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Memória Facultativa

São João Eudes, Presbítero


Antífona de entrada

Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar, e contemplai a face do vosso Ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil. (Sl 83, 10-11)

Coleta

Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira Leitura (Jz 11, 29-39a)


Leitura do Livro dos Juízes


Naqueles dias, 29o espírito do Senhor veio sobre Jefté e ele, atravessando Galaad e Manassés, passou por Masfa e Galaad e de lá marchou contra os filhos de Amon. 30E Jefté fez um voto ao Senhor, dizendo: “Se entregares os amonitas em minhas mãos, 31a primeira pessoa que sair da porta de minha casa para vir ao meu encontro, quando eu voltar vencedor sobre os amonitas, pertencerá ao Senhor e eu a oferecerei em holocausto”. 32Jefté passou às terras dos amonitas para combater contra eles, e o Senhor entregou-os em suas mãos. 33E Jefté fez uma grande mortandade em vinte cidades, desde Aroer até a entrada de Menit e até Abel-Carmim, e assim os filhos de Amon foram subjugados pelos filhos de Israel. 34Quando Jefté voltou para sua casa em Masfa, sua filha veio-lhe ao encontro, dançando ao som do tamborim. Era a sua única filha, pois não tinha mais filhos. 35Ao vê-la, rasgou as vestes e bradou: “Ai! Minha filha, tu me prostraste de dor! És a causa da minha desgraça! Pois fiz uma promessa ao Senhor e não posso voltar atrás”. 36Então ela respondeu: “Meu pai, se fizeste um voto ao Senhor, trata-me segundo o que prometeste, porque o Senhor concedeu que te vingasses de teus inimigos, os amonitas”. 37Depois, disse ao pai: “Concede-me apenas o que te peço: deixa-me livre dois meses para ir vagar pelos montes com minhas companheiras e chorar a minha virgindade”. 38“Vai!”, respondeu ele. E deixou-a partir por dois meses. Ela foi com suas companheiras chorar pelos montes a sua virgindade. 39aPassados os dois meses, voltou para o seu pai e ele cumpriu o voto que tinha feito.

Salmo Responsorial (Sl 39)


R. Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor!


— É feliz quem a Deus se confia; quem não segue os que adoram os ídolos e se perdem por falsos caminhos. R.

— Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho!” R.

— Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!” R.

— Boas-novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios! R.


https://youtu.be/K8hTpTiBMAc
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Cf. Sl 94, 8ab) R.

Evangelho (Mt 22, 1-14)


V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.


V. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo  segundo Mateus 

R. Glória a vós, Senhor.


V. Naquele tempo, Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, 2dizendo: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. 4O rei mandou outros empregados, dizendo: ʽDizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!ʼ 5Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. 7O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8Em seguida, o rei disse aos empregados: ʽA festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes.ʼ 10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11Quando o rei entrou para ver os convidados, observou ali um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: ʽAmigo, como entraste aqui sem o traje de festa?ʼ Mas o homem nada respondeu. 13Então o rei disse aos que serviam: ʽAmarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentesʼ. 14Por que muitos são chamados, e poucos são escolhidos”.

Sobre as Oferendas

Acolhei, ó Deus, estas nossas oferendas, pelas quais entramos em comunhão convosco, oferecendo-vos o que nos destes, e recebendo-vos em nós. Por Cristo, nosso Senhor.



Antífona da Comunhão

No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção. (Sl 129, 7)

Ou:


Eu sou o pão que desci do céu, diz o Senhor; quem comer este pão, viverá eternamente. (Jo 6, 51-52)

Depois da Comunhão

Unidos a Cristo por este sacramento, nós vos imploramos, ó Deus, que, assemelhando-nos a ele aqui na terra, participemos no céu da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

Homilia do dia 19/08/2021
Respondamos ao convite que Deus faz ao nosso coração

“Então, os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados” (Mateus 22,10).

Na parábola de hoje, Jesus compara o Reino dos Céus com a história daquele rei que preparou a festa de casamento para o seu filho. Veja, se você vai fazer a festa de casamento do seu filho, da sua filha, a primeira coisa que você se preocupa é com aquela famosa "listinha" de convidados. Você estabelece prioridades: quem é próximo, quem é amigo, quem são os padrinhos, e aí você os convida.

Que frustração é quando você pensa em alguém, quando você deixa de lado alguns e coloca aquele fulano, aquele outro, aquela outra como prioridade, e aquele que você pensou, que você teve amor e carinho para chamá-lo, ele te dá a desculpa de que não pode, que não vai dar, que tem outros compromissos ou fica muito feliz com o convite, mas não poderá estar. Sem contar aqueles que nem respondem que não poderão estar e nem comparecem. Eu penso, qual seja a frustração do coração de quem já preparou qualquer recepção e aqueles convidados fizeram pouco-caso, indiferença e nem deram a desculpa, muitas vezes, convincente.


Muitos fazem pouco-caso, se comportam com indiferença, não dão valor ao chamado, ao convite da graça

É preciso dizer que no Reino dos Céus é assim: Deus convida os seus filhos, Ele convida aqueles que parecem ser os bons, os mais sensatos e quanta gente dando desculpa: “Não posso”, “Estou ocupado”, “Tenho compromissos”.

Primeiro, é verdade que essa parábola é voltada ao povo de Israel que foram os primeiros convidados, foram os primeiros dignatários do banquete do Reino dos Céus. E o Noivo, o Filho, é o Filho de Deus, Ele veio... E quantos se comportaram, na época de Jesus, com indiferença!

Não tem problema! Já que os convidados não puderam vir, o pai mandou que os empregados saíssem para chamar todos aqueles que encontrassem pelas ruas, esquinas; e encheram a casa para a festa. Mas veja, mandou chamar e revestiu aqueles que estavam nas esquinas, jogados e desprezados, os revestiram com a roupa da dignidade, os revestiram com a roupa evangélica, os revestiram com o traje da festa dos Céus. Quem não era digno, Deus fez considerar-se digno.

Por isso, no Reino dos Céus, não há distinção entre quem é bom e quem parece bom, entre quem é justo e quem parece ser injusto. Todos são convidados, nós é que somos pessoas seletivas e, muitas vezes, discriminatórias; nós é que relativizamos e deixamos as pessoas de lado.

Deus não exclui ninguém, todos são convidados, todos são chamados. É preciso dizer que muitos fazem pouco-caso, se comportam com indiferença, não dão valor ao chamado, ao convite da graça; e muitos se comportam como esse homem que chegou de improviso, mas estava lá sem a dignidade, sem a roupa, sem a preparação, sem a entrega, sem o traje oficial e, por isso, foi mandado embora da festa.

É preciso responder ao convite que Deus faz ao nosso coração a cada dia. Se essa palavra está chegando a você, é porque você é um convidado! Por favor, não faça pouco-caso, não dê uma de indiferente, não arrume desculpas, porque o Senhor te chama para o banquete, o Senhor te chama para fazer festa das núpcias reais do Seu Filho Jesus. Dê a melhor resposta e se prepare dignamente para isto.

Deus abençoe você!

Pe. Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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O “profeta” dos Sagrados Corações

A Igreja celebra hoje a memória de São João Eudes, presbítero que fomentou, com seus cânticos e ensinamentos, a devoção aos sagrados Corações de Jesus e Maria, antes mesmo das revelações a Santa Margarida M.ª Alacoque e das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Nascido no norte da França em 1601 e influenciado pelo espírito devocional de São Francisco de Sales, João Eudes empregou seus melhores esforços para transmitir às novas gerações de padres, na Congregação por ele fundada, o amor aos Corações de Jesus e Maria, uma devoção privada que então começava a expandir-se por toda a Igreja. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 19 de agosto, e conheça mais a vida deste grande santo e intercessor!


https://youtu.be/qrzG7HxWOJU

Santo do dia 19/08/2021

 

 


São João Eudes (Memória Facultativa)
Local: Caen, França
Data: 19 de Agosto † 1680


São João Eudes faz parte dos grandes santos que se distinguiram na Igreja no século após o Concílio de Trento, atuando decisivamente para implantar as reformas propostas pelo Concílio. Além de João Eudes, podemos citar São Vicente de Paulo, São Carlos Borromeu e São Francisco Solano.

João Eudes nasceu em 1601, em Ri, na Normandia. Foi um dos grandes educadores do clero francês e ativo missionário popular. Aos 22 anos ingressou na Congregação do Oratório fundada por De Bérulle. Depois de ordenado sacerdote em 1625, começou intensa atividade de pregação, indo ao encontro da ignorância religiosa do povo. Nesta atividade ele percebeu que o grande problema estava no clero malformado. Procurou, então, atacar o mal pela raiz, promovendo a formação do clero. Deixando o Oratório, lançou os fundamentos da Congregação dos Seminários de Jesus e Maria e começou a pro mover a fundação de seminários, dirigidos pelos religiosos de sua congregação, os eudistas. Chegou a criar seis seminários entre 1648 e 1670.

São João Eudes distinguiu-se também pela promoção da devoção e do culto litúrgico aos Corações de Jesus e de Maria.

Há duas linhas no culto ao Coração de Jesus na Igreja: a primeira é o enfocado por São João Eudes; a segunda, o promovido pela vidente Santa Margarida Maria Alacoque. A linha de São João Eudes realça o aspecto da contemplação das maravilhas realizadas por Deus pela bondade mostrada por Jesus Cristo, que passou pelo mundo fazendo o bem. Realça-se a ação de graças e o Coração de Jesus que convida a imitá-lo em sua bondade. A linha da Santa Margarida Maria Alacoque realça mais o aspecto do culto de expiação e de reparação. A diferença é marcante, tanto assim que através da história elaboraram-se vários formulários para a festa do Sagrado Coração de Jesus, ora acentuando uma linha, ora a outra. Na versão apresentada pela Reforma do Vaticano II, procurou-se considerar as duas linhas que se completam, tanto assim que na Missa da solenidade do Sagrado Coração de Jesus se apresentam duas Orações coletas, à escolha, para as duas tendências, sendo que a tradição de São João Eudes vem colocada em primeiro lugar.

A primeira reza assim: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos pela solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu amor e possamos receber, desta fonte de vida, uma torrente de graças.

A segunda reza assim: Ó Deus, que no Coração do vosso Filho, ferido por nossos pecados, nos concedestes infinitos tesouros de amor, fazei que lhe ofereçamos uma justa reparação consagrando-lhe toda a nossa vida.

Na Liturgia das Horas ocorre apenas a primeira ver são. Na Missa votiva do Sagrado Coração de Jesus também se deu preferência à tradição de São João Eudes: Senhor Deus, revesti-nos das virtudes do Coração de vosso Filho e inflamai-nos com seu amor, para que, assemelhando-nos a ele, possamos participar da redenção eterna.

A Antífona da Comunhão tem duas versões, à escolha, ou seja, nas duas linhas. A primeira: Diz o Senhor: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Daquele que crê em mim brotarão rios de água viva (Jo 7,37-38). A segunda: Um dos soldados abriu-lhe o lado com a lança, e logo correram sangue e água (Jo 19,34). Isso se verifica também no formulário da própria solenidade.

João Eudes teve que enfrentar muitas oposições, calúnias e perseguições principalmente dos jansenistas, cujo rigorismo combateu com a devoção aos Corações de Jesus e Maria. Fundou ainda uma Congregação dedicada especialmente à regeneração das prostitutas, a Obra de Nossa Senhora da Caridade do Amparo, da qual se deriva o Instituto do Bom Pastor.

São João Eudes faleceu em 1680, em Caen, e foi canonizado em 1925.

A Oração coleta apresenta São João Eudes como o presbítero que Deus escolheu para anunciar as incomparáveis riquezas de Cristo. Ele o fez sobretudo formando o povo na verdadeira fé através das missões populares e pela for mação do clero, preparando-o para o serviço pastoral na superação da ignorância religiosa do povo cristão.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Textos Litúrgicos © Conferência Nacional dos Bispos do Brasil