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Antífona de entrada

Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam. (Sl 85, 3. 5)
Miserére mihi Dómine, quóniam ad te clamávi tota die: quia tu Dómine suávis ac mitis es, et copiósus in misericórdia ómnibus invocántibus te. Ps. Inclína Dómine aurem tuam et exáudi me: quóniam inops et pauper sum ego. (Ps. 85, 3. 5 et 1)
Vernáculo:
Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam. (Cf. MR: Sl 85, 3. 5) Sl. Inclinai, ó Senhor, vosso ouvido, escutai, pois sou pobre e infeliz! (Cf. LH: Sl 85, 1)

Coleta

Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Cor 2, 10b-16)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios


Irmãos, 10bo Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus. 11Quem dentre os homens conhece o que se passa no homem senão o espírito do homem que está nele? Assim também ninguém conhece o que existe em Deus, a não ser o Espírito de Deus. 12Nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu. 13Desses dons também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com a sabedoria aprendida do Espírito: assim, ajustamos uma linguagem espiritual às realidades espirituais.

14O homem psíquico – o que fica no nível de suas capacidades naturais – não aceita o que é do Espírito de Deus: pois isso lhe parece uma insensatez. Ele não é capaz de conhecer o que vem do Espírito, porque tudo isso só pode ser julgado com a ajuda do mesmo Espírito. 15Ao contrário, o homem espiritual – enriquecido com o dom do Espírito – julga tudo, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16Com efeito, quem conheceu o pensamento do Senhor, de maneira a poder aconselhá-lo? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 144)


℟. É justo o Senhor em seus caminhos.


— Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura. ℟.

— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! ℟.

— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração. ℟.

— O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou. ℟.


https://youtu.be/80jOFMYDEqs
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo. (Lc 7, 16) ℟.

Evangelho (Lc 4, 31-37)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Lucas 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34“O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!”

35Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te, e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem”. 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Domine, in auxílium meum réspice: confundántur et revereántur, qui quaerunt ánimam meam, ut áuferant eam: Dómine, in auxílium meum réspice. (Ps. 39, 14. 15)


Vernáculo:
Dignai-vos, Senhor, libertar-me, vinde logo, Senhor, socorrer-me! De vergonha e vexame enrubesçam, os que buscam roubar minha vida. (Cf. Saltério: Sl 39, 14. 15a)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer nos traga sempre a graça da salvação, e vosso poder leve à plenitude o que realizamos nesta liturgia. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! (Sl 30, 20)

Ou:


Bem-aventurados os que constroem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus. (Mt 5, 9-10)
Domine, memorábor iustítiae tuae solíus: Deus, docuísti me a iuventúte mea, et usque in senéctam et sénium, Deus, ne derelínquas me. (Ps. 70, 16. 17. 18; ℣. Ps. 70, 1. 2. 3ab. 3c. 5. 6. 9. 12. 14. 23)
Vernáculo:
Cantarei vossos portentos, ó Senhor, lembrarei vossa justiça sem igual! Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas. E na velhice, com os meus cabelos brancos, eu vos suplico, ó Senhor, não me deixeis! (Cf. LH: Sl 70, 16. 17. 18)

Depois da Comunhão

Restaurados à vossa mesa pelo pão da vida, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da caridade fortifique os nossos corações e nos leve a vos servir em nossos irmãos e irmãs. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 30/08/2022
O diabo só sabe fazer barulho

O Senhor veio ao mundo trazer a palavra de Deus; mas, para realmente a ouvirmos, Ele precisa antes usar de sua autoridade para amarrar a boca ao diabo, mentiroso e barulhento. Cala-te! Para ouvir a Deus, é necessário silêncio. Ora, como fazê-lo na prática? Deixando de dar ouvidos ao diabo.

No Evangelho de hoje, Jesus continua em sua terra, na Galileia. Depois de visitar Nazaré, Ele vai a Cafarnaum, cidade à beira do lago. Ali, Jesus continua seu ensinamento. Na sinagoga, irrompe a reação de um demônio. É interessante recordar que ontem, quando Jesus pregou na sinagoga de Nazaré, houve a reação humana dos nazarenos, que não o reconheceram como o Ungido de Deus; agora, a reação é preternatural e demoníaca. Um espírito impuro começa a gritar em voz alta: Que queres de nós, Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus. Jesus está no início de seu ministério. No evangelho de São Lucas, o Senhor fora batizado por João Batista, retornou à sua terra, Nazaré, onde pregou a partir do trecho do profeta Isaías lido ontem: O Espírito do Senhor está sobre mim etc. Hoje, continuando a pregação, mas em Cafarnaum, ele provoca a reação dos demônios, pois a vinda de Deus Filho à terra constitui uma declaração de guerra contra o maligno. Se folhearmos o Antigo Testamento, acharemos pouquíssimas passagens em que se vê uma ação do demônio como as que se veem no Novo. No livro do Gênesis, é verdade, temos a serpente infernal, que tentou Adão e Eva; temos ainda Asmodeu no livro de Tobias, Satanás no livro de Jó etc. Mas, substancialmente, no Antigo Testamento, a parte mais volumosa de toda a Bíblia, há raríssimas manifestações do demônio, enquanto no Novo, embora menor em número de páginas, há uma explosão de reações demoníacas. Por quê? A resposta está no que o próprio espírito imundo fala por boca do endemoniado: Que queres de nós, Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Aqui o inferno vê que está com os dias contados e que a sua destruição é certa.

Já antes de morrer na cruz e derrotar o demônio, Jesus declarou: Vi Satanás cair como um raio, ou seja, a vinda de Cristo ao mundo e a instituição do reino de Deus, a Igreja Católica, implicam a derrota do inferno, levada à plenitude pelo sacrifício propiciatório e satisfatório da cruz. Se perdemos isso de vista, não entendemos de fato o que Cristo veio fazer neste mundo: libertar a humanidade, escrava de Satanás. Jesus dirige-se assim ao demônio: Cala-te e sai dele. Parece óbvio, mas observemos bem o que Ele está dizendo. O Senhor veio ao mundo trazer a palavra de Deus; mas, para realmente a ouvirmos, Ele precisa antes usar de sua autoridade para amarrar a boca ao diabo, mentiroso e barulhento. Cala-te! Para ouvir a Deus, é necessário silêncio. Ora, como fazê-lo na prática? Deixando de dar ouvidos ao diabo. Por isso, se queremos que Cristo entre em nossa vida, preparemo-nos para a provação e para a luta — luta, em primeiro lugar, para fazer calar ao diabo, que tanto barulho causa dentro de nós com o fim de nos ensurdecer para a voz de Deus. Lembro-me de uma conversa que tive certa vez com o Pe. Duarte Lara, o famoso exorcista de Portugal, que me disse mais ou menos o seguinte: “Enquanto as pessoas estão servindo ao diabo, ele as deixa quietas e tranquilas; é quando tentam sair do poder dele que se dá todo tipo de manifestação, porque o demônio começa a estrebuchar”. Em outras palavras, o diabo manifesta-se de modos mais agressivos e ostensivos quando vê uma alma escapar-lhe das garras.

Isso não é teoria. Quem decide romper com o império do mal para seguir a Cristo deverá, de um modo ou de outro, lutar, pois o inferno se levantará assanhado contra ele. Mas não devemos ter medo. Por quê? Porque o diabo não tem poder. Na verdade, o único poder que ele tem é o de dizer mentiras, para que acabemos acreditando mais nele do que em Deus. Por isso cala-te, cala-te! Não demos nem mesmo atenção ao que o inimigo diz. Confiemos no Senhor! Sim, haverá luta, mas estamos do lado do vencedor! O Evangelho conclui com as palavras: Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem. Sim, a palavra de Cristo tem poder e autoridade, se lhe dermos espaço em nosso coração. Ouçamos a Cristo, misericordioso. Haverá luta dentro de nós, mas não nos preocupemos nem demos atenção às sugestões do diabo e suas tentações. Confiemos em Jesus, na autoridade e no poder de sua palavra. Deixêmo-lo tomar conta de nós e rompamos de uma vez para sempre com o pecado, com a vida velha! Não nos assustemos com os fogos de artifício do diabo. É só isso que ele consegue fazer: barulho. Ele sabe que já perdeu. Joguemo-nos nos braços de Cristo, confiados sempre a Nossa Senhora, postos sob o manto sagrado dela. Coragem! Nosso Senhor venceu o mundo, e as portas do inferno jamais prevalecerão.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | A Palavra que faz tremer o inferno (Terça-feira da 22.ª Semana do Tempo Comum)

A palavra de Cristo tem poder e autoridade, fazendo tremer inclusive as forças do Inferno, porque é radicalmente verdadeira: em Cristo não há mentira, e toda a sua doutrina é um convite a que o homem, renunciando às mentiras de Satanás e às seduções do mundo, abra-se à verdade sobre si e seu destino eterno.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, dia 30 de agosto, e peçamos a Deus que nos dê um coração sedento de verdade, forte contra os enganos do demônio e resistente às ideologias do século.


https://youtu.be/RQyO7y8MQs4

Santo do dia 30/08/2022


Santos Félix e Adauto, Mártires (Memória Facultativa)
Local: Roma, Itália
Data: 30 de Agosto † c. 304


A história destes dois santos parece interessar mais à arqueologia que à devoção. Após o seu martírio, que teve lugar provavelmente durante a perseguição de Diocleciano, nos inícios do século IV, foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, na via das Sete Igrejas, não muito longe da basílica de são Paulo fora dos muros. A cripta foi transformada pelo papa Sirício em basílica, sucessivamente ampliada e decorada de afrescos pelos papas João I e Leão III. Tornou-se assim meta de peregrinações e de devotos até além da Idade Média, quando catacumbas e santuários caíram no esquecimento ou foram devastados. O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e Adauto foram descobertos em 1720, mas a alegria do reencontro durou pouco, pois alguns dias mais tarde a pequena basílica subterrânea ruiu. As ruínas caíram novamente no esquecimento e descuido até 1903, quando a basílica foi definitivamente restaurada. Descobriu-se um dos mais antigos afrescos paleocristãos, no qual aparece são Pedro recebendo as chaves na presença dos santos Estêvão, Paulo, Félix e Adauto,

Segundo o autor de lendária Paixão, escrita no século VII, quando o culto deles estava muito em voga, Félix era presbítero romano, condenado à morte durante a perseguição de Diocleciano. Enquanto era conduzido ao lugar da execução, no caminho que leva a Óstia, da turma de curiosos e dos companheiros de fé saiu um desconhecido, que foi ao encontro do condenado. Chegando a um passo dos soldados encarregados da execução, exclamou em alta voz que era cristão e queria participar da mesma sorte do presbítero Félix. Após terem feito voar a cabeça do presbítero, com a mesma espada decapitaram o audacioso, que ousara desafiar as leis do imperador: Mas quem era este? Ninguém dos presentes conhecia a identidade e foi chamado simplesmente adauctus (= adjunto), de onde Adauto, "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio".

O episódio permaneceu vivo na memória da Igreja romana, que associou os dois mártires numa só comemoração de modo que algumas fontes os definem irmãos. A informação mais antiga acerca dos dois mártires no-la fornece o papa Dâmaso em uma poesia, no qual é elogiado o presbítero Vero por haver-lhes decorado o sepulcro. A difusão do culto deles na Europa setentrional se deu por causa do presente (fragmentos da relíquia destes santos) que o papa Leão IV deu à esposa de Lotário, Hermengarda.

Referência:
SGARBOSSA, Mario; GIOVANNI, Luigi. Um santo para cada dia. São Paulo: Paulus, 1983. 397 p. Tradução de: Onofre Ribeiro. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santos Félix e Adauto, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil