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Memória Facultativa

São Camilo de Lellis, presbítero


Antífona de entrada

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória. (Sl 16, 15)
Dum clamárem ad Dóminum, exaudívit vocem meam, ab his qui appropínquant mihi: et humiliávit eos, qui est ante saécula, et manet in aetérnum: iacta cogitátum tuum in Dómino, et ipse te enútriet. Ps. Exáudi Deus oratiónem meam, et ne despéxeris deprecatiónem meam: inténde mihi, et exáudi me. (Ps. 54, 17. 18. 19. 20. 23 et 2)
Vernáculo:
Eu, porém, clamo a Deus em meu pranto, e o Senhor me haverá de salvar! Deus me ouve e haverá de humilhá-los, porque é Rei e Senhor desde sempre. Lança sobre o Senhor teus cuidados, porque ele há de ser teu sustento. Sl. Ó meu Deus, escutai minha prece, não fujais desta minha oração! (Cf. LH: Sl 54, 17. 20. 23ab e 2)

Coleta

Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Is 26, 7-9. 12. 16-19)


Leitura do Livro do Profeta Isaías


7O caminho do justo é reto, e tu ainda aplainas a estrada ao justo. 8Sim, no caminho dos teus juízos esperamos em ti, Senhor; para o teu nome e para a tua memória volta-se o nosso desejo. 9Quando vem a noite anseia por ti a minh’alma e com a força do espírito te procuro no meu íntimo. Quando brilharem na terra teus juízos, os habitantes do mundo aprenderão a ser justos.

12Senhor, hás de dar-nos a paz, como nos deste a mão em nossos trabalhos. 16Senhor, eles a ti recorreram na angústia; exageraram na superstição, e veio-lhes o teu castigo. 17Como a mulher grávida, ao aproximar-se o parto geme e chora em suas dores, assim nós, Senhor, em tua presença.

18Concebemos e sofremos dores de parto, e o que geramos foi vento. Não demos à terra frutos de salvação, não fizemos nascer habitantes para o mundo. 19Reviverão os teus mortos e se levantarão também os meus mortos. Despertai, cantai louvores, vós que jazeis no pó! Senhor, é orvalho de luz o teu orvalho, e a terra trará à luz os falecidos.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 101)


℟. O Senhor olhou a terra do alto do céu.


— Vós, Senhor, permaneceis eternamente, de geração em geração sereis lembrado! Levantai-vos, tende pena de Sião, já é tempo de mostrar misericórdia! Pois vossos servos têm amor aos seus escombros e sentem compaixão de sua ruína. ℟.

— As nações respeitarão o vosso nome, e os reis de toda a terra, a vossa glória; quando o Senhor reconstruir Jerusalém e aparecer com gloriosa majestade, ele ouvirá a oração dos oprimidos e não desprezará a sua prece. ℟.

— Para as futuras gerações se escreva isto, e um povo novo a ser criado louve a Deus. Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, e o Senhor olhou a terra do alto céu, para os gemidos dos cativos escutar e da morte libertar os condenados. ℟.


https://youtu.be/cVxnPbSsLZc
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor. (Mt 11, 28) ℟.

Evangelho (Mt 11, 28-30)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Ad te Dómine levávi ánimam meam: Deus meus, in te confído, non erubéscam: neque irrídeant me inimíci mei: étenim univérsi qui te exspéctant, non confundéntur. (Ps. 24, 1-3)


Vernáculo:
A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera. (Cf. MR: Sl 24,1-3)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em oração e fazei crescer em santidade os fiéis que participam deste sacrifício. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor! Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! (Sl 83, 4-5)

Ou:


Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor. (Jo 6, 57)
Passer invénit sibi domum, et turtur nidum, ubi repónat pullos suos: altária tua Dómine virtútum, Rex meus, et Deus meus: beáti qui hábitant in domo tua, in saéculum saéculi laudábunt te. (Ps. 83, 4. 5; ℣. Ps. 83, 2-3a. 3b. 9. 10. 11. 12. 13)

Ad libitum:
Qui mandúcat carnem meam, et bibit sánguinem meum, in me manet, et ego in eo, dicit Dóminus. (Io. 6, 57; ℣. Ps. 118, 1. 2. 11. 49. 50. 72. 103. 105. 162 vel Ps. 22, 1-2a. 2b-3a. 3b. 4ab. 4cd. 5ab. 5cd. 6ab)
Vernáculo:
Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar:vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor! Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! (Cf. MR: Sl 4-5)

Opcional:
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor. (Cf. MR: Jo 6, 57)

Depois da Comunhão

Alimentados pela vossa Eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa salvação cada vez que celebramos este mistério. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 14/07/2022
O jugo de Cristo é a caridade

Temos nesta vida apenas duas opções: ou deixamos que o jugo do pecado nos oprima e afunde no Inferno, ou erguemo-nos com Cristo e permitimos que Ele nos ajude a suportar a cruz da caridade, do sacrifício, da obediência, da total entrega de si.

A passagem do Evangelho de hoje, conhecida como o grito do Redentor, mostra-nos Jesus de braços abertos a clamar a uma multidão de homens que atravessa os séculos: "Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei descanso". Santo Agostinho assinala que o fardo a que se refere Cristo não é senão o peso do pecado, o juga da escravidão da iniquidade, a opressão molesta da concupiscência. Pecamos na vã esperança de encontrar no mundo uma felicidade que ele não nos pode oferecer, pois "o salário do pecado", escreve o Apóstolo, "é a morte" (Rm 6, 23). Quem peca há de experimentar, cedo ou tarde, a tristeza, o desencanto, a frustração, o tédio mortal que pesa sobre uma consciência que se deixou desviar de seu fim e propósito. Ora, o alívio que nos propõe Aquele que conhece o coração dos homens consiste, não em privar-nos do fardo, mas em substituí-lo por outro — o fardo da cruz, carregada de bom grado e com amor: "Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".

Não há outra opção: ou deixamos que o jugo do pecado nos oprima e afunde no Inferno, ou erguemo-nos com Cristo e permitimos que Ele nos ajude a suportar a cruz da caridade, do sacrifício, da obediência, da total entrega de si. Aceitemos sobre nossos ombros a cruz de Nosso Senhor; como Ele, doemo-nos aos irmãos, deixemo-nos devorar por eles, não nos vendamos à promessa diabólica de uma vida sem dor e sacrifício, de uma vida que não vale a pena ser vivida, já que o seu termo é a morte eterna. Peçamos, pois, a Nosso Senhor que nos dê um coração manso e humilde como o dEle, a fim de aprendermos com Ele o caminho que leva ao Pai e à salvação.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | A cruz do egoísmo ou a Cruz de Cristo? (Quinta-feira da 15.ª Semana do Tempo Comum)

Quando Jesus nos manda abraçar a nossa cruz, Ele não nos impõe um fardo a mais, tornando insuportáveis os sofrimentos que já temos de carregar neste mundo. Antes, pelo contrário, o Senhor nos convida a lançar fora o jugo esmagador do pecado e a abraçar uma nova cruz, mais leve e mais suave, porque Ele mesmo quer ajudar-nos a carregá-la.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 14 de julho, e descubra o que podemos fazer para suportar com alegria e agradecimento as cruzes de cada dia.


https://youtu.be/NDhvFIpnEnw

Santo do dia 14/07/2022


São Camilo de Léllis, Presbítero (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 14 de Julho † 1614


São Camilo de Léllis nasceu em 1550, em Bacchianico, pequena cidade no reino de Nápoles. Sua mãe, que o tinha concebido em idade muito avançada, viu-o em sonhos, nascer com uma cruz sobre o peito e caminhando à frente de vários outros, que também levavam uma cruz. Entretanto, sua juventude não correspondeu a esses presságios de sua futura santidade. Pois ele a passou nos vícios e sobretudo numa paixão extrema pelos jogos de azar. Lá perdeu a saúde, a fortuna e a reputação. Reduzido a uma vergonhosa indigência viu-se obrigado, para ter de que viver, a se sujeitar aos serviços mais abjetos, no hospital dos Incuráveis em Roma, a se engajar como soldado em Veneza e por fim, a se empregar como ajudante de pedreiro, com os Capuchinhos de Siponto, que tinham empreendido uma construção; por toda parte inconstante, por toda parte pesado a si mesmo e aos outros, jamais, todavia, inteiramente abandonado pela misericórdia divina, que o preservou sempre do hábito da blasfêmia, tão familiar aos jogadores, e enfim, o despertou de um sono de morte. Um dia, viajando sozinho, repassava no espírito exortações piedosas que outrora tinha ouvido com indiferença: de repente, tocado por uma luz interior, espantado com a consciência de seus pecados e o temor dos juízos de Deus, lançou-se por terra e só se levantou depois de ter lamentado amargamente os crimes de sua vida passada, resolvido de maneira irremovível, a observar no futuro os mandamentos divinos. Tornando-se, desde aquele momento, outro homem, não somente Camilo se absteve de todo gênero de vício, mas começou a tender ao cume da perfeição cristã. Tomou o hábito de São Francisco, nos capuchinhos de Siponto. Mas uma antiga úlcera que tinha contraído outrora na perna, renovava-se de vez em quando e ele foi dispensado duas vezes pelos superiores, com grande pesar dele e deles.

Voltando a Roma, entrou de novo no Hospital dos Incuráveis, do qual logo lhe confiaram a administração. Como se propunha servir naquele cargo, não tanto aos homens, mas ao mesmo Deus, consagrou-se inteiramente ao alívio dos enfermos. Mas, vendo que aqueles mercenários empregados no hospital não o secundavam, pôs-se a pensar como poderia arranjar cooperadores, mais fervorosos e que agissem por motivos mais elevados. Comunicou seu projeto a São Filipe Néri, seu pai espiritual, que o aprovou muito. Em consequência, com alguns empregados do hospital e logo com um número maior de piedosos fiéis, instituiu uma congregação de leigos, devotados ao serviço dos enfermos, por amor de Deus e em vista da recompensa eterna. Estenderam bem depressa sua caridade fora do recinto do hospital dos Incuráveis. Tendo adquirido uma casa na cidade, trabalhavam em alívio de todos os pobres doentes quer nos hospitais, quer nas casas particulares. O serviço que prestavam assim a toda a cidade de Roma tornou-se ainda maior, quando vários eclesiásticos se uniram a Camilo, e o mesmo Camilo, seguindo o conselho de São Filipe Néri, fez os estudos no colégio romano e recebeu o sacerdócio; pois então começaram a cuidar de todos os doentes, dando-lhes também os socorros espirituais, não menos, que os da vida temporal. No ano de 1586, Sixto Quinto aprovou a nova associação sob o título de Congregação para o serviço dos enfermos, com o privilégio aos confrades, de usar uma cruz de cor amarelada, do lado direito de seu hábito.

Em poucos anos, sob a direção de Camilo, sua Congregação tornou-se não somente mais frutuosa, mas também mais importante, pelos homens distintos que dela quiseram fazer parte. O desejo de todos os confrades foi formar uma congregação regular, com os três votos solenes de castidade, de pobreza e de obediência para servir perpetuamente aos doentes, sem se excetuar nem os que estivessem atacados de peste. Em 1591, Gregório XIV transformou sua Congregação em Ordem regular religiosa, sob o nome de Clérigos regulares para o serviço dos enfermos. Não poderíamos dizer quanto essa nova escola de caridade produziu de bem a todas as classes de homens, tanto para o corpo, como sobretudo para a alma. Os doentes não tinham mais que deplorar, além dos sofrimentos da doença, a tristeza da solidão e do abandono; os que se sentiam carregados de faltas de sua vida anterior não temiam mais sofrer sem expiação o perigo de uma morte iminente; o inimigo do gênero humano, que prejudica sobretudo a agonia dos infelizes mortais, não os encontrava mais fracos e destituídos da força dos sacramentos, nem privados das exortações e consolações dos fiéis. A limpeza tinha sido restaurada nos hospitais, os trabalhos dos servos aliviados, os pastores, ajudados em suas atribuições do sagrado ministério. Também não nos devemos admirar de ver as casas daquele instituto multiplicar-se em pouco tempo por toda a Itália, Sicília, e outras províncias mais afastadas, enfim, por toda a Europa.

As leis da perfeição cristã, que ela tinha dado à sua obra, o santo fundador era o primeiro a observá-las, sobretudo a dileção, que é a perfeição da lei. Sua castidade era tal, que todas as coisas criadas lhe eram um motivo de louvar a Deus e uma ocasião de o servir nos pobres. De uma humildade profunda, considerava-se o mais culpado dos pecadores e não deixava de fazer, por isso, grande penitência. Depois de ter governado sua congregação durante vinte e sete anos com muita sabedoria, abdicou do cargo, para praticar a obediência até o fim da vida, como o último dos irmãos. O que a mãe mais terna faz pelo filho único que está doente, São Camilo fazia-o por todos os enfermos, por todos os pobres, por todos os pecadores nas pestes, nas carestias, nas inundações, em Roma, em Milão, em Nola e mais ou menos, por toda a Itália. Continuou assim até à morte, que se verificou em Roma, a 14 de julho do ano 1614. Tinha sessenta e cinco anos. Enterraram-no perto do altar-mor da Igreja de Santa Maria Madalena. Muitos milagres se operaram em seu túmulo, e então levaram-lhe o corpo da sepultura na terra e o colocaram sob o mesmo altar. Depois, encerraram-no numa caixa. São Camilo de Léllis foi beatificado em 1742, e canonizado em 1746, pelo Papa Bento XIV. Da bula de canonização tiramos estes principais fatos de sua vida.

Referência:
ROHRBACHER, Padre. Vida dos santos: Volume XIII. São Paulo: Editora das Américas, 1959. Edição atualizada por Jannart Moutinho Ribeiro; sob a supervisão do Prof. A. Della Nina. Adaptações: Equipe Pocket Terço. Disponível em: obrascatolicas.com. Acesso em: 11 jul. 2021.

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