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Memória Facultativa

Nossa Senhora no Sábado ou São João de Capistrano, Presbítero


Antífona de entrada

Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me. (Sl 16, 6. 8)

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Rm 8, 1-11)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos


Irmãos, 1não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. 2Pois a lei do Espírito que dá a vida em Jesus Cristo te libertou da lei do pecado e da morte.

3Com efeito, aquilo que era impossível para a Lei, já que ela estava enfraquecida pela carne, Deus o realizou; tendo enviado seu próprio Filho numa condição semelhante àquela da humanidade pecadora, e por causa justamente do pecado, condenou o pecado em nossa condição humana, 4para que toda a justiça exigida pela Lei seja cumprida em nós que não procedemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

5Os que vivem segundo a carne aspiram pelas coisas da carne; os que vivem segundo o Espírito, aspiram pelas coisas do Espírito.

6Na verdade, as aspirações da carne levam à morte e as aspirações do Espírito levam à vida e à paz. 7Tudo isso, porque as tendências da carne são inimizade contra Deus: não se submetem – nem poderiam submeter-se – à Lei de Deus.

8Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. 9Vós não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus mora em vós.

Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. 10Se, porém, Cristo está em vós, embora vosso corpo esteja ferido de morte por causa do pecado, vosso espírito está cheio de vida, graças à justiça. 11E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos mora em vós, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais por meio do seu Espírito que mora em vós.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 23)


R. É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.


— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável. R.

— “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime. R.

— Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”. R.


https://youtu.be/o7lfjNAyLhk
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida. (Ez 33, 11) R.

Evangelho (Lc 13, 1-9)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

R. Glória a vós, Senhor.


V. 1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. 2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’

8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Sobre as Oferendas

Dai-nos, ó Deus, usar os vossos dons servindo-vos com liberdade, para que, purificados pela vossa graça, sejamos renovados pelos mistérios que celebramos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eis que o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. (Sl 32, 18-19)

Ou:


O Filho do Homem veio dar a sua vida para a salvação dos homens. (Mc 10, 45)

Depois da Comunhão

Dai-nos, ó Deus, colher os frutos da nossa participação na Eucaristia para que, auxiliados pelos bens terrenos, possamos conhecer os valores eternos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 23/10/2021
Cuidemos da nossa conversão todos os dias

“Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (Lucas 13,5).

Alguns judeus estão incomodados com aquilo que Pilatos fez com o sangue dos galileus, misturando o sangue dos galileus com os sacrifícios que eram oferecidos. No fundo, uma tragédia, uma desgraça.

Infelizmente, muitas vezes, a vida humana está suscetível a acontecimentos trágicos. Olhamos para as tragédias e dizemos: “Por que aconteceu?”... O avião caiu, o carro bateu, aquele outro foi assaltado, aquela vida foi tirada, e não pense que as pessoas que sofrem muitas vezes são parentes, são pessoas conhecidas; muitas vezes, até com a nossa própria vida, quem é que pode dizer que não vai passar por isso ou por aquilo? Não queremos passar, e é por isso que suplicamos com muita insistência no nosso coração: "Livrai-nos do mal, Senhor". "Livrai-nos dos acidentes, das tragédias" — sempre suplico isso — livrai-nos das doenças contagiosas, perniciosas; livrai-nos das pandemias, enfim... Temos que estar sempre suplicando pela proteção de Deus, pela intervenção de Deus, pela mão de Deus porque as tragédias muitas vezes acontecem porque nós humanos provocamos.

Será uma tragédia eterna a não conversão, a não mudança de vida; a tragédia do inferno, a tragédia de estarmos para sempre separados de Deus

Provocamos tragédias, muitas vezes, na vida dos outros, o motorista que agiu com imprudência ou com irresponsabilidade, muitas vezes, ele provoca um acidente e não morre, mas outros ficam acidentados, quando não vêm a óbito porque alguém provocou aquela tragédia por desatenção ou assim por diante. Quantas irresponsabilidades são responsáveis por tragédias na vida de outras pessoas em tantos outros campos da existência humana.

Deus não quereria de forma alguma que as coisas fossem conduzidos dessa forma, por isso, quando suplicamos: “Livrai-nos do mal”, “Livrai-nos, Senhor dessas tragédias”, estamos não só suplicando para que Deus dê juízo a quem muitas vezes perde o juízo, estamos suplicando inclusive para que não sejamos sujeitos também para provocar o mal ou assim por diante. É claro que, muitas vezes, também acontece sem culpa. A análise, ou melhor, a consideração é Jesus quem faz.  Não fique pensando que eles eram menos culpados, eram mais pecadores, quem foram as vítimas dessa tragédia.

Se não nos convertermos, na verdade, tragédia maior vai acontecer conosco porque será uma tragédia eterna a não conversão, a não mudança de vida; a tragédia do inferno, a tragédia de estarmos para sempre separados de Deus.

Assim como não podemos brincar com a vida humana, não podemos brincar com carro, não podemos brincar com direção, não podemos brincar e estarmos desatentos com a vida, não podemos brincar com a nossa conversão, não podemos brincar com a nossa salvação. Temos que ter responsabilidade com a nossa vida humana, cuidando dela a cada dia, com a vida do outro para não prejudicá-lo, mas cuidar da nossa conversão e da nossa salvação todos os dias.

Que nenhuma tragédia venha acometer a nossa vida mas, sobretudo, a tragédia da não conversão. Que Deus nos dê a graça da conversão todos os dias!

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Homilia Diária | Como estaremos na hora inesperada? (Sábado da 29.ª Semana do Tempo Comum)

Embora as pessoas vivam como se fossem o centro do universo e agem como se nada de trágico lhes pudesse acontecer, a realidade é bem diferente: esta vida é passageira e não sabemos o momento em que ela chegará ao fim.A morte, repentina ou não, visitará a todos, mas cabe a cada um esforçar-se para estar em estado de graça, para que, no dia do juízo, possamos mostrar a Deus com nossa vida o todo amor que, por Ele e para Ele, cultivamos.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sábado, dia 23 de outubro, e peçamos a Deus a graça de estar preparados.


https://youtu.be/wGJXCg4LeNk

Santo do dia 23/10/2021


São João de Capistrano (Memória Facultativa)
Local: Ujlac, Hungria
Data: 23 de Outubro † 1456


Vida agitada, atividade prodigiosa e rigor de penitência marcaram a existência de São João de Capistrano, um dos maiores astros da santidade do século XV.

João nasceu em Capistrano, nos Abruzos, perto de Nápoles na Itália, em 1386. Muito talentoso, cursou os estudos jurídicos em Perusa. Desempenhou com brilho o cargo de juiz de direito em Perusa, e uma nobre família lhe ofereceu uma filha como esposa. Pouco depois, apesar da pouca idade, foi nomeado governador de Perusa. Intrigas políticas e invasão armada de tropas napolitanas o levaram à prisão, onde sofreu forte crise religiosa que o levou a trocar a vida agitada que levava pela tranquilidade do convento.

Já com 30 anos de idade, João vestiu o hábito franciscano em Perusa. Como se comportou diante da jovem esposa não está muito claro. Há quem diga que ela tinha falecido; outro autor fala que ela ainda teria sido apenas namorada.

Para ser aceito à profissão na Ordem Franciscana ele teve que passar por duras provas. No entanto, João estava destinado a tomar parte nos grandes acontecimentos que agitavam a Ordem Franciscana e a sociedade. João de Capistrano viveu nos tempos difíceis do "grande cisma", da peste negra, da guerra dos cem anos, da ameaça dos turcos contra a Europa e das tentativas de desunião no seio da própria Ordem Franciscana. Com os franciscanos São Bernardino de Sena e São Tiago das Marcas seria um dos grandes responsáveis pelo movimento de afervoramento do espírito de São Francisco dentro da sua Ordem com a denominação de "Observância".

Desde sua ordenação sacerdotal em 1415, João de Capistrano dedicou-se com grande sucesso ao apostolado da palavra como missionário. Vários papas confiaram-lhe missões delicadas como a de combater os hereges "Fraticelli" na Itália, de convencer os armênios, separados de Roma, a enviar representantes ao concílio unionista de Florença e de promover uma cruzada contra os turcos. Foi enviado ao Oriente como visitador da Ordem. Depois do Concílio de Florença, foi nomeado núncio apostólico na Sicília e ainda legado na França, junto à corte de Carlos VII. Foi missionário na Alemanha, na Áustria, na Polônia e na Hungria. João passou os últimos cinco anos de vida em território do Império Alemão, promovendo a paz entre os príncipes cristãos, combatendo os adeptos de João Huss na Boêmia. O último grande feito do pregador diz respeito a toda a Europa. Desde a queda de Constantinopla em 1453, os turcos que a conquistaram, extinguindo o Império Cristão do Oriente, começaram a ameaçar a Europa através da Hungria, que, conquistada, serviria de trampolim para o resto da Europa. Em nome do papa Nicolau V, João esteve na assembleia reunida em Budapeste, em meados de 1455, concitando os cristãos a tomarem armas para defenderem a Europa. Sob o comando de João Huniade, deu-se a grande vitória do exército cristão, a 14 de julho, junto a Belgrado. Em memória desta vitória foi instituída no Ocidente a festa da Transfiguração do Senhor.

Três meses depois, consumido de trabalho e devorado por febre contínua, João de Capistrano vinha a falecer em território croata aos 23 de outubro de 1456. Apesar de homem de ação prodigiosa, de suas contínuas viagens através de toda a Europa, andando de pés descalços, João foi também escritor fecundo. O que o levou à honra dos altares não foi propriamente a intensa atividade missionária. Ele foi, antes de tudo, um homem de Deus, um frade profundamente asceta consigo mesmo, animado por profunda devoção ao santo nome de Jesus, característica do seu mestre São Bernardino de Sena, a quem defendeu com veemência diante de acusações em relação ao culto ao Santíssimo Nome de Jesus. João de Capistrano fez da ação ato de amor, e do amor, móvel de ação. Foi canonizado em 1724, constituído patrono dos capelães militares.

A Oração coleta faz memória de São João de Capistrano como confortador da cristandade aflita. Foi também grande promotor da paz, sobretudo como delegado de papas, no seio da Igreja e na própria Ordem. Por isso a Igreja pede que a guarde em constante paz. O santo distinguiu-se ainda como ardente defensor da fé cristã.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João de Capistrano, rogai por nós!

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