ao fervor primitivo da vocação carmelitana. Depois do mosteiro de São José em Ávila, com a autorização do Geral da Ordem, dedicou-se apaixonadamente a outras fundações e pôde estender a reforma também ao ramo masculino. Fiel à Igreja, no espírito do Concílio de Trento, contribuiu para a renovação da comunidade eclesial.

Em meio a uma vida sumamente agitada, devido à promoção da Reforma, Teresa foi ao mesmo tempo a grande mística, cujas experiências deixou escritas em seus livros como o Caminho da perfeição, As moradas, o Livro da vida (autobiografia).

Teresa morreu retornando da visita a uma de suas fundações às nove horas da noite do dia 4 de outubro de 1582. Exatamente no dia seguinte, entrou em vigor a reforma do Calendário gregoriano, suprimindo dez dias, de modo que passou a valer pelo dia 15 de outubro, data em que foi fixada a sua festa. Seu corpo foi enterrado em Alba de Tormes. Ela foi canonizada em 1622.

Mulher de envergadura excepcional, foi chamada de "Teresa, a Grande". Como grande mestra de espiritualidade, foi a primeira mulher a ser declarada "Doutora da Igreja" por Paulo VI em 27 de setembro de 1970.

Nos textos da Liturgia da Missa aparece uma mulher abrasada pelo amor de Deus. A Oração coleta lembra que Deus fez surgir Santa Teresa para recordar à Igreja o caminho da perfeição e pede que possamos encontrar sempre alimento em sua doutrina celeste e sentir em nós o desejo da verdadeira santidade. A Oração sobre as oferendas lembra a total consagração de Santa Teresa a Deus. A Antífona da Comunhão e a Oração depois da Comunhão recordam um dos aspectos fundamentais da espiritualidade de Teresa de Jesus: "Cantar eternamente as misericórdias de Deus", pensamento tirado do SI 88, 2: Senhor, quero cantar eternamente a vossa misericórdia e a vossa fidelidade de geração em geração.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Teresa de Jesus, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil