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Memória Facultativa

São João Eudes, presbítero


Antífona de entrada

Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar, e contemplai a face do vosso Ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil. (Sl 83, 10-11)
Protéctor noster áspice, Deus, et réspice in fáciem Christi tui: quia mélior est dies una in átriis tuis super míllia. Ps. Quam dilécta tabernácula tua, Dómine, virtútum! concupíscit et déficit ánima mea in átria Dómini. (Ps. 83, 10. 11 et 2. 3)
Vernáculo:
Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar, e contemplai a face do vosso Ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil. (Cf. MR: Sl 83, 10-11) Sl. Quão amável, ó Senhor, é vossa casa, quanto a amo, Senhor Deus do universo! Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! (Cf. LH: Sl 83, 2. 3a)

Coleta

Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ez 37, 1-14)


Leitura da Profecia de Ezequiel


Naqueles dias, 1a mão do Senhor estava sobre mim e, por seu espírito, ele me levou para fora e me deixou no meio de uma planície cheia de ossos, 2e me fez andar no meio deles em todas as direções. Havia muitíssimos ossos na planície e estavam ressequidos. 3Ele me perguntou: “Filho do homem, será que estes ossos podem voltar à vida?” E eu respondi: “Senhor Deus, só tu o sabes”. 4E ele me disse: “Profetiza sobre estes ossos e dize: Ossos ressequidos, escutai a palavra do Senhor! 5Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eu mesmo vou fazer entrar um espírito em vós e voltareis à vida. 6Porei nervos em vós, farei crescer carne e estenderei a pele por cima. Porei em vós um espírito, para que possais voltar à vida. Assim sabereis que eu sou o Senhor”. 7Profetizei como me foi ordenado. Enquanto eu profetizava, ouviu-se primeiro um rumor e, logo, um estrondo quando os ossos se aproximaram uns dos outros. 8Olhei e vi nervos e carne crescendo sobre os ossos e, por cima, a pele que se estendia. Mas não tinham nenhum sopro de vida. 9Ele me disse: “Profetiza para o espírito, profetiza, filho do homem! Dirás ao espírito: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, vem soprar sobre estes mortos, para que eles possam voltar à vida”. 10Profetizei como me foi ordenado, e o espírito entrou neles. Eles voltaram à vida e puseram-se de pé: era uma imensa multidão! 11Então ele me disse: “Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. É isto que eles dizem: ‘Nossos ossos estão secos, nossa esperança acabou, estamos perdidos!’ 12Por isso, profetiza e dize-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Ó meu povo, vou abrir as vossas sepulturas e conduzir-vos para a terra de Israel; 13e quando eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair delas, sabereis que eu sou o Senhor. 14Porei em vós o meu espírito, para que vivais, e vos colocarei em vossa terra. Então sabereis que eu, o Senhor, digo e faço – oráculo do Senhor”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 106)

℟. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!


— Que o digam os libertos do Senhor, que da mão dos opressores os salvou e de todas as nações os reuniu, do Oriente, Ocidente, Norte e Sul. ℟.

— Uns vagavam, no deserto, extraviados, sem acharem o caminho da cidade. Sofriam fome e também sofriam sede, e sua vida ia aos poucos definhando. ℟.

— Mas gritaram ao Senhor na aflição, e ele os libertou daquela angústia. Pelo caminho bem seguro os conduziu para chegarem à cidade onde morar. ℟.

— Agradeçam ao Senhor por seu amor e por suas maravilhas entre os homens! Deu de beber aos que sofriam tanta sede e os famintos saciou com muitos bens! ℟.


https://youtu.be/j9tsmymOUJ8
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza! (Sl 24, 4b. 5a) ℟.

Evangelho (Mt 22, 34-40)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 34os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”

37Jesus respondeu: “ʽAmarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Immíttet ángelus Dómini in circúitu timéntium eum, et erípiet eos: gustáte et vidéte, quóniam suávis est Dóminus. (Ps. 33, 8. 9)


Vernáculo:
O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Cf. LH: Sl 33, 8. 9)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, estas nossas oferendas, pelas quais entramos em comunhão convosco, oferecendo-vos o que nos destes, e recebendo-vos em nós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção. (Sl 129, 7)

Ou:


Eu sou o pão que desci do céu, diz o Senhor; quem comer deste pão, viverá eternamente. (Jo 6, 51-52)
Primum quaérite regnum Dei, et ómnia adiciéntur vobis, dicit Dóminus. (Mt. 6, 33; ℣. Ps. 36, 1. 3. 16. 18. 19. 23. 27. 28ab. 28cd. 29. 34ab)
Vernáculo:
Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo, diz o Senhor. (Cf. Bíblia CNBB: Mt 6, 33)

Depois da Comunhão

Unidos a Cristo por este sacramento, nós vos imploramos, ó Deus, que, assemelhando-nos a ele aqui na terra, participemos no céu da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 19/08/2022
Qual o primeiro dos Mandamentos?

No Evangelho de hoje, Jesus reduz a dois princípios básicos e acessíveis todo o conjunto da Lei: amar a Deus acima de tudo e ao próximo, como a si mesmo, por amor a Deus.


No Evangelho de hoje, Jesus reduz a dois princípios básicos e acessíveis todo o conjunto da Lei: amar a Deus acima de tudo e ao próximo, como a si mesmo, por amor a Deus. É interessante notar, em primeiro lugar, que a vinda de Cristo a este mundo implicou, entre outras coisas, a abolição de todos os preceitos rituais e processuais do Antigo Testamento; só permaneceu vigente o que era, e sempre será, de direito natural, ou seja: o Decálogo, que exprime em suas duas tábuas "os deveres fundamentais do homem para com Deus e para com o próximo" (CIC, n. 2072). Trata-se de obrigações morais graves que, em seu núcleo essencial, podem resumir-se ao chamado que Jesus dirige hoje a cada um de nós: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração [...] e ao teu próximo como a ti mesmo".

O primeiro destes preceitos é cumprido quando, por causa de Deus, buscamos com toda sinceridade observar o segundo, isto é: amamos o Senhor de todo o coração quando é por amor a Ele que amamos ao próximo. Disto se vê que esses dois amores, longe de se oporem um ao outro, na verdade se complementam mutuamente, porque "aquele que não ama seu irmão, a quem vê", diz São João, "é incapaz de amar a Deus, a quem não vê" (1Jo 4, 20). É no próximo, portanto, que temos ocasião de amar concretamente a Deus, e é do amor que temos a Ele, antes de tudo, que a caridade para com nossos irmãos recebe todo o seu valor, todo o seu sentido, todo o seu mérito. Que à nossa vida de oração não falte, pois, esse "ingrediente" essencial e indispensável a uma vida de genuína santidade: esforçar-se com todas as forças, confiante no auxílio da graça, por amar a Deus presente em nossos semelhantes.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Será que amamos a Deus de verdade? (Sexta-feira da 20.ª Semana do Tempo Comum)

O primeiro e maior mandamento, diz Jesus, é amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, e o segundo é semelhante a esse: amar o próximo como a si mesmo.Para entender o que o Mestre nos quer ensinar com esses dois preceitos, assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 19 de agosto, e aprenda do Senhor o mandamento da caridade.


https://youtu.be/jwuAnJDC418

Santo do dia 19/08/2022


São João Eudes, Presbítero (Memória Facultativa)
Local: Caen, França
Data: 19 de Agosto † 1680


São João Eudes faz parte dos grandes santos que se distinguiram na Igreja no século após o Concílio de Trento, atuando decisivamente para implantar as reformas propostas pelo Concílio. Além de João Eudes, podemos citar São Vicente de Paulo, São Carlos Borromeu e São Francisco Solano.

João Eudes nasceu em 1601, em Ri, na Normandia. Foi um dos grandes educadores do clero francês e ativo missionário popular. Aos 22 anos ingressou na Congregação do Oratório fundada por De Bérulle. Depois de ordenado sacerdote em 1625, começou intensa atividade de pregação, indo ao encontro da ignorância religiosa do povo. Nesta atividade ele percebeu que o grande problema estava no clero malformado. Procurou, então, atacar o mal pela raiz, promovendo a formação do clero. Deixando o Oratório, lançou os fundamentos da Congregação dos Seminários de Jesus e Maria e começou a promover a fundação de seminários, dirigidos pelos religiosos de sua congregação, os eudistas. Chegou a criar seis seminários entre 1648 e 1670.

São João Eudes distinguiu-se também pela promoção da devoção e do culto litúrgico aos Corações de Jesus e de Maria.

Há duas linhas no culto ao Coração de Jesus na Igreja: a primeira é o enfocado por São João Eudes; a segunda, o promovido pela vidente Santa Margarida Maria Alacoque. A linha de São João Eudes realça o aspecto da contemplação das maravilhas realizadas por Deus pela bondade mostrada por Jesus Cristo, que passou pelo mundo fazendo o bem. Realça-se a ação de graças e o Coração de Jesus que convida a imitá-lo em sua bondade. A linha de Santa Margarida Maria Alacoque realça mais o aspecto do culto de expiação e de reparação. A diferença é marcante, tanto assim que através da história elaboraram-se vários formulários para a festa do Sagrado Coração de Jesus, ora acentuando uma linha, ora a outra. Na versão apresentada pela Reforma do Vaticano II, procurou-se considerar as duas linhas que se completam, tanto assim que na Missa da solenidade do Sagrado Coração de Jesus se apresentam duas Orações coletas, à escolha, para as duas tendências, sendo que a tradição de São João Eudes vem colocada em primeiro lugar.

A primeira reza assim: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos pela solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu amor e possamos receber, desta fonte de vida, uma torrente de graças.

A segunda reza assim: Ó Deus, que no Coração do vosso Filho, ferido por nossos pecados, nos concedestes infinitos tesouros de amor, fazei que lhe ofereçamos uma justa reparação consagrando-lhe toda a nossa vida.

Na Liturgia das Horas ocorre apenas a primeira versão. Na Missa votiva do Sagrado Coração de Jesus também se deu preferência à tradição de São João Eudes: Senhor Deus, revesti-nos das virtudes do Coração de vosso Filho e inflamai-nos com seu amor, para que, assemelhando-nos a ele, possamos participar da redenção eterna.

A Antífona da Comunhão tem duas versões, à escolha, ou seja, nas duas linhas. A primeira: Diz o Senhor: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Daquele que crê em mim brotarão rios de água viva (Jo 7, 37-38). A segunda: Um dos soldados abriu-lhe o lado com a lança, e logo correram sangue e água (Jo 19, 34). Isso se verifica também no formulário da própria solenidade.

João Eudes teve que enfrentar muitas oposições, calúnias e perseguições principalmente dos jansenistas, cujo rigorismo combateu com a devoção aos Corações de Jesus e Maria. Fundou ainda uma Congregação dedicada especialmente à regeneração das prostitutas, a Obra de Nossa Senhora da Caridade do Amparo, da qual se deriva o Instituto do Bom Pastor.

São João Eudes faleceu em 1680, em Caen, e foi canonizado em 1925.

A Oração coleta apresenta São João Eudes como o presbítero que Deus escolheu para anunciar as incomparáveis riquezas de Cristo. Ele o fez sobretudo formando o povo na verdadeira fé através das missões populares e pela formação do clero, preparando-o para o serviço pastoral na superação da ignorância religiosa do povo cristão.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João Eudes, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil