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Antífona de entrada

Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor, majestade e beleza brilham no seu templo santo. (Sl 95, 1. 6)
Adoráte Deum omnes ángeli eius: audívit, et laetáta est Sion: et exsultavérunt fíliae Iudae.Ps. Dóminus regnávit, exsúltet terra: laeténtur ínsulae multae. (Ps. 96, 7. 8 et 1)
Vernáculo:
Adorai a Deus, vós todos os seus anjos: Sião escuta transbordante de alegria, e exultam as filhas de Judá! Sl. Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! (Cf. LH: Sl 96, 7. 8 e 1)

Coleta

Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Ne 8, 2-4a. 5-6. 8-10)


Leitura do Livro de Neemias


Naqueles dias, 2o sacerdote Esdras apresentou a Lei diante da assembleia de homens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês.

3Assim, na praça que fica defronte da porta das Águas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até ao meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei.

4aEsdras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de madeira, erguido para esse fim.

5Estando num lugar mais alto, ele abriu o livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de pé. 6Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!”

Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com o rosto em terra. 8E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura.

9O governador Neemias e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo, disseram a todos: “Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei.

10E Neemias disse-lhes: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial  (Sl 18B)


℟. Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!


— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes. ℟.

— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz. ℟.

— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente. ℟.

— Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor! ℟.


https://youtu.be/ps6WSFZJkdA

Segunda Leitura (1Cor 12, 12-30)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos: 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo.13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.14Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros.[15Se o pé disser: “Eu não sou mão, portanto não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de pertencer ao corpo.16E se o ouvido disser: “Eu não sou olho, portanto não pertenço ao corpo”, nem por isso deixa de pertencer ao corpo.17Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se o corpo todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?18De fato, Deus dispôs os membros e cada um deles no corpo, como quis.19Se houvesse apenas um membro, onde estaria o corpo?20Há muitos membros, e, no entanto, um só corpo.21O olho não pode, pois, dizer à mão: “Não preciso de ti”. Nem a cabeça pode dizer aos pés: “Não preciso de vós”.22Antes pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são muito mais necessários do que se pensa.23Também os membros que consideramos menos honrosos, a estes nós cercamos com mais honra, e os que temos por menos decentes, nós os tratamos com mais decência.24Os que nós consideramos decentes não precisam de cuidado especial. Mas Deus, quando formou o corpo, deu maior atenção e cuidado ao que nele é tido como menos honroso,25para que não haja divisão no corpo e, assim, os membros zelem igualmente uns pelos outros.26Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se é honrado, todos os membros se regozijam com ele.]27Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo.[28E, na Igreja, Deus colocou, em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que têm o dom e a missão de ensinar; depois, outras pessoas com dons diversos, a saber: dom de milagres, dom de curas, dom para obras de misericórdia, dom de governo e direção, dom de línguas.29Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos realizam milagres?30Todos têm o dom das curas? Todos falam em línguas? Todos as interpretam?]

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Foi o Senhor quem me mandou boas notícias anunciar; ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar! (Lc 4, 18) ℟.

Evangelho (Lc 1, 1-4; 4, 14-21)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, 2como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra.

3Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. 4Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste.

Naquele tempo, 4, 14Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza.

15Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. 16E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura.

17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”.

20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Dextera Dómini fecit virtútem, déxtera Dómini exaltávit me: non móriar, sed vivam, et narrábo ópera Dómini. (Ps. 117, 16. 17)


Vernáculo:
A mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! Não morrerei, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor! (Cf. LH: Sl 117, 16bc. 17)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, acolhei com bondade as oferendas que vos apresentamos para que sejam santificadas e nos tragam a salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! (Sl 33, 6)

Ou:


Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; aquele que me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8, 12)
Comédite pínguia, et bíbite mulsum, et míttite partes eis qui non praeparavérunt sibi: sanctus enim dies Dómini est, nolíte contristári: gáudium étenim Dómini est fortitúdo nostra. (2 Esdr. 8, 10; ℣. Ps. 80, 2. 3. 5. 11. 14. 17)
Vernáculo:
Ide e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e dai porções àqueles para quem nada se preparou, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não é dia de luto, pois a alegria pelo Senhor é vossa força. (Cf. Bíblia CNBB: Ne 8, 10)

Depois da Comunhão

Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que, tendo recebido a graça de uma nova vida, sempre nos gloriemos dos vossos dons. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 23/01/2022
O “livro vivo” da humanidade de Cristo

Um dia, quando Santa Teresa d'Ávila se viu impossibilitada de ler, Nosso Senhor apareceu e disse-lhe: "Não sofras, que te darei livro vivo". Curiosamente, o "livro" de que Jesus falava não era a Bíblia, mas Ele próprio.

À luz da introdução que São Lucas faz ao seu Evangelho, cabe dizer algumas palavras em relação à centralidade da Palavra de Deus na vida da Igreja e desfazer o grande mal-entendido – espalhado pelos protestantes e comprado por muitos católicos – de que a Palavra se resumiria às páginas da Bíblia, como se a fé cristã fosse uma "religião do Livro".

Contra essa visão perigosa, é preciso dizer que a Palavra de Deus não é um livro, mas uma Pessoa; "o Verbo de Deus se fez carne" (Jo 1, 14), não livro; o Cristianismo não é a religião "duma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo" (Catecismo da Igreja Católica, § 108).

O Papa Bento XVI expressou bem essa verdade quando escreveu, na sua encíclica Deus Caritas Est, que "ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo" (n. 1). Sem dúvidas que um cristão deve guiar-se por "grandes ideias" e tomar importantes "decisões éticas", mas isso não se confunde com a essência do Evangelho, que é o anúncio da Pessoa divino-humana de Jesus de Nazaré. Quem considera a fé católica um mero corpo de teorias e doutrinas abstratas acaba transformando-a numa espécie de gnose – uma forma de "conhecimento oculto" que parece bonita, mas não salva.

Sobre o risco de prescindir da Pessoa do Verbo Encarnado para buscar "novidades" e correr atrás de "novas revelações", adverte São João da Cruz que, "em dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra única (e outra não há), tudo nos falou de uma vez nessa Palavra, e nada mais tem para falar" (Subida do Monte Carmelo, II, 22). Quem quer que queira achegar-se a Deus deve, portanto, passar por esse "único mediador", no qual "estão encerrados todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl 2, 3).

Quando, em meados do conturbado século XVI, os livros em língua castelhana foram proibidos, na Espanha de Santa Teresa de Ávila, Jesus consolou-a com nada menos do que a Sua presença:

"Senti muito quando se proibiu a leitura de muitos livros em castelhano, porque alguns muito me deleitavam; e eu não poderia mais fazê-lo, pois os permitidos estavam em latim; o Senhor me disse: Não sofras, que te darei livro vivo. Eu não podia compreender por que Ele me dissera isso, pois ainda não tinha tido visões. Mais tarde, há bem poucos dias, o compreendi muito bem, pois tenho tido tanto em que pensar e em que me recolher naquilo que me cerca, e tenho tido tanto amor do Senhor, que me ensina de muitas maneiras, que tenho tido muito pouco ou quase nenhuma necessidade de livros. Sua Majestade tem sido o livro verdadeiro onde tenho visto as verdades. Bendito seja esse livro, que deixa impresso na alma o que se há de ler e fazer, de modo que não se pode esquecer!" (Livro da Vida, XXVI, 5)

A insistência de Teresa, em vários trechos de sua obra, com a humanidade de Cristo, diz muito da espiritualidade católica, repleta de ícones, estátuas, estampas – figuras sensíveis que, de várias formas, remetem à carne real e palpável que o próprio Deus invisível assumiu para a nossa salvação.

Por isso, São Lucas, ao escrever o seu Evangelho, vai atrás "[d]aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra" (v. 2), isto é, daqueles que viram, ouviram e apalparam a Palavra visível de Deus (cf. 1 Jo 1, 1-2). Os detalhes que ele conta no começo de suas páginas, principalmente sobre a vida de Maria Santíssima, legaram-lhe a fama de "pintor da Virgem", sendo muitos ícones marianos da história da Igreja atribuídos a ele.

Mais importante que saber, todavia, se tal ou qual imagem foi realmente pintada por S. Lucas, é aprender a reconhecer nos Evangelhos a Pessoa de Cristo. Foi o que o próprio Jesus ensinou a fazer quando, depois de ler uma passagem de Isaías, disse: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir" (v. 21). Ora, Nosso Senhor sabia bem que aquela profecia do Velho Testamento tinha a ver com o exílio da Babilônia e, portanto, já se tinha cumprido há muito tempo. Ao dizer que ela se cumpria naquele momento, portanto, Ele dava uma nova chave de interpretação para as Escrituras: o sentido místico, que ensina a "adquirir uma compreensão mais profunda dos acontecimentos reconhecendo a significação deles em Cristo" (Catecismo da Igreja Católica, § 117).

A Igreja sempre leu as Escrituras dessa forma, transcendendo o seu sentido literal e histórico e procurando dar-lhes um significado espiritual. Sob essa luz, todas as narrativas bíblicas ganham uma nova perspectiva. Isso não significa ignorar ou desprezar, por exemplo, a exegese histórico-crítica, que é um instrumento válido e importante para os estudos teológicos. O problema está em deter-se aí, transformando a Bíblia em "letra morta", sem nenhuma conexão com a vida concreta das pessoas. Afinal, não foi simplesmente para integrarem uma biblioteca ou serem estudadas que Deus nos deixou as Escrituras; em sua sabedoria, quis Ele que elas servissem principalmente ao nosso crescimento espiritual. Para tanto, é preciso que, numa santa obsessão, nos tornemos íntimos da humanidade de Cristo, o caminho fora do qual não há nem salvação nem verdadeira santidade.

Deus abençoe você!

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Homilia | A ditadura oculta (3.º Domingo do Tempo Comum)

O Evangelho deste 3.º Domingo do Tempo Comum nos leva à sinagoga de Nazaré. Contemplamos Jesus, em meio aos demais judeus, a ler a profecia que Isaías, séculos antes, dissera a respeito dele: “O Espírito do Senhor está sobre mim”. Jesus Cristo, na sua divina humanidade, apresenta-se como o Ungido de Deus: o Verbo eterno enviado do Pai para nos libertar da mais cruel escravidão, de uma ditadura que, sendo eterna, é pior do que qualquer opressão política mundial.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este domingo e medite conosco mais uma página do santo Evangelho.


https://youtu.be/RMbT2j6DQEk

Santo do dia 23/01/2022


Santo Ildefonso (Memória Facultativa)
Local: Toledo, Espanha
Data: 23 de Janeiro † 667


Ildefonso é a forma original de Afonso, em espanhol, palavra de origem visigótica parecendo significar "pronto para a batalha".

Nascido em Toledo, de sangue real, a 8 de dezembro de 606. Foi pela intercessão de Nossa Senhora que seus pais obtiveram do céu este filho. Crê-se que estudou com santo Isidoro em Sevilha e ali aprendeu a desprezar o espírito do mundo. Voltando para a casa dos pais, pediu-lhes para fazer-se monge no mosteiro de Agalia, perto de Toledo. Tendo-se tornado, pela morte dos pais, herdeiro de rica fortuna, empregou toda a sua herança na fundação de um mosteiro para religiosas. Heládio, bispo de Toledo, ordenou-o diácono. Os monges de Agalia, após a morte de seu abade, elegeram-no para sucedê-lo no cargo abacial. Participou nessa qualidade dos concílios de Toledo de 653 e 655. Em 657, morrendo Eugênio, bispo de Toledo, foi escolhido pelo clero e os fiéis como sucessor. Não querendo aceitar, escondeu-se, mas foi achado, e levado escoltado à cidade para a consagração episcopal.

Investido em seu cargo, Ildefonso não negligenciou coisa alguma para manter seu rebanho na pureza dos costumes e na integridade da fé. Às funções apostólicas da pregação juntou a elaboração de diversas obras, das quais a mais famosa é seu livro sobre a virgindade perpétua de Maria, contra Joviniano, Helvécio e um judeu, na qual se nota a sua piedade.

No dia de santa Leocádia (9 de dezembro), esta célebre mártir, cujas relíquias desejava encontrar, se dignou manifestar-se a ele indicando o local onde repousava seu corpo.

Santo Ildefonso foi ardente propagador da festa da Expectação do divino parto de Maria. Certo ano, antes das Matinas dessa solenidade, aconteceu que a Santíssima Virgem lhe apareceu sentada no trono pontifical, rodeada de um grupo de virgens executando cantos celestiais e o revestiu com magnífica casula enviada por Jesus. Assim conta o livro das Lendas de Maria, que esteve em grande voga nos séculos XII e XIII.

Morreu Ildefonso a 23 de janeiro de 667. Seu corpo inumado na igreja de santa Leocádia, foi transferido, por medo dos mouros, para Zamora, onde o veneraram até 888. Em 1400, foi tirado de sob ruínas e novamente exposto à veneração dos fiéis.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santo Ildefonso, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil