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Memória Facultativa

São Luís de França, ou São José de Calazans, Presbítero


Antífona de entrada

Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro. (Sl 85, 1-3)

Coleta

Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Ts 2, 9-13)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses


9Irmãos, certamente ainda vos lembrais dos nossos trabalhos e fadigas. Trabalhamos dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vós. Foi assim que anunciamos o evangelho de Deus. 10Vós sois testemunhas, e Deus também, de quão santo, justo, irrepreensível foi o nosso proceder para convosco, os fiéis.

11Bem sabeis que, como um pai a seus filhos, 12nós exortamos a cada um de vós e encorajamos e insistimos, para que vos comporteis de modo digno de Deus, que vos chama ao seu reino e à sua glória. 13Por isso, agradecemos a Deus sem cessar por vós terdes acolhido a pregação da palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé.

Salmo Responsorial (Sl 138)


R. Senhor, vós me sondais e me conheceis!


— Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente. R.

— Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra. R.

— Se eu pensasse: “A escuridão venha esconder-me e que a luz ao meu redor se faça noite!” Mesmo as trevas para vós não são escuras, a própria noite resplandece como o dia. R.


https://youtu.be/dIU9eumUJYQ
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua palavra fielmente. (1Jo 2, 5) R.

Evangelho (Mt 23, 27-32)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, disse Jesus: 27“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão! 28Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça.

29Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, 30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 31Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32Completai, pois, a medida de vossos pais!”

Sobre as Oferendas

Ó Deus, que pelo sacrifício da cruz, oferecido uma só vez, conquistastes para vós um povo, concedei à vossa Igreja a paz e a unidade. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Com vossos frutos saciais a terra inteira: fazei a terra produzir o nosso pão e o vinho que alegra o coração. (Sl 103, 13-15)

Ou:


Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, diz o Senhor, e eu o ressuscitarei no último dia. (Jo 6, 55)

Depois da Comunhão

Ó Deus, fazei agir plenamente em nós o sacramento do vosso amor, e transformai-nos de tal modo pela vossa graça, que em tudo possamos agradar-vos. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 25/08/2021
Tiremos do nosso coração toda hipocrisia e injustiça

“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão!” (Mateus 23,27).

Sabe, meus irmãos, não há coisa mais dura para a alma e para o coração do que estarmos cheios de hipocrisia e de injustiça. Não é a placa religiosa que salva, não é a placa religiosa ou o estatuto religioso que nos põe próximos de Deus. Não é o fato de ser padre, pastor, bispo... Não é o fato de ser leigo, consagrado, membro do apostolado da oração, ministro da Eucaristia. Não é o fato de sermos católicos, evangélicos, cristãos. É claro que são os meios, é o caminho que Deus nos deu para estarmos próximos d’Ele. Não vamos relativizar as coisas, não vamos colocar tudo e dizer: “O que importa é que preciso ir para a Igreja”.

Não! Eu preciso ir, eu preciso ser autêntico na minha vivência religiosa. Eu preciso ser um bom padre, ser um padre autêntico, ser um cristão autêntico. Preciso ser um católico autêntico. Você precisa ser um ministro autêntico naquilo que você vive. Não posso colocar a minha cruz como se ela fosse o meu elo de salvação e querer aparecer porque eu carrego uma cruz, porque estou com a tala religiosa no pescoço. Não posso achar que porque sou da denominação tal, do grupo tal, do apostolado esse ou aquele, que é isso que me salva. É eu colocar em prática aquilo que aprendi e aquilo que ensino.


A religião que suporta a hipocrisia não é a religião do coração de Deus

Muitas vezes, estamos cheios de falas, de convicções, de pregações para fora. Somos pessoas moralistas, exigentes com os outros, mas que dureza aquele que conhece os corações, aquele que perscruta as nossas almas e nos mostra que o nosso interior está cheio de hipocrisia e de injustiça.

A hipocrisia é não vivermos o que falamos, é sermos contraditórios, falarmos uma coisa e vivermos outra, mas, sobretudo, sermos injustos, porque a injustiça é uma das maiores maldades.

Praticamos o mal ao outro quando somos injustos e falamos mal do outro. Falamos bem de Deus, mas quando saímos da frente dos outros somos pessoas dissimuladas, falamos uma coisa aqui, outra ali, não falamos na frente o que falamos por trás; agimos de uma forma diferente quando estamos nessa ou naquela situação. Enfim, a hipocrisia não cabe na religião ou a religião que suporta a hipocrisia não é a religião do coração de Deus.

Portanto, se Jesus chamava no Seu tempo a atenção dos mestres na Lei e dos fariseus hipócritas, que não sejamos os mestres da Lei e os fariseus hipócritas, aqueles que falam muito de Deus, pregam Deus para lá e para cá, mas não vivem a vontade d'Ele. Que Deus nos corrija!

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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É isto que falta aos políticos de hoje!

O mesmo Senhor que disse ser tão difícil entrar um rico no céu quanto fazer um camelo passar pelo buraco duma agulha deu-nos, em Luís IX, rei de França, a prova de que também os ricos e poderosos, quando se fazem pobres em espírito e se curvam ante o único Todo-poderoso, podem pela graça alcançar a beatitude eterna e, já nesta vida, um elevadíssimo grau de santidade. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 25 de agosto, e conheça mais sobre a vida de São Luís IX, que, por ter reinado com justiça neste mundo, mereceu reinar com Cristo no outro!

https://youtu.be/iyqXv83dP-c

Santo do dia 25/08/2021


São Luís de França (Memória Facultativa)
Local: França
Data: 25 de Agosto † 1270


Luís IX, rei da França, nasceu em Poissy, na França, em 1215. Avesso aos títulos, preferia assinar Luís de Poissy, com o nome da localidade em que foi batizado, afirmando que a dignidade mais alta ele tinha recebido lá. Por ocasião do batismo, sua mãe, Blanca de Castela, rainha de grandes dotes morais e intelectuais, estreitou-o ternamente contra o coração, dizendo: "Filhinho, agora és um templo do Espírito Santo, conserva sempre teu coração puro e jamais o manches com o pecado!"

Ainda menino, foi coroado rei da França. Sua mãe dirigiu o reino durante a menoridade de Luís e deu-lhe primorosa educação religiosa. Interessante que Luís IX era primo de outro rei santo, filho de Bereguela de Castela, irmã de Blanca, São Fernando de Castela. Contraiu matrimônio com Margarida de Provença, princesa como ele de grandes virtudes. Do matrimônio nasceram onze filhos, a quem ele próprio deu excelente educação.

Aos 21 anos de idade tomou nas mãos as rédeas do governo. Luís soube conciliar com suas preocupações governamentais uma piedade profunda, o espírito de penitência e grande caridade para com todos. Chegou à santidade comprovada pela Igreja no desempenho exemplar da difícil tarefa de governar.

Participava diariamente da santa Missa. Levantava-se durante a noite para rezar as Matinas. Promoveu, juntamente com o bem social, o crescimento espiritual de seus súditos na justiça e na paz. Sua maior preocupação no governo foi a administração da justiça, dedicando, todos os dias, algumas horas a ouvir qualquer pessoa que tivesse negócios a tratar. Ele foi o protótipo do rei feudal. Santo na vida pública e familiar, cuidou ao mesmo tempo dos interesses da França e da religião, que sempre amou e protegeu. Embora fosse muito reverente para com o Papa, soube no entanto também defender os direitos e interesses do reino. Tornou-se até apaziguador entre o Papa e o imperador Frederico II.

Pode-se dizer que Luís IX foi o último grande cruzado. Organizou um exército, chegou a conquistar a fortaleza de Damieta, no delta do Nilo, mas pouco depois perdia tudo, foi aprisionado e comprou seu resgate a preço de ouro. Esta sua expedição de 1248 falhou. Do Egito, o rei passou à Palestina, trabalhando na fortificação das posições cristãs. Ao ter notícia da morte de sua amada mãe Blanca, retornou à França em 1254. Em 1270, empreendeu aquela que foi chamada a última cruzada. Dela participavam dois irmãos e três filhos. Quis começar as operações a partir de Túnis. A peste dizimou suas tropas. Em pouco tempo morriam o legado do Papa, um filho de Luís, e, no dia 25 de agosto, com a idade de 55 anos, ele mesmo era vitimado.

O papa Bonifácio VIII o elevou à honra dos santos. Seu nome entrou na galeria dos heróis e santos da nação e da Igreja da França. Sua presença e devoção encontram se também no Brasil. Basta lembrar São Luís do Maranhão, onde ele é padroeiro da cidade.

São Luís IX convida os cristãos a buscarem a perfeição da caridade em qualquer estado de vida. Mostra que é possível buscar o ideal da santidade também na difícil arte de governar, no exercício do poder a serviço do bem comum. É possível exercer a política, a arte de governar a "polis", a cidade, imbuído do espírito do Evangelho. Celebrando a festa de São Luís IX, a Igreja é convidada a rezar sobretudo pelos governantes, para que, à luz do Evangelho, promovam sempre a justiça e a paz.

A Oração coleta lembra que Luís foi transferido dos cuidados de um reino terrestre à glória do reino do Céu. Pede-se que, a exemplo dele e por sua intercessão, possamos desempenhar nossas tarefas de cada dia e trabalhar para a vinda do reino de Deus. A oração faz eco à vocação e missão dos cristãos leigos na sociedade.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

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