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Antífona de entrada

A mulher que teme a Deus será louvada; seus filhos a proclamam feliz e seu marido a elogia. (Cf. Pr 31, 30. 28)
Cognóvi Dómine, quia aéquitas iudícia tua, et in veritáte tua humiliásti me: confíge timóre tuo carnes meas, a mandátis tuis non me repéllas. Ps. Beáti immaculáti in via: qui ámbulant in lege Domini. (Ps. 118, 75 et 120)
Vernáculo:
Sei que os vossos julgamentos são corretos, e com justiça me provastes, ó Senhor! Perante vós sinto tremer a minha carne, porque temo vosso justo julgamento! Sl. Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! (Cf. LH: Sl 118, 75 e 120. 1)

Coleta

Ó Deus, consolação dos que choram, que acolhestes, misericordioso, as lágrimas de Santa Mônica pela conversão de seu filho Agostinho, dai-nos, pela intercessão de ambos, chorar os nossos pecados e alcançar o vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Cor 1, 26-31)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


26Irmãos, considerai vós mesmos como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte.

28Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, 31para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 32)


℟. Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!


— Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens. ℟.

— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. ℟.

— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança. ℟.


https://youtu.be/8chKu0KmHb8
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado. (Jo 13, 34) ℟.

Evangelho (Mt 25, 14-30)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 14“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco.

17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’.

21O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 22Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’

24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’.

28Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!’”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Diffúsa est grátia in lábiis tuis: proptérea benedíxit te Deus in aetérnum, et in saéculum saéculi. (Ps. 44, 3)


Vernáculo:
Vossos lábios espalham a graça, o encanto, porque Deus, para sempre, vos deu sua bênção. (Cf. LH: Sl 44, 3bc)

Sobre as Oferendas

Concedei, ó Deus, que este sacrifício em comemoração de santa Mônica nos alcance o vosso perdão e a salvação que esperamos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O reino dos céus pode ser comparado a um negociante de pérolas; quando encontra a mais preciosa, vende tudo o que tem para comprá-la. (Mt 13, 45-46)
Dilexísti iustítiam, et odísti iniquitátem: proptérea unxit te Deus, Deus tuus. (Ps. 44, 8; ℣. Ps. 44, 2ab. 11. 12. 13. 14. 15. 16)
Vernáculo:
Vós amais a justiça e odiais a maldade. É por isso que Deus vos ungiu com seu óleo. (Cf. LH: Sl 44, 8ab)

Depois da Comunhão

Deus todo-poderoso, a força divina deste sacramento nos ilumine e afervore nesta festividade de Santa Mônica, para que, animados sempre de santos propósitos, multipliquemos as boas obras. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 27/08/2022
Por que achamos que Deus é exigente?

Deus não nos pede nada que não esteja antes disposto a nos dar, porque todas as suas exigências são bondade e misericórdia.

O Evangelho de hoje apresenta-nos a conhecida parábola dos talentos, em algumas de cujas personagens vemos bem representada a principal ferida que o pecado original abriu no coração humano: a tendência a ver em Deus um inimigo, um adversário, um Senhor exigente e injusto que, nas palavras do servo mau e preguiçoso, colhe onde não plantou e ajunta onde não semeou — eis o “juízo” da humanidade contra o seu Autor. Lembremos que, no princípio da criação, o Senhor vivia em perfeita amizade com nossos primeiros pais. O escritor sagrado insinua-nos essa relação de comunhão ao notar que, à hora da brisa da tarde, Deus baixava ao jardim das delícias para entreter-se docemente com o primeiro casal (cf. Gn 3, 8). Mas, instigados pela serpente, após terem transgredido o preceito divino, Adão e Eva esconderam-se da face de Deus atrás dum arbusto, temendo que Ele, ao descer novamente, os visse nus (cf. Gn 3, 10). Essa amedrontada desconfiança, foi a serpente infernal que a inoculou no coração do homem, que se revoltou não só contra a mulher, que lhe dera de comer o fruto proibido, mas inclusive contra Deus, que lhe dera a esposa que o induzira a pecar: “A mulher que tu pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto” (Gn 3, 12). Assim somos nós hoje, descendentes de Adão, herdeiros das consequências tanto físicas como espirituais do seu pecado: desconfiantes, recriminadores, petulantes, para quem é aspereza a justiça divina e intolerável a sua verdade. Mas Deus nos ama e quer a nossa salvação, e é por isso que nos impõe obrigações e exigências, leis e proibições, pois um Pai amoroso jamais se furtaria ao dever de educar e corrigir seus filhos. Quando Ele nos dá, pois, os talentos de sua graça e nos manda multiplicá-los, é para o nosso bem, para que, amando, superemos o nosso egoísmo e remediemos, em união com Cristo, os efeitos desastrosos do pecado das origens. Ele só pede o que dá, e pede que lhe devolvamos generosamente tudo o que, por pura graça, já se tinha dignado conceder-nos. Trabalhemos pelo Reino, buscando a santidade que o Senhor tanto deseja formar em nossas almas.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Oração de intercessão: um caminho de santificação (Memória de Santa Mônica)

Deus poderia muito bem ter convertido Agostinho desde o início, poupando-lhe a jovem mãe de tantas lágrimas e sofrimentos. Mas, se o Senhor assim tivesse agido, a Igreja teria hoje um Santo Agostinho, mas não uma Santa Mônica, provada na paciência, na perseverança, na oração e na esperança de ver o filho convertido à fé católica.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 27 de agosto, e entenda como na vida desta santa mulher se manifesta a grandeza da graça divina, dom gratuito, e a beleza do mérito dos santos, que cooperam com Deus para impetrarem dele, por orações e sacrifícios, o que Ele tanto lhes deseja dar.


https://youtu.be/kozljtX-D5M

Santo do dia 27/08/2022


Santa Mônica (Memória)
Local: Óstia, Itália
Data: 27 de Agosto † 387


Santa Mônica passou para a história como a mãe forte, que por sua persistência, lágrimas e orações, levou, por fim, ao bom caminho um filho desencaminhado, o grande Santo Agostinho. Aparece também como modelo de esposa paciente com seu marido.

Mônica era de Tagaste, norte da África, de familia cristã. Tendo chegado à idade própria para o casamento, foi dada pelos pais por esposa a um cidadão de Tagaste de nome Patrício, jovem pagão de temperamento rude e violento. O caráter indômito do marido foi para Mônica fonte de sofrimentos e provações muito duras. Mônica sofreu tudo com a maior paciência e mansidão. Apoiada nas orações e pela paciência, ela pode ver a conversão sincera do marido no fim da vida.

Do seu matrimônio Mônica teve dois filhos, Agostinho e Navigio, e uma filha, cujo nome não se sabe ao certo, talvez Perpétua, que se tornou religiosa.

Dentre seus filhos, foi Agostinho o que maiores dissabores causou a seu coração materno, por sua vida imoral e por adesão a doutrinas do maniqueísmo. Embora não lhe deixasse faltar bons conselhos e o educasse nos princípios da religião cristã, a vivacidade, a inconstância, o espírito de insubordinação de Agostinho induziram a mãe Mônica a protelar-lhe o batismo. Agostinho, morto o pai, aos 17 anos, afastou-se de casa por motivos de estudos, tomando o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofreu terrivelmente com as notícias dos desmandos do filho.

Agostinho tornou-se um brilhante professor de Retórica em Cartago. Mas, espírito irrequieto, se filiou à seita herética dos maniqueus. Procurando fugir das instâncias da mãe aflita, às escondidas, toma o navio rumando para Roma e de Roma para Milão, onde consegue o honroso cargo de professor oficial de Retórica.

Mônica em seu afeto de mãe, que deseja, a todo custo, recuperar o filho, viaja da África para a Itália à procura do filho, encontrando-o em Milão, onde aos poucos termina o seu sofrimento, pois, em Milão, Agostinho tinha-se tornado frequentador dos magníficos sermões do bispo Santo Ambrósio. Do apreço à forma literária da pregação, Agostinho passa ao apreço do seu conteúdo. Converte-se, recebe instrução e é batizado por Santo Ambrósio em 387. Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas. Podia voltar à sua África, descansada. Agostinho acompanhou-a somente até Óstia, perto de Roma, onde chorou a morte da mãe aí ocorrida em 387.

Jesus chorou sobre Jerusalém, sobre a humanidade inteira, Jesus chorou a morte do seu amigo Lázaro. Chorar é humano! As lágrimas podem constituir uma linguagem, comunicação; podem traduzir uma mensagem de dor, de clamor, de súplica. Santa Mônica deixou como memória o sentido e o valor das lágrimas como prece ingente junto a Deus em favor do filho Agostinho. A Oração coleta apresenta a nós esta mensagem. O único motivo de tristeza é o pecado. A oração lembra o Deus consolação dos que choram. Em sua misericórdia Deus acolheu as lágrimas de Santa Mônica pela conversão de seu filho Agostinho. A Igreja pede que este Deus nos conceda, pela intercessão de ambos (Santa Mônica e Santo Agostinho), chorar os nossos pecados e alcançar o seu perdão.

A Antífona de Laudes apresenta um lindo pensamento sobre o sentido das lágrimas derramadas por Santa Mônica: Vós a ouvistes, ó Senhor, e aceitastes suas lágrimas que, de tantas derramadas em continua oração, regariam toda a terra.

A Antífona de Vésperas lança dentro da vida mística de Santa Mônica: Santa Mônica, mãe de Agostinho, de tal modo vivia no Cristo, que, estando ainda no mundo, sua vida e sua fé se tornaram o louvor mais perfeito de Deus.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

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