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Memória Facultativa

Santo Estêvão da Hungria


Antífona de entrada

Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar, e contemplai a face do vosso Ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil. (Sl 83, 10-11)

Coleta

Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jz 2, 11-19)


Leitura do Livro dos Juízes


Naqueles dias, 11os filhos de Israel fizeram o que desagrada ao Senhor, servindo a deuses cananeus. 12Abandonaram o Senhor, o Deus de seus pais, que os havia tirado do Egito, e seguiram outros deuses dos povos que em torno deles habitavam, e os adoraram, provocando assim a ira do Senhor. 13Afastaram-se do Senhor, para servir a Baal e a Astarte. 14Por isso acendeu-se contra Israel a ira do Senhor, que os entregou nas mãos dos salteadores que os saqueavam, e os vendeu aos inimigos que habitavam nas redondezas. E eles não puderam resistir aos seus adversários. 15Em tudo o que desejassem empreender, a mão do Senhor estava contra eles para sua desgraça, como lhes havia dito e jurado. A sua aflição era extrema.

16Então o Senhor mandou-lhes juízes, que os livrassem das mãos dos saqueadores. 17Eles, porém, nem aos seus juízes quiseram ouvir, e continuavam a prostituir-se com outros deuses, adorando-os. Depressa se afastaram do caminho seguido por seus pais, que haviam obedecido aos mandamentos do Senhor; não procederam como eles.

18Sempre que o Senhor lhes mandava juízes, o Senhor estava com o juiz, e os livrava das mãos dos inimigos enquanto o juiz vivia, porque o Senhor se deixava comover pelos gemidos dos aflitos. 19Mas, quando o juiz morria, voltavam a cair e portavam-se pior que seus pais, seguindo outros deuses, servindo-os e adorando-os. Não desistiram de suas obras perversas nem da sua conduta obstinada.

Salmo Responsorial (Sl 105)


R. Lembrai-vos de nós ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!


— Não quiseram suprimir aqueles povos, que o Senhor tinha mandado exterminar; misturaram-se, então, com os pagãos, e aprenderam seus costumes depravados. R.

— Aos ídolos pagãos prestaram culto, que se tornaram armadilha para eles; pois imolaram até mesmo os próprios filhos, sacrificaram suas filhas aos demônios. R.

— Contaminaram-se com suas próprias obras, prostituíram-se em crimes incontáveis. Acendeu-se a ira de Deus contra o seu povo, e o Senhor abominou a sua herança. R.

— Quantas vezes o Senhor os libertou! Eles, porém, por malvadez o provocavam. Mas o Senhor tinha piedade do seu povo, quando ouvia o seu grito na aflição. R.

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5, 3) R.

Evangelho (Mt 19, 16-22)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, 16alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” 17Jesus respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos”. 18O homem perguntou: “Quais mandamentos?” Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19honra teu pai e tua mãe, e ama teu próximo como a ti mesmo”.

20O jovem disse a Jesus: “Tenho observado todas essas coisas. O que ainda me falta?” 21Jesus respondeu: “Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. 22Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, estas nossas oferendas, pelas quais entramos em comunhão convosco, oferecendo-vos o que nos destes, e recebendo-vos em nós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção. (Sl 129, 7)

Ou:


Eu sou o pão que desci do céu, diz o Senhor; quem comer este pão, viverá eternamente. (Jo 6, 51-52)

Depois da Comunhão

Unidos a Cristo por este sacramento, nós vos imploramos, ó Deus, que, assemelhando-nos a ele aqui na terra, participemos no céu da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 16/08/2021
Os mandamentos de Deus são a essência da nossa vida

“Se queres entrar na vida, observa os mandamentos” (Mateus 19,17).

Um homem se aproxima de Jesus e pergunta ao Mestre o que ele deve fazer de bom para ganhar a vida eterna. Veja, o caminho ordinário para entrar na vida eterna, na vida em Deus, é observar os mandamentos. E todos nós precisamos, de fato, observar os mandamentos do Senhor, aqueles mandamentos que aprendemos lá na nossa catequese.

É preciso chamar atenção para esse ponto, porque, na sociedade em que vivemos, o que mais se negligencia são os mandamentos da Lei de Deus. Todos os mandamentos são para serem observados, não são para serem relativizados, é o contrário, eles são para serem vividos e observados porque o caminho da vida são os mandamentos.

Muitas vezes, seguimos as tendências dos tempos, seguimos as inclinações do coração e relaxamos, deixamos de observar, não vemos como importante. “Eu observo os outros oito, os outros nove...”. Todos os mandamentos de Deus são caminho para a vida, aliás, não é que são, é o caminho para a vida, porque não há outro caminho para estarmos na comunhão com Deus, na vida com Deus, do que observar os Seus mandamentos.


Todos os mandamentos são para serem observados, não são para serem relativizados

Como posso querer subir degraus mais adiante para estar próximo de Jesus, se os degraus razoáveis, os degraus primários da vida, estou negligenciando. Ninguém chega no alto grau, e não estou dizendo que os mandamentos são menores, estou dizendo que os mandamentos são primários, fundamentais e essenciais, eles são de verdade o caminho para a minha vida.

Ninguém vai entrar na vida eterna, se não passar pelos mandamentos, pela prova dos mandamentos. Talvez, algumas pessoas possam até serem radicais na vivência da vida, mas a radicalidade da vida não tem fundamento, se não vivemos a essência da vida. E a essência da vida é a vivência dos mandamentos da Lei de Deus.

A esse homem foi proposto, uma vez que ele já tinha a vivência fundamental da Lei de Deus, um grau maior de perfeição, um grau maior de intimidade com Deus; e o grau maior de intimidade é a renúncia e a capacidade do despojamento, a capacidade de não sermos apegados aos bens deste mundo. Porque, para a vida eterna nós não levamos nada, a não ser o nosso desapego e o bem que fizermos ao outro, sobretudo aos mais pobres, aos mais necessitados, aos mais sofridos.

Ainda que entreguemos o nosso corpo para ser oferecido em oblação para cuidar do outro, se nós negligenciamos os mandamentos, a salvação (como frisa Jesus) passa pela vivência dos mandamentos.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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Deus tem um sonho para nós

No Evangelho de hoje, o Senhor se encontra com o jovem rico, em quem vê com grande amor um enorme potencial de santidade: ele, como folha verde e cheia de vida, observa fielmente os Mandamentos; mas, como folha ainda presa à árvore, não se deixa levar pelo sopro do Espírito Santo, porque está apegado aos amores e afetos deste mundo. E nós, que tipo de folha temos sido? Limitamo-nos a cumprir o dever, ou deixamos que a graça de Deus conquiste o nosso coração, para sermos elevados ao único Amor por que realmente vale a pena deixar tudo? Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 16 de agosto, e peçamos a Cristo que nos dê a graça de, cumprindo com os seus Mandamentos, vivermos a única coisa que nos falta: segui-lo sem olhar para trás e querê-lo acima de tudo e de todos.




Santo do dia 16/08/2021

 

 


Santo Estêvão da Hungria (Memória Facultativa)
Local: Alba Régia, Hungria
Data: 16 de Agosto † 1038


Estêvão, de nome Wayk, aparece nos inícios da formação do povo magiar ou húngaro procedente da Ásia. Estas tribos estabeleceram-se em fins do século IX junto ao rio Danúbio. Por suas expedições predatórias ameaçavam o centro da Europa. Constituíam o terror dos povos vizinhos, sendo detidas pelos reis da Alemanha e da França.

No fim do século X, o duque Geisa recebeu o batismo, seguido por muitos nobres, como era comum naqueles tempos da Idade Média. Também foi batizado seu filho Wayk, ainda jovem, nascido entre 970 e 975, que tomou o nome de Estêvão.

Chamado "rei apostólico da Hungria", Estêvão recebeu a coroa do papa Silvestre II no ano 1000 e exerceu o cargo de rei com grande sabedoria e empenho em bem de seu povo. Pode-se dizer que, por seu valor de homem guerreiro e político, Estêvão foi o verdadeiro criador da unidade da nação húngara, formada de tribos diversas.

Estêvão empenhou-se com todas as forças por consolidar o cristianismo na Hungria, fundando dioceses, construindo igrejas, promovendo a vida monástica, zelando pela fé cristã e pela pureza dos costumes, combatendo rigidamente os restos do paganismo do povo. Encontrou precioso auxílio sobretudo nos monges beneditinos cluniacenses, que estavam em grande florescimento e expansão naquela época. Procurou manter estreita união da Igreja húngara com a de Roma, mostrando-se sempre filho leal do Papa.

A esta atividade política e missionária aliava grande piedade e impressionante caridade para com os pobres. Faleceu em Szekesfehérvar, a 15 de agosto de 1038. Logo depois de seu falecimento, o povo começou a venerar no seu primeiro monarca o grande guerreiro e político, piedoso e caritativo, o ideal de um rei cristão. Juntamente com seu filho Emerico, morto em 1031, recebeu o culto de santo. Seu sepulcro se tornou meta de grandes peregrinações vindas da Hungria e de outras nações vizinhas.

O rei Santo Estêvão da Hungria deve ser compreendido no seu tempo. Igreja e Estado formavam um só ideal. A Oração coleta pede a Deus a proteção de Santo Estêvão, rei da Hungria para a Igreja. Faz tal pedido porque este santo como rei soube propagar o Evangelho.

Na comemoração de santos reis, a Igreja mostra que o ideal de vida cristã é para todos. Ela quer indicar que se pode chegar ao ideal de perfeição cristã também através da ação política, exercendo o poder, visando sempre o bem do povo.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil