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Antífona de entrada

São Lourenço entregou-se a si mesmo ao serviço da Igreja. Foi digno de sofrer o martírio e de subir com alegria para junto do Senhor Jesus.
Conféssio et pulchritúdo in conspéctu eius: sánctitas et magnificéntia in sanctificatióne eius. Ps. Cantáte Dómino cánticum novum: cantáte Dómino omnis terra. (Ps. 95, 6 et 1)

Ad libitum:
Dispérsit, dedit paupéribus: iustítia eius manet in saéculum saéculi: cornu eius exaltábitur in glória. Ps. Beátus vir qui timet Dóminum: in mandátis eius volet nimis. (Ps. 111, 9 et 1)
Vernáculo:
Diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor! Sl. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! (Cf. LH: Sl 95, 6 e 1)

Opcional:
Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder. Sl. Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! (Cf. LH: Sl 111, 9 e 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Ó Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (2Cor 9, 6-10)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos, 6“Quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”. 7Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento; pois Deus “ama quem dá com alegria”.

8Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, 9como está escrito: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”.

10Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 111)


℟. Feliz o homem caridoso e prestativo.


— Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos! ℟.

— Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente! ℟.

— Ele não teme receber notícias más: confiando em Deus, seu coração está seguro. Seu coração está tranquilo e nada teme, e confusos há de ver seus inimigos. ℟.

— Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder. ℟.


https://youtu.be/M6WbC-acCow
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8, 12bc) ℟.

Evangelho (Jo 12, 24-26)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo João 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24“Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto.

25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Conféssio et pulchritúdo in conspéctu eius: sánctitas et magnificéntia in sanctificatióne eius. (Ps. 95, 6)

Ad libitum:
Orátio mea munda est: et ídeo peto, ut detur locus voci meae in caelo: quia ibi est iudex meus, et cónscius meus in excélsis: ascéndat ad Dóminum deprecátio mea. (Cf. Iob. 16, 18-21)


Vernáculo:
Diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor! (Cf. LH: Sl 95, 6)

Opcional:
Minha oração é pura; por isso, peço que a minha súplica seja atendida no céu, porque lá está o meu juiz que me conhece intimamente: ele está nas alturas. Eleve-se, pois, até o Senhor a minha oração. (Cf. MRQ: Jo 16, 20)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Pai, com bondade, as oferendas que vos apresentamos com alegria na festa do diácono Lourenço, e fazei que elas possam servir para a salvação do vosso povo. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Aquele que me serve, diz o Senhor, deve seguir-me. E onde eu estiver estará o meu servidor. (Jo 12, 26)
Qui mihi minístrat, me sequátur: et ubi ego sum, illic et miníster meus erit. (Io. 12, 26; ℣. Ps. 16, 1ab. 1cd. 2. 3. 5. 6. 7. 8-9a)
Vernáculo:
Aquele que me serve, diz o Senhor, deve seguir-me. E onde eu estiver estará o meu servidor. (Cf. MR: Jo 12, 26)

Depois da Comunhão

Ó Deus, saciados por vossos dons, concedei-nos, ao vos prestar o devido culto na festa de São Lourenço, a graça de crescer na salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 10/08/2022
“Virai-me, pois este lado já está bem assado”.

O grande tesouro da Igreja não são nem os templos riquíssimos e nem mesmo as diversas obras assistenciais por ela mantidas, mas o amor, a caridade sobrenatural que tudo transforma em oferenda agradável a Deus.

S. Lourenço, diácono e mártir, é festejado hoje na Igreja com especiais homenagens não apenas por ser um dos santos mais populares e queridos entre os católicos de rito latino, mas ainda pelo exemplo de constância e fidelidade a Cristo que ele deu em seu martírio, ocorrido em 258. S. Lourenço viveu o seu diaconato estreitamente ligado ao Bispo de Roma, o então Papa S. Sisto II, a quem serviu como filho bom e obediente e seguiu até a morte, como irmão no sangue do Senhor. Enquanto Sisto se ocupava do que é próprio do ministério episcopal — pregar ao povo fiel as verdades contempladas na palavra de Deus —, Lourenço assistia-o na celebração dos divinos mistérios e consagrava-se sem descanso aos diversos serviços que a caridade cristã exige — alimentar os pobres, auxiliar as viúvas, socorrer os órfãos, sustentar os anciãos, acolher os desabrigados, ajudar os mendigos, ir ao encontro, enfim, de todos os que compõem o verdadeiro tesouro da Igreja, cuja maior riqueza é o amor sobrenatural a Jesus Cristo que resplandece em suas obras.

Como os soldados de Valeriano condenassem à morte o Vigário de Cristo, Lourenço, com lágrimas nos olhos, disse-lhe: “Aonde vais, ó pai? Tu nunca subiste ao altar sem a minha companhia. Por que agora, que vais oferecer em sacrifício tua própria vida, não me levas contigo?” O santo diácono, que sempre acompanhara o Bispo na celebração da liturgia, não quis deixá-lo erguer sozinho o cálice do seu sacrifício. Por isso, encarou com ânimo forte, apenas três dias depois, o martírio da grelha, entre cujas chamas, movido pela fortaleza do Espírito, ele pôde ainda dizer aos carrascos: “Virai-me, pois este lado já está bem assado”. Confiemo-nos, pois, ao patrocínio de S. Lourenço. Assim como ele, em tempos tão adversos, soube resistir com caridade à fúria anticristã das autoridades romanas, assim também nós, confiantes no auxílio divino, empenhemo-nos em cumprir nossos deveres de estado, dispostos a oferecer a nossa própria vida em sacrifício a Deus, alívio dos que nele esperam.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | O verdadeiro tesouro da Igreja (Festa de São Lourenço, Diácono e Mártir)

Os cristãos de rito romano celebram hoje a festa de São Lourenço, diácono e mártir. Fiel servidor da Igreja de Roma durante a época das grandes perseguições, São Lourenço foi morto por ódio à fé em 258, com apenas 33 anos de idade. Amante dos pobres e necessitados, dois tesouros preciosos da Igreja, este homem cheio de amor a Deus deixou, por meio de sua morte dolorosa, o testemunho de que é real ministro do Senhor aquele que sobe ao altar para oferecer-se em sacrifício, pois a grande e verdadeira riqueza que tem um fiel é o seu amor a Jesus Cristo.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 10 de agosto, e conheça a vida deste grande santo da Igreja de Roma.


https://youtu.be/spDLpIWnwFg

Santo do dia 10/08/2022


São Lourenço, Diácono e Mártir (Festa)
Local: Roma, Itália
Data: 10 de Agosto † 258


Lourenço foi um dos diáconos da Igreja Romana, martirizado provavelmente na perseguição do imperador Valeriano (258), que com seus editos mandou fechar e confiscar todos os lugares de culto e cemitérios cristãos e punir com o exílio ou morte os dirigentes das comunidades. A esta função se ajuntou a guarda dos bens da Igreja e a distribuição de suas esmolas entre os pobres. Em 257, o imperador publicou seus editos contra os cristãos e o papa São Sisto II, no ano seguinte, foi preso e executado. Quatro dias depois, o fiel Lourenço o acompanhou no martírio. Isso é tudo quanto se sabe ao certo da vida e da morte de São Lourenço. Infelizmente se deve admitir que foram aduzidas boas razões para se duvidar da confiabilidade, sob o ponto de vista histórico, a respeito dos episódios comoventes sobre a apresentação dos bens da Igreja feita por São Lourenço e sobre a forma como ele morreu.

Desde o século IV, sua figura é pintada com cores vivas, fruto mais da oratória e da poesia que da história. É conhecido sobretudo o episódio relativo aos tesouros da Igreja. Já que o perseguidor ambicionava os pretensos tesouros da Igreja, dos quais Lourenço era administrador, este pediu tempo para mostrá-los. Reuniu os pobres, as virgens consagradas, as viúvas aos quais a comunidade dava assistência material e os mostrou ao prefeito da cidade. Os artistas encarregaram-se mais tarde de figurar o corajoso diácono sendo assado numa grelha.

Lourenço fazia parte do grupo dos sete diáconos da Igreja de Roma no tempo do papa Sisto II. Foi o mártir romano mais celebrado depois dos Apóstolos Pedro e Paulo. Seu nome consta no Cânon romano da Missa. Foi enaltecido por poetas como Prudêncio e Dante na Divina comédia. Foi enaltecido por poetas e pregadores da antiguidade cristã, como São Máximo, Santo Ambrósio e Santo Agostinho.

A Liturgia não menciona diretamente a história da grelha como instrumento do martírio. Realça, porém, dois aspectos de grande significação evangélica: o diácono e o mártir vitorioso. O mártir vem fortemente ligado ao símbolo do fogo, como oferta da vida, como vítima oferecida em holocausto. Faz lembrar os três jovens na fornalha ardente. Talvez Lourenço realmente tenha morrido na fogueira, a exemplo de São Policarpo de Esmirna.

Outro elemento realçado é a vitória na luta. Uma luta que se travou na prática da caridade, função própria do diácono desde os tempos dos Atos dos Apóstolos. Administrar os bens a serviço dos pobres e necessitados constitui um verdadeiro testemunho de Cristo. Também nisso consiste o martírio, muito bem realçado por Santo Agostinho na homilia da festa de São Lourenço. Curioso que muitos mártires da Igreja dos primeiros séculos têm nomes que simbolizam a vitória, ou a recompensa pela luta vitoriosa do martírio. Basta lembrar Estêvão, que significa coroa. Lourenço, e temos a coroa de louros; Vicente, o mártir, é aquele que vence. Temos ainda Vitor, Vitório e até Martinho, o pequeno mártir, porque foi mártir do amor, sem derramar o sangue.

Penso que o tema das brasas e do fogo na festa de São Lourenço diácono e mártir deve ser tomado como linguagem simbólica do amor, do serviço da caridade ou da diaconia, do martírio como oferta da vida a Deus. Todos os textos falam de São Lourenço diácono e mártir.

A Oração coleta resume bem a mensagem evangélica do Santo: Ó Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Foi o que ele ensinou pelo exemplo na vida e na morte.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São Lourenço, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil