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Memória Facultativa

Santas Perpétua e Felicidade, mártires


Antífona de entrada

Como os olhos dos servos estão voltados para as mãos de seu senhor, assim os nossos, para o Senhor nosso Deus, até que se compadeça de nós. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós! (Sl 122, 2-3)
Sicut óculi servórum in mánibus dominórum suórum: ita óculi nostri ad Dóminum Deum nostrum, donec misereátur nobis: miserére nobis Dómine, miserére nobis. Ps. Ad te levávi óculos meos: qui hábitas in caelis. (Ps. 122, 2. 3 et 1)
Vernáculo:
Como os olhos dos servos estão voltados para as mãos de seu senhor, assim os nossos, para o Senhor nosso Deus, até que se compadeça de nós. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós! (Cf. MR: Sl 122, 2. 3) Sl. Eu levanto os meus olhos para vós, que habitais nos altos céus. (Cf. LH: Sl 122, 1)

Coleta

Convertei-nos, ó Deus, nosso Salvador, e, para que a celebração da Quaresma nos seja útil, iluminai-nos com a doutrina celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Lv 19, 1-2. 11-18)


Leitura do Livro do Levítico


1O Senhor falou a Moisés, dizendo: 2“Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo. 11Não furteis, não digais mentiras, nem vos enganeis uns aos outros. 12Não jureis falso por meu nome, profanando o nome do Senhor teu Deus. Eu sou o Senhor.

13Não explores o teu próximo nem pratiques extorsão contra ele. Não retenhas contigo a diária do assalariado até o dia seguinte. 14Não amaldiçoes o surdo, nem ponhas tropeço diante do cego, mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor. 15Não cometas injustiças no exercício da justiça; não favoreças o pobre nem prestigieis o poderoso. Julga teu próximo conforme a justiça.

16Não sejas um maldizente entre o teu povo. Não conspires, caluniando-o, contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor. 17Não tenhas no coração ódio contra teu irmão. Repreende o teu próximo, para não te tornares culpado de pecado por causa dele.

18Não procures vingança, nem guardes rancor aos teus compatriotas. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 18)


℟. Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!


— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes. ℟.

— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz. ℟.

— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente. ℟.

— Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor! ℟.


https://youtu.be/mSQs0kw0CNM
℟. Salve, Cristo, Luz da vida, companheiro na partilha!
℣. Eis o tempo de conversão; eis o dia da salvação. (2Cor 6, 2b) ℟.

Evangelho (Mt 25, 31-46)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Levábo óculos meos, et considerábo mirabília tua, Dómine, ut dóceas me iustítiam tuam: da mihi intelléctum, ut discam mandáta tua. (Ps. 118, 18. 26 et 73)


Vernáculo:
Abri meus olhos, e então contemplarei as maravilhas que encerra a vossa lei! Eu vos narrei a minha sorte e me atendestes, ensinai-me, ó Senhor, vossa vontade! Vossas mãos me modelaram, me fizeram, fazei-me sábio e aprenderei a vossa lei! (Cf. LH: Sl 118, 18. 26 e 73)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, esta oferenda, sinal de nossa dedicação. Fazei que ela santifique a nossa vida e obtenha para nós vosso favor. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Em verdade eu vos digo: tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes, diz o Senhor. Vinde, benditos do meu Pai: tomai posse do reino preparado para vós desde o princípio do mundo. (Mt 25, 40. 34)
Amen dico vobis: quod uni ex mínimis meis fecístis, mihi fecístis: veníte benedícti Patris mei, possidéte praeparátum vobis regnum ab inítio saéculi. (Mt. 25, 40. 34; ℣. Ps. 144, 1. 5. 10. 11. 12. 13ab. 15. 16)
Vernáculo:
Em verdade eu vos digo: tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes, diz o Senhor. Vinde, benditos do meu Pai: tomai posse do reino preparado para vós desde o princípio do mundo. (Cf. MR: Mt 25, 40. 34)

Depois da Comunhão

Ó Deus, pela recepção deste sacramento, experimentemos vosso auxílio na alma e no corpo, e assim, salvos em todo o nosso ser, nos alegremos com a plenitude da redenção. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 07/03/2022
Fátima e a visão do inferno

Quando o diabo quer perder uma alma, a primeira coisa que ele faz é convencê-la de que o inferno não existe. Assim, ela pode presunçosamente aprontar o que quiser, sem nada temer.

A perspectiva da condenação eterna, quer dizer, a existência do Inferno, longe de ser uma "injustiça" por parte de Deus, como afirmam muitos inimigos da fé católica, é um mistério de amor que só pode ser "entendido", em alguma medida, se tivermos em mente o quão terrível e insano é o pecado e, portanto, o quão grave e desordenado é ofender Aquele que, por pura e generosíssima liberalidade, nos destinou desde o início a uma vida e glória sobrenaturais. É, pois, justamente o fato de todos nós, se nos achamos fora da graça divina, podermos ser condenados ao fogo inextinguível uma das principais forças motivacionais, para usar uma expressão corrente, que nos deve impulsionar não só em nossa luta diária e constante pela santidade, mas também em nosso apostolado, em nosso esforço por contribuir, quanto nos for possível, para a salvação de muitas outras almas, redimidas pelo sangue de Cristo. Esta Quaresma que temos vivido é um período oportuno para, pondo de lado toda presunção, aproveitarmos o tempo de misericórdia que nesta vida nos é dado, a fim de nos prepararmos para comparecer, na outra, diante do trono do nosso Rei e Juiz. Recorramos hoje à Virgem Santíssima de Fátima e lhe peçamos que, por sua intercessão, nos alcance a graça da perseverança final e o zelo por trazer de volta ao redil de Cristo o maior número possível de almas.

Deus abençoe você!

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Homilia | Se não existe inferno, para que evangelizar? (Segunda-feira da 1.ª Semana da Quaresma)

Agora é tempo de misericórdia, mas em breve chegará o tempo da justiça; agora o tempo é nosso, e não devemos desperdiçá-lo, mas não falta muito para que chegue o tempo de Deus, e Ele já o tem bem preparado: “No tempo que fixei, julgarei o justo juízo”. É por isso que a Madre Igreja, já nesta primeira semana de Quaresma, nos põe diante dos olhos a segunda vinda de Cristo, que há de voltar a este mundo em glória e majestade, para separar os bons dos maus e, com sentença irreformável, dar aos primeiros a beatitude eterna e aos segundos a eterna perdição.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 7 de março, e renovemos a nossa fé no que com tanta clareza ensina o Símbolo dos Apóstolos: “E de novo há de vir julgar os vivos e os mortos”.


https://youtu.be/s_XfdnGlL8U

Santo do dia 07/03/2022


Santas Perpétua e Felicidade (Memória)
Local: Cartago, Tunísia
Data: 07 de Março † 203


Com outros companheiros, Perpétua e Felicidade sofreram o martírio em Cartago, atual Tunísia, no ano de 202. Um decreto do imperador Setímio Severo, que atingia, sobretudo, os que se preparavam para o batismo, levou à prisão vários catecúmenos do norte da África. Entre eles se achavam a escrava Felicidade e sua nobre senhora Vibia Perpétua. Felicidade estava no oitavo mês de gravidez e Perpétua tinha um filho de colo. Todos foram levados a Cartago, onde foram martirizados.

Possuímos uma peça literária de comovente beleza, denominada Paixão de Santa Perpétua, que conta a história dos últimos dias das jovens mártires, bem como o martírio junto com os demais catecúmenos de um diácono que batizou os catecúmenos na eminência do martírio. Estas Atas do martírio constituem um dos documentos mais realistas e emocionantes do cristianismo primitivo. Elas englobam notas autobiográficas que Perpétua escreveu na prisão. Comovente, sobretudo, o duelo entre o amor filial e o paterno e as exigências da fé em Cristo, quando o pai pagão fez de tudo para demovê-la do martírio.

Os homens catecúmenos com o diácono Sáturo foram atirados às feras e estraçalhados por elas até a morte. Perpétua e Felicidade, que dera à luz uma menina na prisão, foram atiradas à arena para serem atacadas por uma vaca furiosa que as devia levar à morte. Perpétua, lançada aos ares pela vaca brava, caiu de costas. Levantou-se logo e, vendo Felicidade caída, aproximou-se e deu-lhe a mão para erguê-la. Ficaram então de pé, rezando, até o momento em que foram degoladas.

As Atas das mártires terminam com estas palavras: "Os que foram testemunhas destes fatos lembrar-se-ão da glória do Senhor, e aqueles que deles tiverem conhecimento por esta narrativa estarão em comunhão com os santos mártires e por intermédio deles com Jesus Cristo, Nosso Senhor, para quem são a honra e a glória pelos séculos.

O registro da paixão de Santa Perpétua e de Santa Felicidade e seus companheiros constitui um dos maiores tesouros hagiológicos que chegaram até nós. No século IV, essas Atas eram lidas publicamente nas igrejas da África.

As santas Perpétua e Felicidade figuram no Cânon romano (Oração eucarística I). O que indica a alta veneração de que gozaram na Antiguidade.

Podemos realçar vários aspectos do testemunho dessas mártires. A dignidade e a importância em que eram tidos os catecúmenos na Igreja primitiva. Quem está a caminho dos sacramentos da Iniciação cristã já é considerado membro da Igreja. Diz a Introdução Geral do Ritual do Batismo de Adultos: "Desde então (isto é, desde o rito de instituição) os catecúmenos, cercados pelo amor e a proteção da Mãe Igreja como pertencendo aos seus e unidos a ela, já fazem parte da família de Cristo; são alimentados pela Igreja com a Palavra de Deus e incentivados por atos litúrgicos. Tenham a peito, portanto, participar da liturgia da Palavra e receber as bênçãos e os sacramentais. Quando se casam, se o noivo e a noiva forem catecúmenos, ou apenas um deles e a outra parte não foi batizada, será usado o rito próprio. Se falecerem durante o catecumenato, realizam-se exéquias cristãs" (n. 18). Podemos dizer que eles já estão justificados pela fé.

Um segundo ponto a realçar é o combate da paixão. O martírio constitui um combate com Cristo contra os inimigos da fé, contra todas as forças do mal. Quando se fala da paixão dos mártires, ela compreende todos os sofrimentos suportados por causa da fé em Cristo Jesus. Ela inclui a própria morte. Os sofrimentos da paixão constituem a confessio, a confissão da fé. Se os catecúmenos ainda não forem batizados, eles são batizados pela paixão, isto é, pelo batismo de sangue.

Uma terceira observação. O batismo de sangue, o martírio não se apresenta como privilégio dos homens considerados fortes no combate. No martírio, particularmente das mulheres, manifesta-se a força do testemunho no poder do Espírito Santo. Esta força vem expressa na Oração coleta: Ó Deus, pelo vosso amor, as mártires Perpétua e Felicidade resistiram aos perseguidores e superaram as torturas do martírio. Pelo amor a Deus, a exemplo das mártires, possamos crescer constantemente na caridade.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santas Perpétua e Felicidade, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil