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Antífona de entrada

Esta é uma virgem sábia, do número das prudentes, que foi ao encontro de Cristo, com sua lâmpada acesa.
Gaudeámus omnes in Dómino, diem festum celebrántes sub honóre Agathae mártyris: de cuius passióne gaudent ángeli, et colláudant Fílium Dei. Ps. Eructávit cor meum verbum bonum: dico ego ópera mea regi. (Ps. 44)
Vernáculo:
Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando este dia festivo em honra de Santa Águeda mártir. Os Anjos se alegram por sua festa e dão glória ao Filho de Deus. (Cf. MR p.784) Sl. Transborda um poema do meu coração; vou cantar-vos, ó Rei, esta minha canção. (Cf. LH: Sl 44)

Coleta

Ó Deus, que Santa Águeda, virgem e mártir, agradável ao vosso coração pelo mérito da castidade e pela força no martírio, implore vosso perdão em nosso favor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (1Rs 3, 4-13)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis


Naqueles dias, 4o rei Salomão foi a Gabaon para oferecer um sacrifício, porque esse era o lugar alto mais importante. Salomão ofereceu mil holocaustos naquele altar.

5Em Gabaon, o Senhor apareceu a Salomão, em sonho, durante a noite, e lhe disse: “Pede o que desejas e eu te darei”. 6Salomão respondeu: “Tu mostraste grande benevolência para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou na tua presença com sinceridade, justiça e retidão de coração para contigo. Tu lhe conservaste esta grande benevolência, e lhe deste um filho que hoje ocupa o seu trono.

7Portanto, Senhor meu Deus, tu fizeste reinar o teu servo em lugar de Davi, meu pai. Mas eu não passo de um adolescente, que não sabe ainda como governar. 8Além disso, teu servo está no meio do teu povo eleito, povo tão numeroso que não se pode contar ou calcular. 9Dá, pois, ao teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?” 10Esta oração de Salomão agradou ao Senhor. 11E Deus disse a Salomão: “Já que pediste estes dons e não pediste para ti longos anos de vida, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos, mas sim sabedoria para praticar a justiça, 12vou satisfazer o teu pedido; dou-te um coração sábio e inteligente, como nunca houve outro igual antes de ti, nem haverá depois de ti. 13Mas dou-te também o que não pediste, tanta riqueza e tanta glória como jamais haverá entre os reis, durante toda a tua vida.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 118)


℟. Ó Senhor, ensinai-me os vossos mandamentos!


— Como um jovem poderá ter vida pura? Observando, ó Senhor, vossa palavra. ℟.

— De todo o coração eu vos procuro, não deixeis que eu abandone a vossa lei! ℟.

— Conservei no coração vossas palavras, a fim de que eu não peque contra vós. ℟.

— Ó Senhor, vós sois bendito para sempre; os vossos mandamentos ensinai-me! ℟.

— Com meus lábios, ó Senhor, eu enumero os decretos que ditou a vossa boca. ℟.

— Seguindo vossa lei me rejubilo muito mais do que em todas as riquezas. ℟.


https://youtu.be/kRTxsKhzTPc
℟. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
℣. Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem. (Jo 10, 27) ℟.

Evangelho (Mc 6, 30-34)


℣. O Senhor esteja convosco.

℟. Ele está no meio de nós.


℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Marcos 

℟. Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Antífona do Ofertório

Afferéntur regi vírgines post eam: próximae eius afferéntur tibi. (Ps. 44, 15)


Vernáculo:
Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo. (Cf. LH: Sl 44, 15)

Sobre as Oferendas

Ó Deus, ouvi as nossas preces, ao proclamarmos as vossas maravilhas em santa Águeda, e, assim como vos agradou por sua vida, seja de vosso agrado o nosso culto. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

Eis que vem o Esposo; ide ao encontro do Cristo, o Senhor! (Mt 25, 6)
Feci iudícium et iustítiam, Dómine, non calumniéntur mihi supérbi: ad ómnia mandáta tua dirigébar, omnem viam iniquitátis ódio hábui. (Ps. 118, 121. 122. 128; ℣. Ps. 118, 1. 78. 81. 113. 115. 120. 163. 166)
Vernáculo:
Pratiquei a equidade e a justiça; não permitais que me oprimam os soberbos! Por isso eu sigo bem direito as vossas leis, detesto todos os caminhos da mentira. (Cf. LH: Sl 118, 121. 122. 128)

Depois da Comunhão

Senhor nosso Deus, fortalecidos pela participação nesta Eucaristia, fazei que, a exemplo de santa Águeda, nos esforcemos por servir unicamente a vós, trazendo em nosso corpo os sinais dos sofrimentos de Jesus. Que vive e reina para sempre.

Homilia do dia 05/02/2022
Você é para os outros!

A identidade cristã consiste, mais do que tudo, em ser para os outros, assim como Cristo se fez tudo para nós.

No Evangelho de hoje, Jesus, que quer dar a seus Apóstolos um pouco de descanso, vê a multidão que os segue e, compadecido daquelas ovelhas sem pastor, decide retomar o trabalho apostólico. São essas entranhas incansáveis de misericórdia que o Senhor quer que também nós, sejamos padres ou leigos, procuremos imitar. Jesus olha para nós, não com raiva e aborrecimento, mas sempre disposto a ser “incomodado” por nossas necessidades e pedidos. Assim devem ser nossas disposições para com o próximo. Não porque não tenhamos o direito de descansar, de recuperar as energias; mas porque até mesmo no descanso devemos descansar para os outros, para servir, para entregar-nos aos demais. Temos de assumir este que é o ponto central da nossa identidade de cristãos: se somos, pela graça, conformes à imagem do Filho, encarnado para ser tudo para todos, também nós devemos viver para os irmãos. Talvez nos cansemos, sim; talvez nos esgotemos, mas haverá sempre outro, o Cristo, para ajudar-nos a carregar essa cruz. Que Ele nos conceda, pois, a graça de vivermos de verdade a nossa vocação, a nossa identidade, a nossa missão mais importante e fundamental: ser sem reservas para os outros, como Cristo é tudo para todos nós.

Deus abençoe você!

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Homilia Diária | A valentia de uma virgem (Memória de Santa Águeda, Virgem e Mártir)

Celebramos hoje a memória de Santa Águeda, que viveu no século III, durante as perseguições do imperador Décio, e foi morta por volta de 250, com apenas 15 anos de idade, por sua fidelidade a Jesus Cristo. Tendo consagrado a Deus a sua virgindade, Santa Águeda preferiu sofrer o martírio a trair sua entrega total, em corpo e alma, a Nosso Senhor.Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 5 de fevereiro, e peçamos a Deus que, pela intercessão da bem-aventurada Águeda, as lágrimas de fidelidade que semeamos neste mundo se convertam para nós em frutos de glória no céu.


https://youtu.be/6Twi695goZk

Santo do dia 05/02/2022


Santa Águeda (Memória)
Local: Catânia, Itália
Data: 05 de Fevereiro † c. 251


Uma variante de Águeda é Ágata. O nome é significativo e talvez preencha tudo o que há de lendário em torno desta santa jovem virgem e mártir. Ela teria nascido em Palermo e sofrido o martírio em Catânia, na Sicília, provavelmente, durante a perseguição do imperador Décio (251). As duas cidades reivindicam a honra de ser a terra natal de Águeda.

Ela foi e é ainda muito venerada na Europa, tanto assim que é comemorada em toda a Igreja como memória obrigatória, e seu nome consta no Cânon romano (I Oração eucarística de hoje), ao lado de Santa Luzia. A ela foram consagrados mosteiros e igrejas. Só em Roma existem duas igrejas dedicadas a ela.

Contudo, os pormenores sobre a vida e a paixão da jovem virgem e mártir estão envoltos em lendas. Os relatos contam que ela era de uma família nobre e rica. O governador da Sicília teria mandado prendê-la. Conta-se que foi tentada e torturada de todo jeito a se entregar ao governador, mas ela resistiu de todos os modos. Foi encarcerada várias vezes. De nenhum modo se deixava seduzir. Declarava-se esposa de Cristo, seu único amor. Conta-se que foi duramente esbofeteada e flagelada. O governador tentou fazê-la renegar a fé. Novamente na prisão, teria recebido a visita de São Pedro que a consolou e curou de suas chagas. Diz-se que até lhe esmagaram e arrancaram os seios. Finalmente, despida, foi arrastada sobre cacos de vasos e brasas. Aplicaram-lhe tochas de fogo. Assim, ela veio a falecer, rezando a Deus. Foi fiel até o fim ao seu Deus e a seu Esposo, o Senhor Jesus.

O Responsório da leitura patrística de sua festa, bem como as antífonas, colocam nos seus lábios as preces e as declarações de amor a Deus e a Jesus Cristo nos tormentos do martírio. Na Antífona das Vésperas, ela reza e a Igreja com ela: Jesus Cristo, meu bom Mestre e meu Senhor, graças a vós, que me fizestes superar as torturas que sofri de meus algozes: Que eu alcance a vossa glória imperecível!

No culto à santa temos alguns pormenores interessantes e significativos: Lembrando que seus seios foram arrancados, na arte eles são muitas vezes mostrados em um prato. Na Idade Média foram muitas vezes confundidos com pães, e daí é que parece ter surgido a prática de benzer em sua comemoração os pães de Santa Águeda. Conta-se que no primeiro aniversário da morte da Santa houve erupção do vulcão Etna; os pagãos, temerosos e cheios de veneração pela mártir, tomaram o véu que cobria sua tumba e o puseram às lavas; milagrosamente o vulcão cessou sua atividade destruidora. Daí, e talvez por causa das chamas de fogo que lhe foram ateadas, Santa Águeda é invocada em qualquer catástrofe de fogo. Os fundidores de sinos a escolheram para sua patrona.

Não podemos afirmar com segurança coisa alguma sobre sua história. Pode até ser uma figura mitológica a partir do nome. Ágata, do grego, quer dizer boa. São Metódio da Sicília, no século IX, no sermão na festa de Santa Águeda, apresentado no Oficio das Leituras, afirma: "Ela é uma imagem autêntica da bondade, porque, sendo de Deus, vem da parte de seu Esposo nos tornar participantes daqueles bens, dos quais seu nome traz o valor e o significado: Águeda (que quer dizer "boa") é um dom que nos foi concedido por Deus, verdadeira fonte de bondade".

Águeda nos convida a buscar Deus, o Sumo Bem, acima de tudo. Diz ainda São Metódio: "Águeda, que nos atrai com o nome, para que todos venham ao seu encontro, e com o exemplo nos ensina a corrermos sem demora para o verdadeiro bem, que é Deus somente!"

Para possuir o seu Bem, o Sumo Bem e ser possuída somente por Ele, Águeda enfrentou toda sorte de provações e conquistou a dupla coroa da virgindade e do martírio.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Santa Águeda, rogai por nós!

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil