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Antífona de entrada

Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez. (Sl 12, 6)
Dómine, in tua misericórdia sperávi: exsultávit cor meum in salutári tuo: cantábo Dómino, qui bona tríbuit mihi. Ps. Úsquequo Dómine obliviscéris me in finem? Úsquequo avértis fáciem tuam a me? (Ps. 12, 6 et 1)
Vernáculo:
Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez. (Cf. MR: Sl 12, 6) Sl. Até quando, ó Senhor, me esquecereis? Até quando escondereis a vossa face? (Cf. LH: Sl 12, 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Sm 26, 2. 7-9. 12-13. 22-23)


Leitura do Primeiro Livro de Samuel


Naqueles dias, 2Saul pôs-se em marcha e desceu ao deserto de Zif. Vinha acompanhado de três mil homens, escolhidos de Israel, para procurar Davi no deserto de Zif.

7Davi e Abisai dirigiram-se de noite até ao acampamento, e encontraram Saul deitado e dormindo no meio das barricadas, com a sua lança à cabeceira, fincada no chão. Abner e seus soldados dormiam ao redor dele.

8Abisai disse a Davi: “Deus entregou hoje em tuas mãos o teu inimigo. Vou cravá-lo em terra com uma lançada, e não será preciso repetir o golpe”.

9Mas Davi respondeu: “Não o mates! Pois quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor, e ficar impune?”

12Então Davi apanhou a lança e a bilha de água, que estavam junto da cabeceira de Saul, e foram-se embora. Ninguém os viu, ninguém se deu conta de nada, ninguém despertou, pois todos dormiam um profundo sono que o Senhor lhes tinha enviado.

13Davi atravessou para o outro lado, parou no alto do monte, ao longe, deixando um grande espaço entre eles.

22E Davi disse: “Aqui está a lança do rei. Venha cá um dos teus servos buscá-la! 23O Senhor retribuirá a cada um conforme a sua justiça e a sua fidelidade. Pois ele te havia entregue hoje em meu poder, mas eu não quis estender a minha mão contra o ungido do Senhor.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 102)


℟. O Senhor é bondoso e compassivo.


— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! ℟.

— Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão. ℟.

— O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas. ℟.

— Quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes. Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. ℟.


https://youtu.be/v5zqCX4FopU

Segunda Leitura (1Cor 15, 45-49)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos: 45O primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O segundo Adão é um espírito vivificante.

46Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual.

47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu.

48Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes.

49E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem, agora, vos dou; que, também vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor. (Jo 13, 34) ℟.

Evangelho (Lc 6, 27-38)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“A vós, que me escutais, eu digo: Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, 28bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam.

29Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica.

30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. 31O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.

32Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam.

33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim.

34E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis? Até os pecadores emprestam aos pecadores, para receber de volta a mesma quantia.

35Ao contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus. 36Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.

37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque, com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Inténde voci oratiónis meae, Rex meus, et Deus meus: quóniam ad te orábo, Dómine. (Ps. 5, 3. 4)


Vernáculo:
Ficai atento ao clamor da minha prece, ó meu Rei e meu Senhor! É a vós que eu dirijo a minha prece. (Cf. LH: Sl 5, 3. 4a)

Sobre as Oferendas

Ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas narrarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 9, 2-3)

Ou:


Senhor, eu creio: tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, que vieste a este mundo. (Jo 11, 27)
Narrábo ómnia mirabília tua: laetábor, et exsultábo in te: psallam nómini tuo, Altíssime. (Ps. 9, 2. 3; ℣. Ps. 9, 8. 9. 10. 11. 12. 13)
Vernáculo:
Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo! (Cf. MR: Sl 9, 2-3)

Depois da Comunhão

Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 20/02/2022
Um amor escandaloso

“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!”

Amor aos inimigos (Mt 5,43-48). — V. 43. A antiga Lei mandava amar o próximo (Lv 19,18); mas pelo nome próximo (רֵעַ, amigo, companheiro) entendia-se somente o da mesma tribo ou nação, i.e. um homem da mesma origem (israelítica) e da mesma religião, como se vê pelo contexto. Isso é confirmado por ditos rabínicos que explicam Lv 19,18: [amarás] “o próximo, não [porém] os outros [i.e. os estrangeiros]”; “o próximo, mas não os samaritanos, estrangeiros, prosélitos tôshâbh [i.e. não conversos]” (cf. Mekhilta xxi 14.35, apud *Strack-Billerbeck i 354). A segunda parte, odiarás o teu inimigo, i.e. os estrangeiros, os não judeus etc., não consta na Lei nem em outros escritos, mas parece ser uma consequência prática ou também uma glosa rabínica; ao menos exprime com exatidão o espírito dos judeus daquela época.

Esta consequência (glosa) e espírito nasceram paulatinamente do preceito da Lei acerca da destruição dos outros povos (cf. Ex 17,16; Dt 7,2; 20,13-18; 23,4-7; 25,17ss; Nm 34,52.55; 1Sm 15,3 etc.); a inimizade com os gentios converteu-se assim em ódio contra qualquer estrangeiro. Além disso, inúmeras passagens do AT parecem respirar vingança e ódio, seja nacional ou religioso (cf. 1Rs 2,8s; Jr 18,19ss; Sl 108 [109] etc.). Estes sentimentos foram alimentados, sobretudo na época dos Macabeus, por contínuos conflitos pro aris et focis. De fato, os judeus tanto prática como doutrinalmente tinham ódio encarniçado a qualquer estrangeiro. São célebres as palavras de Tácito a esse respeito: “Entre eles, a fidelidade é inquebrantável e rápida a misericórdia, mas contra os de fora impera um ódio hostil” (hist. v. 5; cf. Flávio Josefo, antiq. xi 6, 5; Cícero, pro Flacco 28). Além disso, a Mishna recomenda com frequência ter ódio aos israelitas infiéis, samaritanos, hereges, publicanos, ammê ha-’ares etc. Com toda a razão, pois, o Senhor podia dizer: Ouvistes o que foi dito… odiarás (= te é lícito odiar) o teu inimigo.

V. 44. (cf. Lc 6,27s.35) Cristo aperfeiçoa o preceito da antiga Lei sobre o próximo e corrige a interpretação perversa que se lhe dera. Os discípulos da Nova Lei devem amar não só o próximo (amigos, familiares, conterrâneos etc.), mas também os inimigos, i.e. aqueles que os odeiam e perseguem (Mt.), amaldiçoam e caluniam (Lc.). A esta quádrupla manifestação de ódio se deve corresponder com os atos contrários: amai e orai (Mt.), abençoai e fazei bem (Lc.). Logo, há que responder ao ódio com afeto, desejo, oração e boas obras. Põem-se em seguida alguns exemplos de boas obras: dar em empréstimo o que se pede, sem esperar recompensa (Lc.), saudar (Mt.) etc.

O amor aos inimigos de algum modo já aparece no AT (e.g. Ex 23,4s; Pv 25,21s, onde se prescreve auxiliar o inimigo em necessidade). Mas estas passagens, na verdade, nunca chegaram a melhorar as disposições dos judeus para com os inimigos, muito menos lhes sugeriram um princípio positivo e universal, semelhante ao de Cristo, sobre o amor aos inimigos. No máximo, algumas expressões recomendam aqui e ali não se alegrar com as adversidades dos inimigos, não pagar o mal com o mal e coisas afins. O primeiro de todos a promulgar a doutrina exposta acima foi Cristo, doutrina que seus discípulos abraçaram de todo o coração (cf. Rm 12,14-21; 1Pd 3,8s; Santo Inácio, ad Eph. 10,23s etc.). Eis a maior glória do Evangelho em matéria moral: “Amar os amigos, todos o fazem; amar os inimigos, somente os cristãos” (Tertuliano, ad Scap. 1: M 1,777).

V. 45ss. Para melhor persuadir seus ouvintes deste dever de amor universal, o divino Mestre recorre a três argumentos. Devem, pois, amar os inimigos: a) para se tornarem filhos do (i.e. semelhantes ao) nosso Pai, que faz nascer o Sol sobre maus e bons etc., ou seja, que dá a todos indiscriminadamente a graça de seus múltiplos benefícios [2]; b) para terem direito a alguma recompensa, i.e. para que suas ações sejam dignas de prêmio, pois quem ama apenas os seus, com amor meramente natural e em proveito próprio, não receberá de Deus retribuição alguma; c) para fazerem mais do que já fazem os pagãos e os publicanos (em Lc 6,32: os pecadores), pelos quais os judeus tinham um profundo desprezo (cf. Dt 7,2; Mt 18,17; At 10,28 etc.).

V. 48. Este v. contém a regra de perfeição que nessa matéria cumpre seguir: Portanto, sede perfeitos (τέλειοι) como o vosso Pai celeste é perfeito. Como se depreende do contexto e de Lc. (6, 36: Sede pois misericordiosos), em particular, é evidente que toda esta cláusula apresenta um resumo da exortação à caridade fraterna feita acima, ainda que possa interpretar-se também em sentido amplo e aplicar-se a qualquer outra virtude.

Deus abençoe você!

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Homilia | Amar os inimigos? Por que mesmo? (7.º Domingo do Tempo Comum)

Antes de o Padre Paulo Ricardo explicar, na homilia deste domingo, como devemos amar os nossos inimigos, perdoando todo o mal que eles porventura nos façam, primeiro é preciso que você entenda a grande misericórdia de que fomos alvo por parte de Deus: quando éramos ainda seus adversários, Ele nos amou e perdoou. Por isso, o amor aos inimigos não é um simples “ideal”, incompreensível para o mundo e impraticável na realidade; trata-se antes de um caminho de gratidão a Deus e verdadeira salvação pessoal, pois quem alimenta ódios para com os outros, só o que faz é prejudicar cada vez mais… a si próprio.Não deixe de ouvir esta rica meditação sobre o Evangelho.


https://youtu.be/aURMwjnhzRA

Santo do dia 20/02/2022


Santos Francisco e Jacinta Marto (Memória Facultativa)
Local: Fátima, Portugal
Data: 20 de Fevereiro † 1919-1920


Francisco e Jacinta Marto são os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus, habitantes da freguesia de Fátima, no concelho de Vila Nova de Ourém, na Diocese de Leiria, Portugal.

Francisco nasceu a 11 de junho de 1908 em casa paterna, na localidade de Aljustrel, e foi batizado a 20 do mesmo mês na igreja paroquial de Fátima. A sua irmã Jacinta nasceu a 11 de março de 1910, também na casa dos pais, e foi batizada a 19 do mesmo mês na igreja paroquial.

Cresceram num ambiente familiar de condições modestas, num país agrícola, tranquilo e separado de um Portugal que vivia em turbulência política e social.

Os irmãos não frequentavam a escola. Eles não sabiam ler nem escrever e conheciam poucas noções de geografia, história e o pensamento do mundo além de suas montanhas. A sua educação cristã foi muito simples: aprenderam o catecismo em casa ou com a sua tia, a mãe da sua prima Lúcia que, juntamente com eles, será uma das videntes de Fátima.

Os pais também lhes deram com a vida um exemplo de fé comprometida: participação dominical na Eucaristia, oração familiar, verdade e respeito por todos, caridade para com os pobres e necessitados. Ainda pequenos, começaram a cuidar do rebanho dos pais: Francisco tinha então 8 anos e Jacinta 6. Passavam a maior parte dos dias cuidando das ovelhas, junto com a prima Lúcia, também pastora.

Em 1916, na primavera, verão e outono, juntamente com Lúcia, tiveram as aparições do Anjo da Paz. Em 1917 foram visitados por Nossa Senhora do Rosário, de maio a outubro no dia 13 de cada mês, exceto em agosto. Neste mês a aparição ocorreu no dia 19, pois os Pastorinhos permaneceram na prisão de Ourém de 13 a 15 de agosto de 1917.

Seu caráter calmo e pacífico emerge da figura de Francisco. Ele é lembrado cheio de admiração pela criação na qual provou a beleza do Criador. A paz que daí tirava era então passada aos seus amigos, entre os quais sabia ser sinal de harmonia, mesmo quando ocorriam brigas ou ofensas.

Após as aparições do Anjo e da Virgem Maria, ele desenvolverá um estilo de vida caracterizado pela adoração e contemplação. Sempre que possível ele se refugiava em algum lugar isolado para orar sozinho. Muitas vezes passava longas horas no silêncio da igreja paroquial, perto do tabernáculo, para fazer companhia a Jesus escondido. Em sua intimidade com Deus, Francisco vislumbra um Deus entristecido pelos sofrimentos que existem no mundo, sofre junto com ele e deseja consolá-lo. O menino, que não ouviu a voz do Anjo e da Senhora, mas apenas os viu, é o mais contemplativo dos três videntes. Na sua vida é evidente como a oração se nutre da escuta atenta do silêncio em que Deus fala. Deixa-se habitar pela presença inefável de Deus - "Senti que Deus estava dentro de mim, mas não sabia como ele era!" - e é a partir desta presença que acolhe também os outros na sua oração. A vida de fé de Francisco é uma vida de contemplação.

Em outubro de 1918 adoeceu durante uma epidemia de broncopneumonia. Agravou-se progressivamente até abril de 1919. Em 2 de abril confessou e no dia seguinte recebeu Viático em sua casa. No dia seguinte, 4 de abril, por volta das 22h, faleceu pacificamente, em casa, cercado por familiares.

Foi sepultado no cemitério de Fátima em 5 de abril de 1919. Em 13 de março de 1952, seus restos mortais foram transferidos para a Basílica da Santíssima Virgem do Rosário de Fátima.

Dom José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria, abriu, a 30 de abril de 1952, o Processo de Informação sobre a fama de santidade e virtudes de Francisco Marto. O julgamento terminou em 1 de agosto de 1979.

Jacinta tinha um caráter afetuoso e extrovertido, embora um tanto caprichoso. Tinha um carinho especial por sua prima Lúcia e tinha uma sensibilidade muito delicada, tocada tanto pela beleza da natureza quanto pelo sofrimento dos pobres e doentes.

Impressionada com as aparições do Anjo e da Virgem Maria, ela fica especialmente impressionada com os sofrimentos dos "pobres pecadores" e com a missão e o sofrimento do Santo Padre. De fato, depois desses encontros com o Céu, seu caráter caprichoso e egocêntrico dará lugar a um coração generoso, esquecido de si mesmo e que vive antes para o bem dos outros, oferecendo orações e sacrifícios em benefício de todos os que vê.

O perfil espiritual da Jacinta é assim marcado pela generosidade da fé e doação pelos outros. Ela expressa muitas vezes o desejo de compartilhar com todos aqueles o amor ardente que sente pelos corações de Jesus e Maria. Todos os aspectos particulares do seu dia, incluindo os sofrimentos devidos à doença subsequente, são uma ocasião de oferta a Deus pela conversão dos pecadores e pelo Santo Padre. Ela compartilha seu lanche com os pobres, oferecendo assim o sacrifício de seu jejum como sinal de sua vontade de ser totalmente de Deus em favor dos outros. Nas suas memórias, Lúcia diz dela que rezar e sofrer por amor "era o seu ideal, era disso que falava". A vida de fé da Jacinta é uma vida de compaixão.

No final de 1918 Jacinta adoeceu com broncopneumonia. Permaneceu internada no Hospital de Vila Nova, em Ourém, de 1 de julho a 31 de agosto de 1919. A partir desse dia, ficou com uma ferida no lado esquerdo do peito. Ela volta para casa com a saúde mais precária.

Em janeiro de 1920 trouxeram-na para Lisboa para ser tratada no melhor hospital pediátrico do estado, o Hospital D. Estefania.

Entre 21 de janeiro e 2 de fevereiro de 1920 reside no Orfanato da Beata Vergine dei Miracoli, onde passa muitas horas em adoração ao Santíssimo Sacramento.

Em 2 de fevereiro de 1920, ela foi hospitalizada com diagnóstico de pleurisia purulenta e osteíte de duas costelas. Ela decide pela cirurgia, apesar de Jacinta insistir que é inútil.

Ela foi operada em 10 de fevereiro de 1920, duas costelas foram retiradas, mas a grande ferida no lado esquerdo do peito permaneceu.

Na tarde de 20 de fevereiro Jacinta pediu para receber os sacramentos, especialmente a comunhão eucarística. O capelão do hospital adia para o dia seguinte, embora a menina insista que pode recebê-los no mesmo dia. Ela morreu sozinha - como Nossa Senhora lhe disse - em 20 de fevereiro de 1920 às 22h30.

Foi sepultada a 24 de fevereiro no cemitério de Ourém, num túmulo cedido pelos Barões de Alvaiazere.
Em 12 de setembro de 1935, seus restos mortais são transportados para o cemitério de Fátima e em 1 de maio de 1951 são transferidos para a Basílica da Santíssima Virgem do Rosário de Fátima.

Dom José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria, a 30 de abril de 1952, abriu o Processo de Informação sobre a fama de santidade e virtudes de Jacinta Marto. O julgamento terminou em 2 de junho de 1979.

Juntamente com seu irmão Francisco, Jacinta foi beatificada por São João Paulo II em Fátima no dia 13 de maio de 2000. Ambos canonizados pelo Papa Francisco, 17 anos depois, no dia 13 de maio de 2017, no Centenário das Aparições da Ssma. Virgem Maria em Fátima.

Fonte: causesanti.va (adaptado)

Santos Francisco e Jacinta Marto, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil