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Memória Facultativa

São João de Deus, religioso


Antífona de entrada

Vós fostes, Senhor, o refúgio para nós de geração em geração: desde sempre e para sempre vós sois Deus. (Sl 89, 1-2)
Dómine refúgium factus es nobis a generatióne et progénie: a saéculo, et in saéculum tu es. Ps. Priúsquam montes fíerent, aut formarétur terra et orbis: a saéculo, et usque in saéculum tu es Deus. (Ps. 89, 1. 2)
Vernáculo:
Vós fostes, Senhor, o refúgio para nós de geração em geração: desde sempre e para sempre vós sois Deus. (Cf. MR: Sl 89, 1. 2)

Coleta

Olhai, ó Deus, vossa família e fazei crescer no vosso amor aqueles que agora se mortificam pela penitência corporal. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Is 55, 10-11)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


Isto diz o Senhor: 10“Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca, não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 33)


℟. O Senhor liberta os justos de todas as angústias.


— Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou. ℟.

— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia. ℟.

— O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, e seu ouvido está atento ao seu chamado; mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. ℟.

— Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. ℟.


https://youtu.be/GZKf5r7M_Q4
℟. Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
℣. O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus. (Mt 4, 4b) ℟.

Evangelho (Mt 6, 7-15)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.

8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais.9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.

14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

In te sperávi, Dómine: dixi: tu es Deus meus, in mánibus tuis témpora mea. (Ps. 30, 15. 16)


Vernáculo:
A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! (Cf. LH: Sl 30, 15. 16)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, criador de todas as coisas, acolhei as oferendas que recebemos da vossa bondade e transformai os alimentos desta vida em refeição da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Quando chamei por vós, me respondestes, ó Deus, minha justiça! Soubestes aliviar-me na angústia; tende piedade de mim, atendei à minha prece! (Sl 4, 2)
Cum invocárem te, exaudísti me, Deus iustítiae meae: in tribulatióne dilatásti me: miserére mihi Dómine, et exáudi oratiónem meam. (Ps. 4, 2; ℣. Ps. 4, 3. 4. 5. 6a. 6b-7. 8)
Vernáculo:
Quando chamei por vós, me respondestes, ó Deus, minha justiça! Soubestes aliviar-me na angústia; tende piedade de mim, atendei à minha prece! (Cf. MR: Sl 4, 2)

Depois da Comunhão

Ó Deus, por este sacramento, dai-nos moderar os desejos terrenos e amar os bens celestes. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 08/03/2022
O porquê da oração

Como deve ser a oração cristã? Por que parecem dar tão pouco fruto as nossas preces? Será que estamos com o coração no lugar certo na hora de rezar ou estamos, ao contrário, buscando que Deus faça a nossa vontade, em vez de fazermos nós a dele?

No Evangelho de hoje, Cristo nos ensina a oração do Pai-Nosso. E nós podemos, e até devemos perguntar-nos agora o porquê da oração. Afinal, por que nos manda a Igreja que, neste itinerário quaresmal que vamos já percorrendo há uma semana, dediquemos mais tempo à prática da oração, sobretudo da mental? Muitos rezam porque acham que só assim poderão mudar a vontade divina, como que a induzindo a cumprir a humana. Estes são os pagãos, se não de nome, ao menos de espírito, duramente criticados por Nosso Senhor, que lhes reprocha aqui a pretensão de serem ouvidos à força de palavras. Quem não conhece, se é que não é réu deste pecado, alguém que tenha realizado um sacrifício ou um ato de misericórdia simplesmente para obter o que tanto queria, como se Deus estivesse obrigado a satisfazer aos nossos caprichos e aceitar como moeda de troca as nossas obras, sempre tão desprezíveis sem a sua graça? Contra essa tentação de pensar que é o Senhor quem está a serviço do homem, e não o contrário, Jesus nos recorda que somos nós os escravos, e que é a nossa vontade que deve coincidir com a divina: “Faça-se a vossa vontade, assim na terra como no céu”. Fomos por Ele criados, é verdade, no centro de toda a criação, mas com o propósito de lhe oferecermos em ação de graças e culto de adoração tudo o que dele recebemos: “Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome”. Sabemos que, por causa do pecado, muito nos custa este esforço de pôr no centro de nossa atenção, afetos e desejos a vontade de Deus, quase sempre contrária aos nossos interesses mais imediatos e menos transcendentes; contamos, porém, com a ajuda da graça, capaz de criar em nós um coração novo e em perfeita sintonia com o de Cristo, que nunca quis o que não fora vontade de seu Pai. E para que essa graça produza em nós frutos copiosos de conversão e sujeição à dulcíssima vontade de Deus, precisamos ser solícitos em nossa vida de oração, porque é em oração que o Senhor nos fala mais particularmente e nos vai remodelando à imagem e semelhança de seu Filho, a fim de que com Ele possamos dizer: “Eis que eu venho […]: fazer vossa vontade, meu Deus, é o que me agrada, porque vossa Lei está no íntimo de meu coração” (Sl 39, 9-10).

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Oração não é fórmula mágica (Terça-feira da 1.ª Semana da Quaresma)

A oração cristã deve ser simples e econômica, não porque a Deus desagradem preces compridas e elaboradas, sobretudo quando brotam do fervor da devoção, mas porque não é próprio do cristão rezar como um gentio. Os pagãos dirigem a seus ídolos orações complicadíssimas, fazem acrobacias e sacrifícios os mais esquisitos; mas não há voz nem resposta… O cristão, ainda que não seja atendido neste ou naquele pedido, sabe que o Pai o escuta e tem disposto conceder, sob a condição de lho pedirem humildemente, tudo o que for necessário à sua eterna salvação.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 8 de março, e aprenda já neste início de Quaresma como deve rezar uma alma cristã.


https://youtu.be/N9oKM4_GWV4

Santo do dia 08/03/2022


São João de Deus (Memória Facultativa)
Local: Granada, Espanha
Data: 08 de Março † 1550


Estamos diante de um santo com características singulares. João de Deus nasceu em Portugal em 1495 e morreu em Granada, na Espanha, no ano de 1550. Foi sucessivamente camponês, militar e comerciante. Fugindo de casa ainda menino, foi para a Espanha, onde aprendeu a cuidar de rebanhos e tornou-se administrador da propriedade do benfeitor. Alistou-se, a seguir, como soldado nas tropas do imperador Carlos V, mas foi expulso sob acusação de cumplicidade com ladrões de espólios de guerra.

Depois de várias outras peripécias, fixou-se em Granada, abrindo um pequeno negócio de livros. Ouvindo a pregação de São João de Ávila, foi tocado profundamente pela graça. Acabou encontrando sua verdadeira vocação e missão de benfeitor dos pobres e doentes. Com uma pequena herança deixada por um sacerdote, alugou uma casa em Granada para acolher indigentes. Daí por diante, as suas andanças visavam apenas a conseguir meios materiais para sustentar sua obra apostólica. Colocava toda a sua confiança na Providência divina. Para conseguir ajuda para o hospital por ele fundado, ele passava pelas ruas e dizia: "Fazei o bem, irmãos".

Nem João nem seus auxiliares pensavam em constituir uma Congregação religiosa, mas depois de sua morte nasceu a Ordem dos Hospitaleiros de São João de Deus. Um século depois de sua fundação, a Ordem já contava com 80 hospitais. Hoje se acha espalhada em todo o mundo. Canonizado em 1690, João de Deus foi declarado patrono dos hospitais por Leão XIII.

O que podemos realçar na vida desse santo? Primeiramente, que cada pessoa tem a sua hora da graça. João de Deus atendeu ao chamado aos 40 anos de idade. Importa realmente responder ao chamado para o trabalho na vinha do Senhor. O outro aspecto é sua total dedicação aos pobres e enfermos, uma das obras de misericórdia do Evangelho.

A Oração coleta caracteriza-o pelo coração cheio de misericórdia que continua a convidar a todos para a prática das boas obras de caridade. Assim poderemos ser encontrados entre os escolhidos quando chegar o reino de Deus.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João de Deus, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil