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Antífona de entrada

Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo. (Sl 67, 6-7. 36)
Deus in loco sancto suo: Deus, qui inhabitáre facit unánimes in domo: ipse dabit virtútem et fortitúdinem plebi suae. Ps. Exsúrgat Deus, et dissipéntur inimíci eius: et fúgiant, qui odérunt eum, a fácie eius. (Ps. 67, 6. 7. 36 et 2)
Vernáculo:
Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo. (Cf. MR: Sl 67, 6-7. 36) Sl. Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! (Cf. LH: Sl 67, 2)

Coleta

Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jr 15, 10. 16-21)


Leitura do Livro do Profeta Jeremias

10“Ai de mim, minha mãe, que me geraste um homem de controvérsia, um homem em discórdia com toda a gente! Não emprestei com usura nem ninguém me emprestou, e contudo todos me amaldiçoam. 16Quando encontrei tuas palavras, alimentei-me, elas se tornaram para mim uma delícia e a alegria do coração, o modo como invocar teu nome sobre mim, Senhor Deus dos exércitos.

17Não costumo frequentar a roda dos folgazões e gabo-me disso; fiquei a sós, sob o influxo de tua presença e cheio de indignação. 18Por que se tornou eterna minha dor, por que não sara minha chaga maligna? Para mim te tornaste como miragem de um regato, como visão d’águas ilusórias”. 19Ainda assim, isto diz-me o Senhor: “Se te converteres, converterei teu coração, para te sustentares em minha presença; se souberes separar o precioso do vil, falarás por minha boca; os outros voltarão para ti, e tu não voltarás para eles. 20Em favor deste povo, farei de ti uma muralha de bronze fortificada; combaterão contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para te salvar e te defender diz o Senhor. 21Eu te libertarei das mãos dos perversos e te salvarei dos prepotentes”.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 58)


℟. Sois meu refúgio no dia da aflição.


— Libertai-me do inimigo, ó meu Deus, e protegei-me contra os meus perseguidores! Libertai-me dos obreiros da maldade, defendei-me desses homens sanguinários! ℟.

— Eis que ficam espreitando a minha vida, poderosos armam tramas contra mim. Mas eu, Senhor, não cometi pecado ou crime. ℟.

— Minha força, é a vós que me dirijo, porque sois o meu refúgio e proteção, Deus clemente e compassivo, meu amor! Deus virá com seu amor ao meu encontro, e hei de ver meus inimigos humilhados. ℟.

— Eu, então, hei de cantar vosso poder, e de manhã celebrarei vossa bondade, porque fostes para mim o meu abrigo, o meu refúgio no dia da aflição. ℟.

— Minha força, cantarei vossos louvores, porque sois o meu refúgio e proteção, Deus clemente e compassivo, meu amor! ℟.


https://youtu.be/RZIQWDW3KKg
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou. (Jo 15, 15b) ℟.

Evangelho (Mt 13, 44-46)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Exaltábo te Dómine, quóniam suscepísti me, nec delectásti inimícos meos super me: Dómine, clamávi ad te, et sanásti me. (Ps. 29, 2. 3)


Vernáculo:
Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Senhor, clamei por vós, pedindo ajuda, e vós, meu Deus, me devolvestes a saúde! (Cf. LH: Sl 29, 2. 3)

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos da vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei que estes sagrados mistérios, pela força da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam à eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não esqueças nenhum de seus favores! (Sl 102, 2)

Ou:


Bem-aventurados os misericordiosos, porque obterão misericórdia. Bem-aventurados os corações puros, porque verão a Deus. (Mt 5, 7-8)
Simile est regnum caelórum hómini negotiatóri, quaerénti bonas margarítas: invénta una pretiósa margaríta, dedit ómnia sua, et comparávit eam. (Mt. 13, 45. 46; ℣. Ps. 33)
Vernáculo:
O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas: ao encontrar uma de grande valor, vai, vende tudo o que tem e compra aquela pérola. (Cf. Bíblia CNBB: Mt 13, 45. 46)

Depois da Comunhão

Recebemos, ó Deus, este sacramento, memorial permanente da paixão do vosso Filho; fazei que o dom da vossa inefável caridade possa servir à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 27/07/2022
A pérola de grande valor

Jesus é aquela pérola de grande valor pela qual vale a pena vender tudo alegremente, desprezando todas as coisas e tendo-as em conta de lixo, para ganhar Cristo e estar com Ele.

No Evangelho de hoje, o Senhor estabelece duas belas comparações com o Reino dos Céus: ele é como um tesouro escondido no campo e como uma pérola de grande valor. Um detalhe importante que não podemos deixar despercebido é o fato de Jesus dirigir estas palavras, não às multidões, como está escrito no Lecionário, mas aos discípulos. É o próprio Evangelista quem o nota, quando escreve pouco versículos antes que o Senhor, tendo despedido a turba, entrou em casa, e seus discípulos agruparam-se ao redor dEle para perguntar-Lhe privadamente o sentido da parábola do joio no campo (cf. Mt 13, 36). Ele, que falava ao povo por meio de figuras (cf. Mt 13, 34), explica tudo de forma clara e aberta aos que O seguem de perto, visto que já começaram a crer como convém e a conhecê-lO na intimidade. É por isto, aliás, que depois de estabelecer as duas comparações referidas acima, Ele pergunta aos discípulos: "Compreendestes tudo isto?", que Lhe respondem sem demora: "Sim, Senhor" (Mt 13, 51).

Pois os que se aproximam de Cristo de coração sincero e se deixam iluminar pela fé tornam-se capazes, como escribas instruídos nas coisas do Reino dos Céus (cf. Mt 13, 52), de enxergar a presença do Senhor em cada passagem das Sagradas Escrituras; vêem-nO escondido em todo o Antigo Testamento, como um tesouro enterrado no campo, e O reconhecem como uma jóia de inestimável valor, pela qual vale a pena entregar tudo com alegria. Peçamos-Lhe hoje o dom da fé e a graça de O termos sempre bem perto, como um Amigo íntimo, a fim de podermos dizer um dia com São Paulo: "Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo e estar com Ele" (Fl 3, 8). Façamos também nesta quarta-feira o propósito de dedicarmos a partir de hoje um pouco mais de tempo à oração pessoal, na qual temos a alegria de encontrar-nos com Aquele que tem direito ao nosso amor e à nossa atenção contínua.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | O escondimento de Deus e o nosso (Quarta-feira da 17.ª Semana do Tempo Comum)

O Reino dos Céus, diz o Senhor, é como um tesouro escondido no campo: tão logo o encontra, o homem de fé vai, cheio de alegria, e vende tudo o que tem e possui, a fim de comprar aquele campo. Assim também Jesus a tudo renunciou por nós, homens, e para a nossa salvação: assumindo a condição de escravo, Ele ocultou a glória de sua divindade, para que aprendêssemos a amá-lo e a desejá-lo com um amor puro, livre e sincero.Assista à homilia de hoje e descubra as riquezas escondidas em mais uma parábola de Nosso Senhor!


https://youtu.be/HYSlT1re3Ho

Santo do dia 27/07/2022


São Pantaleão, Mártir (Memória Facultativa)
Local: Nicomedia, Turquia
Data: 27 de Julho † c. 305


Nicomedia é a Terra de São Pantaleão, um dos Quatorze Auxiliares em grande necessidade. O pai era pagão. O menino recebeu ótima educação de sua mãe, cristã fervorosíssima. Infelizmente, essa bem cedo lhe foi arrebatada pela morte, circunstância que muito afetou a vida do filho unigênito. O pai não poupou sacrifícios, para proporcionar-lhe os meios necessários à carreira de médico, mas exigiu também da parte dele a participação ativa no culto da idolatria.

Pantaleão conservou-se puro, no meio de um mundo corrupto, provando assim a solidez da educação que da própria mãe recebera.

Com sua inteligência e força de vontade, não podia deixar de sobrepujar a todos os companheiros de estudo e distinguir-se de tal maneira, que chegou a gozar dos maiores privilégios, e pelos mestres foi vantajosamente recomendado ao Imperador Maximiano. Ao mesmo tempo, Pantaleão conheceu Hermolau, sacerdote cristão, que por medo das perseguições, vivia com os irmãos numa casa bem retirada. Numa das conversas que teve com o mencionado sacerdote, Pantaleão falou-lhe da mãe, que era cristã. “E tu?” – perguntou-lhe – com vivo interesse. “Eu – respondeu Pantaleão – respeito e honro a memória de minha mãe e conservo fielmente a doutrina que me ensinou, mas presentemente me vejo na necessidade de seguir a religião de meu pai e do governo, principalmente agora, que tenho em vista ser nomeado médico assistente do Imperador”. Hermolau contou-lhe então a história da vida de outro médico, que superava a todos os mais em ciência e em virtude; que por uma só palavra, curava os doentes, dava luz aos cegos, ouvidos aos surdos, o uso dos membros aos paralíticos e chamava à vida os mortos, conduzia todos à felicidade eterna.

Pantaleão começou a interessar-se por esse médico divino, cujo nome aprendera a balbuciar na mais tenra infância; no entanto, não podia decidir-se a abraçar francamente a religião de Jesus Cristo.

Um fato extraordinário trouxe-lhe a luz da fé. Passando um dia pelo campo, encontrou à beira da estrada uma criança morta vitimada por picada de cobra. Instintivamente recuou apavorado. Mas, recuperando a calma disse de si para si: “Se é verdade o que Hermolau me disse de Cristo, há de ser demonstrado agora”. Levantando os olhos ao céu, disse: “Ó Deus dos cristãos, se és verdadeiramente o Senhor da vida e da morte, mata esta cobra e dá vida a esta criança”. E assim aconteceu. Pantaleão apresentou-se ao sacerdote e após um retiro de 7 dias, recebeu o batismo.

Depois de cristão, o maior desejo que tinha era ver o pai na mesma religião. Sem demora pôs mãos à obra para convertê-lo, tarefa essa, cuja realização só pela metade conseguiu.

Apresentou-se-lhe um doente atacado de oftalmia. Grandes quantias já tinha dispendido com os médicos, sem tirar o menor resultado. Pantaleão prometeu-lhe cura radical, contra a opinião do pai, o qual queria fazer-lhe ver a inutilidade de tratar um caso perdido. Pantaleão, porém, animou o doente, o fez invocar o nome de Deus único e seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, tocou-lhe os olhos com as mãos e o cego recuperou a vista. A essa evidência o pai e o cego se declararam cristãos e ambos receberam o batismo.

Pantaleão dedicou-se à sua profissão, procurando sempre dar aos doentes não só a saúde do corpo, como também o bem-estar da alma. Deus abençoou-lhes os esforços e, em pouco tempo, Pantaleão era o mais afamado e o mais procurado de todos os médicos. Isto certamente havia de provocar a inveja dos colegas pagãos, os quais dali em diante lhe observavam os passos. Notando que Pantaleão dispensava particulares cuidados aos cristãos encarcerados, denunciaram-no à corte imperial. O Imperador, ao receber esta notícia, não fez segredo do forte desagrado e ordenou ao médico que rendesse culto aos deuses, para assim desmentir os acusadores. Pantaleão respondeu: “Mais alto que palavras falam os fatos e a verdade é acima de tudo; quanto mais poderoso é Deus, tanto mais veneração merece. Proponho o seguinte: Mande trazer aqui um doente que esteja em estado grave; chame os vossos médicos e sacerdotes, para que invoquem sobre ele os deuses. Eu recorrerei a meu Deus, o Deus que der saúde ao doente, há de ser por todos adorado, como o único e verdadeiro e os outros deuses devem ser removidos”. Maximiano aceitou a proposta. Veio um doente por todos os médicos desenganado. Vieram os médicos, sacerdotes pagãos e Pantaleão. Os idólatras ofereceram os sacrifícios de costume aos deuses e em preces a eles dirigidas, pediram que curassem o doente. Em vão. Esse nenhuma melhora experimentou. Pantaleão, em prece fervorosa, dirigiu-se a Jesus e em nome do mesmo, ordenou ao doente que levantasse. O doente obedeceu imediatamente e, reestabelecido, voltou para casa.

O Imperador, obcecado pelo erro e pela paixão, em vez de cumprir a palavra, exigiu de Pantaleão que também sacrificasse aos deuses. O jovem cristão, porém, resolutamente se negou a isso, e com uma constância imperturbável, sofreu toda a sorte de tormentos que o Imperador mandou que lhe fossem aplicados. Finalmente amarrado a um tronco de oliveira, Pantaleão recebeu o golpe de morte pela espada, no dia 27 de julho de 305. As relíquias foram transportadas para Constantinopla e depositadas numa igreja, que lhe traz o nome. Mais tarde vieram para Denis, na França. A cabeça de S. Pantaleão é o tesouro precioso da cidade de Lyon.

São Pantaleão, rogai por nós!

Referência:
LEHMANN, Padre João Batista. Na Luz Perpétua. 2. ed. Juiz de Fora: Typ. do "Lar Catholico", 1935. 550 p. Volume II. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

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