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Antífona de entrada

Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor. (Sl 105, 47)
Laetétur cor quaeréntium Dóminum: quaérite Dóminum, et confirmámini: quaérite fáciem eius semper. Ps. Confitémini Dómino, et invocáte nomen eius: annuntiáte inter gentes ópera eius. (Ps. 104, 3. 4 et 1)
Vernáculo:
Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Sl. Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! (Cf. LH: Sl 104, 3. 4 e 1)

Glória

Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso.
Nós vos louvamos,
nós vos bendizemos,
nós vos adoramos,
nós vos glorificamos,
nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai.
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica.
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo,
só vós, o Senhor,
só vós, o Altíssimo,
Jesus Cristo,
com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém.

Coleta

Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jr 1, 4-5. 17-19)


Leitura do Livro do Profeta Jeremias


Nos dias de Josias, rei de Judá, 4foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: 5“Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações. 17Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles.

18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 70)


℟. Minha boca anunciará todos os dias vossas graças incontáveis, ó Senhor.


— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me! ℟.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. ℟.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo. ℟.

— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas. ℟.


https://youtu.be/NAfkIqVyQ-g

Segunda Leitura (1Cor 12, 31-13, 13)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos: 31Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior. 13, 1Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.

2Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada.

3Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de nada me serviria.

4A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; 5não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; 6não se alegra com a iniquidade, mas se regozija com a verdade. 7Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo.

8A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. 9Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita. 10Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.

11Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança.

12Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas de modo imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido.

13Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Foi o Senhor quem me mandou boas notícias anunciar; ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar! (Lc 4, 18) ℟.

Evangelho (Lc 4, 21-30)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: 21“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.

22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”

23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”.

24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.

25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.

27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.

28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Creio

Creio em Deus Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Às palavras seguintes, até Virgem Maria, todos se inclinam.
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria,
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus,
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne
e na vida eterna. Amém.

Antífona do Ofertório

Bonum est confitéri Dómino, et psállere nómini tuo, Altíssime. (Ps. 91, 2)


Vernáculo:
Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! (Cf. LH: Sl 91, 2)

Sobre as Oferendas

Para vos servir, ó Deus, depositamos nossas oferendas em vosso altar; acolhei-as com bondade, a fim de que se tornem o sacramento da nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! (Sl 30, 17-18)

Ou:


Bem-aventurados os que têm coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra. (Mt 5, 3-4)
Illúmina fáciem tuam super servum tuum, et salvum me fac in tua misericórdia: Dómine, non confúndar, quóniam invocávi te. (Ps. 30, 17. 18; ℣. Ps. 30, 2. 3ab. 3cd. 4. 5. 6. 8ab. 15-16a)
Vernáculo:
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão! Eu vos invoco: que eu não seja envergonhado; mas aos maus desçam calados para o abismo (Cf. Salt.: Sl 30, 17. 18)

Depois da Comunhão

Renovados pelo sacramento da nossa redenção, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da salvação eterna nos faça progredir na verdadeira fé. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 30/01/2022
Não sejamos como os nazarenos!

Jesus é rejeitado pelos habitantes de sua própria terra. Furiosos com as Suas palavras, os nazarenos se levantam, expulsam-No da cidade e ainda O conduzem para o alto de um monte, com a intenção de lançá-Lo num precipício.

Diante da pregação de Cristo, o povo tem uma dupla reação. Primeiro, eles "davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca" (v. 22). Ao fim do Evangelho, no entanto, a fúria se apossou de todos na sinagoga, e eles "levantaram-se e o expulsaram da cidade", levando-o ao alto de um monte "com a intenção de lançá-lo no precipício" (v. 29). São os próprios nazarenos quem tramam contra Jesus, homens de Sua própria terra, que conheciam a Sua história e a Sua família. Por que eles fizeram isso?

A resposta – apontam os Santos Padres da Igreja, ao interpretarem essa passagem do Evangelho – está na inveja que eles sentiam de Cristo. O mesmo pecado que comete a serpente com Adão e Eva (cf. Gn 3, 1-5), que faz Caim matar o seu irmão Abel (cf. Gn 4, 2-8), que leva os filhos de Jacó venderem o seu irmão José (cf. Gn 37, 12-28), torna a própria terra em que nasceu o Salvador indigna de acolher as Suas obras (cf. Catena Aurea in Lucam, 4, 5). Os nazarenos não podem suportar que aquelas palavras "cheias de graça" sejam pronunciadas pelo "filho de José", pelo filho do carpinteiro. A princípio, eles estão apenas escandalizados e entristecidos com o bem alheio (inveja afetiva). Vendo, porém, revelados os sentimentos de seus corações, e tomados pela ira, eles se lançam sobre Jesus, decididos a matá-Lo (inveja efetiva). O projeto dos nazarenos se frustra, mas depois é efetivamente levado a cabo, quando os sacerdotes e os chefes do povo entregam Nosso Senhor às autoridades romanas, para ser crucificado.

Mas o que dá origem a todo esse ódio fratricida dos próprios conterrâneos de Cristo? Qual é, por assim dizer, a psicologia da inveja?

É do próprio Satanás o primeiro pecado de inveja de que se tem conhecimento. Além desse, como lembra o Doutor Angélico, os anjos rebeldes só podem cometer outro pecado, que é o da soberba – e é justamente dele que surge a inveja, essa tristeza que se experimenta em relação ao bem do próximo. Quando vê que os seres humanos serão agraciados com aquilo que ele, por soberba, havia perdido; quando vê outras criaturas recebendo o seu antigo posto de excelência, Lúcifer é tomado de tristeza e decide arrastar também o homem ao seu crime. Daí o Autor Sagrado dizer que "foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que são do seu partido" (Sb 2, 24).

Foi também por soberba que pecaram os invejosos filhos de Israel, quando venderam o seu irmão José a alguns viandantes. Eles não podiam suportar os sonhos que José recebia, sonhos que realçavam a excelência dele e colocavam-no em uma posição superior em relação a todos os membros de sua família. O que eles não sabiam é que o bem de José redundaria, como se comprovou tempos depois, em instrumento de salvação para eles próprios. O invejoso, que vê com maus olhos o bem alheio, não consegue enxergar que a bênção do outro, na verdade, é uma grande fonte de misericórdia também para ele. É o que nos ensina a analogia que faz São Paulo, quando compara a Igreja a um "corpo místico": o bem de um só membro resulta em benefício de todos os outros; o mal de um só membro é prejuízo para todo o corpo (cf. 1 Cor 12, 12-26).

Essa verdade está na essência dos bens espirituais, cuja lógica é totalmente oposta aos bens e riquezas deste mundo. Os bens materiais, de fato, são as maiores fontes de disputas e desavenças entre os homens, já que não podem ser possuídos ao mesmo tempo por muitos. A propriedade de um é simultaneamente a necessidade de outro e, quando se transfere algo a alguém, é inevitável que se perca aquilo que se doa. Os bens da alma, ao contrário, quanto mais se dão, mais se ganham. Quem dá Deus a outrem, enriquece-se; quem, ao contrário, deseja a condenação eterna a alguém, é o primeiro a perder a graça divina. É o que ensina Santo Tomás de Aquino, quando resume que "os bens espirituais podem ser possuídos ao mesmo tempo por muitos, não, porém, os bens corporais" (S. Th., III, q. 23, a. 1, ad 3).

O tratamento da inveja passa, portanto, pela cura do olhar. Quem tem o Céu sempre diante de si está sempre alegre com o bem do próximo, porque sabe que, no fundo, a herança celeste não diminui com o aumento do número de herdeiros. Diante das bênçãos com que são agraciados os nossos irmãos de caminhada, não sejamos como os nazarenos, mas imitemos os Santos em sua vivência da caridade, caridade na qual não há nenhuma sombra de inveja (cf. 1 Cor 13, 4).

Deus abençoe você!

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Homilia | Por que uns recebem mais e outros menos? (4.º Domingo do Tempo Comum)

Deus, como diz o Apóstolo, não faz acepção de pessoas, mas isso não significa que Ele seja “igualitarista”. O Senhor dá, sim, a cada um uma missão especial e, portanto, talentos e capacidades distintas, não para que se orgulhem do que têm, mas para que sejam um dom para os que não têm tanto. Porque, ao fim e ao cabo, ainda que uns tenham mais do que outros, a recompensa final é para todos uma só.Escute a meditação do Padre Paulo Ricardo sobre a liturgia deste domingo e peçamos à Virgem Maria, Mãe da divina graça, que nos ajude a vencer todo sentimento de inveja, alegrando-nos por muitos terem recebido o que sabiamente nos foi negado.


https://youtu.be/sQ3ivakqzdA

Santo do dia 30/01/2022


Santa Martinha (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 30 de Janeiro † 677


A história desta jovem santa começa muito distante da sua morte. Cerca de 1400 anos após seu martírio, o dinâmico Urbano VIII, todo empenhado na grande contrarreforma católica, na restauração das igrejas, descobriu as relíquias da santa e a propôs à devoção dos romanos. Fixou a festa de santa Martinha no dia 30 de janeiro. Com hinos, que ele mesmo compôs, incitou os romanos à celebração da vida imaculada, da caridade exemplar, do corajoso testemunho dado a Cristo por santa Martinha.

Quem era essa jovem mártir que aparecia após tantos séculos de esquecimento? Foi considerada uma das principais padroeiras de Roma. Temos poucas notícias históricas. O papa Honório, no século IV, dedicou-lhe uma igreja. Quinhentos anos após, ao fazerem escavações nessa igreja, que estava no Foro, encontraram os túmulos de três mártires. No século VIII a festa da santa já era celebrada. Segundo a lendária Paixão, Martinha era diaconisa, filha de nobre romano. Por causa de sua aberta profissão de fé foi conduzida ao tribunal do imperador Alexandre Severo (222-285). Este era muito tolerante. Chegou a incluir Jesus Cristo como um dos deuses do império. Durante seu governo a Igreja teve grande expansão missionária. Por isso torna-se confuso o caso de santa Martinha, como mártir desse período.

O autor da Paixão desconhece tudo isso. Ele se estende na enumeração dos atrozes tormentos, elencando as torturas feitas pelo imperador à santa. Ela teria sido obrigada a prestar culto à estátua de Apolo. Houve um terremoto que matou até os sacerdotes do deus.

O prodígio se repetiu com estátuas de outros deuses. Os perseguidores obstinavam-se cada vez mais. Após tentarem matá-la por meio de tantos sofrimentos, e não o conseguindo, apelaram para a espada. Seu sangue inundou e fertilizou ainda mais o terreno da Igreja romana.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Martinha, rogai por nós!

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