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Antífona de entrada

Ao nome de Jesus todo joelho se dobre no céu, na terra e nos abismos, e toda língua proclame, para glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor. (Fl 2, 10-11)

Coleta

Ó Deus, que suscitastes em vossa Igreja Santo Inácio de Loyola para propagar a maior glória do vosso nome, fazei que, auxiliados por ele, imitemos seu combate na terra, para partilharmos no céu sua vitória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Lv 25, 1. 8-17)


Leitura do Livro do Levítico


1O Senhor falou a Moisés no monte Sinai, dizendo: 8“Contarás sete semanas de anos, ou seja, sete vezes sete anos, o que dará quarenta e nove anos. 9Então farás soar a trombeta no décimo dia do sétimo mês. No dia da Expiação fareis soar a trombeta por todo o país. 10Declarareis santo o quinquagésimo ano e proclamareis a libertação para todos os habitantes do país: será para vós um jubileu. Cada um de vós poderá retornar à sua propriedade e voltar para a sua família. 11O quinquagésimo ano será para vós um ano de jubileu: não semeareis, nem colhereis o que a terra produzir espontaneamente, nem colhereis as uvas da vinha não podada; 12pois é um ano de jubileu, sagrado para vós, mas podereis comer o que produziram os campos não cultivados.

13Nesse ano de jubileu cada um poderá retornar à sua propriedade. 14Se venderes ao teu conterrâneo, ou dele comprares alguma coisa, que ninguém explore o seu irmão; 15de acordo com o número de anos decorridos após o jubileu, o teu conterrâneo fixará para ti o preço de compra, e de acordo com os anos de colheita, ele fixará o preço de venda. 16Quanto maior o número de anos que restarem após o jubileu, tanto maior será o preço da terra; quanto menor o número de anos, tanto menor será o seu preço, pois ele te vende de acordo com o número de colheitas. 17Não vos leseis uns aos outros entre irmãos, mas temei o vosso Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus”.

Salmo Responsorial (SI 66)


R. Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.


— Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos. R.

— Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações. R.

— A terra produziu sua colheita: o Senhor e nosso Deus nos abençoa. Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra! R.


https://youtu.be/GIF2ulxWPhU
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há de ser deles! (Mt 5, 10) R.

Evangelho (Mt 14, 1-12)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. 1Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a seus servidores: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”.

3De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa”. 5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8Instigada pela mãe, ela disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”. 9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.

Sobre as Oferendas

Sejam do vosso agrado, Senhor nosso Deus, as oferendas que apresentamos na festa de Santo Inácio, para que os sagrados mistérios, fonte de toda santidade, nos tornem verdadeiramente santos. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Disse o Senhor: Vim trazer o fogo à terra; só desejo que se acenda! (Lc 12, 49)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que este sacrifício de louvor, que vos oferecemos em ação de graças na festa de Santo Inácio, nos leve a glorificar-vos eternamente. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 31/07/2021
A verdade nos liberta e nos salva

“Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus” (Mateus 14,12).

A narrativa do Evangelho de hoje nos mostra a trágica morte de João. Mas a tragédia não foi para João, foi para aqueles que cometeram tamanha tragédia, foi para aqueles que não acolheram a palavra de João. Porque João Batista levou muitos para o caminho da salvação, ele foi o predecessor de Jesus, ele foi a liga da Lei antiga para a Lei nova, e o batismo e a pregação de João levou muitos a conversão.

A Palavra de Deus é para a nossa conversão, a Palavra de Deus é para nos dar direção para não perdermos a cabeça no mundo. E estamos perdendo a cabeça porque quem não se converte deixa a cabeça solta, ser levada pelos sentimentos e pelos pensamentos que o mundo coloca em nós.

Quantas vezes nos encontramos confusos e perdidos no meio deste mundo. E veja que os três que tramaram a morte de João Batista eram pessoas perdidas e confusas. Primeiro Herodes, ele gostava de João, mas queria se livrar dele, não fazia para o temor do povo, porque, para o povo, João era um profeta porque muitos deles tiveram suas vidas transformadas pela profecia e pela pregação dele. Herodes vivia uma vida errada, ele vivia com a mulher do seu irmão e, por isso, Herodíades tinha ódio de João no seu coração, ela não suportava a verdade que ele pregava.


É preciso converter a cabeça para sairmos das mentiras do mundo em que estamos, porque só a verdade liberta e salva

João não vivia jogando na sua cara, é que a palavra por si mesma já diz; e quando não queremos ouvir a verdade, porque a verdade dói (como ouvimos popularmente falar), mas mais do que doer, a verdade transforma, a verdade remove a mentira e nos tira da ilusão. Quando não quero tirar meu coração da ilusão, quando não quero sair da mentira e da hipocrisia vou perdendo a cabeça, a direção e o coração.

Herodíades foi nessa direção errada, aproveitou-se do aniversário de Herodes e colocou a sua filha que dançou para Herodes e agradou muito ele, e tudo que ela pediu com sua filha foi a cabeça de João Batista. Aquele que tentou mostrar-lhe a verdade, e quando não queremos aprender com a verdade, preferirmos eliminá-la, tirá-la da nossa frente para seguir os caminhos da mentira.

João foi o profeta da conversão. É preciso converter a cabeça e o coração para sairmos das mentiras e das ilusões do mundo em que estamos, porque só a verdade liberta e salva, mas a verdade a respeito de nós que, muitas vezes, ignoramos, não queremos conhecer e deixamos de lado para viver na ilusão.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Memória de Santo Inácio de Loyola, Presbítero

O homem foi criado para um único e supremo fim: louvar e adorar a Deus para, servindo-o neste mundo, alcançar no outro a salvação eterna. Todas as demais coisas que existem sobre a Terra foram criadas em função do homem, isto é, para ajudá-lo a alcançar este fim, e devem por isso ser desprezadas na precisa medida em que se tornam um obstáculo a essa meta. Se não tivermos isso bem claro, a nossa vida será, mesmo se tivermos aqui e ali algum sucesso, um completo e retumbante fracasso. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 31 de julho, e celebre conosco a memória de Santo Inácio de Loyola!




Santo do dia 31/07/2021

 

 


Santo Inácio de Loyola (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 31 de Julho † 1556


Inácio ou Iñigo nasceu em Loyola, região basca da Espanha, em 1491. Foi pajem na corte de um parente cavaleiro, onde aprendeu as maneiras gentis que sempre o distinguiram. Enquanto prestava o serviço de armas junto ao vice-rei de Navarra, foi gravemente ferido no cerco da fortaleza de Pamplona. Este fato marcou profundamente sua vida, fazendo com que tomasse novos rumos. No longo tratamento a que teve de se submeter procurou encher o tempo com a leitura. Por acaso caiu-lhe nas mãos um livro sobre a vida dos santos. Começou a ler sem maior interesse, pois pedira livros de aventuras. Contudo, começou a fazer sérias comparações entre a vida fútil dedicada ao mundo e os grandes ideais do serviço de Deus. Movido pela graça, tomou a firme resolução de trocar a carreira militar pelo serviço da construção do reino de Deus. O processo de mudança de vida passou por várias crises, até aportar numa severa vida de penitência.

Tinha, então, 30 anos. Fez uma peregrinação a Montserrat e entregou-se à meditação mais profunda dos mistérios divinos. Na solidão de Manresa, em meio a privações, ânsias, angústias e arrebatamentos da vida eremítica, traçou as linhas gerais de seu célebre livro "Exercícios Espirituais", que se tornou verdadeiro código de ascese cristã em todo o mundo.

Fez uma peregrinação à Terra Santa com o intuito de lá permanecer. Mas, aconselhado, voltou para a Espanha. Percebeu que para ser útil na construção do reino de Cristo, na sociedade, devia cursar os estudos de filosofia e teologia. Começou seus estudos na Espanha e, depois, os continuou em Paris.

Foi em Paris que Inácio conseguiu ganhar à sua causa os primeiros seis companheiros, que sob sua direção fizeram os exercícios espirituais e com ele lançaram os fundamentos da Companhia de Jesus, em 15 de agosto de 1534, depois chamada Sociedade de Jesus, mas que até hoje é mais conhecida como Companhia de Jesus.

Sua instituição era um tipo novo e original de vida religiosa que unia espiritualidade profunda à disciplina e obediência quase militar, com a finalidade de coordenar o máximo de atividade na construção do reino de Cristo, na sociedade conturbada daquele tempo. De fato, um dos traços mais marcantes da obra de Inácio é o sentido da organização, a espiritualidade entendida como ação e o culto à eficácia. Enfatizou o valor normativo da obediência; na vida espiritual dava muita importância ao esforço pessoal ascético, usando como meios a introspecção contínua e a repressão dos instintos. Em vista desses aspectos dinâmicos da ação em favor do Reino, a Forma de vida da Ordem tem poucos exercícios de vida comunitária.

Poucos santos tiveram uma influência tão vasta e profunda na história da Igreja como Santo Inácio. A Ordem por ele fundada, por sua atividade educadora e pastoral, foi uma das alavancas mais fortes da restauração católica e da Contrarreforma. Não havia atividade pastoral que fugisse ao seu zelo. Abriu novos caminhos ao espírito missionário, levando o Evangelho às mais longínquas regiões da terra. Ainda em vida, dezenas de missionários trabalhavam no Brasil, e os jesuítas, sem dúvida, foram os que mais se destacaram na evangelização dos índios.

Inácio estabeleceu-se em Roma, onde exerceu intenso apostolado e governou a Ordem até a morte, que ocorreu a 31 de julho de 1556, com 65 anos de idade. Seu lema era: "Tudo para a maior glória de Deus".

A Companhia de Jesus, apesar das perseguições que sofreu, floresceu cada vez mais e ainda hoje tem uma presença significativa na Igreja e no mundo, sobretudo no mundo da ciência e da cultura e na ação missionária.

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

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