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Antífona de entrada

O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou de bens.
Sacerdótes Dei, benedícite Dóminum; sancti et húmiles corde, laudáte Deum. Cant. Benedícite ómnia ópera Dómini Dómino: laudáte et superexaltáte eum in saécula. (Dan. 3, 84. 87 et 57)
Vernáculo:
Bendizei, sacerdotes do Senhor, ao Senhor; Bendizei, santos e humildes de coração, ao Senhor; Cant. Bendizei ao Senhor, todas as obras do Senhor; aclamai e superexaltai-o pelos séculos! (Cf. Bíblia CNBB: Dn 3, 84a. 87a. e 57)

Coleta

Ó Deus, que cuidais do vosso povo com indulgência e o governais com amor, dai, pela intercessão de São Gregório Magno, o espírito de sabedoria àqueles a quem confiastes o governo da vossa Igreja, a fim de que o progresso das ovelhas contribua para a alegria eterna dos pastores. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Cor 4, 6b-15)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


6bIrmãos, apliquei essa doutrina a mim e a Apolo, por causa de vós, para que o nosso exemplo vos ensine a não vos inchar de orgulho, tomando o partido de um contra outro, e a “não ir além daquilo que está escrito”. 7Com efeito, quem é que te faz melhor que os outros? O que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste tudo que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido?

8Vós já estais saciados! Já vos enriquecestes! Sem nós, já começastes a reinar! Oxalá estivésseis mesmo reinando, para nós também reinarmos convosco! 9Na verdade, parece-me que Deus nos apresentou, a nós apóstolos, em último lugar, como pessoas condenadas à morte. Tornamo-nos um espetáculo para o mundo, para os anjos e os homens. 10Nós somos os tolos por causa de Cristo, vós, porém, os sábios nas coisas de Cristo. Nós somos os fracos; vós, os fortes. Vós sois tratados com toda a estima e atenção, e nós, com todo o desprezo.

11Até a presente hora, padecemos fome, sede e nudez; somos esbofeteados e vivemos errantes; 12fadigamo-nos, trabalhando com as nossas mãos; somos injuriados, e abençoamos; somos perseguidos, e suportamos; 13somos caluniados, e exortamos. Tornamo-nos como que o lixo do mundo, a escória do universo, até ao presente.

14Escrevo-vos tudo isto, não com a intenção de vos envergonhar, mas para vos admoestar como meus filhos queridos. 15De fato, mesmo que tivésseis dez mil educadores na vida em Cristo, não tendes muitos pais. Pois fui eu que, pelo anúncio do Evangelho, vos gerei em Jesus Cristo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 144)


℟. O Senhor está perto de quem o invoca!


— É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente. ℟.

— O Senhor cumpre os desejos dos que o temem, ele escuta os seus clamores e os salva. O Senhor guarda todo aquele que o ama, mas dispersa e extermina os que são ímpios. ℟.

— Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo desde agora, para sempre e pelos séculos. ℟.


https://youtu.be/Pt1e-nb0ObM
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Sou o Caminho, a Verdade e a Vida: ninguém vem ao Pai, senão por mim. (Jo 14, 6) ℟.

Evangelho (Lc 6, 1-5)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Num sábado, Jesus estava passando através de plantações de trigo. Seus discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. 2Então alguns fariseus disseram: “Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?”

3Jesus respondeu-lhes: “Acaso vós não lestes o que Davi e seus companheiros fizeram, quando estavam sentindo fome? 4Davi entrou na casa de Deus, pegou dos pães oferecidos a Deus e os comeu, e ainda por cima os deu a seus companheiros. No entanto, só os sacerdotes podem comer desses pães”. 5E Jesus acrescentou: “O Filho do Homem é senhor também do sábado”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Veritas mea et misericórdia mea cum ipso: et in nómine meo exaltábitur cornu eius. (Ps. 88, 25)


Vernáculo:
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. (Cf. LH: Sl 88, 25)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, na festa de São Gregório Magno, seja-nos proveitoso este sacrifício que, ao ser oferecido na cruz, libertou do pecado o mundo inteiro. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. (Cf. Jo 10, 11)
Fidélis servus et prudens, quem constítuit Dóminus super famíliam suam: ut det illis in témpore trítici mensúram. (Lc. 12, 42; ℣. Ps. 118, 1. 2. 14. 24. 30. 48. 99. 100. 129. 130)
Vernáculo:
Quem é o administrador fiel e prudente, que o senhor encarregará dos servos da casa para lhes dar a alimentação na hora certa? (Cf. Bíblia CNBB: Lc 12, 42)

Depois da Comunhão

Ó Pai, instruí pelo Cristo Mestre os que saciastes com o Cristo que é o pão da vida, para que, na festa de São Gregório, cheguemos ao conhecimento da verdade e a realizemos pela caridade. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 03/09/2022
Deus quer o nosso tempo!

Cristo é o Senhor do sábado: Ele tem direito a que lhe consagremos o nosso tempo; e nós, a necessidade de estar com Ele, em oração íntima e amorosa, porque não há amizade sem convivência nem investimento de tempo.

O Evangelho de hoje nos fala do dia do Senhor, uma prescrição do Antigo Testamento que devia ser cumprida no sábado, mas que, a partir da vinda de Cristo, deve ser observada aos domingos e dias festivos. Em que consiste, pois, o chamado preceito dominical? a) Trata-se, em primeiro lugar, de um preceito de direito natural, porque, tendo o homem a natural inclinação a dedicar algum tempo às coisas necessárias à vida (v.gr., ao sono, à alimentação, ao descanso etc.), a própria natureza das coisas exige que se reserve algum tempo ao culto divino, não só interno e privado, mas também externo e público, já que Deus, que criou nos criou como seres sociais, deve por nós ser honrado tanto individual como socialmente. — b) Trata-se, além disso, de um preceito de direito divino positivo, na medida em que o próprio Deus determinou que ao menos em um dia de cada semana deve o homem abster-se dos trabalhos e negócios ordinários para louvá-lo dignamente. — c) Trata-se, enfim, de um preceito de direito eclesiástico, porque foi a Igreja que especificou em que dias e de que modo deve o cristão prestar culto público a Deus [1]. Eis por que diz Santo Tomás: “A observância do dia do Senhor, na Nova Lei, sucede a observância do sábado, não por força de preceito legal, mas graças à prescrição da Igreja e ao costume do povo cristão” (STh II-II 122, 4 ad 4), que assumiu “como festivo o primeiro dia depois do sábado, porque nele se deu a ressurreição do Senhor” (S. João Paulo II, Carta Apostólica “Dies Domini”, de 31 mai. 1998, n. 18). — O preceito dominical, por conseguinte, não é um mero formalismo nem um ritualismo vazio, mas a realização de uma necessidade enraizada na nossa própria natureza: fomos feitos para Deus, e a Ele, como a qualquer pessoa que verdadeiramente amamos, temos de dedicar algum tempo, sem o que seria impossível na prática prestar a Deus o culto que lhe é devido e crescer na amizade que Ele mesmo quis ter conosco. Saibamos, pois, sacrificar o nosso tempo, não como quem cumpre um dever aborrecido, mas como quem se alegra de deixar suas ocupações e interesses, para ocupar-se durante um tempo generoso — segundo a condição e disponibilidade de cada um — do nosso único e grande Amor: “O Filho do Homem é senhor também do sábado”.

Deus abençoe você!

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Homilia | Sem oração não existe pastoreio (Memória de São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja)

A vida espiritual do cristão costuma passar por duas grandes fases: a primeira, predominantemente ascética, consiste no exercício das virtudes e na purificação do coração; a segunda, finalidade da primeira, é a vida propriamente contemplativa, pela qual — como homens novos nascidos em Cristo — enfim nos unimos ao nosso Amado. Tudo isso, porém, exige do fiel um sério compromisso de comunicar a mais almas a alegria que é estar unido a Jesus.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 3 de setembro, e, a partir dos conselhos de São Gregório Magno, comece hoje mesmo a ter vida de oração!


https://youtu.be/AAw4Vkp_jsU

Santo do dia 03/09/2022


São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja (Memória)
Local: Roma, Itália
Data: 03 de Setembro † 604


Gregório nasceu em Roma pelo ano de 540 e morreu no dia 12 de março de 604 como um dos pontífices romanos mais importantes da história da Igreja. Para não cair sempre na Quaresma, sua memória é comemorada no dia 3 de setembro, dia de sua ordenação episcopal em 590. Pela grandeza de sua obra como Papa recebeu o título de Magno, o primeiro e único depois de Leão Magno, que governou a Igreja um século e meio antes dele.

São Gregório Magno é tomado e cultuado como modelo de pastor. Viveu e atuou num tempo de transição da cultura greco-romana para a era medieval.

Nascido em Roma, de família rica senatorial, foi prefeito da cidade de Roma. Com a morte do pai tornou-se uma das maiores fortunas de Roma. Com alma de monge dotou com seus bens seis mosteiros na Sicília e um perto de sua habitação no monte Célio. Foi aqui que ele se encerrou para viver como monge, em vida contemplativa. A Providência, porém, lhe reservava outro caminho. O papa Pelágio II (579-590) o fez diácono e enviou-o como seu representante à corte de Constantinopla, onde teve a oportunidade de conhecer de perto a política eclesiástica imperial e o modo de pensar da Igreja bizantina. Retornando a Roma retirou-se novamente para o seu mosteiro de Santo André, onde se tornou abade. Era secretário do Papa quando este foi vitimado pela peste que se espalhou em consequência das enchentes do ano 590. O clero e o povo romano proclamaram Gregório sucessor de Pelágio II. Em vão procurou ocultar-se, pois o povo descobriu seu esconderijo e o forçou a aceitar o cargo,

Gregório foi o homem certo, posto no momento certo na Cátedra de Pedro. O Império Romano estava em derrocada e invasões de bárbaros por toda parte provocavam a formação de um novo tipo de sociedade. Gregório é um marco na história da Igreja e da própria Europa e assinala o ponto de partida de uma nova época, a do tempo de transição do mundo romano para o novo mundo medieval, que ia fundir as antigas culturas grega e romana com as novas culturas germânica e eslava.

Embora fosse de saúde delicada, exerceu multiforme e intensa atividade no governo da Igreja, na solicitude da caridade, na tutela das populações maltratadas pelos bárbaros e na ação missionária. Autor e legislador no campo da Liturgia e do canto sacro, cuidou da elaboração de um Sacramentário que traz seu nome e constitui o núcleo fundamental do Missal romano. Deixou escritos de caráter pastoral, moral, homilético e espiritual, que formaram várias gerações cristãs especialmente na Idade Média.

Ao papa São Gregório I deve-se a evangelização da Inglaterra, para onde enviou um grupo de 40 monges do seu mosteiro de Santo André em Roma, sob a direção de Santo Agostinho de Cantuária. Visando o afervoramento do clero, escreveu para ele a Regra Pastoral que pode ser lida com edificação também hoje em dia. A fim de incentivar a piedade e o amor à santidade, redigiu o Livro dos Diálogos. São Gregório foi o primeiro papa que também foi monge e ajudou a superar uma espiritualidade preponderantemente eremítica e monacal, realçando uma espiritualidade pastoral, unindo numa só realidade a contemplação e a ação. É considerado um dos quatro grandes doutores da Igreja do Ocidente, com Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Jerônimo.

Este infatigável chefe da Igreja, que a governou durante treze anos, muito doente e quase sempre acamado no fim da vida, veio a falecer no ano 604 com cerca de 65 anos de idade. Foi o primeiro papa a chamar-se "Servo dos servos de Deus". O título de Grande (Magno) lhe foi dado pelo papa Bonifácio VIII.

O hino do seu Oficio o canta como apóstolo dos ingleses, alguém que, calçando aos pés a riqueza e a glória, seguiu pobre o Pobre, de toda a terra Senhor. Na terceira estrofe, a Igreja o contempla como pastor da grei que o Supremo Pastor, o Cristo, lhe confia, imitando a Pedro no cargo e no seguimento da Lei. A seguinte estrofe mostra como ele contempla os mistérios das Sagradas Escrituras e como a Verdade o alça à luz da contemplação. Como Papa e Doutor da Igreja torna-se servo de todos os servos. E a última estrofe o relaciona com a Sagrada Liturgia.

A Antífona do Benedictus o canta como Pastor: Pastor exímio, São Gregório nos deixou um grande exemplo de uma vida de pastor e uma regra a seus irmãos.

A Antífona do Magnificat mostra sua coerência de vida: São Gregório praticava tudo aquilo que pregava e se fez exemplo vivo dos mistérios que ensinava.

Sob esta luz do santo e do pastor devem ser vistas as orações:

Na Oração coleta apresenta-se o papa Gregório como quem governa com amor o povo de Deus. Pede o espírito de sabedoria para aqueles a quem Deus confiou o governo da sua Igreja e que o progresso das ovelhas contribua para a alegria eterna dos pastores.

A Oração depois da Comunhão relaciona o papa São Gregório com o Cristo Mestre e o Cristo pão da vida: Ó Pai, instruí pelo Cristo Mestre os que saciastes com o Cristo que é o pão da vida, para que, na festa de São Gregório, cheguemos ao conhecimento da verdade e a realizemos pela caridade.

A grande lição de São Gregório para todos os tempos é viver o que ensina; testemunhar e ensinar a verdade e viver a caridade. A contemplação e a ação devem formar um todo na vida dos cristãos, qualquer que seja o seu estado de vida, profissão ou função na Igreja ou na sociedade.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Gregório Magno, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil