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Martírio de São João Batista, Memória

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Antífona de entrada

Quero falar de vossa lei perante os reis e darei meu testemunho sem temor. Muito me alegro com os vossos mandamentos que eu amo, amo tanto, mais que tudo. (Cf. Sl 118, 46-47)
Loquébar de testimóniis tuis in conspéctu regum, et non confundébar: et meditábar in mandátis tuis, quae diléxi nimis. Ps. Beáti immaculáti in via: qui ámbulant in lege Dómini. (Ps. 118, 75. 120 et 1)
Vernáculo:
Sei que os vossos julgamentos são corretos, e com justiça me provastes, ó Senhor! Perante vós sinto tremer a minha carne, porque temo vosso justo julgamento! Sl. Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! (Cf. LH: Sl 118, 79. 120)

Coleta

O Deus, quisestes que São João Batista fosse o Precursor do vosso Filho no nascimento e na morte; como ele tombou mártir da justiça e da verdade, fazei-nos também lutar corajosamente para testemunhar a vossa palavra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Primeira Leitura (Jr 1, 17-19)


Leitura do Livro do Profeta Jeremias


Naqueles dias, a Palavra do Senhor foi-me dirigida: 17“Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles.

18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 70)


℟. Minha boca anunciará vossa justiça.


— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me! ℟.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. ℟.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo. ℟.

— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas. ℟.


https://youtu.be/zdPTRwprHVM
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o Reino dos Céus há de ser deles! (Mt 5, 10) ℟.

Evangelho (Mc 6, 17-29)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.

21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”.

24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João.

O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

In virtúte tua, Dómine, laetábitur iustus, et super salutáre tuum exsultábit veheménter: desidérium ánimae eius tribuísti ei. (Ps. 20, 2. 3)


Vernáculo:
Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra; quanto exulta de alegria em vosso auxílio! O que sonhou seu coração, lhe concedestes; não recusastes os pedidos de seus lábios. (Cf. LH: Sl 20, 2. 3)

Sobre as Oferendas

Concedei-nos, Senhor, pela oferenda que vos apresentamos, aquela retidão nos vossos caminhos que São João Batista, voz que clama no deserto, ensinou e selou, com grande coragem, derramando o seu sangue. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

João respondeu: É necessário que ele cresça e eu diminua. (Jo 3, 27. 30)
Posuísti Dómine in cápite eius corónam de lápide pretióso. (Ps. 20, 4; ℣. Ps. 20, 2. 3. 5. 6. 7. 8. 14)
Vernáculo:
Com bênção generosa o preparastes; de ouro puro coroastes sua fronte. (Cf. LH: Sl 20, 4)

Depois da Comunhão

Senhor, ao celebrarmos o nascimento de São João Batista para a glória, concedei que veneremos no sacramento recebido a realidade que ele simboliza, e nos alegremos cada vez mais por seus frutos em nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 29/08/2024


O martírio é muito mais que um heroísmo!


O martírio de São João Batista não é “mais um” desses casos ilustres de homens e mulheres que, para não praticarem uma injustiça, preferiam sofrer uma, à custa da própria vida: é um ato divino, fruto da graça cuidadosamente guardada.

Celebramos hoje a memória do martírio de São João Batista, uma dessas figuras bíblicas que nos impressionam por sua resolução e determinação, por esse heroísmo que, no entanto, pode ser um pouco enganoso.

Por quê? Porque nós podemos nos confundir e achar que tudo isso, em João Batista, é simplesmente uma questão de temperamento, de estilo, de esforço humano e que, no fundo, no fundo, João Batista é um desses heróis históricos que, para ser coerente com seus princípios, foi degolado e martirizado como tantos outros heróicos e intransigentes defensores de princípios.

Mas, na biografia de São João Batista existe um detalhe do qual não podemos nos esquecer. Quando João Batista estava no ventre materno, foi visitado pela Virgem Maria e Jesus. É aquilo que nós celebramos quando meditamos o mistério da Visitação, o segundo mistério gozoso: Nossa Senhora saudou Isabel e, ao chegar aos ouvidos de Isabel a saudação da Virgem Santíssima, o Espírito Santo tomou conta de todo o interior de Isabel e de João Batista, e a criança exultou de alegria.

Naquele momento, João Batista recebeu algo de sobrenatural, um amor a Deus e ao seu Cristo que nenhum ser humano é capaz de produzir. Se nós não olharmos isso, não entenderemos o martírio de João Batista. O martírio de João Batista foi um martírio de amor — como, aliás, todos os verdadeiros mártires morreram: por amor. É muito diferente o martírio cristão dos “martírios heróicos” de personagens históricos ilustres ou de outras religiões. Nós cremos que o verdadeiro mártir morre com um amor que o ser humano não é capaz de ter.

Mas atenção: não é capaz, porque é um amor sobrenatural! Pela palavra “sobrenatural”, entendemos aquilo de que a natureza criada não é capaz de realizar. Ou seja, nenhum mineral, nenhum vegetal, nenhum animal, nenhum ser humano, nem sequer um anjo é capaz de realizar o amor sobrenatural, porque o amor sobrenatural é o amor com que o Pai ama ao Filho, é o amor que é o próprio Espírito Santo em Pessoa derramado em nossos corações. Então, quando o Espírito Santo é derramado em nossos corações, como foi derramado sobre João Batista no ventre de Isabel, nós somos capazes de realizar maravilhas.

Então, como um gigante ad currendum via, como diz o Salmo, João Batista começou a dar passos de gigante, porque começou a amar Deus com um amor com o qual o ser humano não é capaz de amar, com o qual nem os anjos, se não tivessem recebido a graça, seriam capazes de amar.

Foi esse amor que o levou a, incendiado, pregar a conversão e levar as pessoas para esse amor: “Arrependei-vos, convertei-vos”, como que reverberando em sua própria vida a frase que mais tarde São Paulo iria dizer: Caritas Christi urget nos, o amor de Cristo nos impele. É uma urgência de quem ama!

João Batista via aquelas pessoas no pecado e dizia: “Eu preciso levar as pessoas a mudar de vida, porque preciso fazer com que a caridade de Deus, o amor de Cristo, brote nesses corações. Eu ainda não sou capaz, porque virá um outro; eu batizo na água, mas virá um outro que batiza no Espírito, e Ele então irá infundir essa caridade nesses corações, mas eu já vou preparando o caminho para que venha a caridade do Céu, a caridade do próprio Deus, caridade que vem em nosso socorro e nos torna capazes de dar passos de gigante”.

O gigante João Batista, hoje, chega ao termo do seu combate e de sua corrida. Como São Paulo mais tarde dirá, o Batista diz hoje a nós, com suas vestes tingidas do sangue do seu degolamento por amor a Cristo: “Combati o bom combate”. A caridade foi mantida no seu coração até o fim!

Deus abençoe você!

Nossa Missão
Evangelize com o Pocket Terço: pocketterco.com.br/ajude

Homilia Diária | O martírio como fruto da vida de oração (Memória do Martírio de São João Batista)

Ao fazermos hoje memória do martírio de São João Batista, morto por dar testemunho da verdade e do respeito que se deve à lei de Deus, a Igreja quer-nos lembrar de que é só na oração, na vida interior constante e humilde, que podemos encontrar aquela força sem a qual é impossível manter-se fiel à vontade divina e testemunhar sem medo Aquele que é a Verdade, ontem, hoje e sempre.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, 29 de agosto, e peçamos a Deus que, pela intercessão de São João Batista, dê-nos a graça de uma vida de oração fecunda, da qual brote um amor incondicional aos seus sagrados Mandamentos.


https://youtu.be/4yh_eZp0rDw

Santo do dia 29/08/2024

Martírio de São João Batista (Memória)
Data: 29 de Agosto† s. I


São João Batista faz parte do grupo dos quatro santos que além da solenidade possui uma segunda festa. São Pedro e São Paulo possuem uma segunda comemoração em nível de festa (São Pedro, 22 de fevereiro; São Paulo, 25 de janeiro). São José, em nível de memória facultativa (1º de maio), e São João Batista, no dia 29 de agosto. É o seu "dies natalis", dia de sua morte, do martírio, do seu nascimento para Deus, chamada, no Oriente, de "Degolação" ou "Paixão" do Batista.

Se na solenidade de seu nascimento no dia 24 de junho se realça a vocação e a missão de João Batista, o seu futuro, a comemoração de sua morte recorda o passado, o que Deus realizou em João Batista. A festa do seu nascimento leva a Igreja a olhar para o futuro daquele menino. Ao nascer, todos se perguntavam: O que será deste menino? (Lc 1, 66). No Benedictus o menino é chamado "profeta do Altíssimo" (cf. Lc 1, 76). Na comemoração do seu martírio, terminada sua carreira neste mundo, recorda-se o seu passado, as maravilhas que Deus realizou naquele que foi considerado o maior dentre os nascidos de mulher (cf. Mt 11, 11).

Sua grandeza está em sua missão profética. Foi o último dos profetas que não só anunciou a vinda do Messias Salvador, mas o mostrou presente entre os homens. Ele foi o precursor do Messias, que veio preparar os caminhos para sua chegada; ele batizou o próprio autor do Batismo e, derramando o seu sangue, mereceu dar o perfeito testemunho de Cristo.

A Oração coleta diz que João Batista foi o precursor do nascimento e da morte do Filho de Deus. E a Igreja pede: Como ele tombou na luta pela justiça e a verdade, fazei-nos também lutar corajosamente para testemunhar a vossa palavra. A Oração sobre as oferendas pede para todos a retidão de João Batista: Ó Deus, pela oferenda que vos apresentamos, dai-nos aquela retidão dos vossos caminhos que São João Batista, voz que clama no deserto, ensinou e confirmou com seu sangue. O Prefácio próprio, a "missão do Precursor", é o mesmo de sua solenidade.

Se sua solenidade comemora o seu nascimento neste mundo, a Oração depois da Comunhão lembra seu nascimento para a glória: Ó Deus, ao celebrarmos o nascimento de João Batista para a glória, concedei que veneremos no sacramento recebido a realidade que ele simboliza, e nos alegremos cada vez mais por seus frutos em nossa vida.

A Antífona da entrada põe na boca da Igreja dois versículos do Sl 118: Diante dos reis falo da vossa aliança, sem temer a vergonha. Encontro alegria em vossos preceitos porque muito os amo.

Que Deus conceda a todos a coragem e a força de João Batista para testemunharmos em todas as circunstâncias e em todos os momentos a verdade e a justiça do Reino.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

São João Batista, rogai por nós!

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