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Memória Facultativa

São Pedro Canísio, Presbítero, Doutor


Antífona de entrada

Eis que chega o Senhor dos senhores: seu nome será Emanuel, o "Deus-conosco". (Cf. Is 7, 14; 8, 10)
Veni, et osténde nobis fáciem tuam, Dómine, qui sedes super Chérubim: et salvi érimus. Ps. Qui regis Israel, inténde: qui dedúcis velut ovem Ioseph. (Ps. 79, 4. 2)
Vernáculo:
Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo, e sobre nós iluminai a vossa face! Se voltardes para nós, seremos salvos! Sl. Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. Vós, que a José apascentais qual um rebanho! Vós, que sobre os querubins vos assentais, aparecei cheio de glória e esplendor. (Cf. LH: Sl 79, 4. 2)

Coleta

Ouvi com bondade, ó Deus, as preces do vosso povo, para que, alegrando-nos hoje com a vinda do vosso Filho em nossa carne, alcancemos o prêmio da vida eterna, quando ele vier na sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ct 2, 8-14)


Leitura do Livro do Cântico dos Cânticos


8É a voz do meu amado! Eis que ele vem saltando pelos montes, pulando sobre as colinas. 9O meu amado parece uma gazela, ou um cervo ainda novo. Eis que ele está de pé atrás de nossa parede, espiando pelas janelas, observando através das grades. 10O meu amado me fala dizendo: “Levanta-te, minha amada, minha rola, formosa minha, e vem! 11O inverno já passou, as chuvas pararam e já se foram. 12No campo aparecem as flores, chegou o tempo das canções, a rola já faz ouvir seu canto em nossa terra. 13Da figueira brotam os primeiros frutos, soltam perfume as vinhas em flor. Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem! 14Minha rola, que moras nas fendas da rocha, no esconderijo escarpado, mostra-me teu rosto, deixa-me ouvir tua voz! Pois a tua voz é tão doce, e gracioso o teu semblante”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Ou:


Primeira Leitura (Sf 3, 14-18a)


Leitura da Profecia de Sofonias


14Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém! 15O Senhor revogou a sentença contra ti, afastou teus inimigos; o rei de Israel é o Senhor, ele está no meio de ti, nunca mais temerás o mal. 16Naquele dia, se dirá a Jerusalém: “Não temas, Sião, não te deixes levar pelo desânimo! 17O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, o valente guerreiro que te salva; ele exultará de alegria por ti, movido por amor; exultará por ti, entre louvores 18acomo nos dias de festa”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 32)


℟. Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!


— Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação! ℟.

— Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! ℟.

— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança. ℟.

https://youtu.be/gHvFdgCuUTs
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Ó Emanuel, sois nosso Rei e Orientador: vinde salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus! ℟.

Evangelho (Lc 1, 39-45)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Exsúlta satis fília Sion, praédica fília Ierúsalem: ecce Rex tuus venit tibi sanctus, et salvátor. (Zach. 9, 9)


Vernáculo:
Enche-te de grande júbilo, filha de Sião, prorrompe em gritos, filha de Jerusalém! Eis que teu rei vem a ti; ele é justo e salvador. (Cf. Bíblia CNBB: Zc 9, 9a)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Pai, com bondade estes dons que destes à vossa Igreja, para que vos fossem oferecidos; que o vosso poder os transforme no sacramento da nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Feliz és tu, que creste, porque se cumprirá o que te foi dito da parte do Senhor. (Lc 1, 45)
Exsultávit ut gigas ad curréndam viam: a summo caelo egréssio eius, et occúrsus eius usque ad summum eius. (Ps. 18, 6. 7; ℣. Ps. 18, 2. 3. 4. 5. 6ab)
Vernáculo:
Como um herói exultante em seu caminho, de um extremo do céu põe-se a correr e vai traçando o seu rastro luminoso, até que possa chegar ao outro extremo. (Cf. LH: Sl 18, 6d. 7abc)

Depois da Comunhão

Ó Deus, que a participação nestes divinos mistérios guarde sempre o vosso povo para que, devotando-se ao vosso serviço, receba a plenitude da salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 21/12/2021
O Natal e a metáfora da luz

“Ó Sol nascente justiceiro, resplendor da Luz eterna. Oh! vinde e iluminai os que jazem entre as trevas e na sombra do pecado e da morte estão sentados!”

Estamos às portas do Natal! Hoje, dia 21 de dezembro, é solstício de inverno na terra de Jesus, lá no hemisfério norte: é a noite mais longa e o dia mais curto do ano. Aqui, no hemisfério sul, acontece o contrário: é o dia mais longo e a noite mais curta do ano. É exatamente esse evento — por assim dizer — celeste que nos orienta sobre o significado do Natal. É uma festa de luz, festa em que a luz vence as trevas. Naquele passo lento, naquela noite longa, longuíssima, naquela noite que parece não ter fim, Nosso Senhor desponta como o Sol nascente que nos veio visitar.

Referimo-nos aqui a um evento deste mundo, dos astros, como metáfora ou comparação poética: o Sol nasce e, assim, “vence” as trevas, dissipando-as. E quanto à nossa vida espiritual? Pois bem, é preciso entender que tudo isso que a Igreja nos propõe e as Sagradas Escrituras nos apresentam é como um “caminho pedagógico” para a vivência de outra coisa, da realidade que está por trás de tudo. O que é? É o fato de que uma luz precisa brilhar em nosso coração. Mas em que, afinal, consiste isso? Porque, ao falar de luz, nos mantemos ainda no domínio das metáforas. Trata-se do seguinte: nós nascemos para nos unir a Deus. Ora, o que une é o amor: com efeito, é próprio do amor unir os que se amam; o amor é unitivo. O amante se une à pessoa amada, e é assim que acontece a verdadeira união. A nossa salvação está em amarmos a Deus e, portanto, nos unirmos a Ele.


Mas como é possível amar sem conhecer o amado?

Aqui está a tragédia da qual muitos não se dão conta, a saber: ninguém ama o que não conhece, e Deus, que habita em luz inacessível, vem para revelar-se, isto é, para que nós o conheçamos e, conhecendo-o, o amemos. Por quê? Porque Ele sabe que só serão felizes os que o amarem. Eis a maravilha! Precisamos, pois, conhecê-lo para amá-lo. E como, na prática, se faz para conhecer a Deus? Ora, Deus veio mostrar-nos o seu rosto: Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus encarnado, a quem precisamos conhecer e em cujo mistério devemos mergulhar de verdade, para saber melhor quem Ele é. Como? Lendo o Evangelho, contemplando o testemunho dos santos, estudando o Catecismo… Sim, temos aqui a necessidade de um conteúdo intelectual. Se não enriquecermos o nosso mundo interior, a nossa inteligência, não adiantará nada. Um computador, por exemplo, em que não há nada instalado, não vai rodar nada. Pode até ser uma máquina potentíssima; mas, se não tem nada dentro, de nada adianta. É necessário ter o santo propósito de estudar a vida inteira, mas estudar no sentido profundo da palavra: buscar Jesus, conhecer as coisas de Deus, ir atrás do testemunho dos santos, do Catecismo, da história da Igreja etc. Nessa amorosa busca, notaremos que uma luz começará a brilhar dentro de nós. “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz”! Essa luz se vai intensificando, e nós vamos adquirindo uma compreensão cada vez mais profunda de Jesus. Mas só se tivermos vida de oração e pedirmos com frequência: “Jesus, eu quero vos conhecer, quero vos amar, quero me unir a vós. Não permitais que me separe de Vós; do espírito maligno defendei-me; na hora da morte chamai-me e mandai-me ir para vós”. Peçamos isso a Jesus, supliquemos, e Ele será para nós o Sol nascente que nos vem visitar. A longa noite da nossa ignorância será então iluminada, porque nós o conheceremos um pouco mais e, conhecendo-o, o amaremos e, amando-o, seremos felizes.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | Em Maria vive o Senhor (Terça-feira da 4.ª Semana do Advento)

O Evangelho de hoje nos coloca diante da visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel. Repleto de mistérios e doces alegrias, este episódio, tantas vezes recordado em nossos Terços, nos apresenta a Virgem Santíssima como modelo de fé e confiança em Deus: “Bem-aventurada és tu que creste”, diz-lhe a parenta, e felizes somos nós que, pela fé desta Mãe amável, tivemos a graça de ser redimidos pelo Salvador a quem ela, confiante na palavra do Pai, deu à luz. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 21 de dezembro, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho.


https://youtu.be/d5KTJiyagl0

Santo do dia 21/12/2021


São Pedro Canísio (Memória)
Local: Friburgo, Alemanha
Data: 21 de Dezembro † 1597


Pedro Canísio (Kanijs) nasceu em Nimega, na Holanda, em 1521. Teólogo e catequista, membro da Companhia de Jesus, pertence à primeira geração dos reformadores tridentinos. Estudou direito e letras na universidade de Colônia. Tendo conhecido São Pedro Faber, um dos companheiros de Santo Inácio na fundação da Companhia de Jesus, e admirando-lhe a ciência e a santidade, pediu admissão à Ordem. Completou seus estudos de teologia em Colônia, onde foi ordenado sacerdote.

Desde cedo o padre Canísio interessou-se pela sorte da Igreja Católica na Alemanha. O cardeal de Ausburgo levou Canísio como teólogo ao Concílio de Trento e foi nesta ocasião que teve a oportunidade de se encontrar com o santo fundador dos jesuítas, Inácio de Loiola, que lhe confiou a missão de recuperar a Alemanha para a Igreja Católica, missão que ele durante 45 anos abraçou até a morte.

A obra de Pedro Canísio foi gigantesca. Pregador, escritor, organizador. Escreveu três catecismos - o grande, o médio e o pequeno -, que tiveram enorme sucesso como o mostram as mais de cinquenta edições do século XVI. Outra obra tem o nome de Controvérsias, obra histórica das origens do cristianismo destinada sobretudo à gente culta. A obra escrita por Pedro Canísio mereceu lhe o título de Doutor da Igreja, conferido pelo papa Pio XI em 1925.

Como apologista jamais foi um fanático defensor da fé. Guiou-o sempre o amor ao próximo. Talvez aí se funde o sucesso do seu trabalho na Europa Central. Como Superior provincial dos jesuítas na Alemanha, procurou Canísio assentar as bases para o eficiente trabalho da Ordem, sobretudo através da fundação e consolidação da rede de colégios e universidades jesuítas em várias cidades, como Ingolstadt, Praga, Munique, Tréveris, Mogúncia e Espira. Desempenhou também várias e delicadas missões diplomáticas em nome da Santa Sé, junto a bispos e príncipes.

Pedro Canísio foi um santo típico da Contrarreforma. Mas, como homem de Deus, deixou exemplos que sobrepairam o tempo. Foi um sacerdote de profunda espiritualidade, um homem corajoso e suave, humilde e douto, sempre pronto a todos os trabalhos e fadigas em defesa da fé professada na Cátedra de Pedro.

Faleceu a 21 de dezembro de 1597 com 76 anos de idade, em Friburgo, na Suíça, amado e venerado como santo.

O papa Leão XIII deu a São Pedro Canísio o honroso título de Segundo Apóstolo da Alemanha. O primeiro, São Bonifácio, foi sobretudo o organizador da Igreja Católica na Alemanha, o segundo se empenhou com todas as forças em torná-la novamente católica, nas partes que aderiram ao protestantismo, e conservar as zonas ainda fiéis à Igreja Católica. Em São Pedro Canísio temos o exemplo do defensor da fé católica.

Seu testemunho de vida e de testemunho cristão está expresso na Oração coleta: Ó Deus que, para a defesa da fé católica, destes ao presbítero São Pedro Canísio saber e coragem, concedei a todos os que vos procuram a graça de vos encontrar e aos que creem em vós, a perseverança na fé.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil