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Memória Facultativa

São João Diego


Antífona de entrada

Estais perto, Senhor, e todos os vossos caminhos são verdadeiros. Desde muito aprendi que vossa aliança foi estabelecida para sempre. (Cf. Sl 118, 151-152)
Populus Sion, ecce Dóminus véniet ad salvándas gentes: et audítam fáciet Dóminus glóriam vocis suae, in laetítia cordis vestri. Ps. Qui regis Israel, inténde: qui dedúcis velut ovem Ioseph. (Cf. Is. 30, 19. 30; Ps. 79)
Vernáculo:
Povo de Sião, o Senhor vem para salvar as nações! E, na alegria do vosso coração, soará majestosa a sua voz. (Cf. MR: Is 30, 19. 30) Sl. Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. Vós, que a José apascentais qual um rebanho! (Cf. LH: Sl 79)

Coleta

Despertai, ó Deus, os nossos corações, a fim de prepararmos os caminhos do vosso Filho, para que possamos, pelo seu advento, vos servir de coração purificado. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Is 41, 13-20)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


13Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tomo pela mão e te digo: “Não temas; eu te ajudarei. 14Não tenhas medo, Jacó, pobre verme, não temais, homens de Israel. Eu vos ajudarei”, diz o Senhor e Salvador, o Santo de Israel.

15Eis que te transformei num carro novo de triturar, guarnecido de dentes de serra. Hás de triturar e despedaçar os montes, e reduzirás as colinas a poeira. 16Ao expô-los ao vento, o vento os levará e o temporal os dispersará; exultarás no Senhor e te alegrarás no Santo de Israel. 17Pobres e necessitados procuram água, mas não há, estão com a língua seca de sede. Eu, o Senhor, os atenderei, eu, Deus de Israel, não os abandonarei. 18Farei nascer rios nas colinas escalvadas e fontes no meio dos vales; transformarei o deserto em lagos e a terra seca em nascentes d’água.

19Plantarei no deserto o cedro, a acácia e a murta e a oliveira; crescerão no ermo o pinheiro, o olmo e o cipreste juntamente, 20para que os homens vejam e saibam, considerem e compreendam que a mão do Senhor fez essas coisas e o Santo de Israel tudo criou.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 144)


℟. Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!


— Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, e bendizer o vosso nome pelos séculos. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura. ℟.

— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! ℟.

— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração. ℟.


https://youtu.be/iwddJyXqrZE
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Que os céus, lá do alto, derramem o orvalho, que chova das nuvens o Justo esperado, que a terra se abra e germine o Senhor! (Cf. Is 45, 8) ℟.

Evangelho (Mt 11, 11-15)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 11“Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. 12Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. 13Com efeito, todos os profetas e a Lei profetizaram até João. 14E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. 15Quem tem ouvidos, ouça”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Deus tu convértens vivificábis nos, et plebs tua laetábitur in te: osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam, et salutáre tuum da nobis. (Ps. 84, 7-8)


Vernáculo:
Não vireis restituir a nossa vida, para que em vós se rejubile o vosso povo? Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, concedei-nos também vossa salvação! (Cf. LH: Sl 84, 7-8)

Sobre as Oferendas

Recebei, ó Deus, estas oferendas que escolhemos entre os dons que nos destes, e o alimento que hoje concedeis à nossa devoção torne-se prêmio da redenção eterna. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Vivamos neste mundo com justiça e piedade, esperando a feliz esperança e o advento da glória de nosso grande Deus. (Tt 2, 12-13)
Ierúsalem surge, et sta in excélso: et vide iucunditátem, quae véniet tibi a Deo tuo. (Bar. 5, 5; 4, 36; ℣. Ps. 147, 12. 13. 14. 15. 17. 18. 19. 20)
Vernáculo:
Levanta-te, Jerusalém, põe-te no alto e vê; vem a ti a alegria do teu Deus. (Cf. MR: Br 5, 5; 4, 36)

Depois da Comunhão

Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 09/12/2021
Não reza quem não se faz violência!

“Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam” (Mateus 11,12).

O tempo do Advento é marcado por dois grandes precursores: a Virgem Maria e S. João Batista. Foram eles que prepararam a vinda de Cristo, cada um ao seu modo. O Evangelho de hoje nos fala de S. João Batista, e Jesus, referindo-se ao precursor que preparou sua chegada, usa uma frase muito importante para a nossa vida espiritual. Vejamos o que Ele diz: “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam” (v. 12). Pode parecer estranho que o Reino da paz seja conquistado com violência. No entanto, esta violência deve ser feita sobre nós mesmos. De fato, uma das coisas mais importantes do tempo do Advento é reservar um tempo para rezar mais. A Igreja tem esses “tempos fortes” de oração. Rezar é coisa que devemos fazer sempre, o ano inteiro; mas, no tempo do Advento, precisamos caprichar, ter mais tempo, porque é tempo de oração, tempo de penitência e de preparação. É um tempo forte, um kairós. Ora, como fazê-lo sem fazer-se violência? Com efeito, só existe um tipo de pessoa que reza: a que se faz violência para rezar, aqui e agora. Não há que esperar pelas férias, porque, se há algo que ninguém faz nas férias… é rezar. Nas férias, todos estão cheios de tempo, e tudo parece mais importante do que Deus. Sim, é necessário fazer-se violência no dia a dia para dar preferência a Deus, colocá-lo antes de tudo o mais: præponere. Deus deve ser prioridade! Não podemos ter medo de desmarcar compromissos para rezar, nem de modificar nossa agenda para haver mais espaço para a oração. Se não fizermos violência à nossa agenda, ao nosso dia, não iremos rezar nunca. Precisamos tomar consciência disto: não há vida cristã sem oração.

A oração é dos violentos.

Muitos fiéis não rezam porque não se fazem violência; não rezam nem entram no caminho da santidade, da transformação interior, porque não entendem ou não querem entender que o mundo, a carne e o demônio são inimigos de nossa alma e, por isso, irão sempre nos apresentar suas “prioridades”: “Não, é importantíssimo dar atenção agora ao fulano, depois telefonar ao beltrano, depois responder às mensagens de WhatsApp”. Ora, ninguém precisa responder a todas as notificações de Facebook, de Instagram! É assim que nos vamos consumindo: chegamos ao fim do dia consumidos pela vaidade de querer agradar os outros, enquanto deixamos Deus a sós. Terminamos como Martas inquietas e agitadas, que deixam de investir no único necessário para ficar com as panelas…

Mas a verdade é que só há uma coisa desta vida que irá permanecer depois da morte: a nossa amizade com Jesus, e é nele que encontraremos o restante. Eis o único necessário, a única coisa que não nos será tirada! No entanto, somos capazes de desmarcar compromissos, de fazer viagens, de nos virar pelo avesso para investir em coisas que vão apodrecer — quantas viagens de negócios, quantos esforços, quantas noites em claro, quanto zelo, mas para quê?! Para conseguir o que apodrece, perece, fenece, murcha, se avelhenta, caduca…

O Reino dos céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. Não tenhamos medo de fazer violência ao calendário, à vida, ao dia a dia, para dar espaço para Cristo em nossa vida de oração. Propósito firme! Vamos em frente: Deus quer; portanto, nós podemos.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | “Sou eu, a Mãe de Deus, quem te envia” (Memória de São Juan Diego)

Celebramos hoje a memória de São Juan Diego, índio mexicano a quem Nossa Senhora, que a partir de então seria invocada sob o amável título de Guadalupe, apareceu no ano de 1531.Assista à homilia do Pe. Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 9 de dezembro, e descubra um pouco mais sobre esse santo tão devoto de Maria Imaculada.


https://youtu.be/Os9iBr2Jt-8

Santo do dia 09/12/2021


São Juan Diego Cuauhtlatoatzin (Memória Facultativa)
Local: Tepeyac, México
Data: 09 de Dezembro † 1548


Juan Diego ou João Diogo Cuauhtlatoatzin nasceu por volta de 1474 em Cuauhtitlan, no México. Batizado em 1524, com 50 anos de idade, mudou o nome para Juan Diego, segundo o hábito dos missionários que davam o nome de João a todos os batizados, acrescentando-lhes outro particular, neste caso, Diego ou Diogo, conservando entretanto o nome indígena.

Estamos diante de um índio convertido à fé católica nos primeiros tempos da evangelização das Américas. Nem tudo o que se conta a respeito de São Juan Diego se pode comprovar com certeza pela história.

Consta que seu batismo foi fruto de uma convicção profunda, mudando o seu pensamento, o seu ser e o seu modo de vida. Também se batizaram alguns dos seus parentes, entre os quais um tio a quem foi dado o nome de João Bernardino e sua esposa recebeu o nome de Maria Lúcia. O missionário responsável pela evangelização e catequização da tribo nahua foi o franciscano Frei Toribio de Benavente. Juan Diego tornou-se um cristão fervoroso e fazia um percurso de 20km, na ida e na volta, para aumentar a sua instrução religiosa e, ao mesmo tempo, venerar a Virgem Mãe de Jesus. Isto revela a profundidade da sua fé e Juan Diego começou a ser conhecido como homem piedoso, de intensa espiritualidade, amigo da oração e concentrado na meditação dos mistérios religiosos. Tendo ficado viúvo, vivia em Tulpetlac, perto do seu tio, com quem permaneceu após a morte da sua esposa, ajudando-o nos trabalhos do campo,

Pelos relatos, a 9 de dezembro de 1531, Juan Diego dirigia-se, como de costume, à celebração eucarística, quando, em Tepeyac, ouviu uma voz que o chamava como se há muito o conhecesse e o esperasse, convidando-o para lhe falar e confiar uma missão. Esta "Senhora do Céu", que se identificou como a "Mãe do Verdadeiro Deus", instruiu-o a dizer ao bispo Frei João de Zumárraga que construísse um templo no lugar. O bispo pediu um sinal. Depois de várias tentativas aconteceu o milagre das rosas colhidas em pleno inverno. Nesta última aparição a Virgem deixou sua própria imagem impressa milagrosamente em seu tilma (manto), um tecido de pouca qualidade, que deveria deteriorar-se em vinte anos, mas que não mostra sinais de deterioração até ao presente, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem. Em ampliação da face de Nossa Senhora os seus olhos parecem refletir o que estava à sua frente no dia 12 de dezembro de 1531, isto é, Juan Diego e o bispo!

Diante destes fenômenos extraordinários o bispo acreditou em Juan Diego. Em breve, começaram as obras de construção de uma pequena ermida, que foi sendo sempre renovada até chegar à atual basílica, inaugurada em 1976. Por ocasião da inauguração da ermida primitiva, o entusiasmo arrastou idosos e jovens, que participaram com alegria da celebração. Era como se um povo novo nascesse de um império destruído e, de repente, acordado de um sono profundo, mas sintoma de uma tomada de consciência social muito válida para construir um futuro diferente. A mensagem da Santíssima Virgem a este índio que se tornou o primeiro santo católico indígena das Américas mostra sobretudo a universalidade da mensagem do Evangelho, bem como a necessidade de uma evangelização inculturada nas tradições de todos os povos.

Juan Diego morreu no dia 3 de junho de 1548, com 74 anos de idade. Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 6 de maio de 1990, no México, e canonizado pelo mesmo Pontífice em 31 de julho de 2002. Sua festa é celebrada no dia 9 de dezembro.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Juan Diego, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil